Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de saúde (OMS), a Associação Brasileira de Psiquiatria e a Vital Strategies, aponta que estamos numa pandemia de saúde mental. De acordo com as pesquisas realizadas houve um grande crescimento de casos de depressão e ansiedade.
O tricologista, cabeleireiro e cosmetólogo Tharik Bonomo relata que a depressão e a queda de cabelo estão associadas, assim como o desânimo, a baixa autoestima e a sensação de esgotamento, e podem influenciar na redução da fase de crescimento do cabelo, levando à perda de cabelo.
Além disso, certos medicamentos antidepressivos apresentam como efeito secundário o aumento da queda de cabelo. Relativamente à ansiedade, também é possível verificar a queda de cabelo, ainda que por norma se verifique sobretudo em períodos de ansiedade extrema.
Converse com o seu médico sobre a medicação e seus efeitos, siga as orientações corretamente. Uma sugestão do tricologista é analisar a sua alimentação, sono e disposição. Incluir atividade física na sua rotina lhe ajudará com a depressão.
Impacto da depressão e queda do cabelo
Neste caso, a queda do cabelo, costuma ser uma reação negativa do corpo aos sintomas da depressão, o aumento da queda também pode agravar ainda mais a tristeza e o mal-estar. As mulheres sofrem mais porque isso impacta a autoestima.
Sintomas e tratamento

Tricotilomania é um transtorno psiquiátrico que faz com que o paciente sinta um desejo incontrolável e frequente de arrancar fios de cabelo e pelos do corpo, removendo-os de locais como o couro cabeludo, cílios, sobrancelhas e barba, que são os casos mais comuns, além da virilha, braços e pernas.
Hábitos relacionados à automutilação, como o ato de roer as unhas com frequência, cutucar as cutículas ou até mesmo outras partes do corpo, vontade incontrolável de arrancar os fios de cabelo.
A tricotilomania pode estar associada a outras condições psíquicas, como distúrbios emocionais, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtornos de controle do impulso e transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Nesses casos o tratamento poderá incluir o uso de medicamentos psiquiátricos, além da realização de análise e terapia que vão permitir ao paciente identificar seus gatilhos comportamentais que fazem com que um episódio de tricotilomania se apresente.
Bonomo informa que é importante saber quando ansiedade, estresse e depressão alcançam níveis nos quais as mudanças de hábitos não são suficientes. O tratamento consiste em uma avaliação de um médico especialista em cabelo.
O tratamento da queda é realizado por meio de vitaminas, óleos essenciais e tratamento capilar por laserterapia. Lembrando sempre que o resultado vem em conjunto com o tratamento emocional.
Atitudes simples no dia a dia podem ajudar a evitar a queda capilar. Como, por exemplo, alimentação saudável, manter os cabelos limpos, usar menos química, não prender o cabelo enquanto estiver molhado, cuidar da saúde mental e diminuir os sintomas da depressão.
Os procedimentos para queda de cabelo devem ser feitos em local apropriado e por um profissional, finaliza o tricologista.
Fonte: Tharik Bonomo é gestor, cabeleireiro e esteticista em Tharik Bonomo Salon & Estetic. Pós-graduado em Tricologia e Terapia Capilar — Facuminas. Pós-graduado em Biomedicina Estética — Faveni. Pós-graduado em Cosmetologia Avançada – Faculdade Futura. Tecnólogo em Estética e Cosmética – Universidade Santo Amaro. Curso Técnico de Cabeleireiro – Centro Técnico Dayana Ribeiro – ES. Cursa o último ano de Bacharelado em Biomedicina.