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Adolescência e tecnologia: como e quando impor limites

Muitos pais têm dúvidas quanto ao momento e a forma correta de impor limites saudáveis na relação entre seus filhos e o uso dos aparelhos eletrônicos

Eles já nasceram em meio à tecnologia. Diferentemente de seus pais, que viveram boa parte de suas vidas num mundo analógico, os adolescentes de hoje não sabem o que é um mundo sem aparelhos eletrônicos, sem Internet e sem a virtualidade. Diante disso, muitos pais, muitas vezes, ficam em dúvida quanto a estabelecer um limite saudável para o uso de aparelhos tecnológicos, justamente porque ali, naquele aparelho, se fundem tanto vida pessoal quanto escolar, especialmente neste momento de distanciamento social.

menina adolescente celular

As orientadoras de Ensino Fundamental do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré – Internacional, Telma Portugal Pereira e Debora R. R. Hochheim, consideram que a tecnologia chegou para ficar e modificou as relações humanas em todas as esferas, inclusive, ou principalmente, na família, podendo afastar ou aproximar pais e filhos, dependendo do vínculo que se estabeleceu desde cedo entre eles.

Para elas, ao chegar à adolescência, filhos e pais passam a se enxergar de forma diferente, com ou sem a presença da tecnologia. Ainda assim, em todas as áreas de atuação do filho adolescente, os pais devem cuidar, observando seu desempenho e posturas, seja em meio à presença da tecnologia ou não.

Os pais devem observar tempo e conteúdo dos acessos. E esse limite, segundo elas, deve ser imposto bem antes que o filho chegue à adolescência. As orientadoras ressaltam que pais com autoridade conseguem manter os filhos em segurança em todos os aspectos, inclusive no mundo virtual.

Débora e Telma alertam aos pais que um sinal amarelo de que o adolescente possa estar ultrapassando os limites saudáveis de uso da tecnologia é quando ele deixa de participar de atividades importantes para o seu desenvolvimento, como convívio familiar e com amigos, responsabilidades escolares, etc. De acordo com elas, caso isso aconteça, é extremamente importante que os pais cumpram seu papel de responsáveis.

Quando o diálogo é construído no decorrer da educação, quando os próprios pais sabem ouvir e falar, quando dão exemplo, mais do que ditam o que deve ser feito, o embate acontece de forma adequada. As educadoras advertem que não é necessário evitar todo o embate na educação dos filhos, mas é imprescindível que eles entendam que os pais são os responsáveis por eles. É importante que sejam firmes nas decisões a tomar com seus filhos e que discutam entre si o que acham melhor para eles.

mulheres usando celular smartphone

Telma e Débora argumentam que o papel da escola nesse controle é o de alertar e orientar os alunos, assim como as famílias, oferecendo oportunidades de reflexão sobre o assunto, por meio de palestras ou até contato individual com os responsáveis ao perceber inadequação do comportamento do aluno, como sono em aula, baixa produção acadêmica, dificuldades no relacionamento com seus pares.

Fonte: Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré – Internacional

 

Por causa do celular, sairemos da quarentena com mais rugas no pescoço?

Durante o isolamento, passamos quase 2/3 do dia com a cabeça inclinada para baixo olhando o celular. Você sabia que isso acelera sinais de envelhecimento no pescoço? Estudo da Universidade de Chung-Ang, da Coreia do Sul, mostrou que mulheres a partir dos 29 anos já apresentam rugas na região

Estamos cada vez mais conectados a dispositivos móveis e, com o isolamento, até nossos momentos de lazer estão no celular – seja falando com amigos, vendo uma receita nova na internet ou buscando outra distração. Muitas pessoas passam quase 2/3 do dia olhando o celular. Mas é bom que você saiba que o uso de dispositivos móveis está acelerando o processo de envelhecimento em uma região difícil de tratar com cremes: o pescoço.

De acordo com o estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul, sobre nova técnica para combater rugas no pescoço, mulheres a partir dos 29 anos já apresentam vincos nessa região, enquanto o natural seria depois dos 40. “Recentemente, o número de pacientes com rugas do pescoço vem aumentando. Além disso, um número crescente de pacientes jovens apresentou essa condição, possivelmente devido ao efeito da postura que eles adotam ao olhar para baixo quando usam smartphone ou outros dispositivos”, afirma o estudo. Sairemos da quarentena com mais rugas nessa região?

pescoco dor rugas

Nos Estados Unidos, a imprensa especializada até apelidou o problema como ruga “Tech Neck”. A dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, ressalta que os movimentos repetitivos formam sulcos, como se fossem “colares cervicais”.

“A pele do pescoço é muito fina, praticamente sem glândulas sebáceas, com espessura próxima a dois milímetros, pouco hidratada e onde há grande movimentação natural pela própria dinâmica da região. A inclinação frequente da cabeça para baixo a fim de olhar o celular, tablet ou outro dispositivo, provoca sinais de envelhecimento mais rápidos”, explica a médica.

De acordo com a dermatologista, os movimentos musculares do pescoço realizados a todo o instante sejam voluntários como a laterização, extensão, inclinação para baixo ou mesmo na mastigação e fala produzem inicialmente pequenas linhas, que com o passar do tempo vão se acentuando. “Elas adquirem o status de rugas e sulcos bastante marcados como verdadeiros colares cervicais horizontais”, afirma.

O termo já vinha se tornando uma das preocupações mundiais em skincare, pois o constante dobramento da pele em movimentos repetitivos, característico da era das selfies, aumentou a procura por tratamentos preventivos e corretivos das rugas e linhas do pescoço. Há poucos anos, a marca de luxo Yves Saint Laurent, por exemplo, desenvolveu pesquisas que também vinculam o uso do celular com a aceleração do envelhecimento dessa pele, e criou um creme concentrado com ação antirrugas para a região do pescoço.

No Brasil, a Biotec Dermocosméticos – responsável por distribuir matéria prima dermo e nutricosmética para farmácias de manipulação – criou uma bala e um creme Tech Neck, com função de estimular o colágeno da região e melhorar o aspecto dessas rugas. Enquanto a bala traz três poderosos ativos (Exsynutriment, Glycoxil e Incell) para atuar na síntese de colágeno e proteção da pele por via oral, o creme diminui a degradação de colágeno e tem ação preenchedora, por conta do ativo SWT-7.

A dermatologista acrescenta que a área é quase sempre esquecida, mesmo para quem tem o hábito de cuidar do rosto. “A própria característica local somada às agressões ambientais como água quente, frio, poluição, ar condicionado, sol, vento e o uso de perfumes contendo álcool e bijuterias (que podem causar hipersensibilidade local e alergias), podem provocar ainda mais ressecamento, vermelhidão e mudança da textura da região”, conta.

Prevenção

shutterstock mulher usando celular

De acordo com a dermatologista, uma dica importante é, mesmo quando mexer nos dispositivos, manter a cabeça ereta, sem inclinações, e a postura alinhada: o celular deve ser erguido na direção dos olhos. Com relação aos cuidados diários, a médica indica sabonetes neutros ou loções de limpeza à base de ativos calmantes. “As loções tônicas vêm na sequência e vão preparar a pele para receber o sérum tensor que pode conter Hyaxel, ácido hialurônico de baixo peso molecular, antioxidantes, vitaminas e glicosaminoglicanas, além de substâncias que recuperem a volumetria da região como Adipofill e Sculptessence”, conta.

O protetor solar deve ter FPS 30 no mínimo e ser reaplicado após quatro horas no dia a dia. “À noite, a região, após a higienização, pode receber água termal em jatos e após alguns minutos, usar vitamina C na forma de sérum, emulsão ou espuma associada a outras vitaminas como B5, E, F e alfa hidroxiácidos, alternando com nutritivos”, explica.

Tratamentos

Além da toxina botulínica, muitos tratamentos podem ser feitos na região para tratar as rugas tech neck. Uma das novidades é o Ultrassom 3D Solon, que permite ajustar exatamente a profundidade onde o aparelho vai agir e o tamanho do dano térmico. Com isso, o tratamento causa menos dor e reduz as rugas de maneira poderosa. “Do ponto de vista clínico, o tratamento é menos dolorido e muito mais homogêneo. Ele estimula mais colágeno e traz resultados na hora. O paciente pode imediatamente voltar às atividades de rotina”, afirma o dermatologista Salomão.

Outra tecnologia para esse fim é o plasma de baixa temperatura Surgical Derm. Indicado para rugas profundas, principalmente no pescoço, Surgical Derm é um plasma endodérmico que penetra na pele por meio de pequenos orifícios chegando até a derme e promovendo contração.

papada pescoço mulher meia idade

“Uma sessão do plasma traz mais resultado que 4 sessões de laser CO2, que é um procedimento extremamente dolorido. Ele é um plasma que faz a sublimação (passagem direta de uma substância do estado sólido para o estado gasoso) da pele, que não carboniza: isso é o grande diferencial. Existem outros plasmas, usados por esteticistas, que carbonizam, furam e queimam a pele. O Surgical Derm é um plasma frio que entra na pele com um orifício muito fino e se espalha na derme”, afirma o médico. Com isso, há uma grande contração da pele, que reduz de forma eficaz as rugas com resultado percebido já na primeira sessão.

Fontes:
*Abdo Salomão Jr é doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Professor universitário e diretor da Clínica Dermatológica de mesmo nome.
*Claudia Marçal é médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP.

Como limpar o celular para se proteger do coronavírus?

Os cuidados básicos que todos devem tomar para evitar a contaminação do novo coronavírus vão além do uso do álcool em gel nas mãos e o isolamento. Também deve-se levar em consideração a higienização correta de todos os objetos tocados no dia a dia, entre eles, o próprio smartphone, que tem potencial para ser um hospedeiro momentâneo do vírus.

O tempo de uso desses aparelhos pode aumentar devido ao número de profissionais trabalhando em casa, que estão em quarentena ou que utilizam o aparelho para se manter informado o tempo todo.

Segundo última pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o Brasil tem hoje dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets. Entre os aparelhos, o uso de smartphone se destaca: são 230 milhões de celulares ativos no país.

Para ajudar a conter o grande índice de contaminação, a Yesfurbe , plataforma de compra e venda de smartphones refabricados, separou algumas dicas sobre como fazer a limpeza correta do seu aparelho e combater o coronavírus:

1. Realize a limpeza com o aparelho desligado

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A umidade dos produtos usados para a limpeza pode se infiltrar no celular e percorrer circuitos eletrônicos causando grandes danos.

2. Use álcool isopropílico 70%

limpeza celular alcool pinterest
Pinterest

O álcool isopropílico com concentração de 70% tem maior efeito bactericida. Não é recomendável submergir ou jogar diretamente o produto no aparelho. O ideal é aplicar com um pano apropriado.

3. Use somente panos que não soltem fios

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Foto: Technology and Us

Microfibra é o material mais recomendado para evitar acúmulo de fiapos nos plugs do celular.

4. Higienize as capinhas

Coronavirus - Disinfection Smartphone

Se elas forem de plástico, silicone ou material semelhante, basta lavar com água e sabão e deixar secar. Outros materiais que nãos sejam os citados acima, como couro, por exemplo, devem ser limpos com produtos específicos.

Essas passos devem ser feitos diariamente e, apesar de o indicado ser não entregar o celular na mão de outra pessoa, caso isso ocorra, repita o procedimento imediatamente.

Fonte: Yesfurbe

Como sua coluna pode “sobreviver” à era dos smartphones? Gislaine Milena Marton*

O smartphone faz parte do cotidiano das pessoas de praticamente todas as idades. E, na mesma proporção que são úteis para a vida, esses aparelhos podem prejudicar a postura. Há, inclusive, em trâmite no Senado Federal, um projeto de lei (PLS 55/2018) que obriga fabricantes de equipamentos eletrônicos a avisarem seus consumidores sobre os efeitos nocivos que o uso contínuo de celulares pode ter na coluna cervical.

jovem mulher usando celular pexels

A proposta já foi aprovada pela Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC), agora será analisada pelo Plenário do Senado e, se aprovada, segue para a Câmara dos Deputados.

Achou exagero? Saiba que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 37% dos brasileiros convivem com dores ou danos na coluna cervical devido à má postura ao manusear aparelhos como smartphones, tablets e laptops.

Mas se não há como viver sem esses aparelhos tão úteis, é imprescindível ajustar essa convivência entre a tecnologia e a saúde da coluna. Para começar, sempre que for olhar o Instagram, Facebook ou enviar mensagem no WhatsApp mantenha o pescoço reto, apoie os cotovelos no tronco e flexione os braços de maneira que o celular fique na altura dos olhos. Se estiver sentado, a dica é colocar um travesseiro ou outro objeto em cima as pernas, como se fosse uma mesinha, para apoiar os cotovelos, ou apoiá-los diretamente em uma mesa mesmo.

Com essa simples reeducação postural, é possível aliviar a carga sobre os ombros, evitando que o peso da cabeça, que tem por volta de 6 kg, fique inclinada para frente, prejudicando toda a coluna e causando dores no pescoço, de cabeça, na cervical e nas costas. Esse hábito ruim ainda pode desencadear quadros de protusões discais, hérnias de disco, hipercifose (a famosa “corcunda’’), escoliose (quando a coluna forma um “S”), além de parestesias (“formigamentos”) nos braços e contrataturas musculares.

Por isso, é importante que se tenha um cuidado especial também com crianças e adolescentes nesse quesito. O fato de ficar “curvado” para lidar com o celular prejudica, e muito, a postura e o alinhamento da coluna da criança e do adolescente. Como eles estão em fase de crescimento, o momento é o ideal para corrigir esses erros posturais e afastar de uma vez os riscos de doenças da coluna mais graves que possam surgir. Por isso, pais, mães e responsáveis, fiquem atentos. A prevenção é o melhor remédio!

mulher celular cama

E, seja para adultos, pessoas mais jovens e crianças, o método da Reeducação Postural Global (RPG) é muito indicado e é ideal para prevenir alterações e possíveis deformidades decorrentes da má postura. Mas, é importante sempre lembrar de que alongamento e fortalecimento são os melhores amigos de uma coluna saudável, porque esses exercícios mantém a flexibilidade e amplitude dos movimentos e fortalecem a musculatura e as estruturas do pescoço, colaborando com uma boa postura. Por isso, é sempre importante investir em atividades que proporcionem tais resultados.

Então, de hoje em diante, sempre que for curtir uma foto nas redes sociais, pense: postura correta! Sua coluna agradecerá.

*Gislaine Milena Marton é fisioterapeuta e proprietária da clínica Quality Fisio & Pilates

Estudo relaciona uso do celular com dor nas mãos; massageador alivia sintoma

Segundo estudo conduzido por Universidade na Suécia, o polegar é uma das regiões mais sensíveis. O dispositivo home device iPalm massageia as mãos, além de proporcionar sensação de bem-estar e alívio das dores

Atualmente, é cada vez mais fácil observar pessoas que não largam o celular por nada e passam o dia todo digitando e enviando mensagens. No entanto, isso pode trazer problemas, segundo estudo de 2018 conduzido pela Universidade de Gothenburg, na Suécia.

mulher celular cama

De acordo com a publicação, os movimentos altamente repetitivos têm sido identificados como um potencial fator de risco para distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao uso de telefones celulares, sendo que o polegar é o que mais sofre.

Uma das formas de diminuir o impacto do problema é por meio de massageadores, como iPalm, da Basall. O aparelho portátil alivia a tensão e recupera as energias com uma massagem por pressão de ar (bolsas pneumáticas) e compressa quente, trazendo uma sensação de relaxamento e conforto.

Prático, iPalm possibilita programar o tempo de massageamento, ajustar os níveis de compressão e a temperatura. O aparelho ainda conta com um botão para descarga de pressão. Indicado para quem trabalha com computadores, teclados e mouses por muito tempo; heavy-users de smartphones; artistas que usam os dedos com frequência; pessoas que têm enrijecimento de dedos e em pontos da palma das mãos. Auxilia como complemento de terapias SPA das mãos.

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Com apenas 1.129 gramas, o dispositivo segue o conceito de home device (equipamentos que podem ser usados em casa e qualquer lugar).

Informações: Basall

Meu filho não sai do celular, o que fazer? Especialista responde

Em 2018, o canal da Galinha Pintadinha ultrapassou em visualizações até mesmo grandes nomes da música mundial como Rihanna e Justin Bieber, ficando no ranking entre os mais populares do YouTube, e isto não foi à toa.

Uma pesquisa divulgada em setembro de 2018 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil mostrou que 85% das crianças e adolescentes com idades entre 9 e 17 anos são usuárias de internet, o equivalente a 24,7 milhões que estão nesta faixa etária em todo o País. Se em 2012, 21% das crianças acessaram a rede por meio do celular, em 2018 são 93%. O aumento impressionante do acesso tem preocupado cada vez mais os pais e profissionais que lidam com os pequenos e coloca em questão o possível vício infantil em celulares. O que fazer?

criancas celulares

A neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner é uma das especialistas que tem estudado esta guinada no comportamento infantojuvenil: “Precisamos considerar que a tecnologia já está incorporada à vida. O celular hoje é mais que uma ferramenta, tornou-se uma dimensão humana muito frequentada. O smartphone hoje é mais que televisão, é biblioteca, jornal, cinema, playlist, dicionário. Estamos reféns dele. No entanto, embora seja inevitável a presença e o uso do celular no cotidiano, é necessário explicar e fazer a criança entender que a tecnologia é um meio para um fim, e não o contrário”.

Transações bancárias, notícias, imagens, e até consultas médicas. Tudo está ali na palma da mão. Basta um toque. Não temos mais como desconectar. Mas até onde isto é saudável para a criança e o adolescente? Roselene responde: “Todos nós devemos aprender a usar a tecnologia com parcimônia. Isto é, encarar como uma ferramenta de resolução de problemas de ordem prática, rápida e superficial. Esta ferramenta tecnológica pode ser usada inclusive com fins recreativos, porém, nós não devemos usá-la abusivamente, para não virarmos dependentes. A dependência é uma ‘doença comportamental’ em todos os seus aspectos, logo retirando o comportamento, retiramos também a doença. Mas a facilidade de se adquirir o hábito e transforma-lo em vício não condiz com a dificuldade de sair desta armadilha”.

Roselene traz algumas dicas para retirar as crianças do celular e evitar o vício dos pequenos. Confira:

Ensinar a criança a lidar com o tédio

idoso e criança

É necessário, em primeiro lugar, ensinar a criança a lidar com o tédio, para que comece a entender e trabalhar algo que acontecerá na vida, que é a frustração. Aprender a lidar com frustrações é pedagógico e terapêutico. Nosso cérebro se desenvolve de trás para frente. Portanto, não tenha medo de conversar e explicar as formas de lidar com a rotina e disciplina dentro dos sistemas familiares.

A área de Wernicke responsável pela compreensão, interpretação da fala, fica pronta antes da área de Broca, responsável pela emissão da fala. As crianças mesmo não falando tudo corretamente, compreendem o que lhes é explicado (de forma simples). Explique, converse e estabeleça limites.

Dar limites é dar amor

menino criança

Crianças precisam compreender o funcionamento do mundo. Cabe aos adultos, pais, cuidadores, explicar. Observar a natureza de seu filho, as inclinações naturais, os gostos, as habilidades, a estrutura do corpo para perceber onde ele “caberia melhor”. No âmbito de uma atividade física, isso significa dizer que o corpo já vem “talhado” com características que facilitariam uma atividade. Identificar no seu filho para quais atividades ele tem predisposição, gosto ou aptidão pode ajudar muito a produzir uma rotina na qual ele possa se adequar. E ter prazer nessa atividade.

Ensinar que um bom dia começa com a organização do seu espaço, o quarto em que dorme, produzir uma convivência de união familiar, onde todos os sistemas (conjugal, parental etc.) devem ser vistos como uma “equipe”. E nela, cada um pode colaborar com uma tarefa, como colocar a mesa, retirar as louças, levar o lixo. Tudo isto tem a ver com limites e educação.

Dê atividades para o seu filho

menina com gato e cachorro

Crianças gostam de ar livre. Leve seu filho para praticar atividades como pedalar, passear, caminhar. Vá à praia, à piscina. Ter lazer, atividades intelectuais, responsabilidades e até mesmo bom sono.

Crianças gostam de estar com outras crianças, em acampamentos, noite do pijama, sessão de cinema, piquenique.

Crianças amam animais. Visitar o zoológico, dar de presente um animal de estimação que ele possa “cuidar”, dentro de suas possibilidades iniciais. Conforme vai crescendo, vai se apropriando e tomando mais responsabilidades sobre este “ser vivo” que exige cuidados e carinho.

Todas essas atividades irão retirando o “tempo de uso” do smartphone. Claro que a retirada total é quase que impossível, pois há uma “necessidade ” do uso da tecnologia, inclusive por ser uma forma rápida, prática de “estudar”, fazer trabalho de aula e afins.

Qual a melhor forma de prevenção do vício em celular?

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Foto: Ben Kerckx / Pixabay

A Dependência Digital é de difícil tratamento, mas a melhor prevenção é a psicoeducação, no sentido de desenvolver uma rotina saudável desde crianças, pois os “nativos digitais”, nascidos na era “virtual” são mais propensos a tornarem-se “adictos virtuais”.

Então ainda que as crianças não sejam capazes de emitir e falar todas as palavras de forma correta, estão aptas a compreender quase tudo. Por isso, é preciso acompanhá-las em todas as fases de desenvolvimento. Ensinando, preparando, guiando e amando.

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Fonte: Roselene Espírito Santo Wagner é psicóloga clínica, psicanalista, neuropsicóloga, psicóloga bariátrica, terapeuta de casal e família com especialização em Psicologia na Dimensão do Envelhecimento.

Uso excessivo do celular causa papada e flacidez na região do pescoço

Edy Guimarães, expert em estética com mais de 30 anos de carreira dá dicas de como evitar o problema e aponta os tratamentos mais eficazes para combatê-lo

A papada, também conhecida como “queixo duplo”, é um problema que acomete milhares de brasileiros, homens e mulheres, e que pode causar muito incômodo. As causas são as mais diversas, da disposição genética à flacidez facial, passando pelo excesso de pele e acúmulo de gordura.

Se você sofre desse mal, mas não apresenta nenhum dos fatores citados acima, o problema pode estar no uso excessivo do celular e de outros componentes eletrônicos, como o tablet e computador. Isso mesmo! A tech neck é a papada que aparece como resultado da postura incorreta do pescoço.

“Usar o celular com muita frequência não só prejudica a saúde, mas também o visual. Passar horas navegando pelas redes sociais com o aparelho na mão e o pescoço inclinado para baixo acelera o envelhecimento da região, propiciando o aparecimento de rugas, que, com o passar do tempo, vão aumentando até resultarem em papada”, explica a esteticista Edy Guimarães.

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Além disso, a inclinação da cabeça leva à flacidez entre o queixo e o pescoço e à deformação do tecido adiposo na região, o que acaba contribuindo para o problema. Para se ter uma ideia, a cabeça humana, que pesa, em média, sete quilos, passa a ter mais de 25 quando o pescoço se inclina a cerca de 60º, ocasionando a tech neck, mas também a outros problemas na cabeça e na coluna.

Como evitar

O primeiro passo é manter a postura correta. “O pescoço e o maxilar devem permanecer sempre a 90º, ou seja, formar um ângulo reto. Precisamos sempre nos policiar para manter o celular na altura dos olhos, para que olhemos sempre para frente. O mesmo vale para os tablets e comutadores. Usar suportes para levantar as telas é a melhor opção”, explica Edy.

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Shutterstock

A expert recomenda ainda exercícios para fortalecer a musculatura dos ombros e pescoço. “Alongamento é essencial e atividades, como caminhada, pilates e ioga são excelentes”, recomenda. Se houver dores na lombar, ombros e pescoço, o ideal é procurar a ajuda de médicos ortopedistas para uma avaliação mais profunda e, se for o caso, sessões de fisioterapia.

Os tratamentos

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HIFU – Foto: HealthLine

Além dos cuidados para prevenir a tech nech, existem diversas opções de tratamentos estéticos para revertê-lo. Entre eles, podemos citar:

– Intradermoterapia – tratamento indicado para pequenas partes do corpo, como a região do queixo, e que consiste na aplicação de enzimas na pele, ou abaixo dela, para absorver a gordura localizada. O tratamento é rápido, praticamente indolor e os resultados são visíveis logo após a primeira aplicação.
– Lifting com Fios de PDO – promove a suspensão dos tecidos da face por meio do uso de fios 100% absorvíveis, compostos de polidioxanoma (PDO), que também estimulam a produção de colágeno.
– Criofrequencia – técnica que reduz a gordura localizada utilizando uma base ultracongeladora que esfria a epiderme a 10ºC negativos e sob radiofrequência de aproximadamente 55ºC. O choque térmico promove a contração das fibras de colágeno, promovendo maior firmeza à pele.
– Bioestimuladores injetáveis – substâncias que, ao serem injetadas na pele, estimulam a produção de colágeno natural do corpo, reduzindo a flacidez da pele. Atualmente existem dois produtos com essa função, o ácido polilático (Sculptra) e a hidroxiapatita de cálcio (Radiesse), O Sculptra apresenta um efeito progressivo e duradouro (25 meses), com resultados que aparecem gradualmente. Já o Radiesse é um bioestimulador que, além do efeito de preenchimento imediato, estimula a produção natural de colágeno e com recupera a firmeza e a elasticidade da pele. Seu efeito dura entre 18 e 24 meses.
– Ultrassom Microfocado (HIFU) – tratamento desenvolvido para proporcionar efeito de lifting facial de forma não-invasiva e não-cirúrgica. Essa tecnologia utiliza o calor para promover a melhora da flacidez, já que as ondas do ultrassom conseguem atingir e aquecer as camadas mais profundas da pele, nas quais a contração do colágeno começa a ocorrer.

“Vale lembrar que todos os efeitos dos tratamentos utilizados no combate à tech neck devem ser associados com hidratações e lifting cosmetológicos para que os resultados sejam ainda mais satisfatórios”, finaliza Edy.

Edy Guimarães

Com mais de 30 anos de profissão, a expert é uma das maiores referências em tratamentos estéticos no Brasil, sendo a maior influenciadora digital do segmento (@edybeleza), com mais de 62 mil seguidores diretos e quase 40 milhões em suas conexões. Acaba de inaugurar sua nova clínica, localizada na região da Faria Lima, um dos bairros mais nobres da capital paulista, onde oferece não só os mais modernos e eficazes tratamentos estéticos, mas também os serviços de dermatologistas, endocrinologistas e nutricionistas.

“Dermatite do celular” pode causar irritação e vermelhidão na pele

Alergias acontecem por meio do contato com o níquel e cromo, dois componentes presentes em quase todo o celular

Passamos muito tempo de nossas vidas conectados a smartphones, de forma que substituímos o livro físico, a agenda de contatos, a câmera fotográfica e até mesmo a comunicação com as pessoas, pelos celulares. Toda essa exposição e uso excessivo dos dispositivos móveis tem aumentado a frequência de alguns problemas de pele, como rugas no pescoço (pela posição de olhar o celular), acne (pelo dispositivo carregar um alto número de bactérias e sujidades), manchas (pelo estímulo da produção de melanina pela luz visível do dispositivo) e, também, as alergias.

“O cromo e o níquel são dois componentes presentes nos celulares que estão relacionados com o aumento do número de alergias na pele”, afirma a médica Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo especialistas, essa reação alérgica já vem sendo chamada de “dermatite do celular”.

Segundo a Associação Britânica de Dermatologistas, a alergia a níquel afeta 30% da população no Reino Unido e figura entre as dermatites de contato mais comuns. “E pior que o níquel está em quase todo o celular: na bateria de lítio (que traz níquel na composição) até o fio de ligação de cada chip (que é revestido com ele), passando pelo microfone, eletrônica e revestimentos decorativos”, afirma a médica.

O contato prolongado com esses componentes é o que pode trazer alergia, com sintomas como irritações e vermelhidão na pele. “As regiões mais acometidas são: bochecha, orelha e nos dedos. Geralmente pacientes que usam o celular mais para ligações têm problema na face, enquanto os que usam mais para mensagens de texto ou aplicativos sofrem com a dermatite nos dedos”, afirma a médica.

Além do níquel, a dermatologista diz que outras substâncias, como a borracha e a pintura do celular, também estão envolvidas no processo alérgico, que pode provocar a irritação da pele. “Com toque contínuo, por horas e dias seguidos, esses componentes poderiam causar manchas vermelhas, placas na pele e coceira insistente”, diz.

mulher sorriso celular telefone

Para se proteger, a médica diz que é necessário usar case e película no celular para evitar o contato direto com a substância. “Além disso, é recomendável bom senso no uso do celular, pois quanto menor o tempo de exposição, melhor será para sua pele. E, claro, percebendo qualquer alteração na pele, é necessário procurar um dermatologista para a indicação do melhor tratamento”, afirma a médica.

O tratamento pode ser feito por meio de cremes tópicos para alívio da vermelhidão e coceira. “Em casos mais graves, o médico pode avaliar e prescrever medicamentos orais para combater a inflamação ou aliviar a coceira, que pode ser intensa”, finaliza a dermatologista.

Fonte: Paola Pomerantzeff é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais.

Smartphones e computadores aceleram envelhecimento da visão

Uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode antecipar a chegada de doenças como miopia, vista cansada e olhos secos, afirma oftalmologista Mário Filippo

Problemas oculares relacionados à predisposição genética podem se manifestar em diferentes períodos da vida, independentemente da faixa etária do indivíduo. No entanto, ao se aproximar dos 40, é comum que algumas complicações surjam, devido ao envelhecimento natural da visão – enfraquecimento dos músculos dos olhos e perda de elasticidade.

De acordo com o oftalmologista Mário Filippo, da COI, entre os fatores que potencializam esses prejuízos e podem até mesmo antecipá-los estão: uso excessivo de aparelhos eletrônicos, dietas inadequadas e ausência de proteção contra o sol.

mulher computador lendo

Com o passar dos anos, a musculatura da visão perde sua tonicidade e a contração da lente natural dos olhos, o cristalino, começa a ser prejudicada. “Isso causa o que é popularmente conhecido como ‘síndrome do braço-curto’, ou seja, quando as pessoas têm de afastar os objetos para conseguir enxergá-los ou ler alguma coisa”, explica Filippo. Denominado presbiopia, esse fenômeno tem início, de maneira geral, a partir dos 40 anos de idade.

O uso constante de celulares e computadores, no entanto, pode antecipar a chegada desse tipo de problema. “Ao manter o foco em telas de aparelhos eletrônicos por longos períodos de tempo, os músculos oculares ficam muito tempo contraídos, e a recorrência desse hábito pode predispor à miopia em crianças e adolescentes”, diz o especialista.

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Não à toa, um estudo publicado pela Associação Americana de Oftalmologia (AAO) aponta que aproximadamente cinco bilhões de pessoas terão algum tipo de problema na visão até 2050 – o que equivalerá a metade da população mundial.

Além disso, ficar muito tempo vidrado nas telas faz com que se pisque menos e reduz a lubrificação, causando secura – ainda mais para quem trabalha com o ar-condicionado ligado o dia inteiro. A recomendação de Filippo é que, de hora em hora, o indivíduo desfoque dos gadgets e olhe em direção ao horizonte para relaxar a musculatura e crie o costume de hidratar mais os olhos, por meio do uso de colírios lubrificantes ou lágrimas artificiais.

Outros maus hábitos

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Má alimentação, diabetes, tabagismo e exposição ao sol sem proteção também podem causar o surgimento ou agravar quadros de doenças relacionadas à visão, sobretudo para quem já atingiu a marca dos 50 anos, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), que causa a perda progressiva da visão central e pode levar à cegueira.

Para se prevenir, é recomendável buscar uma dieta balanceada, evitar o tabagismo, utilizar óculos de sol e, uma vez que pertença à faixa etária de risco, ir ao oftalmologista ao menos uma vez por ano: “O quanto antes um problema de saúde é identificado, melhor será o prognóstico”, lembra Filippo.

Fonte: COI

Dicas de como evitar males causados pelo uso excessivo de smartphones às articulações

O uso do celular foi incorporado em nossa rotina diária, pois trata-se de uma forma de conexão mais ampla com o mundo. Se utilizarmos a linha do tempo, vamos entender que esta realidade é muito recente, não mais que 20 anos. Contudo atingiu de forma muito rápida todas as camadas sociais.

Segundo dados do IBGE de 2018, cerca de 138 milhões de pessoas fazem uso do celular somente no Brasil, sendo em sua maioria o público jovem entre 25 e 34 anos, com quase 90%). Já a população acima dos 60 anos atinge 60%. Ou seja, sofremos uma mudança de hábito de comunicação e informações muito intensa e rápida.

O uso do celular para leitura de informações, ou mesmo como forma de escrita, implica em duas situações agravantes. A primeira delas envolve o movimento da coluna cervical no sentido de inclinação para frente (flexão do pescoço), para a visualização da tela do celular. A segunda envolve a digitação de textos, o que implica no uso coordenado do polegar para acionar as letras na tela do celular.

Para o ortopedista e cirurgião das mãos do HCor, Marcelo Rosa de Rezende, está comprovado que os movimentos repetitivos utilizados para digitar mensagens no teclado dos smartphones podem provocar tendinite, bursite, rizartrose (atinge a articulação da base do polegar), entre outros tipos de lesões ou disfunções articulares que afetam não só as mãos, mas também os braços, ombros e até os músculos presentes nesta região do corpo.

“Isso ocorre porque grande parte dos usuários ainda costuma passar horas com estes aparelhos entre os dedos, sem se dar conta do desgaste físico que estão sofrendo. Contudo, há meios de lidar com a situação. Medidas como alongamentos e pausas em períodos longos de uso ajudam a prevenir o problema. Porém, o melhor ainda é recorrer ao celular apenas em casos de real necessidade e, principalmente, procurar manter a postura corporal correta ao utilizá-lo”, afirma Rezende.

Cuidado com a postura!

Em relação a coluna cervical observamos que a postura, em flexão da coluna cervical, leva a um desequilíbrio da musculatura estabilizadora da região, o que induz aos vícios posturais a longo prazo, bem como de quadros de cervicalgia (dor no pescoço, com eventual irradiação para região posterior das costas e ombro). “Já o movimento de digitação utilizando os polegares, leva a uma sobrecarga decorrente do uso repetitivo da musculatura do polegar, o que causa o surgimento das tendinites nessa região”, esclarece.

garota adolescente menina celular

Uso do celular entre os jovens: um estudo sueco avaliou jovens que usam o celular para a escrita de textos durante anotações em sala de aula, e constatou que as pessoas que desenvolveram o quadro doloroso mais importante foram aqueles que eram mais habilidosos e, portanto, mais rápidos para a escrita no celular. “Ou seja, a destreza pode ser considerada uma vantagem. No entanto acarreta a um potencial maior para o desenvolvimento de tendinites no entorno do polegar”, explica o ortopedista.

mulher idosa celular depositphotos

Uso do celular entre os idosos: se considerarmos que as pessoas mais idosas usam o celular de uma forma crescente, devemos estar atento para um grande risco representado pela queda. “Com a idade perdemos muito de nossas funções fisiológicas como às relacionadas ao aparelho músculo esquelético, visual, além das funções proprioceptivas (equilíbrio das articulações). Portanto, com o avanço da idade estamos naturalmente mais sujeitos as quedas – que associado ao eventual uso de celulares pode ser um dado agravante no aumento do número de pacientes que caem, podendo levar a fraturas em especial no membro superior”, diz.

Rezende ensina que, quando for digitar, é importante manter a postura corporal correta. Para isso, é preciso alinhar os braços e procurar apoia-los em uma mesa: “Tente deixar o aparelho afastado de si. A tendência é que os braços fiquem melhor acomodados e você não precise flexionar tanto o pescoço para baixo, na hora de verificar a tela. Embora essa seja a maneira mais segura de digitar, ela não precisa ser adotada de maneira rígida. O que cada usuário precisa fazer é tentar encontrar uma forma de manter os braços bem apoiados, o celular afastado e o pescoço o mais reto possível, para diminuir o risco de problemas causados por esforço repetitivo”.

Evite a qualquer custo!

mulher ocupada trabalho

Não é só escrevendo mensagens, sem as devidas precauções, que podemos colocar a saúde das nossas articulações em risco. Segundo Rezende, existem hábitos na hora de falar ao telefone que também podem fazer muito mal, e precisam ser evitados a qualquer custo. Um deles é o de segurar o celular entre um dos ombros e a cabeça, enquanto as mãos estão ocupadas.

“Por mais rápida que seja a conversa, o melhor é interromper o que está fazendo, desocupar as mãos e levar o aparelho ao ouvido usando uma delas. Isso evita que o contorcionismo necessário nesse tipo de manobra prejudique o pescoço, os ombros e o maxilar”, alerta. “Com estes cuidados, é possível utilizar os smartphones de maneira mais segura e saudável”, enfatiza o ortopedista do HCor.

Para orientar os usuários sobre como utilizar os seus smartphones de maneira mais anatômica e menos danosa às articulações, o Marcelo Rezende tem algumas dicas. “Dores e incômodos provocados pelo uso continuo de celulares podem ser evitados ou mesmo reduzidos por meio de medidas relativamente simples”, afirma:

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=Procure usar o celular para leitura, na linha dos olhos, para evitar, assim, a flexão do pescoço.

organização trabalho mesa celular

=Utilize o celular apenas para realizar textos curtos, e sempre com os antebraços apoiados.

mulher executiva celular
Pexels

=No caso do uso do polegar na digitação, é importante procurar utilizar ambos os polegares, e não somente um, e busque digitar numa velocidade menor.

nulher celular

=Nunca desça escadas ou ande nas ruas e calçadas usando o celular. Pois o risco de queda é muito grande. Esta orientação vale para todos, em especial aos idosos.

Fonte: HCor