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As complexidades da mulher após os 50 anos

Psicanalista Fabiana Guntovitch quebra estereótipos e preconceitos etaristas

Especialmente após os 50 anos, as mulheres enfrentam uma série de desafios que podem impactar significativamente sua saúde mental e emocional. Para a psicanalista e especialista em Comportamento Fabiana Guntovitch, esta é uma jornada repleta de transformações físicas, químicas e emocionais, oferecendo importantes questionamentos.

“A primeira preocupação costuma ser sobre a percepção que tem de si mesmas, construída a partir daquilo que acreditam que as pessoas pensarão sobre elas neste novo momento. Preconceitos etaristas são estruturais e se não forem rompidos provocarão dores importantes”, reflete ela, autora do livro “Chega de Brigas: Pequeno Manual Para Viver em Paz”.

A atriz Alessandra Negrini, de 53 anos

Para Fabiana, a chegada da menopausa marca uma transição profunda na vida das mulheres. Não apenas fisicamente, mas também emocional e psicologicamente. A adaptação a essas mudanças hormonais pode ser desafiadora, mas, ainda assim, é possível encontrar um novo equilíbrio e uma nova harmonia. “A transição para a terceira idade no homem é subjetiva, homeopática, já para a mulher ela vem anunciada por uma revolução interna hormonal que diferente do que as pessoas imaginam, não acontece apenas nos ovários, mas no corpo todo, e especialmente no cérebro”, explica.

“O cérebro humano é uma sinfonia química que depende diretamente da regulação hormonal. Quando os hormônios sexuais se alteram, essa sinfonia passa a tocar uma música diferente. E é aí que nós, mulheres, precisamos afinar a melodia, não para voltar a tocar a música que ouvimos até então, mas uma nova, que nos seja igualmente agradável aos ouvidos”, completa a especialista.

Outro desafio enfrentado pelas mulheres nessa fase também é a percepção da própria imagem. Vivemos em uma sociedade que valoriza a juventude e a aparência física, e ao mesmo tempo que é importante desconstruir padrões irreais de beleza, precisamos desassociar beleza e juventude ao valor de uma mulher madura. Aceitar e amar o corpo em todas as suas fases é essencial para uma autoestima saudável.

Padrões sociais e culturais são reguladores da vida e afetam a maneira como as mulheres se percebem e se aprisionam em papéis pré-concebidos e limitantes. O papel da mulher de hoje vai muito além do papel da cuidadora e da maternidade. É fundamental desafiar estereótipos e buscar uma vida plena e satisfatória, independentemente da idade. “Mulheres de todas as idades vêm quebrando paradigmas machistas e patriarcais, mas não sem um custo alto a pagar”, pontua Fabiana.

Em termos de relacionamentos afetivos, a maturidade feminina pode ser diferente da masculina. Enquanto os homens se sentem livres para se relacionarem com pessoas de diferentes faixas etárias, as mulheres enfrentam julgamentos e preconceitos que enquanto não forem quebrados limitarão as mulheres também no campo afetivo. “É urgente quebrar essas barreiras e respeitar as escolhas individuais, independentemente de gênero ou idade”, alerta a especialista.

A cantora Marisa Monte, 56 anos

Ao mesmo tempo, a maturidade também traz oportunidades de crescimento pessoal e autoconhecimento. É um momento para explorar novos interesses, aprender coisas novas e compartilhar experiências. Encontrar um propósito na vida e manter uma saúde mental positiva são aspectos essenciais para viver plenamente após os 50, 60, 70 anos.

“Hoje as mulheres se permitem habitar lugares antes inusitados para o feminino, em qualquer idade. E são esses lugares que estão sendo ocupados por mulheres corajosas, que se trabalham, que se recusam a cair nos estereótipos que estão construindo uma nova concepção e percepção da maturidade feminina, abrindo caminhos para que a juventude de hoje não se limite nem se apavore, quando a vez delas chegar”, garante Fabiana, que sugere a terapia como uma ferramenta valiosa para ajudar as mulheres a enfrentarem os desafios emocionais da vida. Através do autoconhecimento e do apoio profissional, é possível navegar pelas complexidades da maturidade com confiança e serenidade.

Em resumo, envelhecer é parte natural da vida, e a maturidade é uma jornada longa e rica em experiências e aprendizados. Se permitir viver plenamente, com amor próprio e autoconfiança, é o melhor presente que uma mulher pode se dar.

A atriz Nicole Kidman, de 56 anos

“Idade não está só na cabeça, infelizmente, o corpo sente os anos passando. Ainda assim, a limitação, na grande maioria das vezes, é muito mais mental e social do que real, e é essa concepção que nos oferece a possibilidade de viver a maturidade com grande riqueza de experiências. Transformar maturidade em sabedoria, é uma escolha, não uma garantia que vem com a idade”, finaliza Fabiana.

Mulheres maduras e a luta contra uma sociedade que supervaloriza a juventude

O que Michelle Obama, Angélica, Luiza Brunet e Serena Williams têm em comum? Todas são mulheres que usaram sua fama e influência para falar sobre um assunto que ainda é tabu na sociedade: a menopausa e como esse momento da vida têm grande impacto na autoestima. No Brasil, o tema começa, aos poucos, a ganhar força e “sair do armário” e muitas pessoas se sentem cada vez mais livres e confiantes para falar sobre suas vivências nesse período da maturidade que chegam às mudanças fisiológicas e emocionais que impactam a autoestima.

Fato é que parar de menstruar vem sendo tratado como um marco do envelhecimento, especialmente em uma sociedade onde juventude e beleza são supervalorizadas. Mudanças no corpo, sintomas desconfortáveis e inseguranças em relação à sexualidade são apenas alguns dos desafios enfrentados pela maior parte delas, uma vez que, segundo uma publicação da Revista Brasileira Análises Clínicas (RBAC), 70% das mulheres quando entram nessa fase experimentam sintomas desagradáveis decorrentes da redução dos níveis hormonais.

Cofundadora da Plenapausa, empresa que visa levar informação, cuidado e tratamento para mulheres 40+ a partir da menopausa, Carla Moussalli destaca a importância de compreender que, nesse momento que marca o fim da sua vida reprodutiva, é necessário reforçar a importância do autocuidado, acolhimento e autoamor como parte essencial para o bem-estar.

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“É um momento de transição único e delicado, no qual esses elementos são fundamentais para promover o equilíbrio emocional e físico. A prática do autocuidado permite que nós, mulheres, nos reconectemos mais com nós mesmas, cuidando da saúde mental e física com mais atenção e carinho. O acolhimento, tanto por parte de profissionais de saúde quanto da rede de apoio familiar e social, oferece suporte emocional e compreensão durante essa fase de mudança”, afirma Carla.

“O autoamor se torna um aliado poderoso, incentivando as mulheres a se tratarem com gentileza, aceitação e amor próprio, promovendo uma relação mais positiva consigo mesmas e com seus corpos. Esses aspectos são essenciais para enfrentar os desafios da menopausa com sabedoria e bem-estar emocional” completa.

Dicas para melhorar a autoestima na menopausa

-Aceite e celebre suas mudanças: a menopausa é uma fase natural e deve ser vista como uma oportunidade para se reconectar consigo mesma e abraçar a vida que você já viveu e tudo mais que ainda está por vir. Ao invés de se concentrar apenas nos aspectos negativos que derrubam a autoestima na menopausa, procure valorizar suas experiências, conquistas e sabedoria acumulada ao longo dos anos. A autoaceitação e a celebração das mudanças podem contribuir para uma maior autoestima e bem-estar emocional durante essa nova fase da vida.

Foto: 123RF

-Priorize o autocuidado: dedique tempo para cuidar de si mesma. Isso pode incluir atividades como exercícios físicos, meditação, yoga ou simplesmente reservar um momento tranquilo para relaxar. Além disso, buscar apoio emocional, seja através de conversas com amigos próximos ou terapia, pode ser fundamental para lidar com as mudanças emocionais que podem ocorrer durante a menopausa.

Botswanayouth

Adote uma alimentação saudável: uma dieta equilibrada pode ajudar a melhorar os sintomas da menopausa, como os fogachos e a irritabilidade. Priorize alimentos ricos em cálcio (para a saúde óssea), vitamina D, fibras e ácidos graxos ômega-3. Também é importante consumir alimentos ricos em fitoestrógenos, como soja e linhaça, que podem ajudar a regular os níveis hormonais.

-Alivie os sintomas da menopausa: existem diversas opções de produtos no mercado que podem ajudar a aliviar os sintomas desconfortáveis da menopausa, como os fogachos e a secura vaginal. Produtos à base de suplementos de isoflavonas de soja ou cremes vaginais hidratantes, podem oferecer alívio.

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Invista na reposição de colágeno: com a idade e a chegada da menopausa, a produção de colágeno pela pele diminui, o que pode levar a rugas e perda de firmeza. A suplementação de colágeno pode ajudar a melhorar a elasticidade da pele, reduzir rugas e, assim, melhorar a autoestima.

Carla também fala da necessidade de se olhar o envelhecimento com lentes atuais, afinal, ter 40, 50 ou 60 anos nos dias de hoje não é como há décadas atrás. “Com movimentos e pautas sobre longevidade tomando cada vez mais força, muitas mulheres ‘têm trazido para mesa’ também a questão da inclusão para todas as idades. As gerações mais novas estão testemunhando os efeitos prejudiciais dos estereótipos estéticos e, por conseguinte, demandam uma representação abrangente. Em um contexto cultural centrado na juventude, as empresas devem revisar sua abordagem em relação ao envelhecimento, e valorizar todas as faixas etárias com as benesses que só o tempo e experiências de vida são capazes de prover”, finaliza.

Fonte: Plenapausa

Mitos e verdade sobre atividade física para público 60+

Entenda o que deve ser levado em consideração ou não quando se fala em exercícios para o público 60+

A busca pela qualidade de vida tem se tornado cada vez mais prioridade entre todas as gerações. A prática regular de atividade física é peça-chave na promoção de uma longevidade saudável. “Cada vez mais estudos mostram os benefícios da atividade física ao longo da vida e destaca seu papel essencial no envelhecimento ativo do corpo e da mente das pessoas”, diz a médica geriatra Polianna Souza, cofundadora do canal Longidade.

No entanto, quando se fala no público longevo, ainda surgem alguns mitos relacionados aos tipos de atividade que podem ou não ser feitos, se eles devem ou não se exercitar com força e intensidade, assim como possíveis danos que esses exercícios poderiam causar. Mas, vale reforçar que se o assunto é saúde na longevidade, a prática de exercícios físicos sempre aparece como uma aliada da boa qualidade de vida.

“Com a prática de atividades físicas, parte do processo degenerativo do envelhecimento é retardado e há uma significativa melhora na circulação, na oxigenação das células, da imunidade e da densidade óssea, ou seja, o corpo funciona de maneira mais equilibrada”, explica a médica nutróloga e cofundadora do canal Longidade, Andrea Pereira, com pós-doutorado em andamento pela Medicina Esportiva da FMUSP sobre obesidade, câncer de mama e exercício.

Veja alguns mitos e verdades sobre a atividade física para quem já passou dos 60:

Mabel Amber/Pixabay

Seniores são mais fracos fisicamente e mais frágeis, não podendo fazer atividade física
Mito.
O público 60+ pode e deve fazer exercícios regularmente de forma orientada e segura. As atividades retardam a perda de força e massa muscular e ainda previnem uma série de doenças.

Nunca é tarde para começar
Verdade.
Especialistas indicam prática de atividades físicas para todas as idades. Respeitando os próprios limites, a atividade pode ser iniciada com qualquer idade.

O corpo humano não precisa praticar atividades físicas à medida que envelhece
Mito.
A atividade física traz uma série de benefícios tanto físicos quanto mentais, como melhora das articulações, na respiração e na atividade cardiovascular.

Atividades podem ser adaptadas para os longevos
Verdade.
Considerando as limitações e condições físicas de cada um, as atividades físicas podem e devem ser adaptadas de acordo com cada necessidade e vontade.

Foto: 123RF

A perda de flexibilidade é inevitável com a idade.
Mito.
A flexibilidade pode ser mantida e até melhorada com a prática regular de exercícios específicos, como yoga e alongamentos, por exemplo. Isso ajuda na prevenção de lesões e ainda melhora a mobilidade.

Atividade física contribui para a prevenção de quedas.
Verdade.
A prática regular de exercícios que melhoram o equilíbrio e a coordenação pode reduzir significativamente o risco de quedas, um problema comum entre esse público. Além disso, o fortalecimento dos músculos também evita essas quedas.

Atividades físicas oferecem perigo às pessoas mais velhas
Mito.
É indicado apenas que se procure um especialista antes do início da prática de alguma atividade física. Após a liberação desse profissional, é essencial contar com a orientação dele para a realização dos exercícios de forma adequada e, assim, sem riscos.

Fonte: Longidade

Geração prateada aposta em jovialidade verdadeira e longevidade saudável

Dentre as tendências internacionais, está a busca de soluções nutri e dermocosméticas pensadas especialmente em pacientes de pele madura, que sofrem com uma queda da capacidade antioxidante e de hidratação da pele; suplementação para complementar a dieta saudável também está em alta

As modificações de conceitos e pensamentos na sociedade, aliadas ao avanço científico e a crescente valorização da importância de hábitos saudáveis e prevenção, nas últimas décadas, permitiram surgir uma classe de consumidores com mais de 50, 60 e 70 anos que direcionam seus padrões de consumo para beleza, nutrição e longevidade.

“Eles são chamados de silver ages, ou geração prateada. Quando pensamos neles, temos que lembrar da importância da mudança de terminologia vista nos últimos tempos. Não falamos mais em anti-aging, esse se tornou um termo obsoleto, antiquado e inapropriado. Agora, o foco é o pró-aging ou well-aging, uma mudança de conceitos que favorece a longevidade com qualidade de vida. Os pacientes mais maduros buscam jovialidade verdadeira, não perdendo sua identidade, sua característica; ninguém quer ficar com aparência de que está fazendo procedimento. A tendência hoje é ser você em sua melhor versão, sem mudar suas características originais”, explica a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos.

“Mas quando pensamos nas alterações de pele, percebemos uma perda do processo de hidratação, surgimento de poros mais abertos, uma queda acentuada da capacidade antioxidante e uma maior necessidade de enfrentar os impactos diretos e indiretos no tecido cutâneo”, completa a farmacêutica.

Nas últimas duas décadas, a parcela dos gastos de consumo pessoal das pessoas com 55 anos ou mais aumentou de menos de 30% para quase 40%. Além da ideia de ‘aproveitar a aposentadoria’, incluindo o lazer nos gastos, a geração prateada também foca em beleza e nutrição.

“As tendências de beleza estão voltadas a tratar alterações de pele para que esse paciente se sinta melhor. Nossa pele tende a sofrer transformações celulares ao longo dos anos, como uma taxa mais lenta de regeneração celular e uma capacidade decrescente de reter umidade. Nesse sentido, o impacto do cortisol, o hormônio do estresse, na pele está sendo bastante contextualizado, em diferentes eventos médicos, juntamente com a qualidade do sono, os efeitos dos agressores ambientais, que conferem uma alteração da arquitetura e biomecânica da pele, causando glicação (endurecimento das fibras de colágeno pelo açúcar excedente), inflamação e perda de propriedades da matriz extracelular”, explica a farmacêutica.

“Se os níveis de cortisol permanecem altos por muito tempo devido a períodos prolongados de estresse, o organismo é demasiadamente estimulado, o que leva a um processo inflamatório associado ao envelhecimento acelerado da pele, além de causar um desequilíbrio do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que é responsável por controlar as reações ao estresse e está relacionado ao bom funcionamento de células como os queratinócitos epidérmicos, folículos pilosos, melanócitos, sebócitos e mastócitos, podendo então desencadear e agravar diferentes condições dermatológicas, como melasma, queda capilar, acne, psoríase e vitiligo”, diz Patrícia.

A farmacêutica destaca que é indicado nesses casos a aplicação tópica de Hyaxel, o ácido hialurônico fracionado vetorizado pelo silício orgânico. “Ele torna-se fundamental principalmente quando a pele é mais envelhecida, porque além de conferir auto-hidratação, é necessário fazer uma renovação, diminuir o impacto do estresse na pele, e esse é o princípio ativo que tem estudos comprovando isso”, afirma.

“Ao mesmo tempo, precisamos de ingredientes ativos que tragam a tecnologia dos silanóis, pois a vetorização em silício orgânico é reconhecida pela pele como parte de si, o que chamamos de biomimetismo, garantindo assim que o ativo alcance camadas mais profundas da pele e atue de maneira muito mais rápida e eficaz. A pele mais madura pode se beneficiar de ativos como Ascorbosilane C, que é uma Vitamina C vetorizada pelo silício, que garante forte atividade antioxidante”, diz a farmacêutica.

A geração prateada também aposta em cirurgias e tratamentos médicos, mas o foco é exclusivamente o resultado natural. “Produtos e tratamentos de beleza pró-envelhecimento surgiram para abraçar melhor a realidade e a beleza do envelhecimento saudável”, conta Patrícia. De acordo com relatório da American Society of Plastic Surgeons, os pacientes decididos pela cirurgia plástica cada vez mais abandonam as imagens de celebridades como parâmetro e buscam resultados naturais e individuais. Nesse sentido, as técnicas evoluíram para conquistar esse novo resultado: o antigo lifting facial foi substituído pelo Deep Plane Facelift, técnica que reposiciona até os músculos da face.

“O lifting inicialmente tratava apenas a camada de pele do rosto, esticando-a e retirando seu excesso. Isso promovia resultados muito artificiais e estigmatizados. O Deep Plane se diferencia pela forma com que se trata o SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), de maneira mais profunda e fazendo um reposicionamento melhor e mais duradouro da anatomia que a idade alterou. A técnica permite um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois trata de forma pontual todas as suas camadas que apresentam envelhecimento”, destaca o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS). Outro tratamento, mas que não é cirúrgico, é o Atria, que age por meio da emissão de ondas de ultrassom que geram calor nos tecidos profundos.

“O calor aplicado no plano muscular causa uma retração no tecido, promovendo um efeito lifting na pele, além de promover neocolagênese, ou seja, a formação de um colágeno novo. Com isso, acontece um reposicionamento dos tecidos, que melhora o contorno do rosto, ‘levantando’ as estruturas”, diz o dermatologista Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

No skincare, essa evolução também acontece: “Em vez de combater todos os sinais de envelhecimento, a filosofia subjacente coloca o foco em uma decisão mais consciente em relação a produtos destinados a complementar a aparência da idade. É importante destacar que o pró-envelhecimento não significa que os consumidores começarão a abandonar as marcas de cosméticos e beleza. Pelo contrário, é o reconhecimento de que o processo de envelhecimento é um desenvolvimento natural – e os ativos cosméticos são fundamentais para a longevidade saudável”, explica.

Com relação à nutrição, longevidade com qualidade de vida também tem como base uma dieta saudável e equilibrada para que nosso corpo receba os nutrientes necessários para funcionar e crescer adequadamente.

Uma nutrição equilibrada é ainda mais importante para os idosos, pois não apenas fornece energia, mas também pode ajudar a prevenir algumas doenças relacionadas à idade. Os suplementos também são indicados, já que o organismo desses pacientes pode não ser capaz de absorver certos tipos de vitaminas e minerais, levando-os assim a tornarem-se deficientes nos nutrientes necessários para uma saúde otimizada.

“Nesse sentido, os suplementos antioxidantes estão em alta. Um dos destaques é o Desmovit, associação de dois fitoterápicos Desmodium adscendens e Lithothamnium calcareum, ricos em flavonoides, polifenóis e antocianidinas; ele é um grande aliado porque trabalha nos principais marcadores, no nosso exército antioxidante, que é catalase, superóxido desmutase e a própria glutationa peroxidase, nossos antioxidantes endógenos mais expressivos. Desmovit confere potente ação antioxidante por aumentar NRF2, considerado o regulador mestre da resposta antioxidante e relacionado com a homeostase celular. Dessa forma, Desmovit irá atuar na prevenção e/ ou redução dos danos oxidativos causados pelos radicais livres”, diz Patrícia.

Os suplementos também podem atuar para tratar os danos do cortisol, garantindo um tratamento 360º quando associado ao produto tópico. “No tratamento oral contra o estresse, Modulip GC é uma molécula capaz de proteger as células e terminações nervosas e a rede neuronal e modular os efeitos do cortisol, regularizando seus níveis de acordo com o ciclo de dia e noite do organismo e auxiliando na redução do estresse, sendo assim um poderoso aliado no tratamento das diferentes patologias dermatológicas associadas a esse fator”, afirma a farmacêutica.

Outra demanda dos Silver Ages é com relação à cognição e saúde cerebral, de forma que os suplementos podem ser um booster importante nesse quesito, segundo a farmacêutica. “São indicados suplementos que melhoram o aporte energético como o Bio Arct, uma biomassa marinha padronizada derivada de uma alga vermelha denominada “Chondrus crispus” constituída pelo dipeptídeo citrulil-arginina; ele é capaz de aumentar a produção energética e o metabolismo celular, o que é importante para o bom funcionamento cerebral”, afirma Patrícia.

Que acrescenta: “Não podemos esquecer também dos nossos neurotransmissores, mensageiros químicos que transportam, estimulam e equilibram as comunicações celulares. Eles são nossos biossinalizadores e precisam estar em níveis fisiológicos ideais para processarmos informações e realizar atividades cotidianas de forma plena. Para essa finalidade, podemos utilizar o Lipo PS 20, ativo padronizado em fosfatidilcolina e fosfatidilserina, que irá atuar no processo de formação de novas memórias, concentração, aumento do metabolismo e funcionalidade cerebral. Mas o ideal é que o paciente também tenha bons hábitos de vida e consulte um médico especialista para o tratamento personalizado”, finaliza a farmacêutica.

Navegar na Internet pode ajudar a proteger os adultos mais velhos contra a demência

Estudo descobriu que indivíduos mais velhos que usam regularmente a internet têm quase metade da probabilidade de desenvolver demência do que aqueles que não usam a internet regularmente. Por uma média de 7,9 anos – e por até 17,1 anos – os autores do estudo acompanharam a saúde cognitiva de 18.154 adultos que não sofriam de demência. As pessoas no estudo tinham entre 50 e 64,9 anos no início do estudo.

Usuários regulares de internet tiveram um risco 43% menor de desenvolver demência em comparação com usuários não regulares. Ao final do estudo, 4,68% dos indivíduos haviam sido diagnosticados com demência. O estudo também sugeriu que os efeitos benéficos do uso da internet dependiam do grau em que as pessoas estavam online, apresentando uma curva em U dos dados.

Os resultados sugerem que as pessoas cujo uso diário da internet foi entre 0,1 e 2 horas mostraram a maior redução no risco de demência. Aqueles que nunca estiveram online ou estiveram lá mais de duas horas permaneceram em maior risco de demência. No entanto, os autores alertam que pequenos tamanhos de amostra impediram a observação de diferenças significativas entre grupos de usuários.

Os autores do estudo também analisaram se o nível educacional, a etnia racial, o sexo e a geração impactavam a associação entre o uso da Internet e o risco de demência. Eles descobriram que o risco de demência não variou com base nesses fatores. O estudo foi publicado no Journal of the American Geriatrics Society Trusted Source.

A quantidade mais benéfica de uso da Internet

De acordo com Scott Kaiser, um especialista em medicina familiar geriátrica no Pacific Neuroscience Institute, não envolvido neste estudo, “havia uma espécie de ponto ideal que se você estivesse na internet por meia hora a 2 horas por dia, era protetor contra a demência. “Muito tempo na Internet não era protetor ou potencialmente prejudicial”, apontou.

Kaiser é cofundador da Determined Health, uma organização dedicada a ajudar os idosos a fortalecer seus laços sociais. Com o uso excessivo da Internet, ele observou que, se as pessoas mais velhas estão doomscrolling (gastar uma quantidade excessiva de tempo lendo grandes quantidades de notícias negativas online) ou navegando compulsivamente em feeds de mídia social carregados de más notícias, elas podem estar “altamente expostas a imagens negativas do envelhecimento e sentindo-se menos autossuficientes”. vale a pena, e se sentir mal por envelhecer […] – esse seria um exemplo em que [muito tempo] poderia ter um efeito negativo.

Muito tempo gasto na internet também pode promover um estilo de vida pouco saudável e mais sedentário. O estudo não capturou exatamente o que seus participantes estavam fazendo online, o que poderia afetar as conclusões do estudo. Snorri Bjorn Rafnsson, Ph.D. da University of West London, no Reino Unido, que também não esteve envolvido na pesquisa, disse ao Medical News Today que “esses resultados específicos merecem uma investigação mais aprofundada”.

“Quais são as razões pelas quais alguns adultos mais velhos podem passar muito tempo online? Eles são solitários? Socialmente isolado? Que outros riscos cognitivos/físicos potenciais eles podem ter? Por outro lado, o que está acontecendo entre aqueles que não usam a internet de jeito nenhum? Acho que essas são questões que podem ser mais exploradas em estudos futuros”, disse Rafnsson.

Por que o uso da Internet pode ajudar a prevenir a demência

De acordo com Kaiser, “sabemos que aprender coisas novas e permanecer cognitivamente engajados é fundamental para proteger nossos cérebros e reduzir nosso risco de demência”.

“Podemos dizer que usar a internet mais tarde na vida pode ter benefícios cognitivos diretos porque aprender e usar novas tecnologias pode estimular o cérebro e, assim, impactar positivamente a função cognitiva das pessoas”, disse Rafnsson. Ele observou que os adultos mais velhos podem usar a internet para busca de informações gerais ou para informações relacionadas à sua saúde. O advento da telemedicina apresenta outra razão para os idosos passarem mais tempo online.

O uso regular da Internet também pode proporcionar uma interação social benéfica com outras pessoas. United State Surgeon General (principal porta-voz para questões de saúde pública no governo federal dos Estados Unidos), em um comunicado intitulado “Nossa epidemia de solidão e isolamento”, descreve a importância de se sentir conectado aos outros.

Como os idosos se sentem em relação ao envelhecimento

Em geral, a participação em atividades na Internet pode promover uma visão positiva do envelhecimento, o que pode trazer benefícios à saúde. Kaiser citou o trabalho da médica Becca Levy, autora de Breaking The Age Code (quebrando o código da idade, em tradução livre). Ele o descreveu como um “trabalho incrível de onde sabemos que nossas percepções do envelhecimento realmente afetam como envelhecemos em termos de longevidade, risco de demência, exatamente como pensamos sobre o envelhecimento”.

Kaiser sugeriu três caminhos pelos quais as crenças negativas sobre a idade podem afetar o risco de demência e envelhecimento:

=Ter uma perspectiva negativa é conhecido por ser prejudicial à saúde
=Maltratar o próprio corpo como se ele fosse um carro velho que não se espera que fique na estrada por muito mais tempo é uma receita para problemas de saúde
=Níveis elevados de cortisol devido ao estresse, bem como inflamação sistêmica.

Tornar a internet mais acessível

Rafnsson propôs que “os adultos mais velhos devem ser apoiados para aprender e usar a nova tecnologia online para qualquer finalidade que desejarem. Há muitos idosos que ainda enfrentam várias barreiras, incluindo falta de habilidades técnicas, custo, falta de apoio social, etc.,explicou.

“Essas barreiras podem impedir que muitos adultos mais velhos colham os benefícios cognitivos e sociais do uso da internet, o que é realmente lamentável”, completou Rafnsson.

“Devemos trabalhar para uma sociedade mais conectada para todos”, finalizou Kaiser.

Fonte: Medical News Today

Confira estilos de cabelos atuais e elegantes para mulheres 50+

Sabemos que hoje em dia, as mulheres acima dos 50 anos não necessariamente precisam ter cabelos curtos. Os longos também podem ser uma ótima aposta de estilo, mas sempre é bom lembrar para as maduras que preferem as madeixas curtas, também há sugestões estilosas perfeitas. A ideia é geralmente não necessariamente seguir a última tendência, mas adotar algo moderno e elegante, ressaltando a vaidade de cada pessoa.

O Tudo pra Cabelo, hub de conteúdo da Unilever, traz sugestões elegantes de cabelos repicados. As opções vão do clássico chanel ao pixie passando pelo corte com franja. São estilos práticos, de manutenção fácil e que ajudarão na economia de tempo, ideal para quem leva um dia agitado.  

O Chanel, por exemplo, um coringa, confere um ar contemporâneo sem radicalismos. Já o corte com franja confere muita leveza ao visual. Um pequeno detalhe que rejuvenesce e dá movimento aos fios.

Foto: ABC/Craig Sjodin

E por sua vez, o pixie cai superbem nas mulheres de personalidade mais ousada. Surgido nos anos 1960, saiu e voltou de moda muitas vezes. Agora, está em alta novamente. 

Os cortes são perfeitos para as mulheres que preferem aderir ao branco. Lembrando que não há necessidade de pintá-los para parecerem modernos, assim como recentemente visto nas madeixas das atrizes Gloria Pires e Jamie Lee Curtis. O importante é valorizar o tipo e o volume dos fios para encontrar o corte que mais combina com cada personalidade. O que vai fazê-la empoderada e se sentir bonita. 

Cuidados

Pela ausência de melanina, o cabelo branco tende a nascer mais grosso e áspero. E com a perda da melanina, ele tende a ficar desprotegido e mais propenso para o ressecamento. Por isso, as madeixas brancas precisam de hidratação. Além de beber bastante água, o uso de leave-ins finalizadores pode ser um ótimo aliado, assim como os chapéus. Como são mais frágeis, o uso de protetor solar também é recomendado. 

Fotos: Pexels

Fonte: Tudo Para Cabelos

A empregabilidade após os 50*

De acordo com o estudo Mercado de Trabalho 50+, elaborado pelo Instituto de Longevidade MAG e publicado em matéria divulgada pelo site da CNN no final do ano passado, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2022 demonstram que, enquanto o índice total de desemprego no Brasil era de 9,3%, entre as pessoas com mais de 50 anos esse índice era de 5,2%.

Essa tendência do índice de desemprego da faixa dos 50+ ser menor que a da população geral também pode ser observada em outros países. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de emprego para pessoas com mais de 55 anos caiu em quase todos os países membros entre 2007 e 2017.

Mesmo se considerarmos a aposentadoria como uma fator que afasta as pessoas do mercado de trabalho, uma vez que pessoas mais velhas podem optar por se aposentar em vez de continuar trabalhando, fica a pergunta: – Por qual razão é tão mais difícil encontrar trabalho quando se envelhece?

Dentre os vários fatores que podem influenciar a dificuldade de recolocação de pessoas com mais de 50 anos, algumas das principais causas endógenas e incluem:

Foto: CPA/Canada

1.A falta de atualização profissional: muitas vezes, os trabalhadores mais velhos podem não ter habilidades atualizadas ou treinamento necessário para as posições atuais no mercado de trabalho, o que pode tornar mais difícil para eles encontrar emprego;

Foto: August De Richelieu/Pexels

2.A expectativa de continuar fazendo o que sempre fez e da mesma maneira: buscar uma atividade após os 50 requer adaptar-se às ofertas disponíveis no mercado, tanto do ponto de vista da posição a ser ocupada quanto da forma como o vínculo de trabalho será estabelecido. Ter sido empregado no regime CLT no passado pode não ser mais uma opção, enquanto a constituição de uma empresa ou os serviços autônomos podem ser soluções que viabilizem o vínculo com quem tem trabalho a ofertar;

3.A saúde: pode ser um fator importante no emprego, especialmente para trabalhos mais exigentes fisicamente. À medida que as pessoas envelhecem, podem ter mais problemas de saúde que dificultam a realização de certas tarefas, tornando mais difícil encontrar emprego.

A solução para os pontos acima começa pela disposição em perceber que o mundo e a vida mudaram, sem que isso seja um problema. Ao contrário, as mudanças devem ser encaradas como desafios importantes e um estímulo para a atualização e adaptação na forma como cada um se apresenta ao mundo.

Fatores externos também influenciam a dificuldade na obtenção de um trabalho, como:

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1. A discriminação etária é um fator que afeta o mundo. Muitos empregadores podem ter preconceito contra trabalhadores mais velhos e preferem contratar pessoas mais jovens, levando trabalhadores mais velhos a se ausentarem do mercado. Isso pode ser resultado de estereótipos que associam idade a problemas de saúde, falta de energia e resistência física. Mas será que trabalhadores mais velhos muitas vezes têm mais experiência e habilidades, o que pode torná-los mais produtivos do que os trabalhadores mais jovens?

2.Também existe a preocupação de que os trabalhadores mais velhos não estejam dispostos a se adaptar a novas formas de trabalhar, como atuar remotamente ou se adaptarem às novas tecnologias. No entanto, a pandemia da Covid-19 mostrou que muitos trabalhadores mais velhos foram capazes de trabalhar de forma eficaz em casa, e alguns até passaram a preferir essa opção. Além disso, a flexibilidade e adaptabilidade são habilidades que muitos trabalhadores mais velhos desenvolveram ao longo de suas carreiras, e eles podem estar dispostos a aprender novas habilidades se tiverem a oportunidade.

3.Por fim, existe a preocupação de que os trabalhadores mais velhos tenham salários mais altos do que os mais jovens, o que pode torná-los menos atraentes para os empregadores. Mas será que a produtividade e a experiência dos trabalhadores mais velhos não compensam eventuais custos adicionais?

Ainda há muito a ser feito para tornar a empregabilidade de pessoas com mais de 50 anos algo natural no dia a dia das pessoas e do mercado. Isso inclui a necessidade de mudar a cultura empresarial para valorizar a experiência e as habilidades dos trabalhadores mais velhos e proporcionar oportunidades de formação e desenvolvimento de habilidades para mantê-los competitivos no mercado de trabalho.

Edson Moraes é sócio do Espaço Meio, Executive Coach desde 2014 e Consultor (Gestão & Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America, seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do Escritório de Projetos e CIO por 4 anos. Master em Project Management pela George Washington University.  Participou de programas de educação executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São Paulo e  Fundação Getúlio Vargas). Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC/SP. Conselheiro de Administração formado pelo IBGC, Coach pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF.  Articulista e palestrante nas áreas de Governança, Tecnologia da Informação e Gestão de Projetos.

95º Oscar: confira as atrizes 50+ que chamaram atenção pela elegância

Ontem foi realizada a 95ª cerimônia de entrega dos Academy Awards, ou Oscars 2023 pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas no Teatro Dolby, em Los Angeles, Califórnia. O grande premiado da noite, com sete prêmios foi o filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, que levou praticamente todas as estatuetas principais, como direção, filme, roteiro original, montagem, atriz, ator e atriz coadjuvante.

Michelle Yeoh é a primeira asiática a ganhar um Oscar como melhor atriz. Ela é malaia-chinesa e tem 60 anos. Em seu discurso comentou: “Obrigada, para todos os meninos e meninas que se parecem comigo que estão assistindo, isso aqui é símbolo de esperança e possibilidade, de que todos os sonhos se tornam realidade. E senhoras, não deixem ninguém dizer que vocês já passaram pelo seu auge”, disse se referindo a provável esnobação que deve ter passado em Hollywood.

Como em todos os anos, costumo fazer uma seleção das atrizes 50+, ou que estão próximas desta idade, que chamaram a atenção pela elegância. Na minha opinião, a mais bela da noite foi Angela Bassett, que não levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por Pantera Negra: Wakanda Forever, mas estava estonteante em um vestido púrpura da Moschino.

No pescoço colar Serpenti de alta joalheria em ouro branco com dois diamantes em forma de pera combinado com brincos de diamantes. Ela também escolheu vários anéis de diamante e uma pulseira de diamantes Serpenti para sua noite especial, tudo da marca italiana Bvlgari. O ponto fraco foi ela não ter escondido a irritação por perder o Oscar para Jamie Lee Curtis, não aplaudindo ou se levantando.

Confira abaixo uma seleção com os mais belos looks da noite:

Fotos: Getty Images

Etarismo: mais de 60% dos profissionais em meia idade estão desempregados

Pesquisa de Profissionais Brasileiros mostra também quais são os setores que oferecem mais oportunidades para mulheres e homens nessa idade

Com o aumento da expectativa de vida, novas perspectivas são oferecidas para a inclusão de colaboradores mais experientes e maduros que sofrem o etarismo no mercado de trabalho. De acordo com a Pesquisa de Profissionais Brasileiros, realizada pela Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos, com profissionais de todo o país, 67,2% das mulheres acima dos 37 anos e 62,1% dos homens acima dos 40 estão desempregados atualmente.

Diante desse cenário, é importante direcionar as atenções para o etarismo no mercado de trabalho, nome destinado a discriminação por idade dentro das empresas. Entre os setores que mais contratam profissionais nesta faixa etária é possível perceber que as mulheres recebem mais oportunidades nas áreas  de Administração (31,5%),  Enfermagem (16,3%) e Ciências Contábeis (8,7%). Já os homens têm mais chances em vagas de Administração (30,5%), Ciências Contábeis (10,4%) e Engenharia Mecânica (7,9%), de acordo com os dados da pesquisa realizada pela Catho. 

“Este cenário tinha tudo para ser diferente. Afinal, profissionais mais velhos tendem a apresentar mais estabilidade e lealdade na relação com o empregador, além de colaborar e agregar o ambiente de trabalho por meio de suas experiências anteriores. Olhando para a nossa pesquisa, é possível perceber que setores de tecnologia, por exemplo, têm um número menor de profissionais mais velhos em seu quadro. É importante que existam cada vez mais programas afirmativos destinados a essa mudança para que as empresas se tornem mais diversas, o que, comprovadamente, traz ganhos como melhorias na resolução de problemas e na produtividade.”, comenta Carolina Tzanno – Gerente Sênior de Recursos Humanos da Catho.  

Uma das alternativas para as empresas avançarem nessa pauta está na inserção de vagas afirmativas, ou seja, destinação de oportunidades indicadas exclusivamente para grupos minorizados, sem distinção de gênero, idade e etnia, prezando sempre pela diversidade.  

Plenapausa participa de evento Minha Idade Não Me Define

Nesta quinta-feira, dia 27, a Plenapausa, primeira femtech no Brasil a promover informação, solução e acolhimento para mulheres na menopausa, participa do primeiro evento presencial Minha idade não me define, na Unibes, em São Paulo. O encontro, feito por mulheres maduras para discutir a menopausa e como ela impacta em suas vidas, trará debates para promover a conscientização sobre saúde, bem estar e qualidade de vida para mulheres que estão passando por esta fase.

O encontro terá uma roda de conversas com Tipiti Barros, do Fika Conversas, e um painel sobre menopausa, sexualidade e impacto emocional. Com mediação da jornalista Adília Belotti, contará com a presença da escritora e psicanalista Sylvia Loeb, do Minha idade não me define, e da médica Juliana Honorato, especialista em climatério e parceira da Plenapausa.

Os ingressos para participar do evento são a partir de R$ 30,00 e podem ser adquiridos pelo Sympla.

Minha Idade Não Me Define
Local: Unibes Cultural
Endereço: Rua Oscar Freire, 2.500, Pinheiros – São Paulo (SP)
Horário: 19h às 22h