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Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Infectologista desvenda os mitos que ainda existem sobre o HIV/Aids

Hoje se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Já se passaram quatro décadas, mas a infecção pelo HIV/Ais ainda é motivo de alerta, exigindo campanhas de conscientização em relação à importância de se investir em prevenção, além da necessidade de diagnóstico e tratamentos precoces.

Apesar de os índices de mortalidade relacionados a infecção do HIV/Aids terem sofrido redução, um relatório de 2019 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) aponta que o número de casos da doença aumentou 21% no Brasil desde 2010, indo na contramão do que acontece no resto do mundo.

Para esclarecer dúvidas sobre a doença e desmistificar alguns fatos, a infectologista Romina Oliveira, especialista em Saúde Pública, elencou os temas abaixo.

Quem tem HIV, tem Aids

Darwin Laganzon/Pixabay

Mito. O HIV refere-se ao vírus da imunodeficiência humana, e a Aids é a síndrome da imunodeficiência humana adquirida. Os termos não podem ser usados como sinônimos. Estar infectado pelo vírus não significa estar doente. O termo Aids só é aplicado em estágio avançado da infecção quando ocorre um grande comprometimento do sistema imunológico, o que pode demorar anos para acontecer.

Aids pode ser uma doença silenciosa


Verdade. Há pessoas que vivem anos com o HIV sem ter sintomas ou desenvolver a Aids, mas, sem o diagnóstico precoce, seguido pelo início e adesão ao tratamento, essas pessoas podem transmitir o HIV. Além disso, sem a medicação antirretroviral, esses pacientes ficam suscetíveis ao agravamento da condição, levando ao enfraquecimento do sistema imunológico e ao aparecimento de doenças oportunistas. Por isso, é muito importante fazer o teste para detecção do HIV sempre que houver alguma exposição. Este hábito pode salvar vidas, pois aproximadamente 134 mil brasileiros vivem com HIV e não sabem.

Aids não mata mais como antigamente

Waldryano/Pixabay

Verdade. Não é uma sentença de morte como aconteceu nas décadas de 1980 e 1990, pois os antirretrovirais mais modernos trouxeram qualidade de vida e longevidade às pessoas que vivem com o HIV. Nos últimos dez anos, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil a maioria dos casos de infecção em homens, acontece nas faixas etárias de 15 a 29 anos e mais velhos (acima de 50 anos). Na população de idade mais avançada, com o aumento da expectativa de vida, estendeu-se também a atividade sexual. Porém, ainda há o preconceito e a crença equivocada de que o uso de preservativos tira a sensibilidade ou é usada somente para evitar gravidez.
Além da relação sexual sem proteção, há outras formas de exposição ao HIV, como uso de seringas compartilhadas ou outros materiais perfurocortantes, de contato com sangue contaminado, de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação.

Os testes sorológicos (convencionais e rápidos) para HIV não estão na rede pública de saúde

Mito. Além dos testes rápidos para HIV serem vendidos em farmácias, estes e outros testes também são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, esses exames e testes detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Além disso, é garantida a total confidencialidade das informações dos resultados dos exames nas redes pública e privada.

Os antirretrovirais são de difícil acesso no país

Mito. No Brasil, o tratamento contra o HIV está disponível no Sistema Único de Saúde, bem como os testes de detecção do vírus5. O Programa Nacional de DST/Aids do governo brasileiro, inclusive, é reconhecido mundialmente por sua ampla atuação no campo de direitos humanos, prevenção e tratamento do HIV, e os pacientes em tratamento aqui apresentam ganhos em relação a expectativa de vida. Para as pessoas que se expuseram ao vírus por conta de acidentes com materiais perfurocortantes ou relação sexual sem preservativos, há medicamentos do coquetel do tratamento da Aids usados como prevenção de infecção pelo HIV. Eles devem ser tomados até duas horas após a exposição e no máximo após 72 horas. Trata-se da profilaxia pós-exposição (PEP). Há também a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) que consiste em uma nova abordagem de prevenção à infecção com o uso de um comprimido diário que impede que o vírus infecte o organismo.

Dia Internacional de Luta contra a Aids: prevenção ainda é o melhor remédio*

Quando falamos em Aids muitas coisas nos vêm à mente. O tabu e o preconceito relacionados aos pacientes acometidos pela patologia e, até mesmo, as mortes de grandes artistas contemporâneos, como as dos cantores Freddy Mercury, Cazuza e Renato Russo, que foram vítimas da Aids em uma época em que a epidemia se alastrava de forma vertiginosa em todo o mundo, são temas que ainda têm um grande impacto emocional em todos nós.

Para desmistificar o assunto e esclarecer a população sobre os principais meios de exposição ao vírus HIV, causador da doença, e os métodos preventivos disponíveis, no dia 1 de dezembro é celebrado o Dia Internacional da Luta contra a AIDS. A data foi instituída em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, desde 1988, o Ministério da Saúde aproveita a ocasião para promover ações de conscientização relacionadas a esta que ainda é uma das doenças mais letais que conhecemos.

Embora a mortalidade por conta da Aids no Brasil tenha caído 7,2%, a partir de 2014, de acordo com o Boletim Epidemiológico HIV Aids 2017, publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (Ministério da Saúde), principalmente devido às boas políticas públicas de saúde e assertividade dos tratamentos, muitas pessoas ainda são negligentes quando o assunto é prevenção. Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2007 e 2016, foram registrados mais de 136 mil novos casos de infecção por HIV no País.

A principal via de transmissão do HIV, é, sem dúvida, a prática de qualquer relação sexual sem proteção, independentemente de haver ou não penetração. Nesse cenário, a melhor forma de prevenção ainda é o uso da camisinha, embora o seu uso esteja ficando cada vez mais impopular, principalmente entre os jovens brasileiros.

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), divulgada pelo IBGE e realizada com estudantes do 9o ano do ensino fundamental, mostrou que 33,8% dos entrevistados, jovens entre 13 e 17 anos de vida sexual ativa, não haviam utilizado o preservativo em sua última transa, o que é extremamente preocupante. Como principais justificativas, falta de informação e de preocupação, além do tradicional descuido foram citadas, embora, na prática, a eficácia da medicação dê uma falsa ideia de que os riscos de contaminação também diminuíram ao longo dos anos. As informações são de 2015, mas ainda são bastante atuais.

Não podemos esquecer também que existem outras maneiras de infecção, como o compartilhamento de seringas por usuários de drogas, o momento do parto (transmissão vertical) e, até mesmo, uma transfusão de sangue. Portanto, todo cuidado é pouco.

No caso de exposição ao risco de contágio, é recomendado que um médico seja imediatamente consultado. Para o diagnóstico, é necessário um exame de sangue ou da mucosa bucal para detecção dos anticorpos. A primeira etapa consiste em um teste rápido (anti-HIV) e, em caso de resultado positivo, realiza-se o Western Blot ou Elisa para a confirmação.

Uma vez detectado o HIV, um infectologista deve ser acionado e o tratamento iniciado imediatamente. Em geral, é indicada uma combinação de drogas antirretrovirais, que deve ser ingerida diariamente, sempre no mesmo horário. Atualmente, essas medicações são bem toleradas pelo organismo e fáceis de ministrar, com poucos efeitos colaterais, como enjoo ou alteração intestinal.

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Geralmente, os primeiros sintomas da contaminação pelo vírus são as chamadas doenças oportunistas. Ao destruir as células de defesa, o HIV impacta diretamente na imunidade do indivíduo, abrindo caminho para que estas patologias se instalem. Dentre as mais comuns, podemos citar a pneumocistose, a toxoplasmose, o Sarcoma de Kaposi e a tuberculose. As primeiras reações são febre persistente, tosse seca, garganta arranhada, suor noturno, rápida perda de peso, náusea, queda de energia, entre outras. Muitas vezes, as pessoas ficam anos com o vírus incubado, sem apresentar sintomas. Por isso é sempre recomendada a realização de exames periódicos.

Uma das principais novidades no tratamento da Aids é a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ou pílula anti-HIV, que é distribuída pelo Ministério da Saúde desde 2017 a todas as pessoas que apresentam risco da exposição ao vírus. No entanto, mesmo com a medicina em constante evolução, a prudência não deve ser descartada. Embora a eficácia da PrEP seja reconhecida cientificamente, a prevenção ainda é o melhor remédio.

*Nelly Kobayashi é sexóloga, formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, possui título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (Tego) pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e em sexologia pela Universidade de Pisa (Itália). Já atuou como médica colaboradora no setor de sexualidade no ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da FMUSP e, atualmente, é médica da Clínica VidaBemVinda e pós-graduada em sexualidade humana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: Innuendo

 

Saúde oferta testes de HIV e sífilis no Terminal Jabaquara

Testes gratuitos e preservativos masculinos serão ofertados nesta quinta (29), entre às 9 e 15h30; finalidade é incentivar a prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo oferta hoje, 29 de novembro, a partir das 9 horas, testes gratuitos de HIV e sífilis para os frequentadores do Terminal Jabaquara. A finalidade da ação é orientar a população quanto à importância da prevenção para evitar o HIV e a sífilis.

A testagem ocorre na plataforma A do Terminal Jabaquara, até às 15h30, e é realizada pelo Centro de Referência e Treinamento DST/ Aids, em parceria com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Serão ofertados 300 testes rápidos de HIV e 300 testes rápidos de sífilis. Além disso, haverá distribuição de 8 mil preservativos masculinos e folhetos informativos sobre os testes realizados.

A iniciativa marca o início das atividades do Dezembro Vermelho, mês de conscientização e combate à Aids.

O teste rápido detecta anticorpos no fluído oral e o resultado é obtido em 30 minutos. “É simples, rápido e indolor, realizado com privacidade e sigilo, indicado para todas as pessoas que tem vida sexual”, orienta coordenadora adjunta do Programa Estadual DST/AIDS-SP, Maria Clara Gianna.

exame de sangue são luiz

Para obter mais informações sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e os serviços especializados disponíveis pelo SUS (Sistema Único de Saúde), basta acessar o site ou ligar para Disque DST/Aids, pelo número 0800-16-2550, de segunda à sexta-feira, das 8 às 18 horas.

Aids: 8 Mitos sobre a PREP – Profilaxia Pré-exposição Sexual com Truvada

A profilaxia pré-exposição sexual ao HIV (PrEP) é a mais nova opção preventiva contra o vírus causador da Aids. A estratégia, que consiste no uso do medicamento Truvada (combinação dos antirretrovirais fumarato de tenofovir desoproxila e entricitabina) como forma de reduzir a possibilidade de infecção, está prestes a ser oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS) a populações-chave, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Abaixo, segue um conjunto de informações sobre esse método, que chega como medida complementar às práticas de sexo seguro, especialmente o uso de preservativos.

8 Mitos sobre a PREP – Profilaxia Pré-exposição Sexual com Truvada

1. Com a utilização de PrEP com Truvada não é mais necessária a adoção de outros métodos de proteção contra o HIV.

A PrEP com Truvada não deve ser utilizada como único método de prevenção à infecção por HIV, e sim como complemento a outras medidas de proteção já usuais, como o uso de preservativos que, inclusive, protegem contra a transmissão de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como a sífilis e a hepatite B. De acordo com estudos clínicos e projetos de demonstração, a eficácia de Truvada varia de 92% a 100% quando tomado corretamente. A administração recomendada é de um comprimido ao dia, regularmente.

2. Com a PrEP, as pessoas terão um comportamento mais promíscuo, já que acreditam que estão protegidas.

Nos estudos clínicos já realizados essa expectativa não se confirmou. Os resultados mostram que os usuários, em sua grande maioria, mantiveram os procedimentos usuais de sexo seguro e consideraram a PrEP com Truvada® como uma proteção adicional, mas que não elimina a importância de outros métodos de prevenção como o uso dos preservativos.

3. Se eu tomar a PrEP com Truvada vou adquirir resistência aos medicamentos e, caso seja contaminado, os tratamentos com antirretrovirais terão menos efeito.

A utilização da PrEP com Truvada não causa nenhum tipo de resistência ao vírus , desde que o usuário seja HIV negativo. Por isso, é fundamental que ao prescrever a PrEPo médico solicite os exames e se assegure desta condição, voltando a repetir os exames a cada três meses durante a utilização do medicamento com fins preventivos para rastrear uma possível contaminação. As diretrizes para o tratamento de um indivíduo soropositivo são completamente diferentes da PrEP e em geral exigem uma combinação de diferentes medicamentos. Esta prescrição é específica para prevenção.

4. Posso tomar os comprimidos de Truvada apenas no dia em que for ter relação sexual e estarei protegido, desde que tome uma quantidade maior, dois ou quatro comprimidos de uma só vez.

Para que a PrEP com Truvada tenha a eficácia comprovada, o medicamento deve ser administrado uma vez ao dia, sem interrupções, regularmente. O uso incorreto pode comprometer os níveis do medicamento do sangue no momento da exposição ao risco e, em consequência, diminuir a proteção oferecida.

5. A PrEP com Truvada é indicada apenas para homossexuais e profissionais do sexo. O tratamento não é indicado para as mulheres.

PrEP com Truvada é indicada para adultos acima de 18 anos com alto risco de adquirir o HIV. Essa indicação se baseia em estudos clínicos com HSH (homens que fazem sexo com homens), casais heterossexuais soro-discordantes e indivíduos heterossexuais com alto risco de adquirir sexualmente o HIV. Truvada para PrEP deve ser prescrito apenas a indivíduos que sejam comprovadamente HIV negativos imediatamente antes do início do uso e periodicamente durante o uso. O médico deve avaliar a conveniência da prescrição conforme o grau de exposição do paciente.

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6. A PrEP com Truvada tem efeitos colaterais horríveis e tornam a administração diária muito difícil. Pode ser perigoso para os rins e para os ossos.

Truvada tem uma posologia cômoda de apenas 1 cp ao dia.Como qualquer medicamento, Truvada também pode apresentar efeitos colaterais. Todo medicamento deve ser prescrito caso a caso a depender da condição de saúde do usuário bem como o seguimento frequente com seu médico para exames de reavaliação. Todo efeito colateral deve ser sempre reportado e discutido com o médico.

7. Se eu tomar a PrEP com Truvada, passarei a ser HIV positivo em testes.

Essa informação não procede. A composição de Truvada não contém o DNA do HIV. Apesar de ser utilizado como profilaxia, seu mecanismo de ação não tem nenhuma similaridade com uma vacina tradicional. Truvada possibilita a contenção da infecção ao bloquear a atividade da enzima denominada Transcriptase Reversa, liberada pelo vírus e utilizada no seu processo de replicação dentro das células, especialmente as do sistema imunológico.

8. Se eu tomar a PrEP com Truvada uma vez, terei que tomar pelo resto da vida.

Essa informação não procede. O usuário pode realizar a profilaxia quando desejar, interrompê-la, voltar a adotá-la sem qualquer impedimento, conforme sua conveniência. É importante apenas lembrar que a eficácia da prescrição como PrEP só é assegurada pela administração diária regular de um comprimido, o que garante a dosagem correta para a proteção oferecida.

Fonte: Gilead

 

Dia Mundial de Combate à Aids

Enfermidade atingiu 48 mil brasileiros em 2016, segundo dados da ONU

O dia 1º de dezembro foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Dia Mundial da Luta Contra a Aids (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida). A data tem como objetivo levar informação sobre a doença e diminuir o preconceito. E o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) aproveita este período para esclarecer as principais dúvidas sobre a enfermidade, que em 2016 atingiu 48 mil brasileiros, de acordo com a UNAids, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).

O clínico geral do Seconci-SP, José Alfredo Penteado, explica que a Aids é causada pelo vírus Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico responsável por defender o organismo de doenças. “Após se instalar no sangue, o vírus se multiplica atacando principalmente as células linfócitos CD4. A partir desse processo, surgem os primeiros sintomas como febre ou gripe, e com o tempo o aparecimento de doenças oportunistas mais graves resultantes da queda da imunidade ou defesa do organismo”.

O especialista salienta ainda que o vírus pode passar por um período de incubação no organismo. Por isso, o fato de o indivíduo ter HIV não significa que ele possui Aids, logo há soropositivos que não desenvolvem a doença ou demoram anos para apresentar os sintomas, porém eles podem transmitir o vírus. Portanto, é sempre importante realizar o teste com periodicidade e se proteger em todas as situações.

camisinhas

O contágio pode ocorrer por meio de relação sexual vaginal, oral e anal sem uso do preservativo; materiais não esterilizados que estejam contaminados, e transmissão vertical, quando a mãe passa a doença para o filho durante a gestação e amamentação. É obrigatório por lei que toda gestante faça o teste de HIV logo nas primeiras consultas do pré-natal, e se negativo, repete-se o exame no terceiro trimestre de gestação. Em caso positivo, são realizados exames de carga viral para acompanhar a evolução da paciente, que ao medicar-se corretamente, pode gerar um bebê saudável.

O diagnóstico pode ser feito por meio de exames laboratoriais (teste fluido oral e sanguíneo) de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) e Centro de Referência e Treinamento DST Aids (CRT). “O exame deve ser feito após 30 dias da situação de exposição ao vírus, a chamada janela imunológica. Em alguns casos, o período pode alterar dependendo da reação do organismo, sendo necessário repetir o exame no intervalo de 3 a 9 meses”, enfatiza o médico.

Penteado ressalta também que o Seconci-SP dispõe de estrutura laboratorial completa para a realização dos exames necessários para a detecção da enfermidade e equipe de orientação. Por esta razão, é muito importante que o trabalhador procure atendimento caso tenha alguma suspeita.

O tratamento da Aids é feito por meio de 22 medicamentos antirretrovirais que são divididos em 38 apresentações, fornecidos gratuitamente pelo SUS. Estes medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imune, pois sua cura ainda não foi descoberta. “A dosagem da medicamentação é escolhida de acordo com o grau da síndrome, contribuindo para aumentar o tempo de vida do paciente e diminuir o risco de desenvolver outras doenças, como por exemplo, tuberculose, pneumonia e câncer”, orienta.

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Informações importantes

O Ministério da Saúde oferece atendimento gratuito após a exposição ao HIV através da Profilaxia Pós-Exposição, ou simplesmente PEP, responsável por utilizar medidas de prevenção contra a multiplicação do vírus. O procedimento é indicado para pessoas que podem ter sido expostas ao vírus em situações como: violência sexual, relação desprotegida (sem o uso do preservativo ou ruptura) e acidente ocupacional (contato direto com objetos perfurocortantes ou com material biológico contaminados).

A PEP consiste na ingestão de uma pílula em uma dose diária única até 72 horas após o contato, mas dependendo da avaliação do médico, poder ser orientada dosagem diária no período de 28 dias. “O atendimento é garantido pela Constituição Federal, pela Lei 8080/90 (Lei Orgânica do SUS) e pela Lei 9313/96, que determina a gratuidade da oferta universal de Terapia Antirretroviral (TARV) para aqueles que preencham os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Seguir as orientações médicas é essencial para que o tratamento não apresente falhas. Dessa forma, a probabilidade de reprodução do vírus é mínima” comenta.

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Outra estratégia de prevenção que envolve o uso de medicamento antirretroviral, é Profilaxia Pré-exposição (PrEP). O recurso, que obteve seu registro aprovado pela Anvisa em maio deste ano, diminui de maneira significativa as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição e deve ser usado em conjunto com a camisinha.

A PrEP será oferecida apenas para pessoas mais vulneráveis ao contágio; poderão ser homens que fazem sexo com homens, gays, população trans, profissionais do sexo e casais sorodiferentes (quando um já tem o vírus e o outro não). O comprimido único deve ser ingerido diariamente e não incentiva relações sem preservativo, apenas poderá será uma alternativa para grupos de riscos que estão vulneráveis ao contato com o vírus.

Fonte: Seconci

M·A·C Cosmetics realiza MAC World Aids Day

A marca de maquiagem promove ação global beneficente em prol do dia Dia Mundial da Luta Contra a Aids

Amanhã, dia 1º de dezembro, a M·A·C realiza uma ação global beneficente em prol do Dia Mundial da Luta Contra a Aids. A empresa conta com o apoio de influenciadores em todo o mundo, que se tornam “artista MAC por um dia”, com o intuito de vender os batons da linha Viva Glam e arrecadar fundos para a campanha.

mac viva glam

Toda linha Viva Glam tem 100% da renda revertida para instituições que oferecem apoio e informação para homens, mulheres e crianças portadoras do vírus HIV. Além disso, a missão da marca também é a de informar os jovens de hoje sobre a importância da prevenção.

mac taraji

Esse ano o rosto do icônico batom da linha é da atriz Taraji P. Henson. O preço do batom é R$ 76,00.

#WorldAidsDay #MACCares #VivaGlam

taraji viva glam

Sobre a M.A.C A Aids Fund:

A M.A.C Aids Fund, o coração e a alma da M.A.C Cosmetics, nasceu em 1994 para suportar homens, mulheres e crianças afetadas pelo HIV / Aids mundialmente. A M.A.C Aids Fund é a pioneira em fundos para o HIV / Aids, ofercendo suporte financeiro a organizações que trabalham com regiões e populações carentes. Recentemente reconhecida pela Funders Concerned About AIDS como a maior empresa doadora da área, M.A.C Aids Fund tem o compromisso de abordar a relação entre pobreza e HIV / Aids apoiando diversas organizações ao redor do mundo que oferecem uma ampla gama de serviços para pessoas que convivem com o vírus HIV / Aids. Até hoje, a M.A.C Aids Fund já arrecadou mais de US$ 340 milhões exclusivamente poe meio da venda de batons e glosses da linha Viva Glam, que tem 100% da renda revertida para as instituições que lutam contra o HIV / Aids. Para mais informações, visite o site. 

 

“Dezembro Vermelho”e a importância de atividades físicas para pessoas com HIV/Aids

A chegada do mês dedicado ao enfrentamento da doença é uma excelente ocasião para reforçar os benefícios da prática regular de exercícios visando o aumento da qualidade de vida dos soropositivos

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é 1º de dezembro, mas o mês inteiro está prestes a ser dedicado para ações direcionadas ao enfrentamento do HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). É o que prevê Dezembro Vermelho, projeto de lei da Câmara aprovado recentemente pelo Senado. O texto segue para sanção presidencial.

A ocasião também é importante para se falar das inúmeras vantagens dos treinos para quem convive com o vírus. O próprio Ministério da Saúde aprova e estimula como política pública a prática regular de exercícios físicos pelos soropositivos, em razão dos benefícios gerados.

“Porém, vale lembrar que, para produzirem resultados significativos, é fundamental a orientação de um especialista que terá condições de avaliar, prescrever e acompanhar a realização das atividades, indicadas para cada caso e, inclusive, interrompê-las quando julgar necessário”, explica Karina Hatano, médica do exercício e do esporte.

Caminhada, dança, musculação, natação, hidroginástica, corrida de rua, entre outras modalidades, promovem segundo a especialista uma resposta fisiológica melhorando a qualidade de vida do praticamente. No geral, proporcionam benefícios no sistema cardiorrespiratório, aumento dos níveis de força, elevação no “colesterol bom” (HDL) e redução no “colesterol ruim” (LDL).

corrida caminhada inverno

“Também diminuem os níveis de triglicérides, ajudam a controlar os índices de glicose no sangue, além de elevarem a disposição e a autoestima. Ainda aliviam o estresse e, o mais importante para os soropositivos, estimulam o sistema imunológico na defesa do organismo e amenizam alguns efeitos colaterais provocados pelos medicamentos”, comenta a médica.

O programa de treinamento deve ser individualizado, estabelecendo as metas e as intensidades para cada um. Precisa prever um monitoramento constante para adequação de carga e período de repouso, o que reforça ainda mais a necessidade de uma correta orientação.

Fonte: Karina Hatano é médica do exercício e do esporte, mestre em Medicina Esportiva pela Universidade Federal de São Paulo, onde também realizou a Residência Médica em Medicina do Esporte, além de acumular especialização em fisiologia do exercício e nutrologia. Preceptora da Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo e professora da Liga de medicina esportiva da UNIFESP, também é responsável pela saúde de atletas de alta performance de diversas modalidades esportivas, como da seleção brasileira de natação e das confederações brasileiras de beisebol e softbol

Brasil ganha primeiro autoteste rápido para detecção do vírus HIV

Desenvolvido pela Orange Life, produto vai revolucionar o diagnóstico da doença, que agora será realizado de forma simples em apenas 20 minutos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou uma grande novidade na área de saúde: o registro do primeiro autoteste rápido para HIV no Brasil, que poderá ser vendido em farmácias e drogarias. Desenvolvido pela empresa de diagnósticos rápidos integrados Orange Life e destinado ao uso do público em geral, o ACTION vai diagnosticar de forma simples e rápida anticorpos contra HIV 1/2 por punção digital. Funciona com a coleta de gotas de sangue, semelhante aos testes já existentes para medição de glicose por diabéticos.

O resultado aparece na forma de linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo do vírus HIV. A presença do anticorpo mostra que a pessoa foi exposta ao vírus que provoca a Aids. O ACTION inclui o dispositivo de teste, um líquido reagente, uma lanceta (específica para furar o dedo), um sachê de álcool e um capilar (um tubinho para coletar o sangue). O resultado leva de 15 a 20 minutos para ficar pronto. O ACTION deverá chegar às farmácias de todo o Brasil em junho de 2017 e o preço para o consumidor estimado pela Orange Life é de R$ 50,00.

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O autoteste aprovado pela Anvisa demonstrou sensibilidade e efetividade de 99,9%. É importante lembrar que a presença do HIV só pode ser confirmada 30 dias depois da exposição ao vírus – seja ela por relação sexual, transfusão de sangue, compartilhamento de seringas ou demais formas de transmissão do HIV. Esse período é o tempo que o organismo precisa para produzir anticorpos em níveis que o autoteste consiga detectar.

Se o resultado for negativo, a recomendação é que o teste seja repetido 30 dias depois do primeiro teste e outra vez após outros 30 até completar 120 dias da primeira exposição. O ACTION tem sensibilidade e efetividade de 99,9%, índice maior do que os autotestes que usam saliva, disponíveis em outros países, como os Estados Unidos.

Segundo o médico italiano radicado no Brasil Marco Collovati, CEO da Orange Life, a fábrica no estado do Rio de Janeiro tem capacidade para fabricar 100 mil testes por mês. “Esse produto é uma revolução para os brasileiros, que a partir de agora terão a possibilidade de fazer o exame de forma muito mais rápida, barata, e se preferirem poderão preservar seu direito à privacidade”, diz Collovati, lembrando que hoje testes de HIV no Brasil são feitos somente com intermédio de profissionais de saúde em laboratórios, centros de referência ou unidades de testagem móvel.

Fonte: Orange Life

Carnaval é época de brincar, mas não com a saúde

Além de ser um método contraceptivo, a camisinha é a melhor maneira de evitar as doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV

Em fevereiro, os foliões invadem a cidade em busca de muita festa e diversão. E para garantir que essa alegria durará o ano inteiro, a prevenção é importantíssima. A camisinha, além de contraceptiva, é uma forma de prevenção do contato com o vírus HPV. “Uma infecção genital pelo papiloma vírus humano (HPV) pode ter relação com câncer no colo uterino. Dos mais de 150 tipos de vírus HPV existentes, cerca de 15 são considerados de alto risco e possuem relação com o câncer, como o HPV 16 e o HPV 18”, afirma oncologista Ellias Magalhães da Oncomed-BH .

As lesões do vírus raramente aparecem com sintomas. De acordo com o oncologista, muitas vezes a doença é descoberta por acaso durante o exame de Papanicolau. Porém, se não tratada corretamente, pode desenvolver-se como câncer de colo de útero. “Depois de diagnosticada a existência do câncer de colo uterino, o tratamento dependerá do tipo de lesão e extensão da doença. Em seus estágios iniciais, a doença é tratada cirurgicamente. Já os tumores mais avançados geralmente são tratados utilizando quimiorradioterapia”, esclarece o oncologista.

Por isso, para não acabar com a folia, confira quatro coisas que você precisa saber para ficar protegido.

O que é o HPV?

O HPV, Papiloma vírus humano, é uma família de mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. Aproximadamente metade das pessoas com vida sexual ativa se infectará por um ou mais subtipos de HPV durante a vida. O vírus é responsável pelo desenvolvimento de diversas patologias, como a verruga vulgar, a verruga plana, o condiloma acuminado (verrugas genitais) e o câncer de colo uterino, canal anal, vulva, vagina, pênis e orofaringe.

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Foto: Blindanimal/MorgueFile

Como o HPV é transmitido?

É uma DST, considerada a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. O sexo sem o uso de proteção – camisinha – é a principal causa de transmissão. Também pode ocorre a transferência do vírus de mãe para filho no momento do parto, devido ao trato genital materno estar infectado.

Como é feita a prevenção?

Pesquisas mostram que o uso correto e consistente de preservativos pode diminuir as chances de contaminação. Também existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão comercialmente disponíveis. Elas são preventivas, tendo como objetivo evitar a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos. Em 2016, o Ministério da Saúde adotou o calendário de duas doses, sendo a segunda dose seis meses após a primeira. Meninas de 9 a 13 anos de idade têm garantida a vacina gratuita no SUS. Neste ano de 2017, os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos já podem ser vacinados contra o HPV também pelo SUS de todo o país. Outros grupos podem dispor das vacinas em serviços privados, se indicado por seus médicos.

camisinhas

Quem pode ser infectado?

Homens e mulheres. Ambos podem apresentar verrugas causadas pelo HPV tipos 6 e 11. Porém os tipos de alto risco podem resultar em câncer. Nos homens podem levar ao câncer de pênis e de ânus. Já nas mulheres, pode provocar o câncer de colo de útero.

Fonte: Oncomed

Qual seu maior receio em relação à saúde?

Para a maior parte dos jovens, o câncer é hoje a doença mais assustadora, ficando na frente de HIV e problemas cardíacos

Qualidade de vida, bem-estar, corpo e mente equilibrados, a cada dia cresce a procura por hábitos saudáveis, capazes de trazer mais energia e vitalidade ao ser humano. Com isso, a prática de atividades físicas também entra na rotina de grande parte dos brasileiros. Em meio a uma sociedade mais consciente e na busca por maior disposição, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios quis saber: “Qual seu maior receio em relação à sua saúde?”. O resultado apontou novas preocupações.

A pergunta foi direcionada a 11.551 jovens de todo o Brasil, com faixa etária entre 15 e 26 anos, de 21 de novembro e 2 de dezembro. Superando outros grandes males, o câncer teve o maior número de votos, sendo apontado por 55,91% (6.458 pessoas) como o mais preocupante atualmente. Para a gerente de treinamento do Nube, Eva Buscoff, não apenas entre a juventude, mas causa medo em todas as gerações. “Quem já presenciou um caso ou mesmo perdeu um ente querido, sabe o quanto o diagnóstico pode ser devastador”, afirma.

cancer de mama

Contudo, conforme os dados da OMS – Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares levam mais brasileiros ao óbito. A SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) registra cerca de 350 mil mortes ao ano, causadas por infarto, insuficiência cardíaca e derrame. São cerca de 720 paradas de coração por dia e 300 mil casos ao longo do ano, conforme dados da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).

coração partido

No entanto, os problemas cardíacos ficaram em terceira posição no ranking, com 13,24% (1.529). Para Eva, negligenciar a saúde é um fator cultural muito presente, principalmente quando se trata do coração. “Aprendemos a remediar e não a prevenir”, enfatiza.

Em segunda posição, o HIV foi citado por 19,58% (2.262) dos votantes. Segundo a especialista, muito provavelmente, o fato dessa geração não ter presenciado o auge do seu contágio e o impacto da epidemia na década de 80, sejam argumentos relevantes para nem todos darem a devida importância. “É característica do jovem subestimar os riscos, seja em relação a doenças infectocontagiosas, DST ou prevenção de gravidez”, comenta.

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Todavia, é preciso ficar atento quanto aos perigos da transmissão, pois na América Latina, o Brasil responde por 40% das novas infecções – segundo estimativas mais recentes do Unaids -, enquanto Argentina, Venezuela, Colômbia, Cuba, Guatemala, México e Peru respondem por 41%. De 2006 a 2015 a taxa de detecção de Aids no país, entre aqueles com 15 a 19 anos, quase triplicou (de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes) e entre os jovens de 20 a 24 anos, dobrou de 15,9 para 33,1.

Em último lugar, a obesidade foi indicada por 11,27% (1.302). Porém, é importante dar mais relevância ao tema. De acordo a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, os números nos colocam entre aqueles com maior sobrepeso do mundo.

obesidade
Foto: Xenia/Morguefile

Para a gerente do Nube, a dica principal é dosar de maneira correta todas as ações. “Pratique esportes com acompanhamento de um profissional da área, esteja conectado à Internet o mesmo período dedicado a estar fisicamente com os amigos, pais e familiares. Tenha uma boa alimentação, tudo com equilíbrio e responsabilidade!”, incentiva. Se algo estiver fora do esperado, o ideal é não perder tempo. “Procure um médico. Prevenção é a dica inteligente para essa nova geração!”, finaliza.

Fonte: Eva Buscoff, gerente de treinamento do Nube