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Dengue se combate todo dia o ano todo, lembra pesquisador da Unifesp

Em pouco mais de 100 dias o Brasil registrou aumento superior a 85% no número de casos em comparação a 2021

Os cuidados na prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são antigos e conhecidos por todos. E, ano após ano, os erros também… E são esses mesmos equívocos, seja por parte do poder público e ou da própria população, que permitem a perpetuação dos problemas de saúde pública em relação à dengue. Neste início de ano, dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o país contabilizou quase 324 mil casos da doença desde janeiro até o dia 15 de abril último, com 79 mortes pela doença. Trata-se de um aumento de infecções de 85,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

E a pergunta que paira no ar é a mesma sempre: a que isso se deve? E a resposta não é tão simples como se pensa. “É muito difícil estabelecer uma relação e até uma explicação muito clara por conta desse aumento da dengue. Ela tem um comportamento muito errático e irregular. Se você olhar nos últimos 20 anos vai ver que tem anos sem dengue, dois anos, às vezes três anos e, de repente, você tem um surto enorme. Aí durante dois anos você tem muitos casos, depois volta um ano sem. Então é muito difícil entender o porquê isso acontece e sequer fazer previsões”, analisa Celso Granato, professor livre-docente aposentado da disciplina de infectologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O especialista explica que são quatro os vírus causadores da dengue e que eles se alternam muitas vezes, embora com predominância maior dos sorotipos 1 e 3: “Em geral o 1 é o mais frequente, mas eles se alternam. Depende muito do regime de chuvas e o Brasil é um país muito variado, muito heterogêneo do ponto de vista de temperatura e do regime de chuvas. Então, se você juntar todas essas variáveis fica muito difícil prever quando vai ter novo surto”.

Granato também opinou sobre o crescimento dos casos de dengue no Centro-Oeste do Brasil, com 242% de aumento, o mais expressivo entre todas as regiões do país, com 648 casos para cada 100 mil habitantes: “Da mesma forma, quando você vai olhar ao longo dos últimos 20 ou 30 anos esse é o comportamento da doença. Ela predomina numa determinada região, depois de alguns anos volta a estar nessa região e às vezes ela muda para outra. Isso depende fundamentalmente do tipo de vírus que está incidindo em uma certa região, se é o 1, 2, 3 ou 4, e depende muito do regime de chuvas. Esse ano, por exemplo, foi um ano que choveu muito e, provavelmente, também naquela região Centro-Oeste”.

Por que é que acontece isso? “Quando você tem muita chuva esses ovos que os mosquitos vão colocando ao longo da vida eclodem, eles abrem e liberam mosquitos que já nascem contaminados. Existe um processo, no caso dos arbovírus, como dengue, zika e chikungunya, que tem uma transmissão transovariana do vírus. Você tem vírus que é do mosquito fêmea, que passa para os ovinhos. Esses ovinhos quando eclodem já dão nascimento a mosquitos contaminados. Eles não precisam picar uma pessoa para se contaminar. Quando tem uma região que chove muito e onde faz muito calor, como a região Centro-Oeste, e se lá choveu muito e precisaria dar uma olhadinha no regime de chuvas, mas é bem provável que tenha chovido mais do que o habitual, isso aumenta o número de casos também”, afirma Granato.

Ele completa dizendo que depende também quando foi o último surto naquela região, porque esses surtos são cíclicos. Por exemplo: se tem um surto agora e passa dois ou três anos sem ter surto aumenta o número de pessoas suscetíveis. E aí tem chance de ter um surto maior do que em outras circunstâncias. A questão da dengue é sempre muito difícil de explicar em função das muitas variáveis que atuam e ainda tem um balanço entre elas.

O infectologista ressalta que para evitar dengue as lições já são bem claras e que as lições de casa não têm sido feitas: “O que acontece? A gente tem que matar mosquito, só que tem que matar o ano inteiro. E o que ocorre é que você tem um ano com muitos casos de dengue, no ano seguinte o pessoal acaba assustando, faz um combate mais efetivo, só que no ano seguinte não tem. Talvez não tenha porque não teria mesmo, porque como falei é um regime errático e aí quando chega o segundo ano sem dengue a autoridade pública pensa assim: ‘Para que é que eu vou ficar matando mosquito se o ano passado não teve?’ Então deixa de combater esse ano. No ano seguinte tem dengue. Fica muito difícil para a autoridade política poder estabelecer um regime. Ela teria que investir esse dinheiro todo ano matando mosquito. Ao longo do tempo isso implicaria num menor número de casos, só que isso não é feito”.

O pesquisador pondera que nos últimos anos, em função da covid-19, ocorreu um outro fenômeno, o esgotamento dos recursos públicos. “Certamente a saúde pública teve que gastar muito dinheiro com relação à internação e na campanha de publicidade para alertar a população com relação à pandemia e, certamente, faltou muito recurso para poder se aplicar em outras doenças, haja visto que você vê os relatórios da Organização Mundial da Saúde, por exemplo, dizendo que aumentou muito o número de casos de tuberculose. É porque faltou dinheiro para as outras áreas. Se é que existe uma relação é econômica, financeira, a autoridade pública não teve dinheiro para manter o mesmo combate à dengue porque gastou muito com a Covid. Agora, certamente se tivesse investido o mesmo dinheiro de uma forma mais constante para matar mosquito ao longo do tempo, teria menos arbovirose de uma forma geral, mas isso não tem sido feito mesmo nos anos em que a gente não tem Covid”.

Vacina, mosquito transgênico e bactéria

O professor aposentado da Unifesp explica que dengue, por ser uma doença majoritariamente tropical e pouco afetar países que estão fora dessa zona geograficamente, como França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, tende a despertar menos interesse por parte destas nações no desenvolvimento de uma vacina para proteção. E que dependeria fundamentalmente do Brasil trabalhar para uma solução nesse sentido: “A gente tem informação de que o Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra a dengue. Eles não têm publicado muitos resultados ao longo do processo e não sabemos em que pé está isso”.

Granato entende que o combate à dengue utilizando mosquitos transgênicos pode funcionar, porém o custo envolvido nesse tipo de ação é muito oneroso: “O mosquito transgênico é um mosquito estéril, mas ele compete com o mosquito selvagem natural, porém é muito caro, porque como ele é mais frágil do ponto de vista de outras doenças do mosquito ele morre mais cedo. Você tem que ter cinco vezes mais mosquito transgênico do que mosquito natural”.

Ele completa: “A estratégia que me parece melhor é o uso da Wolbachia, mas eu não sei o porquê não tem sido dada a devida importância a ela. A Wolbachia é uma bactéria que parasita o intestino do mosquito. É para se disseminar na natureza essa bactéria porque ela não acomete o ser humano e ela mata mosquito, ela tem uma transmissão entre os mosquitos. Isso combateria de uma forma bastante eficiente e até onde eu sei barata para você reduzir a superpopulação de mosquitos”.

O pesquisador reitera que o combate à dengue tem que ser todo o ano, pelo ano inteiro, independente de se ter ou não a doença. “Quando isso foi feito o sucesso foi muito grande”, encerra o infectologista.

Fonte: Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)

Leptospirose e dengue : saiba como se prevenir em época de enchentes

Especialista orienta o que fazer para evitar o contágio por doenças características do verão

Os primeiros meses do ano têm sido marcados por fortes chuvas principalmente em estados das regiões Sudeste e Nordeste. O grande volume de água é uma característica do verão brasileiro, o que aumenta os riscos de enchentes, alagamentos e deslizamentos de terra. Com isso, cresce também o número de casos de leptospirose, doença transmitida pelo contato com a urina de ratos. De acordo com o Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, isso ocorre porque quando as enchentes e transbordamentos de rios e córregos acontecem, a urina de ratos existente em esgotos e bueiros mistura-se à água das enxurradas e à lama.

Segundo dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde divulgado em março do ano passado, no período de 2010 a 2020, foram confirmados 39.270 casos de leptospirose no país com 3.734 óbitos, com letalidade média no período de 8,7%

Em caso de moradias alagadas, o infectologista indica medidas necessárias para limpar os ambientes e utensílios. “O ideal é utilizar luvas, botas de borracha ou outro tipo de proteção, como sacos plásticos duplos, para as pernas e os braços. O que não puder ser recuperado deve ser descartado e a lama que permanecer nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos deve ser removida com escova ou vassoura, sabão e água limpa. Para a limpeza de ambientes e superfícies deve-se utilizar produtos à base de hipoclorito de sódio (como água sanitária).” Ainda segundo o infectologista, todos os alimentos que tiveram contato com a água das enchentes devem ser descartados, pois mesmo quando lavados e secos, ainda podem estar contaminados.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Os principais sintomas da leptospirose são dores pelo corpo – principalmente nas panturrilhas -, febre, icterícia rubínica (coloração amarelada na pele e nos olhos, que por vezes podem ficar avermelhados) e dor de cabeça. O período de incubação da doença pode chegar a até 30 dias, mas normalmente os sintomas se manifestam entre 7 e 14 dias após a exposição ao risco. O diagnóstico da doença é feito por meio de exame de sangue. Em alguns casos, quando a exposição a água de enchente é prolongada e, portanto, de alto risco para a infecção, existe indicação de mediadas profiláticas.

O tratamento da leptospirose consiste no uso de antibióticos e medidas de suporte clínico, muitas vezes requer internação hospitalar. “A qualquer sinal dos primeiros sintomas é importante procurar um médico e relatar o contato com a enchente, para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível”, afirma o infectologista. Se não tratada adequadamente, a leptospirose pode causar comprometimento renal, hepático e pulmonar e até mesmo levar à morte.

Dengue, zica e chikungunya

Foto: Post and Courier

Os períodos de chuvas intensas, típicas nos meses de verão, aumenta a preocupação dos especialistas com a proliferação dos casos de dengue, zica e chikungunya, que são provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, cuja reprodução é maior durante a estação mais quente do ano. Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo apontam que cerca de 143 mil casos da doença foram registrados no estado em 2021.

Os principais sintomas da dessas doenças são febre alta, manchas na pele, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente nas articulações. Quem apresenta esses sintomas deve procurar o seu médico ou pronto atendimento, pois são doenças potencialmente graves.

A principal forma de prevenção é eliminar pontos que podem acumular água parada e que provocam o surgimento de poças de água, locais propícios para a proliferação das lavras do mosquito transmissor dessas três doenças. Por isso, o infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta sobre a importância de manter caixas d’água bem tampadas, evitar o acúmulo de lixo, realizar a limpeza frequente de ralos, calhas além de eliminar pratos em vasos de plantas. Aqueles que têm animais de estimação, como cães e gatos também precisam dedicar atenção aos recipientes usados como bebedouros dos animais, pois esses locais podem se tornar focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, zica e chikungunya.

Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Números da dengue disparam no Brasil neste começo de ano

Enquanto a possibilidade do coronavírus chegar ao país concentra todas as atenções, quantidade de infectados pela dengue cresce mais de 70% em relação a 2019

Os casos de dengue dispararam neste início de 2020. Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, até a quarta semana deste ano (25/01), foram contabilizados 57.485 casos prováveis da doença em todo o país – a estimativa é que este número já chegue próximo dos 100 mil, somando os dados das secretarias de saúde dos municípios e estados.

Se os dados forem confirmados, teremos um aumento de 71% em relação ao primeiro bimestre de 2019. Para a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Glaucia Fernanda Varkulja, do Hospital Santa Catarina, estamos próximos a um novo surto de dengue, especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste. “A incidência é relativamente cíclica, e para 2020 já esperávamos um comportamento mais agressivo”, afirma.

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Foto: Muhammad Mahdi Karim – Wikipedia

A dengue é transmitida apenas pela fêmea do mosquito Aedes aegypti (assim como a zika e chikungunya). Quando este mosquito pica alguém contaminado com o vírus, passa a carregá-lo por toda a sua vida e transmiti-lo para as outras pessoas que venha a picar. Porém, mesmo infectado, o mosquito só se torna infectivo (apto a disseminar o vírus) entre 10 e 12 dias, após se alimentar com o sangue de alguém infectado.

A fêmea precisa do sangue humano para amadurecer seus ovos; e para reprodução, deposita seus ovos em ambiente aquático (para eclodir e se desenvolver aos estágios de larva, pupa e, finalmente, mosquito). Quanto maior a longevidade desse grupo de mosquitos, maior a chance de termos elementos infectivos.

As altas temperaturas e grande incidência de chuvas do verão ajudam na proliferação do Aedes. “Calor, chuvas e água parada tornam o ambiente propício para a formação de criadouros do mosquito”, explica Glaucia.

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Apesar das quantidades de casos de chikungunya (3.439) e zika (242) serem parecidas com as do último ano, ela alerta que a possibilidade de aumento nas incidências dessas outras doenças não pode ser descartada. “Como o vetor já está circulando e o mesmo mosquito é o responsável pela transmissão, então o risco existe. Em 2019, foram mais de 300 casos confirmados de chikungunya, e mais de 70 de zika, somente no Estado de São Paulo”.

Segundo a especialista, o sorotipo do vírus que está em circulação é o tipo 2, o que aumenta a chance de evolução de casos mais graves, por conta de resposta imunológica não específica. “São quatro sorotipos que causam a doença, e as pessoas são imunologicamente vulneráveis a todos. Mas quando se tem doença por um sorotipo, a resposta imunológica (de proteção) à doença é específica, não protege dos demais”.

Os quatro tipos do vírus da dengue são os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Cada pessoa pode ter os quatro sorotipos da doença, mas a infecção por um deles gera imunidade permanente a ele e temporária contra os demais. Os casos mais graves, associados a qualquer um dos sorotipos, podem ocasionar a dengue hemorrágica, que é quando a coagulação sanguínea do paciente sofre alterações drásticas, o que pode levar a óbito.

Prevenção

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A infectologista destaca que prevenir-se é a melhor forma de combate à dengue. Medidas simples, como substituir a água dos pratos de vasos por areia; manter as caixas d´água tampadas; cobrir reservatórios de água e piscinas; e não deixar expostos materiais que possam acumular água (garrafas, latas e pneus, entre outros) ajudam toda a vizinhança.

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Para o uso pessoal, ela indica repelentes à base de DEET, icaridina e IR 3535, e evitar a exposição em horário de atividade da fêmea do mosquito (os hábitos são diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer).

“As pessoas devem estar atentas aos sintomas da dengue – febre, náuseas, vômitos, vermelhidão ou manchas pelo corpo, dores na cabeça, atrás dos olhos ou no corpo. Se sentir isso, procure o serviço médico, e siga as orientações, beba bastante líquidos, repouse, e não tome remédios sem prescrição médica”.

Fonte: Hospital Santa Catarina

Dengue: como as crianças podem gerenciar riscos e construir o futuro*

É fato conhecido há muito tempo que a educação continuada é a melhor forma de induzir e manter mudanças comportamentais desejáveis. É também amplamente aceito que quanto mais cedo essas atividades ocorrem na vida dos indivíduos mais firmes e permanentes as mudanças comportamentais desejadas se consolidam e perpetuam no cotidiano da sociedade. Para mencionar apenas alguns exemplos, lembremos das campanhas de prevenção ao fumo e de educação no trânsito conduzidas nos países desenvolvidos.

O Brasil convive com epidemias recorrentes e com número crescente de casos de dengue há quase 40 anos, desde a reintrodução da doença no país no início dos anos 1980. Quando inúmeras campanhas de esclarecimento foram divulgadas pelo governo, ensinando a população sobre Aedes aegypti, risco de dengue e medidas necessárias para controle do vetor.

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Foto: Muhammad Mahdi Karim – Wikipedia

Sempre se mostrou nas peças publicitárias a importância do envolvimento populacional nas medidas de controle deste mosquito. No entanto, essa ênfase não gerou resultados comportamentais práticos nas vidas das pessoas. Não são todos que estão abertos a mudanças. Mudar é um verbo difícil de ser conjugado. É muito mais producente educar crianças.

Infelizmente, até hoje, decorridos 40 anos da existência da doença em nosso meio, e mesmo com o advento de novos agravos como chikungunya e zika, a mudança comportamental esperada não se fixou na população.

Por isso é imprescindível a educação infantil sobre o Aedes aegypti, doenças por ele transmitidas e medidas de controle necessárias. Educação infantil é a forma mais eficiente de provocar mudanças comportamentais na sociedade, não apenas pela fixação nas crianças, mas, também, e principalmente, pelo exemplo e cobrança que elas exercem na população adulta.

A Unifesp e a FapUnifesp (Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo), em parceria com profissionais genuinamente engajados na educação de crianças do Fundamental I e II, articulou um projeto sistemático de educação infantil para instigar a força do agente de gestão de risco e de construção do futuro nas crianças.

O sucesso no controle do Aedes aegypti e das doenças por ele transmitidas é um pilar importante para o futuro de milhões de crianças e adultos. Desenvolver um programa de educação infantil com material e ações inovadoras de ótima qualidade técnica e científica é, de longe, uma das melhores iniciativas de educação populacional já feita no Brasil nessas décadas de epidemias de dengue.

O futuro começa a ser construído hoje, com ações firmes e transformadoras. Riscos negligenciados hoje serão dor e sofrimento amanhã. Portanto, tem todo sentido civilizatório as crianças serem agentes proativos de gestão de risco e de construção do futuro. Afinal, o futuro é delas, assim como todas as consequências das negligências e omissões do presente.

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Não temos tempo a perder. Políticas públicas brasileiras gastaram muito dinheiro e tempo. Várias com resultados aquém do aceitável. Urge acharmos soluções producentes e velozes. Esse é o foco e pilar do projeto.

*Marcelo Nascimento Burattini é médico infectologista, professor da Unifesp e FMUSP e consultor do Programa Nacional de Controle das Doenças Transmitidas por Aedes aegypti desde 1986

Casos de dengue aumentam 600%: testes rápidos podem evitar complicações

Em apenas um ano, a quantidade de casos de dengue cresceu quase 600% em todo o país, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 11 de setembro. Até 24 de agosto, foram registradas mais de 1.439.471 pessoas infectadas com o vírus. Os estados de Minas Gerais (471 mil ocorrências) e São Paulo (437 mil) são os que apresentam o maiores índices epidêmicos.

De acordo com a Fundação Nacional da Saúde, a identificação precoce dos casos é de vital importância para a tomada de decisões e implementação de medidas de maneira oportuna, visando o controle da doença. Um dos problemas relacionados à dengue é a dificuldade em confirmar o diagnóstico, necessário para o início dos cuidados com o paciente.

Por isso, e para evitar terapia inadequada (que até pode contribuir para piora dos sinais e sintomas), os testes rápidos são uma forma eficaz de se poupar problemas maiores e óbitos por dengue. Em poucos minutos, confirma-se o diagnóstico da doença. A tecnologia ajuda, ainda, a distingui-la de outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, como Chikungunya e Zika.

Segundo o Diretor Médico da MedLevensohn, Alexandre Chieppe, a primeira manifestação da dengue é a febre, geralmente de 39ºC a 40ºC, de início súbito, associada a dores de cabeça, musculares, articulares e atrás dos olhos. “A maioria dos pacientes apresenta uma evolução benigna, com melhora dos sinais e sintomas em até sete dias. Em alguns casos, entretanto, a doença pode evoluir para formas graves”, afirma.

Nestes casos, ocorre extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos, causando queda da pressão arterial, aumento da concentração de hemácias, dor abdominal e tonteiras. O início do tratamento, principalmente com a hidratação adequada, ajuda a prevenir da doença.

“Diagnosticar ou excluir a possibilidade da dengue permite o tratamento oportuno ou o direcionamento da investigação para outras doenças infecciosas. A maioria das enfermidades infectocontagiosas apresentam sinais e sintomas muito semelhantes nas fases iniciais, mas tratamentos muito diversos”, diz Chieppe.

Desta forma, o teste rápido é grande aliado: realizado em apenas dez minutos, em qualquer fase da doença, com amostras de sangue (uma gota por punção digital), ou com amostras de soro ou plasma. Este material é colocado em um cassete e, depois, é adicionada uma solução tampão.

“O teste imunocromatográfico rápido é muito simples de ser utilizado, não necessita de estrutura laboratorial ou de profissionais de saúde especializados. Portanto, pode ser utilizado em qualquer nível de atenção à saúde, desde postos de saúde até grandes emergências”, ressalta o médico.

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Os testes rápidos têm a grande vantagem de fornecer o resultado em poucos minutos por meio de uma leitura visual do resultado, sem requerer equipamentos adicionais e utilizando pouco volume de sangue capilar, diferentemente dos habituais realizados em laboratórios de análises clínicas, nos quais o tempo de espera pelo resultado pode levar alguns dias.

Fonte: MedLevensohn

Higienização de ambientes compartilhados evita doenças*

Corrimões, botões de elevadores e maçanetas das portas, balcões de portaria, entre outros locais, com grande circulação de pessoas, precisam de uma higiene cuidadosa e constante.

O outono já chegou e as temperaturas já começam a cair e o clima fica mais seco, o que propicia a incidência de doenças, como gripes e alergias comuns nas estações frias. A transmissão de vírus normalmente acontece através de tosse ou espirros das pessoas infectadas ou ao passar as mãos em superfícies que estejam contaminadas e em seguida tocar os olhos, o nariz ou a boca.

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Tanto no outono quanto no inverno é muito comum as pessoas preferirem os locais fechados e evitarem a friagem, o que resulta em aglomerações e, consequentemente, o contágio por vírus. Para evitar isso, a higiene deve ser redobrada, mas não somente a pessoal é suficiente para combater os monstros invisíveis. Nos condomínios residenciais e comerciais, por exemplo, há grande circulação de pessoas em todas as áreas úteis e comuns aos frequentadores, usuários e moradores. Com isso, aumenta a probabilidade de contaminação de algumas doenças.

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Outra reclamação comum nas estações outono e  inverno está relacionada às alergias respiratórias (irritação das vias aéreas). Isso também porque as pessoas ficam mais dentro dos ambientes, seja casa ou apartamento, que ficam mais tempo fechados por causa do frio, impedindo maior circulação de ar. Um dos fatores que provoca a alergia é a poeira, provocada por ácaros que gostam de locais escuros, úmidos e quentes. Os especialistas garantem que independe de época do ano, a limpeza diminui a incidência dessa doença, já que elimina a poeira e as contaminações.

Mas, como viver tranquilamente, sem medo de contrair um vírus ao tocar em corrimões, botões de elevadores e maçanetas das portas dos condomínios? E como confiar a limpeza de um local extenso e de trânsito alto de pessoas a quem não é especializado nesse tipo de trabalho?

Para locais de grande circulação, como nos condomínios, é recomendável a contratação de serviços profissionais, em que as pessoas encarregadas da limpeza tenham conhecimento sobre a melhor forma de higienização e qual frequência ideal para o serviço.

Para isso, o mais indicado é a contratação de empresas especializadas, que trabalham com terceirização do serviço e oferecem serviços de limpeza para pequenos, médios e grandes condomínios tanto residenciais como comerciais. Empresas confiáveis possuem funcionários treinados especificamente para este tipo de trabalho, como os auxiliares de limpeza e auxiliares de serviços gerais.

Esses profissionais recebem um treinamento com instruções teóricas e práticas sobre atendimento a clientes, postura profissional, cronograma das atividades diárias e programadas, tipos de produtos e suas finalidades e, principalmente, conhecem técnicas de higienizar ambientes. E para garantir o bom resultado, esses profissionais possuem encarregados que fiscalizam se o trabalho está sendo desenvolvendo de acordo com as instruções.

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De qualquer forma, cuidar da limpeza é crucial em todos os lugares. Ter um ambiente sempre limpo e bem cuidado mantém uma boa aparência, como também afasta insetos e também evita o perigoso Aedys aegypti – que transmite, além da dengue, a febre chikungunya e o vírus zica – que não tem época restrita para se proliferar, já que nosso país é tropical.

Entre as recomendações está colocar o lixo fora no mínimo uma vez por dia, lavar cestos e latas de lixo sempre que possível e eliminar locais propícios ao acumulo de água parada. Medidas como essas afastam o mau cheiro e evitam que ratos e insetos se proliferem nas áreas condominiais. É recomendada ainda a limpeza de áreas de lazer, como salões de festas, parquinhos e playgrounds.

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Foto: Sun Cline Cleaning

O síndico e os responsáveis pela manutenção do condomínio devem ficar atentos às áreas mais necessitadas de limpeza, porém também é dever de todos os condôminos contribuir com a organização e a higiene, tanto de seus apartamentos quanto das áreas sociais para que o local esteja limpo e bem apresentável.

*Amilton Saraiva é especialista em condomínios da GS Terceirização

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Projeto Verão: combate ao mosquito da dengue requer atenção

Prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypt precisa começar antes da alta estação para evitar a proliferação do mosquito

Com a proximidade do verão, o sinal de alerta para o combate à dengue se acende. Por conta do calor e do período de chuva extensas é possível observar um aumento na proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Além da dengue, a atenção se estende à zika e à chikungunya, doenças também transmitidas pelo mosquito.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018 foram registrados 101.863 casos de dengue, 29.675 de chikungunya e 2.985 de zika. Para incentivar as campanhas de sensibilização sobre o tema, a Doctoralia, plataforma que conecta profissionais de saúde e pacientes, antecipa a discussão e esclarece os principais pontos do tema.

Prevenção

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De acordo com a infectologista e membro da Doctoralia, Diana Galvão Ventura, a prevenção, consiste no combate ao foco do mosquito. “É mais fácil eliminar o vetor na fase de larva do que na fase adulta, quando já é mosquito. O Aedes se prolifera na água acumulada. Ele prefere a limpa, mas também deposita ovos na água suja, então é importante eliminar todos os focos: tampar caixas d’água, esvaziar vasos de planta e pneus, desativar piscinas abandonadas etc.”. Ela ainda complementa que o uso de repelente nas áreas expostas do corpo também é um recurso válido.

Sintomas

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Os principais sintomas da dengue, de acordo com a infectologista, são febre alta, dor muscular, dor de cabeça, dor nos olhos, dor nas articulações, manchas pelo corpo, dor abdominal, enjoo, vômito e diarreia. “O paciente pode apresentar uma combinação de alguns sintomas, que também podem se agravar a depender do grau da doença. No caso da zika, eles aparecem de forma mais branda, já no caso da chikungunya a dor articular é mais intensa e tem maior duração – com idas e vindas – podendo evoluir para um quadro crônico”, complementa Diana.

Em todos os casos, os grupos de risco da doença, especialmente das formas graves, são crianças, idosos, gestantes (as três doenças são transmissíveis para o feto) e pessoas com alguma imunodeficiência. Nessas situações, os sintomas podem ser mais intensos e as consequências ainda mais sérias. “A zika tem o agravante de ser transmitida sexualmente e, apesar da dengue ser considerada mais grave de forma geral, tanto a zika como a chikungunya podem desencadear complicações neurológicas”.

Tratamento

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Foto: Shutterstock

O primeiro passo é sempre buscar atendimento médico para se obter um diagnóstico assertivo e dar início ao tratamento adequado. “Os cuidados com a dengue envolvem a hidratação intensa para reposição de fluidos. Esse também é um aspecto importante para as outras doenças, mas não em caráter tão imediato. A chikungunya, por exemplo, precisa entrar mais forte na analgesia por conta das dores”, comenta a médica.

No serviço “Pergunte ao Especialista” – que permite tirar dúvidas sobre saúde de forma gratuita e anônima -, as perguntas mais comuns dizem respeito ao tratamento e aos remédios que podem, ou não, interferir no processo. Diana explica que medicamentos anti-inflamatórios e aspirina devem ser evitados e, para evitar complicações, o acompanhamento médico é sempre recomendável.

Fonte: Doctoralia 

Proximidade do verão: cuidados contra doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, divulgados recentemente, apontam que o número de casos de dengue no estado dobrou em 2018, se comparado ao mesmo período em 2017. De janeiro a setembro do ano passado foram registrados 4.611 casos, enquanto neste ano foram 9.332.

Com a proximidade do verão, época do ano com maior risco de transmissão da doença, o quadro mostrado torna ainda mais urgente alertar a população sobre as ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti.

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Ainda nos últimos dois anos, segundo dados do Ministério da Saúde, o país registrou um de seus surtos mais expressivos da febre amarela, principalmente em estados da região Sudeste, quando foram registrados 779 casos humanos e 262 óbitos. “Daí a necessidade de estados e municípios reforçarem as estratégias de intensificação da vigilância e da vacinação em todo o país, especialmente para essa época do ano”, diz o Biólogo Luiz Eloy Pereira, vice-presidente do CrBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).

Bem adaptado às zonas urbanas, o Aedes aegypti se reproduz colocando ovos em locais com água parada. Portanto, uma das principais ações de prevenção ao mosquito é eliminar esses possíveis focos.

“São as velhas dicas de cuidado com armazenamento irregular de pneus, pratos de vasos de planta, garrafas e outros objetos onde geralmente ocorrem acúmulo de água”, lembra o biólogo. Ele ainda diz que o ideal é dar início à campanha de conscientização antes de um novo surto se instalar. “A melhor jeito de evitar o mosquito é impedindo sua reprodução”.

Abaixo, o vice-presidente do CRBio-01 lembra alguns cuidados que devem ser tomados para não criar ambientes propícios à reprodução do mosquito:

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– Tonéis e caixas d’água devem estar bem fechadas;
– Fazer a manutenção periódica da limpeza das calhas;
– Armazenar garrafas com a boca para baixo;
– Utilizar tela nos ralos;

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– Manter lixeiras sempre bem tampadas;
– Colocar areia nos pratos de vasos de plantas;
– Limpar os bebedouros de animais com escova ou bucha;
– Acondicionar pneus em locais cobertos;
– Eliminar água sobre as lajes;

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– Fazer a coleta e eliminar detritos e entulhos em quintais e jardins.

Fonte: Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS)

Pôster transforma chuva em armadilha contra mosquitos transmissores de doenças

Projeto que extermina larvas do Aedes aegypti é uma iniciativa da ONG Habitat Brasil, criada pela agência BETC São Paulo

Em países tropicais como o Brasil têm chuva o ano todo, o que aumenta o acúmulo de água parada e os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, e outras doenças, principalmente em favelas e áreas de difícil acesso. Para chegar nesses lugares, conscientizar a população e combater o surgimento do inseto, a organização social Habitat para a Humanidade Brasil, em parceria com a agência de publicidade BETC São Paulo, criou pôsteres especiais que se dissolvem na chuva e matam o mosquito antes mesmo dele nascer.

Além de informar a população sobre o perigo do acúmulo de água parada, a única maneira de combater o mosquito é eliminando suas larvas no foco de reprodução. Unindo essas duas vertentes, instituição e agência desenvolveram “O Pôster Solúvel”. Essa solução nasceu a partir de um poderoso larvicida, o BTI (Bacillus Thuringiensis Israelensis), desenvolvido por uma das mais destacadas instituições de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, somado à papel de arroz solúvel e cola orgânica.

Nos dias de sol, os pôsteres trazem mensagens educativas que ensinam as pessoas a evitarem água parada. Já quando chove, as folhas se dissolvem, acompanhando justamente o trajeto feito pela água, liberando o larvicida presente em sua composição e eliminando as larvas do mosquito. Com apenas um pôster é possível exterminar os focos do Aedes aegypti em até 200 litros de água, por até 60 dias.

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“É muito difícil conscientizar as pessoas, mesmo na questão do lixo, do entulho, do lixo doméstico, das bocas-de-lobo que entopem. E fica tudo ali, com aquela água podre parada na rua”, conta Dona Dilza, moradora da comunidade de Heliópolis, localizada na zona sul de São Paulo. “O projeto chega de forma inovadora. Educa, previne e mata o mosquito onde a gente não chega”, acrescenta Denis Pacheco, Coordenador de Programas da Habitat.

Como parte da iniciativa, acontece neste sábado (9) uma ação de combate ao Aedes aegypti, em Heliópolis (SP). Voluntários da Habitat Brasil e moradores da comunidade se unirão para colar diversos pôsteres nos principais pontos da comunidade, das 09h às 12h. A ação será realizada em parceria com a UNAS (Associação de Moradores de Heliópolis e Região).

Além disso, os pôsteres também possuem uma tecnologia especialmente elaborada para que o larvicida não prejudique o meio ambiente, os animais e nem às pessoas, agindo apenas contra os mosquitos. São diferentes tipos de ilustrações criadas por Ricardo Célio, Feik e Puga Menezes, artistas conhecidos em algumas das comunidades afetadas pelo problema.

Assista aqui ao filme explicativo clicando aqui.

Sobre a Habitat para a Humanidade Brasil

Habitat para a Humanidade Brasil começou a atuar no país em 1992, motivados pela visão de que cada pessoa merece um lugar digno para viver. Desde então, já desenvolveu projetos sociais em 12 estados e apoiou mais de 76 mil pessoas na construção ou melhoria de suas casas, assim como no acesso à água potável em regiões de seca. A organização atua em espaços democráticos para propor e incidir por políticas públicas de acesso à moradia.

Além disso, promove capacitações para fortalecimento de mulheres, jovens, lideranças e comunidades e, através de ações de voluntariado e mobilização, busca envolver a sociedade na luta pelo direito à moradia adequada. Dessa forma, a Habitat Brasil apoia famílias para que elas alcancem a força, estabilidade e autossuficiência necessárias para construir um futuro melhor. Fazemos parte da rede global Habitat for Humanity, presente em mais de 70 países. Para saber mais, visite o site Habitat Brasil.

Sobre a BETC São Paulo

Fundada na França em 1994, a BETC é uma das maiores e mais premiadas agências do mundo. Com escritórios em Paris, Londres e Los Angeles, chegou a São Paulo em 2014. A unidade brasileira, que em 2017 se fundiu com a Havas Worldwide, é presidida pelo sócio e fundador Erh Ray, à frente de uma equipe multidisciplinar que atende os clientes Citroën, Dzarm, Fundação Pró-Sangue, Hering, Hershey’s, Jequiti, LVMH, MASP, Parmalat, Pão de Açúcar, PepsiCo, Peugeot, TrendFoods e Reckitt Benckiser.

 

Dicas para quem tem dúvidas na hora de usar repelente 

Dermatologista alerta que repelentes caseiros não possuem eficácia comprovada

O Ministério da Saúde informou que o Brasil confirmou mais 237 mortes por febre amarela desde o início da temporada de calor. Além de ser usado como prevenção ao surto da doença, o uso de repelente reforça a proteção contra o Aedes aegypty e previne outras patologias oriundas do mosquito. Beatriz Lima, dermatologista da clínica de medicina esportiva M. Albuquerque, esclarece algumas dúvidas sobre como aplicar repelentes.

1. Qual a maneira correta de aplicação?

menina repelente pernas pixabay
Pixabay

O repelente deve ser usado enquanto o indivíduo estiver acordado. Aplicar sobre toda a área de pele exposta, respeitando as reaplicações nos intervalos determinados pelo fabricante (as informações de cada produto sempre devem estar nos rótulos), as condições climáticas, como elevadas temperaturas e umidade, além do contato com água, que exige nova reaplicação, com a pele seca.

2. Qualquer um pode usar? Crianças, gestantes, idosos?

mulher grávida

Os repelentes de aplicação direta na pele não podem ser usados em crianças menores de seis meses de idade. Para os demais pacientes, inclusive gestantes, nutrizes e idosos, desde que o repelente seja aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não há contraindicações. Para crianças menores de seis meses, deve-se usar repelentes ambientais e roupas leves, porém que cubram a maior superfície do corpo possível.

3. Quais são os aprovados pela Anvisa? e quais as diferenças entre eles?

Os repelentes aprovados pela Anvisa são os que geralmente contêm um dentre os três compostos a seguir: DEET, Icaridina e IR3535. Entre eles, o mais recomendado é o que contém a Icaridina, pois possui maior duração de ação, necessitando portanto de menos reaplicações e favorecendo uma melhor adesão e maior período de cobertura contra os mosquitos.

4. De quanto em quanto tempo precisa passar?

mulher passando repelente - Foto WiseGeek

A reaplicação dos repelentes depende de alguns fatores, como a característica do produto, a condição climática e o contato com a água. Em média, os repelentes à base de DEET precisam ser reaplicados a cada 4 horas, os à base de Icaridina, a cada 10 horas e os à base de IR 3535 a cada 2 horas e meia.

5. Existem tipos indicados para cada tipo de pele?

Sim. A indicação do tipo de produto para cada pele é feita principalmente pensando no veículo e na concentração do repelente. Para crianças, em geral, os produtos apresentam concentrações um pouco menores, portanto menos tóxicas. O formato costuma ser spray ou gel, que facilita as aplicações. Para os adultos, a indicação varia com o tipo de oleosidade da pele ou com a sensação almejada com o uso do produto. Em geral, para peles muito oleosas, ou para uso na face, recomenda-se os repelentes em gel. Quanto ao uso corporal, para aquelas pessoas que não gostam de aplicar cremes, o spray e o aerosol são boas alternativas.

6. Como aliar com o uso de filtro solar?

protetor -solar- rosto

O ideal é primeiro aplicar o protetor solar e em seguida o repelente, aguardando cerca de 15 minutos entre o primeiro e o segundo produto. Se reaplicar o protetor, repetir sempre o mesmo procedimento, com o repelente por último. O repelente pode inclusive ser aplicado por cima das roupas.

7. A pessoa pode dormir com o produto?

Não é recomendado dormir com o produto sobre a pele pelo risco de aumento de toxicidade, além da ausência de efeito comprovada. Na hora de dormir a proteção mais recomendada é o uso de mosquiteiros, repelentes ambientais, como os elétricos, janelas teladas, ventiladores e ar-condicionado.

8. Repelentes caseiros funcionam?

repelente caseiro pixabay
Foto: Pixabay

Apesar de existirem muitas receitas caseiras conhecidas, em especial de repelentes para o ambiente, os naturais não têm eficácia comprovada e não são recomendados. A questão é que não conseguimos saber se os métodos empregados na confecção das receitas mantém eficácia do repelente, além da sua concentração final.

Diagnóstico de febre amarela

O teste para a detecção da febre amarela é baseado na metodologia de imunofluorescência indireta e permite a detecção de anticorpos IgM e IgG contra o vírus causador da febre. Com sensibilidade e especificidade próximas de 95%, o teste de diagnóstico da febre amarela da Euroimmun oferece resultados de alta qualidade e confiabilidade.

Fonte: Euroimmun Diagnósticos