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Pesquisa revela que paulistas não controlam colesterol, hipertensão e diabetes

Especialista fala sobre os perigos de não tratar essas e outras doenças que afetam o coração

O colesterol, hipertensão e diabetes são os principais fatores de risco para as complicações cardiovasculares, principalmente quando a evolução destas doenças não é acompanhada e tratada por um especialista.

Uma recente pesquisa, realizada com 9 mil pacientes em Unidades Básicas de Saúde (UBS), em 32 cidades do estado de São Paulo, e analisada pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), indicou que a maioria dos paulistas não se preocupa com o controle destas doenças. Segundo dados do estudo, apenas 16% dos entrevistados se importam com o controle do colesterol, só 25% dos participantes estavam com bons níveis de glicemia, enquanto 48% nem se dedicava em checar e controlar a pressão arterial.

Para Elcio Pires Júnior, cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, o principal motivo destas doenças serem tão prevalentes entre os brasileiros são os maus hábitos da população. “No Brasil, além dos altos índices de obesidade e sobrepeso, o sedentarismo somado a alimentação ruim, favorece não só para a hipertensão, mas também para o colesterol e diabetes”, alerta o médico.

Como estas doenças afetam o coração?

O diabetes, doença que afeta a resistência insulínica, resulta em um estado inflamatório do organismo. Esta inflamação favorece uma condição chamada de aterosclerose, onde placas de gordura se acumulam no interior das artérias, fazendo com que os vasos percam a sua flexibilidade natural. Quando o colesterol ruim está alto, há uma grande quantidade de LDL circulando pelo organismo, que podem se depositar no interior dos vasos. O enrijecimento das artérias exige que o coração trabalhe ainda mais para que o sangue circule por essas vias que estão cada vez mais estreitas, resultando na hipertensão.

“A hipertensão é um alerta vermelho para o infarto e para o AVC. Se os hábitos não mudarem, os vasos podem se obstruir em qualquer momento, interrompendo o fluxo de sangue. Se isso acontecer próximo do coração e o músculo cardíaco deixar de ser irrigado, temos o infarto do miocárdio. Se acontecer próximo ao cérebro, temos o Acidente Vascular Cerebral”, conta o especialista.

Sem sintomas, sem busca por ajuda

Tanto a hipertensão quanto o alto colesterol e diabetes, em seu início, são doenças que não apresentam sintomas característicos. Quando alguns sinais começam a aparecer, pode já ser tarde para reverter. “Check-ups regulares podem identificar essas doenças previamente, oferecendo ao paciente uma alternativa: a mudança de hábitos”, ressalta o cirurgião.

Vale lembrar que existem vários fatores para o desenvolvimento dessas doenças, até mesmo o avanço da idade. Entretanto, de maneira geral, a melhor maneira de se prevenir é evitando o alto consumo de bebidas alcoólicas, assim como o excesso de sódio na alimentação. Vale lembrar que o tabagismo, o sedentarismo e a má alimentação são os principais fatores para o desenvolvimento dessas doenças.

“Embora essas doenças não tenham cura, existe tratamento. E controlar o diabetes, a pressão alta e o colesterol alto são fundamentais para a saúde geral do organismo e a longevidade. Antes que essas doenças apareçam, previna-se!”, finaliza o médico.

Fonte: Élcio Pires Júnior é coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro – Rede D’or – Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas.

Conheça cinco alimentos que ajudam no controle do colesterol

Especialista explica quais alimentos e hábitos devem ser adotados para evitar doenças cardiovasculares

No mês em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol (8 de agosto), o Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam) lista alimentos que podem contribuir para o controle desta doença, que afeta 40% da população brasileira e é responsável por cerca de 300 mil mortes anuais no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Segundo Ivia Fulguera, médica cardiologista do Cejam, a manutenção da saúde cardiovascular requer três cuidados essenciais: monitoramento periódico da pressão arterial, alimentação com pouca gordura trans e saturada e atividade física.

Sendo assim, a especialista aponta alguns alimentos que podem contribuir com a saúde cardiovascular:

soja-1600 getty
• A soja pode diminuir o nível de colesterol de LDL (colesterol ruim) já que é uma fonte importante de fitosterol e ácido linoleico;

cebola roxa Anh Nhi Đỗ Lê por Pixabay
Anh Nhi Đỗ Lê/Pixabay

• Cebola, repolho e alface podem ser substituídos pelos mesmos alimentos, porém na cor roxa, que contêm antocianina, um corante natural e antioxidante que ajuda a evitar o colesterol alto;

suco de uvas Babs Müller por Pixabay
Babs Müller/Pixabay

• Suco de uva natural, que também é uma ótima escolha pois tem resveratrol, pode aumentar o colesterol de HDL (colesterol bom);

chocolate amargo cacau elsenaju
• O chocolate contém antioxidantes e, se consumido com moderação, não aumenta o colesterol ruim;

ovos sanduiche saudavel
• Não é necessário evitar comer ovos, consumir um por dia não aumentará o risco de doenças cardiovasculares.

E o mais importante, mesmo com o isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus, é fundamental manter acompanhamento médico.

Fonte: Cejam

Evento em São Paulo realiza testes gratuitos de colesterol e fibrilação atrial

Além de testes de glicemia no sangue, ação em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes abordará outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, de 8 a 14 de novembro

A MedLevensohn participará da 22ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes, realizada pela Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes (Fenad). Com o propósito de contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares e estimular debates sobre a qualidade da vida, a empresa, que figura entre as maiores distribuidoras de produtos de saúde do país, doou mil testes de colesterol e disponibilizou cinco aferidores de pressão Microlife Afib para a iniciativa. O aparelho exclusivo rastreia a fibrilação atrial, arritmia que está entre as principais causadoras de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O evento será realizado em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, na sede da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad). A finalidade é detectar precocemente o diabetes, por meio de testes de glicemia, e conscientizar a população sobre outros fatores de risco cardiovascular, como colesterol, hipertensão, obesidade e a própria fibrilação atrial, além de encaminhar os pacientes de risco elevado aos serviços de saúde.

Perigo silencioso da FA

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Ilustração: Pixabay

Apesar de ser, na maioria dos casos, assintomática, a fibrilação atrial é extremamente perigosa, podendo aumentar em até cinco vezes o risco de AVC. Estima-se que dois milhões de brasileiros convivam com essa arritmia, mesmo sem saber.

“O AVC causado pela FA pode ser bastante grave, causando sequelas, como paralisia, alteração da fala e memória, ou até mesmo levando ao óbito. Por isso, acreditamos que, por meio da prevenção, temos a possibilidade de reduzir a quantidade desses casos na população”, afirma o Diretor Médico da MedLevensohn, Alexandre Chieppe. Ele explica que o AVC isquêmico é caracterizado pela falta de sangue no cérebro, representando 80% dos casos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Já José Marcos Szuster, CEO da MedLevensohn, destaca a importância em promover ações como essa. “Investir em qualidade de vida e prevenção está no DNA da nossa marca. O objetivo é que essas parcerias sejam cada vez mais recorrentes. O AFIB é inovador pois identifica, em poucos minutos, a presença da FA em um paciente. É interessante observar que, com um método simples e não-invasivo, um dos principais fatores de risco do AVC pode ser detectado com elevada acurácia e precisão. Os ganhos propiciados são imensuráveis pois, além de reduzir custos, ele salva vidas”, comenta Szuster.

Debater fatores de risco

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Para além da fibrilação atrial, altas taxas de colesterol e a diabetes são grandes fatores de risco para doenças cardiovasculares, as que mais matam no Brasil. Em média, ocorrem 360 mil óbitos anuais no País decorrentes de problemas no sistema circulatório. O número alarmante indica a falta de conscientização da população: segundo pesquisa realizada pela KRC Research, este ano, 44% dos sobreviventes a um ataque cardíaco não monitoram regularmente o nível sanguíneo do colesterol ruim, o LDL. Outro dado relacionado a esse grande fator de risco cardiovascular chamou a atenção: um a cada três pacientes não sabe quais são as quantidades adequadas dessa substância no sangue.

O diabetes é outro fator preocupante, que pode causar problemas nos vasos sanguíneos, olhos, rins, nervos, e ainda, gerar infarto. Existem dois tipos da doença, o 1, que normalmente aparece na infância ou na adolescência, e o 2, que se manifesta, geralmente, em pessoas acima dos 40 anos.

Manter os níveis de colesterol e glicemia controlados no sangue, realizando-se monitoramento com aparelhos confiáveis e certificados, e adotar práticas de vida saudáveis, como fazer atividade física, ter boa alimentação, não fumar e diminuir o estresse, são as melhores maneiras de se evitar uma complicação cardiovascular.

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22ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes
Ações gratuitas oferecidas: testes de glicemia e colesterol, aferição de pressão arterial com rastreio de fibrilação atrial, avaliação de olhos, pés, boca, risco cardiometabólico, palestras educativas, entre outros.
Data: de 8 a 14 de novembro de 2019
Horário: das 9h às 16h
Local: Anad
Endereço: Rua Eça de Queiroz, 198, Vila Mariana, São Paulo

Confira dez alimentos que ajudam a reduzir o colesterol

Especialista orienta que eles devem ser incluídos na dieta e não como suplementos

A alimentação saudável é a principal forma de manter as taxas de colesterol controladas, reduzindo-se as chances de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infarto.

“O composto que chamamos de colesterol é sintetizado no fígado e transportado no sangue pelas lipoproteínas. As mais importantes são as Lipoproteínas de Baixa Densidade [LDL] e as Lipoproteínas de Alta Densidade [HDL]”, explica a nutricionista Regina Helena Marques Pereira, do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

A LDL é o chamado “colesterol ruim” porque está associada com o risco de desenvolver a doença coronariana. “O ideal é que sua taxa sanguínea fique abaixo de 130 mg/dl”, afirma a especialista. A HDL é o “colesterol bom”, que ajuda a remover o excesso de colesterol que entra na parede das artérias via LDL. O indicado é manter a taxa superior a 40 mg/dl. Temos ainda as VLDL, que são relacionadas ao transporte principalmente de triglicerídeos, mas também oferecem risco ao coração.

De acordo com dados do DataSUS, em 2017 ocorreram 358 mil mortes causadas por doenças do aparelho circulatório no Brasil. Significa dizer que um a cada três óbitos tem como causa problemas cardiovasculares. “É um número alto e simboliza uma morte a cada 40 segundos proveniente de doenças que podem ser diagnosticadas e controladas. Somente a prevenção, com adoção de práticas saudáveis, o diagnóstico e o tratamento podem reverter essa situação”, afirma José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp.

Segundo Regina, manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas são as principais ações a serem realizadas para diminuir o risco de doenças cardiovasculares causadas pelo colesterol. “O colesterol dos alimentos contribui com 30% do composto no organismo humano”, complementa a nutricionista.

A especialista elaborou uma lista com os 10 alimentos que são verdadeiros aliados na luta contra o colesterol. Confira-os, em ordem alfabética:

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Foto: California Avocado Comission

1 – Abacate: rico em gorduras monoinsaturadas. De acordo com estudo publicado pela American Heart Association, substituir fontes de gorduras saturadas por abacate pode reduzir em até 13-14 mg/dl o colesterol total e a LDL.

aveia

2 – Aveia: rica em fibras solúveis e betaglucano, já é amplamente reconhecida como coadjuvante, pois atua em nível intestinal, diminuindo a absorção de gorduras, por meio do aumento da velocidade do fluxo intestinal, devido a sua característica para formação de gel. Mas, sua melhor versão está no farelo de aveia, que contém maior teor em fibras.

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3 – Azeite de Oliva Extravirgem: alimento base da dieta do mediterrâneo, rico em ácidos graxos monoinsaturados e outros compostos também antioxidantes. Quando substituindo gorduras saturadas, promove redução nas taxas de colesterol não-HDL, ou seja, melhora a relação entre colesterol bom e ruim, favorecendo o bom.

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Pixabay

4 – Cereais integrais: devido ao seu conteúdo de fibras e vitaminas, estão também associados a menor risco de aterosclerose, atuando da mesma forma que a aveia, por meio da redução na absorção de gorduras durante a digestão dos alimentos. Também promovem mais saciedade, reduzindo o volume total de ingestão alimentar.

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Foto: Max Straeten

5 – Frutas vermelhas: ricas em polifenóis, são conhecidas por sua ação antioxidante capaz de reduzir as alterações decorrentes da oxidação das LDL, que nesta forma são mais aterogênicas.

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Pixabay

6 – Oleaginosas: nozes, castanhas, amêndoas etc. Ricas em ácidos graxos monoinsaturados que, assim como as poli-insaturadas, melhoram o perfil de colesterol, porém essas estão mais relacionadas com elevação do HDL, colesterol conhecido como o bom.

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7 – Óleos vegetais: ricos em ácidos graxos poli-insaturados, são associados com redução de LDL e risco cardiovascular em inúmeros estudos que usam este tipo de gordura como substituição de gorduras saturadas de origem animal e/ou vegetal.

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8 – Peixes ricos em ômega 3: salmão e sardinha são ricos neste tipo de gordura, cuja relação com redução de colesterol já é bastante conhecida. A maior ingestão de ômega 3 aumenta o conteúdo de ácidos graxos poli-insaturados no organismo o que favorece a redução do colesterol.

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Getty Images

9 – Soja: em uma revisão bibliográfica, pesquisadores da Universidade do Vale dos Sinos, do Rio Grande do Sul, avaliaram os resultados de 13 estudos internacionais, concluindo que o consumo de proteína de soja isolada (e não do grão integral) tem efeito positivo na redução de colesterol-total se consumido por 6 a 8 semanas. O consumo deve ser maior ou igual a 40g de proteína de soja por dia, contendo 80mg de isoflavonas ou mais. Porém, este consumo não é realidade em nosso país.

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10 – Uva: suco concentrado, vinho tinto, uva fresca. São variantes de forma de consumo dessa fruta que contém, além dos polifenóis das frutas vermelhas, o resveratrol, composto específico da uva amplamente estudado, relacionado à redução de oxidação das partículas de LDL, melhorando sua remoção da circulação e consequente redução da formação de placas típicas da aterosclerose.

Fonte: Socesp

Dez alimentos que pioram as taxas de colesterol

Este mês, comemoramos o Dia Nacional do Combate ao Colesterol. O assunto merece total atenção, já que de acordo com dados do DataSUS, em 2017 ocorreram 358 mil mortes causadas por doenças do aparelho circulatório no Brasil. Significa dizer que um a cada três óbitos tem como causa problemas cardiovasculares.

“É um número alto e simboliza uma morte a cada 40 segundos, proveniente de doenças que, em sua maioria, podem ser diagnosticadas e tratadas”, afirma José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Por isso, é importante lembrar que a alimentação saudável é a principal estratégia para manter as taxas de colesterol controladas, reduzindo-se as chances de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e infarto.

“O colesterol é sintetizado em diversos tecidos do nosso corpo, mas é no fígado onde ocorre sua maior síntese, sendo transportado para todo o corpo pelas lipoproteínas. As mais importantes são as Lipoproteínas de Baixa Densidade [LDL] e as Lipoproteínas de Alta Densidade [HDL]”, explica a nutricionista Regina Helena Marques Pereira, do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

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Thinkstock

LDL é o chamado “colesterol ruim” porque está associado com o maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. “O ideal é que sua taxa sanguínea fique abaixo de 130 mg/dl”, afirma a especialista. HDL é o “colesterol bom”, que ajuda a remover o excesso de colesterol do corpo, favorecendo sua excreção. O indicado é manter a taxa superior a 40 mg/dl. Temos, ainda, as VLDL, que são relacionadas ao transporte principalmente de triglicerídeos, que também oferecem risco à saúde do coração.

Segundo Regina, manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas são as principais ações a serem realizadas para diminuir o risco de doenças cardiovasculares causadas pelo colesterol. “O colesterol dos alimentos contribui com 30% do colesterol do organismo humano”, complementa a nutricionista.

Ela elaborou uma lista com os 10 vilões na luta contra o colesterol, e ressalta que o equilíbrio continua sendo o principal segredo de uma dieta saudável. “Todos esses alimentos podem ser consumidos e apenas se tornam prejudiciais à saúde quando ingeridos em grandes quantidades e com bastante frequência. Por isso, é importante lembrar: mantenha um padrão alimentar saudável, rico em frutas, verduras e legumes”.

Confira a lista:

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1 – Bombom: é uma versão de chocolate com pouquíssimo cacau e muitos ingredientes, dentre eles gorduras adicionadas – principalmente hidrogenada – trans, que é a mais aterogênica.

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2 – Carnes gordas: a gordura animal está intimamente ligada com o aumento de colesterol e formação de placas de aterosclerose, pois é rica em gorduras saturadas.

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3 – Manteiga: fonte exclusiva de gorduras saturadas de origem animal. Altamente aterogênica.

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4 – Creme de leite: mesmos princípios da manteiga.

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5 – Nuggets: são empanados, pré-fritos em gordura vegetal hidrogenada, a mais aterogênica de todas as gorduras presente em alimentos industrializados.

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6 – Óleo de coco: rico em gorduras saturadas conhecidas como principal gordura relacionada ao aumento de colesterol total, LDL colesterol e HDL colesterol. Porém, esta elevação de HDL não é suficiente para reduzir os efeitos negativos do aumento das LDL que este tipo de gordura promove.

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Foto: Own work

7 – Produtos de charcutaria: salames, presuntos, linguiças. Ricos em gorduras saturadas de origem animal – devem ser evitados.

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8 – Queijos ricos em gorduras: (> 10% de gorduras saturadas por porção) – devem ser evitados.

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9 – Salgados e tortas elaborados com massa podre:  massa podre – pâte brisée-, é composta por farinha de trigo, gorduras (normalmente manteiga, às vezes banha ou gordura vegetal), água e sal.

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10 – Sorvete cremoso industrializado: elaborado com gordura vegetal hidrogenada em sua maioria. Alguns artesanais podem levar outro tipo de gordura menos nociva.

Fonte: Socesp – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1976. Regional da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Departamento de Cardiologia da Associação Paulista de Medicina.

 

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Cardiologista do HCor explica a importância de manter o colesterol equilibrado; dieta balanceada, prática de exercícios físicos e controle do peso auxiliam com o controle e prevenção do surgimento de doenças cardiovasculares

Hoje, 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Para conscientizar sobre a prevenção desse tipo de gordura que, embora tenha importante função no organismo, quando está em excesso pode prejudicar o sistema cardiovascular, principalmente com a obstrução de vasos sanguíneos no coração e no cérebro. O controle do colesterol é fundamental para identificar riscos de doenças cardíacas e deve ser feito, pelo menos uma vez ao ano, por meio de um simples exame de sangue.

“O colesterol é um tipo de gordura existente no organismo, que auxilia na produção de hormônios como estrógeno, testosterona, cortisol e ácidos biliares. Mais da metade do colesterol é produzido pelo organismo o restante vem da alimentação e se esta estiver desequilibrada pode aumentar os níveis desta gordura no sangue”, comenta o Prof. Dr. Antonio Carlos Chagas, cardiologista do HCor.

Desta forma, é importante saber se o colesterol está dentro dos padrões ou alterado. Mas independente de qualquer atitude, ter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos e controlar o peso são boas medidas para manter o colesterol dentro dos índices recomendados.

Tipos de colesterol

Existem dois tipos de colesterol. O LDL (lipoproteína de baixa densidade), que é conhecido como “mau colesterol” e o HDL (lipoproteína de alta densidade), conhecido como “bom colesterol”. O primeiro é responsável por levar um pouco de triglicerídeos do fígado e do intestino para os tecidos. E o segundo faz o caminho inverso, remover o excesso de colesterol dos tecidos e leva para o fígado.

O LDL descontrolado favorece a formação de placas nos vasos do coração e do cérebro que podem evoluir para um infarto ou AVC. Já concentrações elevadas de HDL ajudam a proteger contra essas doenças. Dai os tipos serem conhecidos como mau e bom colesterol. Há ainda o colesterol total, que é a soma dos dois.

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“O acúmulo de placas começa na infância e se manifesta décadas mais tarde. Por isso, é importante incentivar o consumo de alimentos ricos em fibras, vegetais, frutas e verduras, cada vez mais cedo. Lembrando que os índices recomendados são: LDL abaixo de 100mg/dl e HDL superior a 40mg/dl. O colesterol total não deve ultrapassar 200mg/dl, isto para adultos maiores de 20 anos”, explica Chagas.

Fonte: HCor

Dia Nacional de Combate ao Colesterol: confira dicas para evitar esse mal

Os hábitos alimentares têm impacto direto no envelhecimento. Por isso, os cuidados com o colesterol devem ser tomados em todas as fases da vida, pois a deposição de placas de gordura nas artérias começa na infância, mas só vão se manifestar em idade avançada. Para as pessoas acima de 60 anos, colesterol elevado é o principal fator de risco para ocorrência de eventos cardiovasculares, que são consideradas maior causa de mortalidade e morbidade na velhice.

Para conscientizar sobre o problema, é celebrado hoje, 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A nutricionista Milena Maffei Volpini, coordenadora de nutrição da Cora Residencial Senior, explica que hábitos alimentares incorretos, influenciados pelo consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, são algumas das causas do colesterol elevado. Nesses casos, o controle e prevenção podem ser feitos por meio de uma alimentação balanceada, pobre em gorduras saturadas, equilibrada em gorduras poli-insaturadas (tais como óleo de milho, canola, girassol) e com adição de fibras.

Fibras

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“Além de uma dieta balanceada, com frutas, verduras, legumes e cereais integrais, associar alimentos com fibras também é muito importante, já que, no intestino, reduzem a absorção de colesterol sérico provenientes de fontes alimentares. Estudos mostram, por exemplo, que uma colher de sopa de aveia com frutas ou mingau diariamente reduz consideravelmente o colesterol”, afirma a nutricionista.

Ela explica que a maior fonte de colesterol está presente em produtos de origem animal (carnes, leite, ovos e seus derivados), uma vez que não é encontrado nos de origem vegetal. Alguns alimentos contêm teor mais alto de colesterol, como os frutos do mar (camarão, polvo, lula, marisco, caranguejo e ostra) e as vísceras (miolo, fígado e miúdos).

A genética pode determinar um colesterol alto mesmo em pessoas que tenham hábitos saudáveis. Nesses casos, é importante verificar regularmente as taxas de gordura no sangue e, se necessário, utilizar medicamentos sob prescrição e acompanhamento médico.

O que é

O colesterol é uma substância necessária para o organismo exercer algumas funções, como a produção de determinados hormônios. Apenas 30% do total é proveniente do consumo de alimentos de origem animal (origem exógena). Os outros 70% são fabricados pelo próprio organismo (origem endógena).

O LDL, chamado de colesterol mau, se estiver em excesso, pode se acumular nas paredes das artérias, impedindo a passagem do sangue, aumentando o risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Enquanto o HDL, o colesterol bom, funciona como um sistema de limpeza nas artérias e ajuda a manter a saúde do coração.

5 Dicas contra o aumento do colesterol

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Pixabay

1 – Manter a dieta saudável e equilibrada, associando alimentos com fibras, como aveia e linhaça que ajudam a minimizar os efeitos do colesterol no organismo.

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2 – Exercícios e atividades físicas ajudam a manter o peso saudável, pois o excesso pode contribuir com o maior acúmulo de colesterol nas artéria e veias e provocar um evento cardiovascular.

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3 – Consultas regulares ao médico são essenciais e, em alguns casos, medicamentos para controle do colesterol.

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4 – O que pode comer: verduras, legumes e frutas; cereais integrais; aveia; laticínios desnatados; peixes – de preferência salmão, sardinha, anchova e atum –; azeite de oliva; azeitona; óleos vegetais de soja, milho, girassol ou canola; e oleaginosas, como castanhas, nozes, amêndoas; carnes magras (lagarto e coxão duro sem a capa de gordura, coxão mole, patinho) e aves sem a pele.

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5 – O que deve ser evitado: queijos amarelos (muçarela, prato, provolone, parmesão); carnes gordas de boi e porco (contrafilé, picanha, costela, acém), aves com pele; frios e embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, presunto), bacon; manteiga, margarina duras, banha, gordura vegetal hidrogenada.

Fonte: Cora

Conheça alimentos que podem auxiliar a saúde do coração

Doenças do coração podem afetar pessoas nas mais diferentes condições. Muitas vezes, os problemas aparecem de forma sutil, sem afetar muito o cotidiano como um leve aumento na pressão, dores pontuais ou famoso colesterol.

Segundo o cardiologista Augusto Scalabrini Neto, do Hospital Sírio-Libanês, há várias formas de diminuir os riscos dessas doenças. Redução de estresse, evitar a obesidade, cafeína, álcool e cigarros são algumas delas.

Mas as principais medidas se enquadram em uma dieta saudável e exercícios físicos, porque, além de reduzir riscos cardiovasculares, também aumentam a disposição e retardam o envelhecimento daqueles que as praticam. “Estudos recentes demonstram claramente que as pessoas que mantêm um bom condicionamento cardiovascular envelhecem melhor, com mais saúde e menos eventos negativos”, explica o especialista.

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Outro fator determinante para se manter saudável é manter o nível de colesterol LDL (o colesterol ruim) baixo . Logo, uma dieta com pouca gordura saturada, baixa em carboidratos e rica em fibras pode ser o que vai manter essas enfermidades longe. “Essa fração LDL aumenta a quantidade de gorduras no sangue, e facilita o depósito  nas artérias, provocando o aparecimento das chamadas placas gordurosas e, consequentemente, a obstrução das artérias, como se fosse ferrugem em um cano”, aponta o médico.

Por apresentar um grande percentual de gordura saturada, a carne de porco se enquadra neste caso e por isso, deve ser evitada. Mas nem todas as gorduras são prejudiciais. Embora as saturadas aumentem o colesterol, podendo induzir obstruções arteriais, as mono e poli-insaturadas aumentam a fração HDL do colesterol (o colesterol bom) e podem ter um efeito benéfico para o coração.

O colesterol “bom” remove gorduras do sangue e evita o depósito dessas substâncias nos vasos. Portanto quanto mais alto o nível da fração HDL, menor o risco cardiovascular.

Para ajudar a manter os níveis de colesterol equilibrados, a alimentação é uma grande aliada. Enquanto alguns alimentos podem deteriorar as artérias, outros podem amparar, não somente o coração, mas a saúde do corpo de maneira integral.

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O azeite extravirgem, por exemplo, é rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a aumentar os níveis de colesterol “bom”. O médico recomenda que o azeite seja sempre puro e de excelente qualidade: “O benefício é atingido quando se ingere azeite de oliva puro, sem misturas e, preferencialmente, sem aquecer, já que isso pode promover a saturação das gorduras monoinsaturadas com consequente perda de suas propriedades benéficas”.

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Alguns alimentos são constantemente associados com benefícios para o coração, mas não foram estudados o suficiente e nem comprovaram a sua eficácia real. É o caso das frutas ricas em vitamina C, como laranja, morango e acerola, chocolates puros (+70%), que contêm grandes quantidades de antioxidantes, e portanto, fazem bem à saúde, mas não necessariamente para o coração.

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Foto: Gadini/Pixabay

O alho também tem sido citado como benéfico. “Existem alguns estudos demonstrando efeitos benéficos do alho na redução das gorduras do sangue e, portanto, do colesterol, na redução da agregação das plaquetas, reduzindo, assim, o risco de coágulos que poderiam causar infarto e aumento no relaxamento das artérias, reduzindo assim a pressão arterial”, informa o cardiologista.

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Outros alimentos surpreendem ao ser associados com a saúde do sistema cardiovascular, como o vinho e o suco de uva, pois possuem resveratrol. “Estudos mostram que o resveratrol é capaz de aumentar os níveis da fração HDL do colesterol, reduzir os radicais livres e diminuir a coagulação de forma adequada, assim, evitando eventos como o infarto do miocárdio”, conclui e também recomenda moderação, especialmente se tratando de álcool.

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Fonte: Augusto Scalabrini Neto é cardiologista, graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Professor adjunto e coordenador de ensino do Departamento de Emergências Clínicas na mesma universidade; Coordenador Geral e Didático do Laboratório de Habilidades e Simulação da Faculdade de Ciências Médicas Minas Gerais e Docente Invitado da Universidad Finis Terrae em Santiago, Chile.  É médico do Corpo Clínico e vice-presidente da Coreme (Comissão de Residência Médica) do Hospital Sírio-Libanês e supervisor do Programa de Residência Médica em Cardiologia do da mesma entidade

Dicas para curtir as festas de final de ano sem se preocupar com o colesterol alto

Para reduzir os riscos de doenças do coração nesta época do ano é necessário equilibrar as refeições, substituir alguns alimentos e não exagerar

O mês de dezembro é o momento de reunir os amigos, a família e confraternizar. E os festejos de fim de ano estão sempre acompanhados de muita comilança, seja na festa da empresa, no happy hour com os amigos e, principalmente, nas ceias de natal e réveillon.

Durante essa época, às vezes, todo mundo acaba exagerando no consumo de alimentos ricos em açúcar, gorduras saturadas e trans. Por isso, a dica é optar por alimentos que ajudem na manutenção dos níveis adequados de gorduras, e assim, reduzir os riscos de doenças cardíacas.

A nutricionista Lara Natacci afirma que o consumo de alimentos que aumentem o LDL (também conhecido como colesterol “ruim”), é muito comum durante as festas de fim de ano, já que é um período em que as pessoas tradicionalmente tendem a comer muitos petiscos, refeições rápidas e ceias, que podem representar uma grande ingestão de gorduras trans e saturadas. Por isso, é necessário buscar algumas alternativas para equilibrar a alimentação e minimizar os impactos na saúde do coração.

“Nessa época de muitas confraternizações, é interessante procurar se alimentar de forma equilibrada. O ideal é consumir cereais integrais, uma variedade de vegetais, não esquecer das proteínas magras e é claro, as gorduras boas (insaturadas). Alimentos que contêm gorduras mono e poli-insaturadas, como os ômegas 3 e 6, podem ajudar na manutenção de níveis adequados de colesterol e, assim, reduzir os riscos de doenças cardíacas”, diz.

Para aqueles que se preocupam em não arriscar a saúde do coração, Lara traz algumas dicas para curtir as festas sem se preocupar:

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1. Coma nozes e castanhas: entre os alimentos típicos de fim de ano que ajudam a reduzir os níveis do colesterol “ruim” e aumentar o colesterol “bom”,HDL, estão as nozes e as castanhas: possuem proteínas, minerais, vitaminas, gorduras saudáveis e fibras, que agem em prol do bom funcionamento do organismo.

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2. Consuma diversas fontes gorduras “boas” (insaturadas): outras opções, além das oleaginosas, são os óleos vegetais e produtos à base desses como cremes vegetais sem gorduras trans, que podem ser uma boa alternativa às preparações com manteiga, que oferecem aporte de gorduras saturadas, e contribuem para o aumento do colesterol “ruim”.

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3. Inicie sua refeição pela salada: seu aporte principal de fibras auxiliará no processo de saciedade.

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4. Atenção ao consumo de carnes: opte pelas carnes mais magras, como peru, peito de frango sem pele, carne de porco magra ou carnes sem gorduras aparentes. Nos peixes, como o salmão e atum, podem ser encontradas as gorduras “boas”. E lembre-se: são apenas complementos e não sua refeição completa.

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Imagem: Freepik/asier_relampagoestudio

5. Não passe vontade! Só não exagere! E, claro, pule, dance e aproveite o fim de ano.

Fonte: Becel

 

Mesmo tendo diabetes é necessário consumir gorduras

Apostar em alimentos ricos em gorduras boas é a melhor opção em uma dieta saudável

Uma recente pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontou que a obesidade não para de crescer na população brasileira. Dados inéditos revelam que uma em cada cinco pessoas no país está acima do peso. A prevalência da doença passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. No combate ao excesso de peso, seja por questões estéticas ou de saúde, é comum que se retire a gordura da dieta. Em um primeiro momento, pode parecer o certo, se relacionarmos, de forma simplista, que a ingestão de gordura resulta nos pneuzinhos em nosso corpo. Contudo, não é bem assim na prática.

“É fundamental estar ciente de que elas também contribuem para um bom funcionamento do corpo e, por isso, o ideal é manter o equilíbrio. É preciso conhecer os alimentos e suas propriedades para fazer escolhas certas, sem simplesmente deixar as gorduras de lado”, explica a endocrinologista Janaina Koenen. Ela ressalta que é fundamental entender o papel da gordura em nosso organismo e adicioná-la de forma correta à alimentação, mesmo quando a pessoa sofre de diabetes.

“O papel de vilã nutricional que a gordura ocupa atualmente pode estar com os dias contados. Diversos estudos já mostram que mesmo a saturada, encontrada em carnes, ovos e queijos, não está associada a doenças cardiovasculares como se acreditou por muitos anos”, pondera Koenen. Segundo a endocrinologista, esse grupo de alimentos foi condenado a partir de hipóteses não comprovadas sobre o colesterol. No entanto, é crescente o número de estudos que já identificaram que a gordura boa deve predominar. “Uma dieta equilibrada pode ter mais de 50% de gorduras totais, existem artigos que falam até em 70%”, frisa.

E o controle da diabetes?

Koenen frisa que, as únicas gorduras que todas as pessoas devem evitar, inclusive os diabéticos, são as gorduras “trans”. “Esse tipo de gordura é formado durante o processo de hidrogenação industrial dos óleos vegetais líquidos para que fiquem em estado sólido em temperatura ambiente”. Ainda de acordo com a endocrinologista, essas gorduras estão associadas ao aumento de risco de infarto e acidente vascular cerebral. “São as piores gorduras para a saúde”.

Alguns alimentos ricos em gorduras trans são: batata congelada para fritar, sorvetes, salgadinhos (chips), donuts, margarinas sólidas e cremosas, cremes vegetais, massas industrializadas para bolos e tortas, cookies e biscoitos recheados e/ou amanteigados e pipoca de micro-ondas.

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As outras gorduras, inclusive as saturadas presentes nas carnes gordas e derivados gordos do leite, são consideradas boas. Koenen acrescenta que, independente de se tratar de uma pessoa com diabetes ou não, alguns alimentos devem ter preferência, como a azeite de oliva (extra-virgem, prensado a frio e com acidez menor que 0,5%), abacate, azeitonas (principalmente as pretas), castanhas (principalmente nozes, avelãs, pecan, macadâmias, castanha-do-pará e pistache) e nos peixes gordos ricos em Ômega 3 (salmão, arenque, sardinhas, atum, cavalinha).

“Se o diabético reduzir os carboidratos, principalmente, as farinhas refinadas (trigo, milho), tubérculos (como as batatas, a mandioca), bebidas açucaradas e doces, substituindo-os por mais gorduras boas, o controle do diabetes chegará, com certeza”, garante a médica. Ela lembra ainda que para evitar risco de infarto e AVC, é importante também praticar atividades físicas regularmente, dormir bem, cessar o tabagismo e controlar o estresse emocional.

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E o colesterol?

“Apenas por volta de 20% do colesterol sanguíneo vem da dieta, pois a maior parte é produzida naturalmente no fígado. Ou seja, já foi demonstrado que comer mais gordura não necessariamente se traduz em ter um LDL maior”, comenta Koenen. Segundo a médica, ocorre que o LDL tem sete subtipos, agrupados por tamanho em dois perfis, o perfil A (inofensivo) e o perfil B(capaz de causar a aterosclerose), sendo apenas um deles prejudicial à saúde, o chamado “LDL pequeno e denso” ou perfil B.

“Ele sim está relacionado à aterosclerose. Além de aumentar os riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), especialmente quando aparece em sua forma oxidada; o que ocorre quando há um nível alto de inflamação no organismo. É dessa inflamação que precisamos cuidar”.

“Além disso, as gorduras saturadas são as únicas que aumentam o HDL, que é o colesterol bom”, lembra Koenen. Já os óleos vegetais (canola, milho, soja, girassol) devem ser evitados. Isso porque são ricos em ômega 6, a gordura inflamatória, que faz o oposto da gordura Ômega 3, presente no salmão selvagem, atum, arenque, cavalinha e sardinhas. Ovos caipiras também contêm ômega 3.

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Foto: Emir Krasnic – Pixabay

Ainda segundo a endocrinologista, em diabéticos, já foi comprovado que triglicérides altos e HDL baixo, além dos níveis de PCR ultrassensível, são indicadores mais eficazes para predizer risco de infarto do que o LDL isolado. “Sabe-se, ainda, que tabagismo, estresse e sedentarismo aumentam consideravelmente a inflamação e são fatores de risco muito mais importantes e com mais evidência que o nível de LDL isoladamente para o risco de doença cardiovascular”.

É importante ressaltar, também, que não se deve fazer dieta sem a orientação de um bom nutricionista e endocrinologista, especialmente, quem usa medicações para diabetes. “Neste caso, um médico endocrinologista é essencial, para o ajuste das medicações e avaliação dos seus exames e adequação à dieta”, finaliza Koenen.

Fonte: Janaina Koenen é graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Mestre em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Membro Titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Membro da Sociedade Brasileira de Diabetes; Membro da Endocrine Society.