Arquivo da categoria: comportamento

A DESPEDIDA…

Este post é minha despedida. Como avisei dias atrás, hoje é o último dia que o site/blog será atualizado.

O texto anterior, sobre a mulher de 50 anos, fecha o período que me dediquei a este espaço.

Espero que o conteúdo fique disponível para futuras visitas, mas não sei como a WordPress funciona nestes casos.

Foram quase dez anos de postagens dos mais variados assuntos.

Agradeço a quem seguiu o blog, a quem leu as matérias e a quem colaborou de alguma forma.

Aproveito para agradecer também as pouquíssimas assessorias de imprensa que enviaram lançamentos ou me convidaram para participar de eventos.

Continuarei apenas a falar de animais de estimação no blog Se Meu Pet Falasse, porém o Instagram do E De Repente 50 continua @ederepente50

Até qualquer dia!

Cármen Guaresemin

As complexidades da mulher após os 50 anos

Psicanalista Fabiana Guntovitch quebra estereótipos e preconceitos etaristas

Especialmente após os 50 anos, as mulheres enfrentam uma série de desafios que podem impactar significativamente sua saúde mental e emocional. Para a psicanalista e especialista em Comportamento Fabiana Guntovitch, esta é uma jornada repleta de transformações físicas, químicas e emocionais, oferecendo importantes questionamentos.

“A primeira preocupação costuma ser sobre a percepção que tem de si mesmas, construída a partir daquilo que acreditam que as pessoas pensarão sobre elas neste novo momento. Preconceitos etaristas são estruturais e se não forem rompidos provocarão dores importantes”, reflete ela, autora do livro “Chega de Brigas: Pequeno Manual Para Viver em Paz”.

A atriz Alessandra Negrini, de 53 anos

Para Fabiana, a chegada da menopausa marca uma transição profunda na vida das mulheres. Não apenas fisicamente, mas também emocional e psicologicamente. A adaptação a essas mudanças hormonais pode ser desafiadora, mas, ainda assim, é possível encontrar um novo equilíbrio e uma nova harmonia. “A transição para a terceira idade no homem é subjetiva, homeopática, já para a mulher ela vem anunciada por uma revolução interna hormonal que diferente do que as pessoas imaginam, não acontece apenas nos ovários, mas no corpo todo, e especialmente no cérebro”, explica.

“O cérebro humano é uma sinfonia química que depende diretamente da regulação hormonal. Quando os hormônios sexuais se alteram, essa sinfonia passa a tocar uma música diferente. E é aí que nós, mulheres, precisamos afinar a melodia, não para voltar a tocar a música que ouvimos até então, mas uma nova, que nos seja igualmente agradável aos ouvidos”, completa a especialista.

Outro desafio enfrentado pelas mulheres nessa fase também é a percepção da própria imagem. Vivemos em uma sociedade que valoriza a juventude e a aparência física, e ao mesmo tempo que é importante desconstruir padrões irreais de beleza, precisamos desassociar beleza e juventude ao valor de uma mulher madura. Aceitar e amar o corpo em todas as suas fases é essencial para uma autoestima saudável.

Padrões sociais e culturais são reguladores da vida e afetam a maneira como as mulheres se percebem e se aprisionam em papéis pré-concebidos e limitantes. O papel da mulher de hoje vai muito além do papel da cuidadora e da maternidade. É fundamental desafiar estereótipos e buscar uma vida plena e satisfatória, independentemente da idade. “Mulheres de todas as idades vêm quebrando paradigmas machistas e patriarcais, mas não sem um custo alto a pagar”, pontua Fabiana.

Em termos de relacionamentos afetivos, a maturidade feminina pode ser diferente da masculina. Enquanto os homens se sentem livres para se relacionarem com pessoas de diferentes faixas etárias, as mulheres enfrentam julgamentos e preconceitos que enquanto não forem quebrados limitarão as mulheres também no campo afetivo. “É urgente quebrar essas barreiras e respeitar as escolhas individuais, independentemente de gênero ou idade”, alerta a especialista.

A cantora Marisa Monte, 56 anos

Ao mesmo tempo, a maturidade também traz oportunidades de crescimento pessoal e autoconhecimento. É um momento para explorar novos interesses, aprender coisas novas e compartilhar experiências. Encontrar um propósito na vida e manter uma saúde mental positiva são aspectos essenciais para viver plenamente após os 50, 60, 70 anos.

“Hoje as mulheres se permitem habitar lugares antes inusitados para o feminino, em qualquer idade. E são esses lugares que estão sendo ocupados por mulheres corajosas, que se trabalham, que se recusam a cair nos estereótipos que estão construindo uma nova concepção e percepção da maturidade feminina, abrindo caminhos para que a juventude de hoje não se limite nem se apavore, quando a vez delas chegar”, garante Fabiana, que sugere a terapia como uma ferramenta valiosa para ajudar as mulheres a enfrentarem os desafios emocionais da vida. Através do autoconhecimento e do apoio profissional, é possível navegar pelas complexidades da maturidade com confiança e serenidade.

Em resumo, envelhecer é parte natural da vida, e a maturidade é uma jornada longa e rica em experiências e aprendizados. Se permitir viver plenamente, com amor próprio e autoconfiança, é o melhor presente que uma mulher pode se dar.

A atriz Nicole Kidman, de 56 anos

“Idade não está só na cabeça, infelizmente, o corpo sente os anos passando. Ainda assim, a limitação, na grande maioria das vezes, é muito mais mental e social do que real, e é essa concepção que nos oferece a possibilidade de viver a maturidade com grande riqueza de experiências. Transformar maturidade em sabedoria, é uma escolha, não uma garantia que vem com a idade”, finaliza Fabiana.

Reajuste de medicamentos impacta orçamento familiar dos brasileiros

Planejamento do orçamento e programas de benefícios podem ajudar a aliviar os gastos e manter a adesão aos tratamentos

O envelhecimento da população vem acompanhado com o aumento da incidência de doenças crônicas. Os gastos com medicamentos comprometem boa parte da renda familiar e, com o reajuste médio de 4,5%, a partir de 1 de abril, vão representar um peso ainda maior no orçamento.

“É fundamental garantir o acesso da população aos medicamentos para que possa dar continuidade aos tratamentos e ter mais qualidade de vida. Além de planejamento financeiro, os programas de benefícios de medicamento oferecidos pelos grandes laboratórios, ao promoverem descontos, ajudam a reduzir o impacto na renda familiar”, explica Eduardo Mangione, CEO da epharma, empresa que atende 33 milhões de pessoas e gerou mais de R$ 2 bilhões em economia de compras de medicamentos em 2023.

Para se ter uma ideia, dados da plataforma da epharma apontam para o aumento do consumo de medicamentos para doenças crônicas, como hipertensão, por exemplo. Nos dois primeiros meses deste ano, o volume de medicamentos comercializados para tratar a doença aumentou 27,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

“O ecossistema da saúde precisa ajudar a garantir o acesso e a adesão aos tratamentos medicamentosos, visando o aumento do bem-estar”, finaliza Mangione.

Fonte: epharma

Menopausa: estudo revela que níveis de apoio vindo das lideranças femininas e masculinas dentro das empresas são quase iguais

Os dados, levantados pela Korn Ferry, exploraram o tema no absenteísmo, rotatividade, desempenho profissional e os resultados relativos à progressão de carreiraOs dados, levantados pela Korn Ferry, exploraram o tema no absenteísmo, rotatividade, desempenho profissional e os resultados relativos à progressão de carreira

A consultoria global de gestão organizacional, Korn Ferry, em parceria com a empresa de saúde digital, Vira Health, realizou uma pesquisa global com mais de 8.000 mulheres para compreender melhor o papel da perimenopausa/menopausa no ambiente de trabalho. O estudo “Compreendendo o Papel da Menopausa no Trabalho e nas Carreiras tem como objetivo obter insights mais aprofundados sobre a relação entre as experiências de mulheres nesse período, avaliando que, atualmente, estão vivenciando ou que já vivenciaram essa passagem natural dos hormônios durante a vida profissional ativa.

A necessidade do estudo se dá com a razão das recentes projeções que, até o ano de 2025, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo inteiro terão de lidar com a menopausa, segundo o National Institute on Aging (NIA). Sendo assim, a Korn Ferry abordou questões acerca das experiências, dos sintomas e dos fatores relacionados ao ambiente de trabalho, como, por exemplo, apoio percebido, absenteísmo, rotatividade, desempenho profissional e os resultados relativos à progressão de carreira.

O primeiro destaque dos dados está na semelhança de resultados das pessoas que relataram apoio sobre esse ciclo por meio de suporte de um/uma gerente, independentemente do seu gênero. O resultado foi que os níveis de apoio percebidos da parte dessas lideranças femininas ou masculinas foram praticamente iguais (37% mulheres e 35% homens, respectivamente).

A sócia e líder da prática de transformação da consultoria Korn Ferry, Adriana Rosa, pontua que esse dado pode direcionar para uma quebra de paradigma sobre a rede de apoio ser totalmente feminina. “Um ponto que nos chamou a atenção é que independente do gênero, o apoio oferecido por seus líderes tenha efeito igualmente relevante. Isso é um ponto de atenção que a pesquisa traz sobre empatia no mercado de trabalho e pode ser base para estudos em equidade, aprimoramentos na aquisição e retenção e desenvolvimento de talentos”, conta. Apesar disso, a maioria das entrevistadas que afirmaram ter discutido (ou estarem dispostas a discutir) sua experiência com a perimenopausa/menopausa com seu/sua gerente direta demonstrou uma preferência significativa por uma gestão feminina, com 46%, em comparação com uma gestão masculina, com 33%.

Suporte interno

A criação de uma rede de apoio seja com programas, ouvidoria ou outras maneiras é uma das formas de colaborar e compreender a menopausa. Sendo assim, a amostra identificou que a maior fonte de suporte veio fora do mundo corporativo, sendo 39% das entrevistadas relatando ter amparo social fora do trabalho para suas necessidades relacionadas à perimenopausa/ menopausa, ao passo que apenas 26% disseram ter recebido um incentivo de políticas e programas formais na empresa.

Ainda assim, um outro dado mostra sobre o suporte interno, com amizades de colegas da empresa. A maioria das entrevistadas (70%) afirmaram que os diálogos sobre a menopausa eram tidos com seus próprios colegas de trabalho; aproximadamente 27% das conversas eram direcionadas à gerência sênior e, somente cerca de 37%, eram bate-papos com colaboradores do RH sobre suas experiências. 

“Quando notamos que apenas 37% das mulheres tiveram conversas sobre o tema com recursos humanos, que é o principal espaço de pluralidade, apoio e incentivo, desperta-nos uma curiosidade. Será que o RH pode ser mais sensível ao tema e se tornar um espaço de acolhimento natural e bem preparado para essas ações? Ou será que por um tabu não se parou para pensar sobre a importância deste grupo na dinâmica organizacional. Uma ideia seria trazer mais luz sobre o entendimento de sua demografia, uma comunicação mais assertiva e fortalecer uma cultura inclusiva, criando programas mais estruturados de diálogo, reflexão e apoio, que sejam mais personalizados”, alerta Adriana Rosa. 

Quais são os reflexos corporativos?

Os sintomas da menopausa, como já citado, além de trazer alguns desconfortos corporais, psicológicos e trabalhar uma série de questões íntimas ainda traz a possibilidade de refletir nas tarefas de trabalho. Foram, ao menos, 40% das mulheres entrevistadas que relataram ter seis ou mais sintomas diferentes que impactaram seu desempenho trabalhista e quase metade (47%) experimentou ocorrências deste ciclo natural feminino que afetaram sua vida e seu desempenho profissional.

Os efeitos mais relatados, que expandidos no cotidiano trabalhista, foram os físicos, sendo a dificuldade para dormir (61%) e estar cansada ou com pouca energia (60%). As entrevistadas ainda relataram uma alta gravidade em muitos dos sintomas psicológicos, como por exemplo, a irritabilidade (54%), ansiedade (50%), além de sintomas vasomotores, como ondas de calor e sudorese noturna (50% em ambos).
A pesquisa se concentrou em compreender as consequências desses aspectos e seus impactos de forma mais abrangente. Por isso, foram feitas perguntas específicas sobre a progressão na carreira das mulheres. Os resultados mostraram que, aproximadamente, 12% e 18% das entrevistadas mencionaram que seus sintomas tiveram um resultado em seu aumento salarial, cargo de liderança, bônus, desenvolvimento pessoal, treinamento, promoção e seleção/ contratação para um cargo. A causa mais relatada foi a conexão entre os efeitos e a progressão de salário (18%), seguido, até mesmo, da obtenção de um cargo de liderança (15%).

Veja abaixo:

Como as mulheres percebem a menopausa?

Os efeitos, devido os comportamentos hormonais, possíveis síndromes físicas e psicológicas, além de algumas outras reações que este último ciclo menstrual proporciona pode ter caráter personalizado e o caráter de definição para isso está de acordo com estilo de vida e outros contextos pessoais de cada mulher.

Sendo assim, a amostra buscou entender, por meio do questionamento: “Qual expressão melhor descreve sua experiência geral com a perimenopausa/ menopausa?” a melhor forma de analisar quais são os sentimentos que acompanham essa síndrome.

Os resultados explorados mostraram que mais de um terço (39%) das entrevistadas relatou ser receptiva em relação à menopausa, mais de um quinto (23%) sentiu-se neutra e apenas 9% expôs otimismo. Há o destaque, ainda, para a proporção menor, mas ainda assim considerável, das mulheres que expuseram preocupação (17%) ou receio (7%).

Confira abaixo:
Pensando na experiência das mulheres com a menopausa, mas com um olhar mais direcionado para os impactos positivos e negativos no mercado de trabalho, a pesquisa identificou que as entrevistadas registraram porcentagens mais altas em fatores desfavoráveis de seus sintomas no meio corporativo.
O dado revela que 30% ou mais das entrevistadas concordaram ou concordaram plenamente que se sentiam mais estressadas e menos concentradas e impacientes no trabalho por causa de seus sintomas da perimenopausa/ menopausa. O olhar positivo, mesmo que em porcentagem relativamente baixa, mas ainda assim substancial, o mais relatado foi um aumento de consciência pessoal (24%), seguido de engajamento profissional e autonomia (ambos com 15%).
Absenteísmo e rotatividade

As comorbidades, entre outros fatores relacionados às questões de saúde e vida pessoal, impactam na vida de qualquer colaborador há décadas, e isso se indefere de questões de gênero. Algumas doenças ou complicações, por exemplo, são mais compreensíveis quando o assunto é absenteísmo. Mas, como é o caso das mulheres quando estão com os sintomas deste último ciclo menstrual e precisam se afastar?
O estudo, elaborado pela Korn Ferry, também se debruçou em identificar até que ponto as mulheres estão faltando ao trabalho ou desistindo do emprego por causa dos sintomas da perimenopausa/menopausa.O resultado mostrou, com destaque maior, que 49% das entrevistadas não faltaram nenhum dia da empresa, mas em contraponto, porém em quantidade menor, 28% disseram que já se ausentaram alguns dias (1-4). Por uma semana, o número chega a ser menor, 12 % e mais de cinco dias apenas 7% de respondentes.

Quando o assunto é abandonar o emprego e, consequentemente, o turnover que isso pode causar para empresas, a amostra mapeou que 72% não pensaram em desistir do trabalho devido aos sintomas ocorrentes da perimenopausa e menopausa, mas, há aquelas que disseram não, mas já pensaram nisso (15%). E, com número relativamente baixo, porém expressivo, 13% afirmaram que sim, deixariam o trabalho. 

O estudo também trabalhou a hierarquia dos cargos e como isso interfere nas faltas devido aos sintomas desse ciclo menstrual. Sendo assim, as mulheres em competência de nível executivo/liderança sênior e gerenciais registraram porcentagens mais altas sobre não comparecer ao trabalho por mais de uma semana, sendo 28% de executivas seniores e 31% de líderes também seniores em comparação com 13% de contribuidoras individuais ou trabalhadoras de linha de frente.

No aspecto de desistências de seus empregos, a amostra constatou que 28% de executivas seniores tiveram essa atitude, seguidas pelas 16% da liderança seniores em comparação com 9% de contribuidoras individuais e 7% trabalhadoras de linha de frente.

Confira, detalhadamente, abaixo:
A sócia e líder da prática de transformação da consultoria Korn Ferry, Adriana Rosa, explica a importância que se deu esse estudo. “Embora a menopausa seja uma transição normal da vida e não seja vista de forma negativa em nossa amostra, é importante explorar as dificuldades dos sintomas associados que podem gerar impactos na rotina das pessoas. Notadamente, há cuidados que as organizações precisam ter com uma certa urgência, considerando que há um grupo relevante de mulheres ativas em suas funções, garantindo melhor aproveitamento de suas fortalezas e capacidades. E vamos lembrar que menopausa é justamente uma pausa, momento de respiro, e calma. O mundo dos negócios em transformação precisa contemplar este elemento em sua cultura se quer seguir inovando e se transformando.” finaliza. 

MetodologiaAmostra

Para compreender o papel da menopausa no ambiente de trabalho, avaliamos mulheres que, atualmente, estão vivenciando ou que já vivenciaram a perimenopausa ou a menopausa durante a vida profissional ativa. Uma amostra de conveniência on-line foi coletada por meio de convites para a pesquisa enviados em diversos canais de mídias sociais, incluindo uma lista da Vira Health, o LinkedIn e e-mails privados.

Além disso, para produzir uma amostra mais robusta, foi utilizado um painel (por meio do PureSpectrum) para ampliar a variedade de dados coletados sobre as entrevistadas, visando mulheres residentes nos EUA, no Reino Unido e na Austrália, na faixa etária da perimenopausa ou menopausa e de acordo com a situação de emprego. Especificamente, o painel foi selecionado com as seguintes cotas:
◾     Mais de 40 anos e nascida com útero ou tendo vivenciado uma menopausa precoce ou induzida.
◾     Situação de emprego: trabalho remunerado, autônoma ou aposentada.
◾     Mais de 18 anos, com mais de 90% da amostra com idades entre 45 e 60 (cota não é exata, mas espera-se que a maioria das pessoas se enquadre nesse intervalo).
◾     Países: Reino Unido, EUA e Austrália (todas em inglês) – 5.000 entrevistadas no total, com 2.000 nos EUA e no Reino Unido e 1.000 na Austrália.

A pesquisa on-line era composta de 35 perguntas fechadas e foi coletada entre 20 de abril e 9 de maio de 2023. O tamanho da amostra original incluía 11.864 respostas (3.100 sem painel e 8.764 com painel). Uma série de medidas de limpeza de dados foi tomada para verificar (e excluir quando necessário) a conformidade com os critérios de inclusão (p. ex.: vivenciou menopausa precoce/induzida e/ou tem mais de 40 anos e nasceu com útero), duplicações, não-resposta e atenção ao responder, fazendo com que nossa amostra totalizasse 8.062 entrevistadas (2.772 sem painel e 5.290 com painel). 

Fonte: Korn Ferry

3 erros que fazem você recuperar o peso que perdeu

Nutricionista especializado em emagrecimento explica como evitar armadilhas e manter um peso saudável

Na busca por um corpo mais saudável e em forma, muitas pessoas acabam se deparando com obstáculos que não só interrompem seu progresso, mas também podem levar ao indesejado efeito sanfona. Além de ser frustrante, este ciclo de perder e ganhar peso provoca efeitos negativos na saúde física e mental. O professor Carlos Eduardo Haluch, nutricionista especializado em emagrecimento da Growth Supplements, lista os erros mais comuns que impedem uma perda de peso sustentável e dá dicas de como se livrar de uma vez por todas dos quilos a mais.

Segundo o especialista, a ausência de um plano alimentar equilibrado e adaptado às necessidades e objetivos individuais é um dos principais erros. “Sem planejamento, é fácil sucumbir a escolhas alimentares menos saudáveis ou não atender às necessidades nutricionais do corpo”, diz.

Organize sua rotina

A falta de uma rotina organizada, especialmente nos fins de semana, pode levar a inconsistências na dieta e na prática de exercícios, comprometendo os resultados a longo prazo. “Esta inconsistência é uma barreira significativa. Muitas pessoas encontram dificuldades em manter a disciplina, principalmente durante os fins de semana, o que pode levar à estagnação ou ao ganho de peso novamente”, diz.

Escolha amizades que te ajudem a manter a adesão à dieta – Freepik

O terceiro maior sabotador do shape saudável é a dificuldade em manter a adesão à dieta quando a fome aumenta após a perda inicial de peso. “O aumento da fome e a redução do metabolismo favorecem a recuperação do peso no longo prazo, principalmente porque o ambiente que nos rodeia dificulta a manutenção de um estilo de vida saudável. Portanto, é importante buscar apoio de amigos e familiares, além de se cercar de influências positivas que incentivem escolhas saudáveis”, comenta Haluch.

Evite as ciladas

Para combater esses erros comuns, o professor destaca algumas estratégias. “É preciso manter a prática diária de exercícios físicos, monitorar o peso toda semana e manter um padrão regular de refeições, mesmo nos finais de semana e feriados. A consistência ajuda a criar hábitos saudáveis duradouros, que são incorporados de uma forma definitiva à nossa rotina”, pontua.

O especialista explica que a prática de exercícios ajuda a acelerar o metabolismo e a criar um déficit calórico, o que é essencial para o processo de emagrecimento, além de trazer benefícios para a saúde mental e física. “Monitorar o peso semanalmente permite identificar rapidamente a necessidade de ajuste na dieta ou na rotina de exercícios”, diz.

Organize a alimentação durante a semana para não fugir à dietaFreepik

Haluch reforça que a chave para um emagrecimento saudável e sem o efeito sanfona não reside em dietas extremas ou na privação, mas na adoção de um estilo de vida equilibrado. “Através do planejamento, da consistência e do monitoramento, é possível atingir e manter o peso desejado, melhorando não apenas a forma física, mas também a saúde e o bem-estar”, completa o especialista.

Fonte: Growth Supplements

Você se sente completa?

Psicanalista fala sobre as armadilhas nas relações em que há desequilíbrio por conta da dependência emocional e alerta para a importância de identificar e procurar ajuda

Não importa o quanto você seja independente, bem-sucedida, tenha uma carreira sólida e até mesmo uma legião de fãs. A cantora Miley Cyrus recentemente expôs detalhes do seu relacionamento com o ator Liam Hemsworth, suas fragilidades e a sua volta por cima na música Flowers, com a qual recebeu os dois primeiros Grammys da sua carreira.

A música voltou à mídia e trouxe de volta o debate sobre amor-próprio, dependência emocional e as armadilhas que um relacionamento em desequilíbrio pode trazer, impedindo o crescimento e a autonomia daquele que se sente dependente de outro para se sentir completo e feliz.

“Será que a gente precisa de outra pessoa para nos sentirmos completos?”, questiona a psicanalista Maristela Carvalho. Seja no âmbito amoroso, entre mãe e filhos ou até mesmo na área profissional, é sempre importante avaliar o quanto dependemos destas relações para seguir em frente, para crescer, tomar decisões ou simplesmente para nos sentirmos completos.

“Quando colocamos a nossa felicidade e empoderamento na mão de alguém, como se dependêssemos do outro para decolar e obter as coisas, passamos o poder para essa pessoa e, com isso, perdemos força. Aos poucos, aumenta a sensação de que não somos capazes, por conta própria, de conquistar as coisas, de cumprir objetivos ou realizar nossos desejos”, explica Maristela.

Veja quem está do seu lado

Esta dependência impede que a gente se empodere e decole. Nos paralisa frente aos obstáculos da vida, dificultando as tomadas de decisão e estagnando o nosso crescimento.

Segundo a psicanalista, quando nos sentimos verdadeiramente empoderados, quando não precisamos de ninguém como muleta, todos que estiverem à nossa volta participarão de nossa vida como parceiros de crescimento, complementando, somando.

“Por isso, é importante que estejamos cercados de pessoas que nos ajudem a enxergar o nosso potencial e fortalecer a nossa capacidade de crescimento, de acreditar em nós mesmos.”

Isso vale para qualquer tipo de relação, não apenas em um casal, mas também entre amigos, pais e filhos, quaisquer pessoas que possam estar próximas e que nos ajudem a nos enxergar, a nossa história e nossas dificuldades. Que agreguem e potencializem as nossas qualidades.

Peça ajuda

Não é fácil identificar uma dependência, especialmente a emocional. É preciso autoconhecimento, para podermos entender a nossa história e perceber as nossas fragilidades e potencialidades, aponta Maristela.

“Esta percepção será possível revisitando cada trajetória ao longo dos problemas, o que muitas vezes requer apoio de um profissional, com o acompanhamento terapêutico, uma análise”.

Fonte: Maristela Carvalho é formada em pedagogia pela PUC/SP; em psicanálise pelo Centro de Estudo Psicanalítico; e em psicologia pela Université Lumière Lyon II, na França. É membro do Grupo APOIAR e do Centro de Refugiados da USP, nos quais presta serviços de apoio à saúde mental para refugiados e pessoas em situação de vulnerabilidade social, e do Órion Instituto Médico.

Mulheres maduras e a luta contra uma sociedade que supervaloriza a juventude

O que Michelle Obama, Angélica, Luiza Brunet e Serena Williams têm em comum? Todas são mulheres que usaram sua fama e influência para falar sobre um assunto que ainda é tabu na sociedade: a menopausa e como esse momento da vida têm grande impacto na autoestima. No Brasil, o tema começa, aos poucos, a ganhar força e “sair do armário” e muitas pessoas se sentem cada vez mais livres e confiantes para falar sobre suas vivências nesse período da maturidade que chegam às mudanças fisiológicas e emocionais que impactam a autoestima.

Fato é que parar de menstruar vem sendo tratado como um marco do envelhecimento, especialmente em uma sociedade onde juventude e beleza são supervalorizadas. Mudanças no corpo, sintomas desconfortáveis e inseguranças em relação à sexualidade são apenas alguns dos desafios enfrentados pela maior parte delas, uma vez que, segundo uma publicação da Revista Brasileira Análises Clínicas (RBAC), 70% das mulheres quando entram nessa fase experimentam sintomas desagradáveis decorrentes da redução dos níveis hormonais.

Cofundadora da Plenapausa, empresa que visa levar informação, cuidado e tratamento para mulheres 40+ a partir da menopausa, Carla Moussalli destaca a importância de compreender que, nesse momento que marca o fim da sua vida reprodutiva, é necessário reforçar a importância do autocuidado, acolhimento e autoamor como parte essencial para o bem-estar.

Reprodução Instagram

“É um momento de transição único e delicado, no qual esses elementos são fundamentais para promover o equilíbrio emocional e físico. A prática do autocuidado permite que nós, mulheres, nos reconectemos mais com nós mesmas, cuidando da saúde mental e física com mais atenção e carinho. O acolhimento, tanto por parte de profissionais de saúde quanto da rede de apoio familiar e social, oferece suporte emocional e compreensão durante essa fase de mudança”, afirma Carla.

“O autoamor se torna um aliado poderoso, incentivando as mulheres a se tratarem com gentileza, aceitação e amor próprio, promovendo uma relação mais positiva consigo mesmas e com seus corpos. Esses aspectos são essenciais para enfrentar os desafios da menopausa com sabedoria e bem-estar emocional” completa.

Dicas para melhorar a autoestima na menopausa

-Aceite e celebre suas mudanças: a menopausa é uma fase natural e deve ser vista como uma oportunidade para se reconectar consigo mesma e abraçar a vida que você já viveu e tudo mais que ainda está por vir. Ao invés de se concentrar apenas nos aspectos negativos que derrubam a autoestima na menopausa, procure valorizar suas experiências, conquistas e sabedoria acumulada ao longo dos anos. A autoaceitação e a celebração das mudanças podem contribuir para uma maior autoestima e bem-estar emocional durante essa nova fase da vida.

Foto: 123RF

-Priorize o autocuidado: dedique tempo para cuidar de si mesma. Isso pode incluir atividades como exercícios físicos, meditação, yoga ou simplesmente reservar um momento tranquilo para relaxar. Além disso, buscar apoio emocional, seja através de conversas com amigos próximos ou terapia, pode ser fundamental para lidar com as mudanças emocionais que podem ocorrer durante a menopausa.

Botswanayouth

Adote uma alimentação saudável: uma dieta equilibrada pode ajudar a melhorar os sintomas da menopausa, como os fogachos e a irritabilidade. Priorize alimentos ricos em cálcio (para a saúde óssea), vitamina D, fibras e ácidos graxos ômega-3. Também é importante consumir alimentos ricos em fitoestrógenos, como soja e linhaça, que podem ajudar a regular os níveis hormonais.

-Alivie os sintomas da menopausa: existem diversas opções de produtos no mercado que podem ajudar a aliviar os sintomas desconfortáveis da menopausa, como os fogachos e a secura vaginal. Produtos à base de suplementos de isoflavonas de soja ou cremes vaginais hidratantes, podem oferecer alívio.

Freepik

Invista na reposição de colágeno: com a idade e a chegada da menopausa, a produção de colágeno pela pele diminui, o que pode levar a rugas e perda de firmeza. A suplementação de colágeno pode ajudar a melhorar a elasticidade da pele, reduzir rugas e, assim, melhorar a autoestima.

Carla também fala da necessidade de se olhar o envelhecimento com lentes atuais, afinal, ter 40, 50 ou 60 anos nos dias de hoje não é como há décadas atrás. “Com movimentos e pautas sobre longevidade tomando cada vez mais força, muitas mulheres ‘têm trazido para mesa’ também a questão da inclusão para todas as idades. As gerações mais novas estão testemunhando os efeitos prejudiciais dos estereótipos estéticos e, por conseguinte, demandam uma representação abrangente. Em um contexto cultural centrado na juventude, as empresas devem revisar sua abordagem em relação ao envelhecimento, e valorizar todas as faixas etárias com as benesses que só o tempo e experiências de vida são capazes de prover”, finaliza.

Fonte: Plenapausa

Divórcio grisalho e a busca por mais liberdade e prazer após os 50 anos*

Em meu dia a dia no consultório, tenho notado um fenômeno crescente: o divórcio grisalho, termo que se refere ao divórcio de  pessoas com 50 anos ou mais, que decidem deixar seus parceiros, após muito tempo de relacionamento.

Esta é, de fato,  uma realidade cada vez mais comum no Brasil. Nas últimas duas décadas, segundo dados do IBGE, o número de separações nessa faixa etária aumentou em 28%, contra 22% entre os casais mais jovens (de 20 a 50 anos).

Entre os fatores que explicam essa tendência, estão maior expectativa de vida, independência financeira e profissional das mulheres e menor estigmatização do divórcio, já que até os anos 70 as separações eram muito mal vistas na sociedade, impondo, até mesmo, exclusões das mulheres na sociedade. Felizmente, o empoderamento feminino trouxe à mulher a coragem de dizer “não” para um casamento não satisfatório.

Nos dias de hoje, vivemos em uma sociedade mais longeva, sendo que, atualmente, temos mais avós do que netos. As pessoas de 50 a 70 anos querem se dedicar a algo que faça sentido para elas, existindo uma busca enorme por propósito. Aquelas que têm filhos e já os criaram, buscam, nessa fase, qualidade de vida, saúde, conquista de sonhos e realização pessoal.

Soma-se a isto o fato de que tanto os homens como as mulheres estão valorizando cada vez mais  a liberdade e o prazer em todas as fases da vida. Obviamente, optar pelo divórcio faz parte desse contexto e é preciso falar sobre os benefícios do processo para quem o vivencia. Sim, porque, se por um lado  uma separação pode ser desgastante e representar o fim de um ciclo, por outro, traz muitas experiências positivas.

Uma das principais, por exemplo, é a chance de retomar sonhos engavetados, que foram preteridos em função do casamento. Pode ser desde fazer uma viagem sozinha, até se aventurar em aulas de dança – o importante é colocá-los em ação!

Com a agenda mais livre, também é possível cuidar melhor da saúde e se dedicar a atividades que trazem bem-estar, no horário que for mais conveniente. Mas não só: a tendência é que a pessoa recém divorciada também olhe mais para si mesma, promovendo o autocuidado. Que tal passar uns dias em um hotel com vista paradisíaca, colocar na agenda uma programação de massagens ou colocar em prática pequenas mudanças de atitude, como apostar em um novo corte de cabelo?

A grande lição aqui é que não existe idade para o divórcio, assim como, também não,  para estarmos casados. Em síntese, estando em uma relação ou não, o fundamental é ter um ou mais projetos, algo que te faça levantar da cama e ter prazer na vida. Porque ela é um presente que nós recebemos e não fizemos nada por merecer. Por isso, a ideia é a todo momento descobrir novas formas de celebrar a nossa existência.

*Sylvia Loeb: tem 80 anos, é psicóloga pela PUC-SP com formação em psicanálise pelo Instituto Sedes Sapientiae. Dedica-se a atender pacientes em seu consultório no bairro de Higienópolis na capital paulista e é uma das fundadoras do movimento “Minha Idade Não Me Define”, que combate o preconceito contra pessoas maduras, chamado de ageísmo. Tem quatro livros publicados: Contos do divã: pulsão de morte e outras histórias (Ateliê Editorial, SP, 2007); Amores e Tropeços, (Terceiro Nome, SP, 2010); Heitor (Terceiro Nome, SP, 2012) e Homens (Oficina de Conteúdo, SP, 2017). Mulheres é, portanto, sua quinta obra.

Feliz Aniversário, São Paulo

NÃO EXISTE AMOR EM SP

Não existe amor em SP
Um labirinto místico
Onde os grafites gritam
Não dá pra descrever
Numa linda frase
De um postal tão doce
Cuidado com o doce
São Paulo é um buquê
Buquês são flores mortas
Num lindo arranjo
Arranjo lindo feito pra você

Não existe amor em SP
Os bares estão cheios de almas tão vazias
A ganância vibra, a vaidade excita
Devolva minha vida e morra
Afogada em teu próprio mar de fel
Aqui ninguém vai pro céu

Não existe amor em SP
Um labirinto místico
Onde os grafites gritam
Não dá pra descrever
Numa linda frase
De um postal tão doce
Cuidado com o doce
São Paulo é um buquê
Buquês são flores mortas
É num lindo arranjo
Arranjo lindo feito pra você

Não existe amor em SP
Os bares estão cheios de almas tão vazias
A ganância vibra, a vaidade excita
Devolva minha vida e morra
Afogada em seu próprio mar de fel
Aqui ninguém vai pro céu

Não precisa morrer pra ver Deus
Não precisa sofrer pra saber o que é melhor pra você
Encontro duas nuvens
Em cada escombro, em cada esquina
Me dê um gole de vida
Não precisa morrer pra ver Deus
Não precisa morrer pra ver Deus

Não precisa morrer pra ver Deus
Não precisa morrer pra ver Deus

Compositor: Criolo (Kleber Cavalcante Gomes)

Como ganhar dinheiro com venda de pack do pezinho por aplicativos; confira

Pack do pezinho faz sucesso no meio digital e pode se tornar uma fonte de renda, entenda

Um estudo realizado com 5 mil pessoas em 2007 pela Nature, analisou grupos de discussão de fetiches online e mostrou que os fetiches mais comuns envolvem pés ou objetos relacionados, como acessórios e sapatos. Mesmo após quase duas décadas, o mercado fetichista permanece ativo, especialmente no Brasil, dando origem a um nicho peculiar: a venda de pack de pés através de aplicativos.

Uma matéria do portal Pink Fire, mostra que a venda dessas fotos tem se tornado uma fonte de renda dentro da internet. Um exemplo disso, é o americano Jason Stromm, que em 2020 entrou nesse mercado por acaso e, em seu primeiro mês, faturou mais de R$20 mil. As pessoas estão ganhando dinheiro vendendo pés em aplicativos devido a crescente demanda desse segmento.

A venda de packs de pés e o seu consumo é feito tanto por mulheres quanto por homens, sejam eles cis, trans, héteros ou homossexuais. E se você acha que esse nicho é apenas para jovens, você está enganado!

Dentro desse universo dos podólatras, os amantes de pés têm todas as idades, desde jovens até pessoas da meia idade! Cada um tem uma preferência e é possível sentir prazer com os mais diferentes tipos de pés. Há quem prefira unhas feitas, acessórios nos dedos, com meias ou até mesmo joanetes.

A demanda é tão alta que Jonathan Silva, de 29 anos, criou a “Feet Fetish Party”, uma festa que acontece todos os domingos na capital paulista dedicada a homens gays adeptos dessa fantasia sexual.

Freepik

Explorando a origem desse fetiche, pesquisadores mapearam a área cerebral relacionada à sensação dos pés e descobriram sua proximidade com a área cerebral da região genital, explicando o porquê de algumas pessoas atingirem o orgasmo por meio dos pés. A real é que, independente da sua origem, a cultura do fetiche por pés se infiltrou na vida popular online e tem sido uma forma de ganhar dinheiro muito procurada pelos jovens brasileiros.

Fonte: Pink Fire