Uma das principais funções da nossa pele é a de barreira de proteção natural, protegendo contra agentes químicos, físicos e biológicos. Devido a isso, o tecido cutâneo não permite a penetração da maioria das substâncias na pele, dificultando a absorção inclusive de cosméticos.
“O estrato córneo é a camada mais externa da epiderme e uma das camadas mais importantes quando se fala de permeação cutânea. Nele, estão presentes células mortas, com grande quantidade de queratina, que se descamam continuamente e formam uma barreira que protege os tecidos que estão abaixo dessa camada. Sendo assim, geralmente apenas 1 a 5% daquilo que é aplicado na pele com o estrato córneo intacto e espesso é que tem capacidade de penetrar, sendo que o restante permanece na superfície da pele, trazendo apenas benefício de hidratação”, explica o dermatologista Daniel Cassiano, da Clínica Gru e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Existem alguns fatores que interferem na permeação de um creme, segundo o médico. “Idade, irrigação sanguínea, hidratação, o próprio local de aplicação, a qualidade e o tipo de pele, bem como a presença ou não de impurezas vão modificar o quanto de cosmético a pele conseguirá absorver”, diz o médico. Mas a boa notícia é que existem meios de fazer com que o seu creme aja profundamente.
Higienização e esfoliação – “A preparação da pele é o primeiro passo, com a limpeza que vai retirar impurezas e sujeiras acumuladas ao longo do dia. Essas sujidades impedem que os cosméticos penetrem adequadamente na pele”, explica o médico. Sabonetes que promovam ação hidratante e calmante, como o Sabonete Poros, da Be Belle, podem ser usados. O produto para limpeza da pele melhora também a elasticidade da pele.
Após a limpeza, o dermatologista diz que a pele fica muito alcalinizada devido ao sabonete. “Por isso, é importante também usar um tônico ou água termal para promover o reequilíbrio do pH da pele, assim preparando-a para a etapa seguinte, já que o equilíbrio do pH vai auxiliar na melhor absorção dos ativos cosméticos que serão aplicados”, afirma o dermatologista.
A esfoliação da pele pode ter benefício, mas não deve ser realizada diariamente, já que a barreira cutânea é fundamental para a saúde da pele. Segundo o dermatologista, nesse processo, o esfoliante remove parte do estrato córneo e retira células mortas, sebos e resíduos que ficam mais aderidos à superfície cutânea.

“Além disso, após a esfoliação, ocorre uma renovação do estrato córneo em mais de 50%, o que confere à pele uma textura mais homogênea e uma espessura mais delicada, fazendo com que os ativos penetrem adequadamente”, completa. Quando optar pelo uso do esfoliante, ele deve vir após o sabonete e antes do tônico. Uma novidade para essa etapa é o Esfoliante Facial Rednek, capaz de remover impurezas e células mortas da pele, desobstruindo os poros e ajudando na renovação celular.
Ordem de aplicação – após estes cuidados, a pele está pronta para receber o cosmético. Porém, ainda assim, é necessário atentar-se a alguns fatores, como a ordem de aplicação por exemplo. “Se aplicados na ordem errada, os produtos podem perder seu efeito. Por isso devem ser passados do mais líquido para o mais consistente. Então os produtos devem ser aplicados na seguinte sequência: séruns e elixires, cremes e por último, os fotoprotetores”, explica o médico.
Formulação – a formulação também influencia, já que existem ativos que facilitam a penetração dos cosméticos na pele, garantindo maior eficácia. Um exemplo são os produtos com nanotecnologia. “Os nanovetores são partículas muito pequenas que garantem permeação maior, já que a pele os absorve melhor. Com a nanotecnologia, temos certeza de que o que está sendo usado na pele não para na superfície sem promover nenhum efeito de regeneração”, afirma.
Drug delivery – com o avanço das tecnologias, já existem também técnicas realizadas em cabine que auxiliam a penetração de produtos tópicos nas camadas mais profundas da pele. “O drug delivery é uma técnica que utiliza de métodos para aumentar a permeabilidade da pele e melhorar a penetração cutânea de medicamentos. Ele consiste na aplicação de medicação na pele imediatamente após o uso de lasers ablativos ou microagulhamento, que criam canais de abertura, facilitando a absorção dos ativos pelo tecido”, explica Cassiano.

Hydrafacial – baseado no conceito de Beauty Health, que consiste em melhorar a aparência da pele ao mesmo tempo em que promove manutenção da saúde do tecido cutâneo, o HydraFacial é um equipamento de hidrodermoabrasão capaz de proporcionar uma experiência única, conferindo a melhor pele da sua vida. Como conta com a exclusiva e patenteada tecnologia Vortex-Fusion, gera um efeito de vórtice para expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto confere hidratação.
A experiência-base, em 3 etapas, é extremamente personalizável para atender às necessidades específicas de cada pele, com esfoliação, extração (com hidratação) e aplicação de antioxidantes, mas pode ser complementado com boosters, peels, LED’s, perks e terapia linfática para personalizar ainda mais a experiência. Dessa forma, o HydraFacial promove melhora instantânea da qualidade da pele, com uniformização do tom e da textura e aumento da firmeza, viço e brilho da pele.
Podendo ser realizado tanto na face, quanto no corpo, o HydraFacial ainda prepara o tecido cutâneo para procedimentos estéticos e cirurgias plásticas posteriores, assim potencializando resultados. Completamente indolor, o HydraFacial confere resultados em apenas uma sessão, que pode ser repetida mensalmente para manutenção dos resultados. A experiência é indicada para todos os tipos de pele, inclusive peles secas e sensíveis, e possui procedimentos rápidos, que duram de 30 a 60 minutos e não tem downtime, assim possibilitando uma experiência exclusiva sem atrapalhar a rotina.
Por fim, Cassiano ressalta que como a capacidade de permeabilidade da pele pode variar de pessoa para pessoa, o mais importante é que você consulte regularmente um dermatologista. “Apenas ele poderá avaliar e dizer quais produtos são ideais para cada tipo de pele e como devem ser utilizados em cada caso”, finaliza o especialista.
Fonte: Daniel Cassiano é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Cofundador da clínica GRU Saúde, formado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Doutorando em medicina translacional pela Unifesp. Professor de Dermatologia do curso de medicina da Universidade São Camilo.