Parece, mas não é: conheça a diferença entre produtos usados na rotina de cuidados

Sabonete ou shampoo em barra? Make com FPS ou protetor solar com cor? Fio dental ou escova interdental? Descubra quais as diferenças entre esses e outros produtos de autocuidado, que, apesar de parecidos, não são intercambiáveis.

A rotina diária de beleza, seja com o rosto, o corpo, os cabelos ou até os dentes, é um momento de autocuidado muito importante para a manutenção da saúde dessas estruturas. No entanto, às vezes, realizar esses cuidados pode ser complicado, especialmente para principiantes, que podem facilmente se confundir com a grande quantidade de produtos disponíveis hoje no mercado, principalmente pelo fato de muitos desses produtos serem parecidos à primeira vista, apesar de possuírem diferenças importantes.

E utilizar os produtos errados pode ser realmente catastrófico, com consequências que vão desde a perda da eficácia até a agressão das estruturas. Então, para ajudar você a realizar sua rotina de beleza sem complicações, reunimos um time de especialistas para apontar as principais diferenças entre produtos de autocuidado que, apesar de parecidos, possuem indicações diferentes. Confira:

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Sabonete convencional X sabonete facial: muitas pessoas acreditam que o sabonete facial é apenas uma jogada de marketing, mas não é bem assim. O sabonete convencional e o sabonete facial possuem diferenças importantes, sendo recomendado que você tenha os dois. “O pH do sabonete convencional é incompatível com a pele do rosto. Logo, se utilizado nessa região, pode causar desidratação e, em seguida, o efeito rebote. E o mesmo vale no caso contrário, já que, por ser mais suave, o sabonete facial pode não ser eficaz na remoção de sujidades e oleosidade do corpo”, afirma a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. E mesmo entre os sabonetes faciais, é importante prestar atenção para escolher um produto adequado a sua pele.

Peles oleosas, por exemplo, podem apostar em produtos que controlem a produção de sebo, como o Sabonete Poros com Ácido Glicólico, da Be Belle, enquanto peles mais secas devem investir em produtos mais hidratantes, como o Sabonete Poros Hidratante, também da Be Belle.

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Esfoliante facial X esfoliante corporal: novamente, a existência de um esfoliante para cada parte do corpo não é apenas uma jogada de marketing. “A pele do corpo é diferente da pele do rosto e, por isso, deve ser tratada com produtos específicos. Um esfoliante próprio para ser usado no corpo geralmente contêm partículas maiores para conseguir tratar a pele da região, que é mais grossa, com eficácia. Consequentemente, esses esfoliantes corporais são mais abrasivos, podendo causar lesões quando usados no rosto, que tem uma pele mais sensível”, afirma o dermatologista Abdo Salomão Jr, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O ideal então é que o esfoliante facial contenha partículas menores, como é o caso do Esfoliante Tribeca, da BURB, que conta com sementes de Apricot (damasco) em sua composição.

Água micelar X tônico adstringente: tanto o tônico facial quanto a água termal funcionam, de acordo com Paola, como um complemento à higienização da pele, removendo impurezas que não saíram apenas com o sabonete, além de normalizarem o pH da pele, o que também contribui para melhor absorção dos ativos cosméticos que serão aplicados. A diferença desses produtos está na indicação. “A água micelar possui micelas que atraem as partículas de sujeira, poluição e oleosidade sem a necessidade de atrito, sendo assim ideal para ser usada por peles mais secas e sensíveis. Já o tônico adstringente possui uma ação de controle da oleosidade, sendo assim recomendado para peles oleosas e mistas”, aconselha a dermatologista, que afirma também que a água micelar ainda pode ser usada como demaquilante.

Cremes X séruns: ambos os produtos têm como principal função hidratar a pele, podendo também trazer na composição uma série de ingredientes escolhidos conforme as características de cada pele. “Esses produtos utilizados podem ser formulados com uma série de ativos para atender às necessidades de cada pele, como substâncias calmantes, anti-inflamatórias, clareadoras, rejuvenescedores e, principalmente, antioxidantes”, explica Roberta Padovan, médica pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética. A grande diferença desses dois produtos está no veículo, isto é, a textura do cosmético, e, consequentemente, em sua indicação. “Os séruns, assim como os géis, são veículos mais leves indicados principalmente para o tratamento de peles oleosas e mistas, enquanto os cremes, e também as loções, são veículos mais espessos, ideais para peles secas”, completa a médica.

Quem tem pele oleosa e está à procura de um cosmético rejuvenescedor, por exemplo, pode apostar no sérum Be Hialuronic, da Be Belle, enquanto o Be Young, também da Be Belle, é um creme antirrugas ideal para peles mais secas.

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Maquiagem com FPS X fotoprotetor com cor: apesar de parecerem a mesma coisa, as maquiagens com FPS não têm a mesma eficácia na fotoproteção que os protetores solares com cor. “Geralmente, o FPS das maquiagens é muito baixo, sendo insuficiente para proteger a pele. Então, para quem usa maquiagem, o ideal é optar mesmo pelo protetor solar com cor de alta cobertura, que, além de ser eficaz na proteção, também atua como base”, alerta Daniel Cassiano, dermatologista da Clínica GRU Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. E a boa notícia é que filtro solar com cor protege mais a pele do que a versão tradicional. “Isso porque a tonalidade do filtro solar é proporcionada pela presença de óxido de ferro na composição, substância capaz de absorver a radiação visível do sol. Hoje, sabemos que a luz visível tem uma participação importante no processo de pigmentação da pele, favorecendo o desencadeamento de dermatoses pigmentárias, como melasma e hipercromia pós-inflamatória”, diz o médico.

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Sabonete X shampoo em barra: mais uma vez, o shampoo em barra não é apenas uma estratégia para você comprar um sabonete por um valor mais caro. São produtos bem diferentes. “Usar um shampoo sólido ou em barra não tem nada a ver com lavar o cabelo com sabonete. Os sabões ou sabonetes passam por um processo de saponificação, têm mais aditivos químicos e pH mais alcalino, sendo assim agressivos aos fios. Já os shampoos em barra foram especificamente desenvolvidos para serem usados no couro cabeludo. A base de óleos vegetais pode até ser a mesma do sabonete, mas os componentes estão em quantidade mais adequada para o tratamento dessa região, além da fórmula ser mais nutritiva e o pH ser mais equilibrado”, acrescenta a dermatologista Patrícia Mafra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Fio dental X escova interdental: apesar de ambos atuarem na limpeza da região entre os dentes, o fio dental e as escovas interdentais, como a CPS Prime da Curaprox, possuem ações diferentes que se complementam. “Enquanto o fio dental auxilia na remoção de detritos alimentares e pontos de contato muito apertados, a escova interdental realiza a desorganização da placa bacteriana nas irregularidades e depressões interdentais que o fio dental não consegue higienizar”, finaliza Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor pela USP.

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