Para além da informação, a ANDA desenvolve e produz diversos projetos nas áreas cultural, esportiva, educacional e social. O mais recente é ANDA – Emergência Animal, uma ambulância UTI veterinária para fazer atendimento gratuito a pessoas de baixa renda e protetores de animais.
O projeto além do atendimento direto feito aos animais, colabora para reduzir as desigualdades sociais, porque garante às pessoas mais carentes que seus animais tenham acesso a um serviço de alta qualidade. Esta oportunidade reflete em cada um dos tutores o sentimento de ser importante, o sentimento de cidadania. Muitos animais, que teriam grandes chances de sobreviver, acabam morrendo por falta de socorro. Isto é cruel para os animais e desumano para as pessoas que amam profundamente seu cão ou gato.
Esta ação tem uma parceria com “Instituto 100% Animais” e terá, com certeza, uma grande repercussão em todo o país, por ser extremamente necessária e importante. Por seu caráter, deverá ter um efeito multiplicador.
Os Direitos Animais são a continuação lógica dos Direitos Humanos. Eles vieram para somar e aprofundar, não para reduzir ou relativizar. Aqueles direitos fundamentais à vida, liberdade e integridade que o ser humano, um dia atribuiu à sua excepcionalidade no universo, agora são percebidos nitidamente como inalienáveis das outras formas de vida animal. Pois o que define a posse desses direitos fundamentais não é sua indubitável capacidade de construir e imaginar mundos inteiros e se expressar pelas mais sublimes formas de arte (mas que é também a capacidade de destruir culturas, povos e regiões inteiras). Assim fosse, nem mesmo todos os seres humanos teriam esses direitos reconhecidos. O que define o respeito pela vida e a liberdade são a sensibilidade e a consciência – a senciência – que faz com que todo animal defenda sempre sua vida e seus interesses.
Alguns podem se perguntar qual é a importância de lutar pela vida dos animais quando há tantos seres humanos famintos, abandonados a uma vida miserável, seviciados em sessões de tortura e matando-se, na flor da idade, em guerras inúteis. Outros consideram “perigosa” a expansão da nossa comunidade moral aos animais, que redundaria, segundo eles, na “desvalorização” da vida humana. Na verdade, os Direitos Animais vieram para somar e aprofundar a tradição estabelecida pelos Direitos Humanos. E existe tarefa mais urgente? Porque a forma como ainda hoje negamos aos de nossa própria espécie os direitos mais básicos faz de toda a beleza e engenhosidade de que somos capazes uma futilidade diante do sofrimento e injustiça que perpetuamos no mundo, tanto entre seres humanos como entre animais não humanos.
As duas causas são as mesmas. Não é que uma consciência venha antes da outra: as duas evoluem juntas; são uma só consciência. E essa consciência, finalmente, está em expansão. Esperamos que não seja tarde demais, que alcancemos o topo de nossa consciência moral, antes que destruamos por completo a nós mesmos e outras formas de vida em função de nossa miséria moral.

Como já bem disse a Professora Doutora em Filosofia, Sônia T. Felipe, em uma das suas colunas na ANDA, “A história humana prova que não evoluímos moralmente a não ser quando damos um passo no sentido de ampliar o círculo da moralidade no qual admitimos que seres diferentes de nós são dignos de nossa consideração e apreço morais. Foi assim com os estrangeiros, as mulheres, os negros, as crianças, os deficientes. O desafio, hoje, é ampliar o círculo para admitir o ingresso nele de seres não humanos, animais e ecossistemas, que, embora não sejam capazes de agir racionalmente, vivem à mercê das ações de sujeitos capazes de agirem racionalmente. O que se espera de quem é capaz de agir racionalmente é que amplie o horizonte de seus fins, incluindo o bem próprio de outros seres vivos como alvo das decisões e ações empreendidas. Racionalidade tem a ver com expansividade, não com enrugamento, dobras, pregas e pequenez.”.
É preciso formar e informar a sociedade em que vivemos para que as pessoas estejam sensíveis e receptivas a mudar esta realidade e a melhorar as condições de vida e das relações da nossa própria espécie.
Curiosidade
Em 1923, a protetora Maria Dickin inaugurou a primeira ambulância para animais que se tem conhecimento no mundo. Era simples, mas com boa vontade e colaboração, ela conseguiu salvar milhares de animais. Este é também nosso sonho salvar muitas vidas. Seja parte dessa nossa ação gratuita para salvar animais.
Aqui, a história de como nasceu o projeto, retirado do site ANDA
É claro que por trás de um lindo projeto tem uma história para ser contada, geralmente esses casos não tem um final feliz, mas são sentimentos bons ou ruins que fazem a gente dar a volta por cima e se inspirar para dar um novo passo.
Silvana Andrade, fundadora da ANDA e do Nina Móvel, tinha uma cadela chamada Nina, que estava bastante doente. Um dia, Nina teve que ir para o hospital, sua saúde já estava bem debilitada e precisava ser transferida para um outro hospital. O serviço da ambulância que Nina precisava era muito caro e, quando sua tutora tentou negociar com a responsável da empresa e explicou que era protetora, recusaram o atendimento. Assim, Nina passou 18 horas sem uma ambulância para realizar a transferência com segurança. Durante todo esse período, havia muita agonia e um sentimento de que se a ANDA tivesse uma ambulância faria isso de forma gratuita para salvar a vida de uma animal. Quando foi finalmente transferida para um hospital com UTI, Nina acabou morrendo 24 horas depois. Agora Nina está estampada na primeira ambulância UTI veterinária do planeta, carregando um sentimento de amor e muita, muita esperança para os animais e pessoas carentes.
Nina não sobreviveu, mas outros animais podem ser salvos. Entre no site e descubra como contribuir. Faça parte você também desse projeto.
Depósitos também podem ser feitos na conta da ANDA:
Banco Itaú – Agência: 0367 – Conta Poupança: 82489-3/500
CNPJ: 12.164.456/0001-76