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Liberação do uso de máscaras em locais abertos: 37% das pessoas não deixarão de usar

Pesquisa realizada pela Doctoralia aponta que, mesmo com a liberação do uso de máscaras ao ar livre em alguns estados, 37% das pessoas afirmam que não abandonarão o uso mesmo após a imunização completa; 34% continuarão utilizando álcool em gel, 28% respeitarão o isolamento social e apenas 1% não pretende tomar nenhuma medida de prevenção.

O levantamento, que busca entender o comportamento dos brasileiros após esquema vacinal completo, permitia a seleção de mais de uma opção nessa questão.

Quando perguntadas sobre novas variantes do Sars-CoV-2, sete a cada dez entrevistados afirmaram que têm medo da ocorrência delas, mesmo após estarem 100% imunizadas contra o vírus. Apesar desse cenário, surpreendentemente, 52% dos participantes responderam que, após completarem o esquema vacinal, se sentem confortáveis em estar na presença de grupos com mais de dez pessoas.

Vale destacar que os especialistas alertam para a importância de não deixar de lado as medidas de segurança, no intuito de diminuir a circulação do vírus até que a maioria da população esteja vacinada e, consequentemente, a pandemia esteja sob controle.

Dessa forma, caso as pessoas optem por encontrar familiares e amigos, devem dar preferência a pequenos grupos e, se puderem, conduziram essa reunião ao ar livre ou com o uso de máscaras bem ajustadas ao rosto. Ao todo, 1.726 pessoas foram entrevistadas, a maioria do sexo feminino, entre 36 e 45 anos.

Fonte:  Doctoralia

O Boticário é primeira marca a usar tecnologia que protege contra o coronavírus

Empresa usa a tecnologia Nanoblock em etiquetas perfumadas

O Grupo Boticário é a primeira marca a usar a tecnologia Nanoblock, com nanotecnologia para eliminar bactérias e vírus, incluindo o novo coronavírus. A tecnologia foi desenvolvida pela Anjo Tintas, umas das maiores indústrias de tintas do Brasil, em parceria com a UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.

Agora as amostras de perfumaria da marca O Boticário contam com uma superfície protegida contra vírus e bactérias, que foi desenvolvida pela Adhespack, empresa pioneira no mundo em amostragem antiviral. As amostras com proteção contra vírus e bactérias foram lançadas no último mês de setembro pela Adhespack, na Luxe Pack Mônaco 2021.

Capaz de proteger produtos em embalagens flexíveis de forma contínua e com longa duração, o selo garante que a embalagem é antiviral e bactericida. Dessa forma, vírus e bactérias não conseguem se fixar e se multiplicar na superfície, impedindo a contaminação cruzada e garantindo que a proteção de qualquer pessoa que manuseie aquelas embalagens. Assim, não importa quantas pessoas tocaram no produto, pois ele permanecerá protegido de inúmeros riscos à saúde que são invisíveis aos olhos.

“É uma inovação tecnológica a nível mundial. Hoje as pessoas falam de se proteger, usar máscara, passar álcool em gel, manter distância e não tocar umas nas outras. Mas, até agora, não existia um produto para oferecer proteção inteligente e contínua, e a Anjo Tintas traz essa novidade através da Linha AnjoPrint, que possui tintas e produtos desenvolvidos para impressão em embalagens flexíveis. Os testes mostraram que os vírus e bactérias são incapazes de se fixar ou se multiplicar na superfície das amostras que receberam a nanotecnologia, minimizando os riscos de contaminação cruzada no caso de uma pessoa compartilhar sua amostra.”, diz Filipe Colombo, CEO da Anjo Tintas.

“A Adhespack está na vanguarda e já oferece há muito tempo soluções seguras, higiênicas e individuais e agora desenvolveu uma linha com uma proteção extra”, explica Sergio Picciarelli, diretor de marketing e inovação da Adhespack.

Embalagens das amostras do perfume EGEO são os primeiros a receber tecnologia Nanoblock, desenvolvida pela Anjo Tintas

Ter um produto com esse selo mostra aos consumidores que a marca está preocupada com o bem-estar dele e fará o máximo para proteger também as pessoas do seu convívio. Entre um produto com selo antiviral e bactericida, incluindo o novo coronavírus, e um produto comum, o consumidor terá a vantagem de escolher aquele que oferece maior proteção. A tecnologia Nanoblock está disponível em formato verniz, que pode ser aplicado em toda a embalagem, garantindo a proteção de quem tocar na superfície. O formato também garante à indústria de embalagens um impacto mínimo no custo e no método utilizado.

Como fica a saúde mental após mais de um ano de isolamento social?

A estimativa de instituições brasileiras é de que até metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer de alguma doença psicopatológica

Quem ao longo desses 15 meses de pandemia não procurou em sites de busca algo sobre os sintomas do novo coronavírus diante de qualquer reação que julgasse estranha do próprio corpo? Quem não ouviu falar de alguém que sentiu uma sensação de angústia, um aperto no peito? Ou que trabalhou horas em home office e nem viu o dia passar? Após mais de um ano da pandemia da Covid-19, com variantes do vírus ainda se espalhando e provocando aumento no número de casos e mortes, questões como a saúde mental acendem a luz vermelha para especialistas da área da saúde.

Por isso, sociedades médicas, sociedades da psicologia, e organizações da Saúde, como OMS (Organização Mundial da Saúde) e FioCruz, no Brasil, têm divulgado constantemente informações e diretrizes de conduta na atenção psicossocial e saúde mental.

Já temos alguns estudos que trazem a preocupação do cuidado em saúde mental e, baseados na literatura produzida a partir de epidemias anteriores, podemos considerar a gravidade em termos de sofrimento psíquico e elevação dos transtornos mentais. É certo que daqui alguns anos vamos ter uma literatura robusta apontando um provável crescimento desses casos e consequente comprometimento nas esferas familiares, sociais e laborais. Não é à toa que a saúde mental é a quarta maior preocupação e prioridade da OMS durante a pandemia”, diz Natalia Pavani, psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Uma pesquisa Datasus, divulgada em novembro de 2020, apontou que a ansiedade foi o transtorno presente em 86,5% dos 17.491 indivíduos adultos ouvidos pelo Ministério da Saúde, seguido de estresse pós-traumático (45,5%) e depressão grave (16%), no primeiro ano de pandemia.

A especialista do Hospital alerta que para atender de forma adequada esses pacientes é necessário que haja investimentos na capacitação da assistência e na definição de diretrizes de intervenções na atenção primária que estejam voltadas para a prevenção de doenças psicossociais. Com esse foco, a FioCruz preparou uma cartilha com recomendações para profissionais da saúde e agentes comunitários, e também para a população em geral, para que possam reconhecer os sinais de que algo não vai bem com a mente. O material indica, ainda, que por conta do estado de alerta, preocupação, confusão de informações, estresse e falta de controle, estima-se que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode sofrer alguma manifestação psicopatológica.

De acordo com a psicóloga, nem sempre essas manifestações serão classificadas como doenças mentais. Muitos problemas psicológicos podem ser considerados normais e momentâneos diante do atual cenário. “O impacto vai depender da vulnerabilidade da pessoa no momento. Cada problema psíquico se manifesta de uma forma em cada indivíduo”, explica Pavani. “A maior ferramenta para essas questões é o autoconhecimento, reconhecer o que faz bem e o que não faz”, complementa.

O sono que já não é como antes, a capacidade de concentração nos estudos e/ou no trabalho também não é a mesma, o cansaço parece que ‘bate’ com mais facilidade, o sentimento de incerteza, inquietação diante de situações rotineiras, sensação que a cabeça não opera no mesmo ritmo do corpo, são sinais de que algo não vai bem. “É importante ficar atento e analisar bem a intensidade e a duração desses episódios, e se tem gerado alguma dificuldade para a vida rotineira, seja nos relacionamentos interpessoais, nas atividades e no trabalho”, explica a psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Como amenizar?

Se a pessoa está passando por um momento de sofrimento prolongado, o primeiro passo é procurar um clínico geral, que realizará exames e poderá encaminhá-la para consulta com psicólogo e/ou psiquiatra. Para evitar risco de contaminação pela Covid-19, diversas instituições de saúde estão realizando consultas on-line.

Uma dica importante da especialista é procurar o que faz bem. “A OMS define que ter saúde não corresponde somente ao corpo físico, mas também ao bem-estar psíquico, social e espiritual. E muitas vezes nos esquecemos disso, acreditando que saúde é somente ausência de doença. “.

Se conectar com a natureza, ter mais plantas em casa para cuidar, adquirir novos hobbies, consumir mais arte e cultura mesmo que virtualmente. Além disso, organizar a rotina, separar os espaços de trabalho dos de descanso, limitar o uso de redes sociais e estabelecer limites para si mesmo, tirar 30 minutos a uma hora por dia para alguma ação de autocuidado, e praticar exercícios, são atividades que podem ajudar a aliviar a solidão, a angústia, a tristeza, a apatia ou a inquietação. Fazer um plano de atividades do dia, mas um plano consciente, que não vá potencializar mais o estado aflitivo caso não consiga cumpri-lo.

“Não é preciso mudar tudo de uma só vez. Estabeleça algumas prioridades e procure reconhecer as pequenas conquistas do cotidiano. E caso e esteja em sofrimento psíquico, procure por ajuda profissional, afinal, os tratamentos de saúde mental existem para isso”, pontua a psicóloga, que ainda lembra que o desafio é coletivo, portanto ao aderir ao isolamento social e ficar em casa, a pessoa está se protegendo e ajudando toda a população.

“Se o desafio é coletivo, o único caminho para superarmos essa crise é por meio da união e do exercícios com responsabilidade das recomendações das autoridades em saúde pública”, declara.

Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Devoluções de animais de estimação adotados durante pandemia batem recordes nos EUA

Os abrigos para animais de estimação nos Estados Unidos estão relatando taxas de devolução acima da média conforme a pandemia começa a diminuir

Por volta desta época, no ano passado, os abrigos relataram um aumento nas adoções, pois as pessoas passaram por medidas de bloqueio e queriam companhia em casa. Agora que estão se reajustando às rotinas anteriores, no entanto, elas estão voltando ao trabalho e às viagens e sentem que não podem mais cuidar de seus animais de estimação. Os cães, em particular, estão sendo devolvidos em números recordes.

AmericanHumane

“No início da pandemia, vimos absolutamente um aumento no número de pessoas prontas para adotar”, disse Ashley Roberts, do Lucky Dog Animal Rescue, em Arlington, VA, à BBC .

“Eles estavam fora do trabalho ou trabalhando em casa ou tinham horários mais flexíveis”, disse ela. “Mas nós, nos últimos dois meses, definitivamente vimos mais devoluções.”

Às vezes, as pessoas não pensam no compromisso sério de cuidar de um animal de estimação, disse ela. Conforme os novos tutores de animais voltam às suas rotinas, eles estão percebendo que filhotes e cães podem não se adequar ao seu estilo de vida, então os estão devolvendo, de acordo com KDVR , uma afiliada da Fox no Colorado.

“Fizemos muitas mudanças em nosso processo de adoção para evitar que as pessoas devolvessem cães uma vez que a pandemia acabasse”, disse Aron Jones, diretor executivo do Moms and Mutts Colorado Rescue em Englewood, CO, à estação de notícias.

“Mas nos últimos quatro meses, tivemos um número extremo de devoluções”, disse ela. “Eles estão devolvendo em vez de tentar fazer ajustes para manter seus cães, agora que o mundo está se abrindo”.

As entidades receberam mais devoluções até agora, em 2021, do que normalmente em um ano inteiro. Com mais de 200 cães disponíveis, eles estão enfrentando restrições financeiras e precisam de mais ração para alimentar todos os animais.

Além disso, as medidas de bloqueio impediram os tutores de animais de esterilizar ou castrar seus cães. Então, os abrigos estão vendo um aumento no número de ninhadas de filhotes que precisam de novos lares, informou a BBC.

No entanto, nem todos os abrigos tiveram um aumento nos retornos, de acordo com a WRGB , uma afiliada da CBS em Nova York. A Mohawk Hudson Humane Society, por exemplo, preparou novos tutores de animais para a responsabilidade da adoção quando o boom aconteceu no ano passado.

“A expectativa é que seja um compromisso vitalício para a vida toda que você terá com esse animal”, disse Ashley Bouch, CEO da humane society em Menands, NY, à estação de notícias.

“Isso sempre fez parte do nosso processo de querermos encontrar a melhor combinação”, disse ela. “Queremos combinar e preparar todos para o sucesso”, finalizou.

Esperemos que esta situação também não ocorra aqui no Brasil, já que a pandemia continua em alta, a vacinação lenta e muitos ainda estão em esquema de home office. Os animais simplesmente não merecem isso!

Fonte: WebMD

Saúde bucal em dia aumenta chance de sobrevivência em casos de intubação por Covid-19

Os altos índices de mortalidade em casos de entubação por Covid-19 preocupam a sociedade brasileira. Uma pesquisa realizada pela BBC News Brasil revela que 80% dos procedimentos realizados por causa da doença em 2020 resultaram em morte.

Os motivos nem sempre são explicados somente pelo vírus. Há casos em que o quadro clínico é agravado por algum outro fator com potencial de levar a óbito, principalmente uma infecção não dimensionada. Neste caso, o perigo pode já estar morando na boca do paciente.

O alerta é feito pelo cirurgião-dentista André Luiz Pataro, doutor (PhD) e mestre em Odontologia e especialista em Periodontia. “A boca é a porta de entrada de muitas bactérias e vírus, inclusive a Covid-19. No processo de ventilação mecânica, o tubo é introduzido exatamente a partir dessa via. Se houver qualquer infecção no local, a chance de ela ser transportada pelo tubo até o pulmão é enorme, e isso pode ser fatal”, explica.

A Academia Americana de Periodontia (AAP) também já comprovou por meio de estudos que problemas gengivais podem estar associados a complicações mais graves da Covid-19. Pataro esclarece que o problema não está na decisão de intubação nessas circunstâncias, mas, antes de tudo, no cuidado do paciente com a própria saúde bucal.

“Nós, brasileiros, temos o hábito de evitar as idas periódicas ao dentista para a prevenção bucal, e esse comportamento pode influenciar na expressão de casos mais graves de Covid-19, incluindo a necessidade de intubações. Agora, mais que nunca, a prevenção bucal é um passo importante para diminuir complicações causadas pela Covid-19”, salienta o cirurgião-dentista.

Outra medida necessária para conter os óbitos provocados por infecção deve partir dos hospitais públicos e privados. Segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), existem hoje em todo o país cerca de apenas 2 mil dentistas hospitalares, número muito aquém da demanda diante da quantidade de internações nas UTIs por causa do novo coronavírus.

“O atendimento na UTI é feito por uma equipe multidisciplinar, mas são poucos os hospitais que dispõem de um dentista nessas equipes. É ele que pode avaliar o quadro infeccioso da boca do paciente e, juntamente com a equipe de saúde multidisciplinar, avaliar os menores riscos de agravamento do paciente, ou vir a cuidar do mesmo após uma intubação de emergência”, conclui Pataro.

Foto: Zahnreinigung/Pixabay

Sendo assim, pensando-se em manutenção da saúde como um todo, com ou sem infecção por Covid-19, a prevenção da saúde bucal é fundamental para o equilíbrio e saúde sistêmica.

Fonte: André Luiz Pataro é doutor (PhD), mestre e graduado em Odontologia pela UFMG. Também é professor adjunto pela Faculdade Arnaldo e autor de artigos publicados em revistas internacionais de impacto. É membro da Sociedade Brasileira de Periodontia e autor do livro “Guia do Dentista – os caminhos para a realização profissional”

Como diferenciar um espirro normal daquele causado pela covid-19?

Chegada do outono traz queda na temperatura e ar mais seco que favorecem doenças respiratórias

A pandemia de Covid-19 deixou todo o mundo em alerta em relação ao autocuidado e, principalmente, aos sinais que o corpo dá quando algo não vai bem. No entanto, alguns sintomas podem acabar gerando pânico nas pessoas que ficam em dúvida se foram contaminadas pelo novo coronavírus ou se apenas estão com alguma outra condição de saúde, como resfriado ou rinite.

“Nem todo espirro é sinal de coronavírus”, alerta Maura Neves, médica otorrinolaringologista formada pela USP e que atende na Medprimus, que lembra que as crises de espirro tendem a ser mais frequentes nesta estação justamente porque o ar mais seco e frio aumenta a concentração de poluentes no ar.

Outro ponto de atenção é que, por causa do frio, muitas vezes trocamos o ambiente ventilado e arejado por locais fechados, de modo que, sem querer, acabamos ficando mais expostos aos ácaros, poeira, fungos e vírus. “Sempre foi assim. O importante é, agora, sabermos diferenciar uma crise de rinite da Covid-19 e evitar o pânico”, diz a médica.

Mas afinal, qual a diferença entre uma infecção e uma alergia?

“As infecções virais, a saber gripes e resfriados, apresentam como sintomas principais: dor de garganta, cansaço, dor de cabeça além dos sintomas nasais de obstrução, coriza e espirro”, ensina Maura.

A diferença entre resfriado e gripe é que, nesta última, os sintomas são mais intensos e podem ser acompanhados por febre. A duração é de 3 a 7 dias com média de 5 dias.

Na rinite e crises alérgicas, os sintomas são só nasais: obstrução, coriza, espirros e coceira. Os sintomas podem durar algumas horas, alguns dias ou serem perenes. “Uma característica importante nas rinites é que os espirros são, muitas vezes, em salvas, ou seja, vêm em séries de muitos e na sequência. Pode ocorrer em qualquer hora do dia a depender do momento da crise de rinite. Muitas pessoas relatam espirros em salva ao acordar ou sair do banho, por exemplo, o que ocorre por conta da variação de temperatura corporal.”

E a rinite é algo bastante comum: estudos populacionais indicam que cerca de 30% da população sofre deste tipo de alergia, sem contar as rinites não alérgicas (irritativa, hormonal, do idoso etc.).

“E a Covid-19? Como diferenciar?” Essa é a grande questão que mais fazem para a médica. Os sintomas da Covid-19 são parecidos com os da gripe e, nos casos mais graves, somam ainda febre alta, tosse e dificuldade para respirar. “Porém, pode ocorrer de serem sintomas mais leves, como nariz entupido ou escorrendo, dor de garganta e até sintomas gastrointestinais, como dor de barriga, diarreia e vômito. A perda de olfato e paladar ocorre muitas vezes sem a obstrução nasal e os espirros não são tão frequentes, embora possam aparecer”, ensina Maura.

A dica deixada pela médica é se atentar aos demais sintomas que acompanham a crise de espirros. Rinites, por exemplo, não têm dor de garganta ou febre e são acompanhadas de coceira e salva. Já gripes e resfriados não têm coceira. Se o nariz ficar obstruído, a perda de olfato ocorrerá por este motivo e, no caso da Covid-19 isso ocorre sem que o nariz fique entupido.

“De qualquer forma, se houver dúvida, o médico deve ser consultado para melhor orientação”, conclui Maura.

Fonte: Medprimus

Como a pandemia está afetando nosso corpo

A pandemia de Covid-19 e o estresse que veio com ela mudaram nossas vidas de muitas maneiras. Essas mudanças podem afetar a saúde, tanto física quanto mentalmente. Mas você pode fazer algumas coisas para limitar seus efeitos. Confira:

Ansiedade

Muitos aspectos da pandemia podem deixá-la mais ansiosa ou preocupada do que o normal. Se você tiver problemas para dormir ou notar mudanças no seu apetite ou sua energia, é uma boa ideia fazer uma pausa nas notícias e nas redes sociais e encontrar tempo para hobbies e exercícios, mesmo que seja apenas para fazer alongamento ou dar uma caminhada diária.

Depressão

As dificuldades causadas pela pandemia podem ser ainda mais difíceis de lidar se você se sentir isolado por causa do distanciamento físico. Se você se sentir triste, sem esperança ou mal-humorada na maior parte do tempo, é importante se conectar com amigos ou familiares e conversar sobre como está se sentindo. Se você ficar deprimido por vários dias, ou tiver pensamentos de se machucar, procure um médico ou psicólogo para obter ajuda.

Dores de cabeça

A ansiedade também pode afetar você fisicamente. Dores de cabeça e enxaquecas estão entre os sintomas mais comuns causados ​​por preocupação e incerteza durante a pandemia. Além de se desconectar e ser mais ativa, exercícios de meditação ou respiração podem ajudar a aliviar o estresse.

Perda de cabelo

Tufos de cabelo ralos ou caindo podem ser um sinal preocupante de estresse pandêmico, mas é apenas temporário. Acontece quando mais fios de cabelo do que o normal entram na “fase de queda” ao mesmo tempo. Você pode começar a notar dois a três meses após o início do estresse e que ele cessa depois que o estresse diminui.

Problemas dentários

Foto: LiveStrong

Se sua mandíbula estiver dolorida ou seus dentes doerem ou estiverem sensíveis, você pode estar cerrando a mandíbula ou rangendo os dentes sem saber. O estresse pode causar isso, e geralmente acontece quando você está dormindo ou se concentrando muito. Junto com os exercícios de relaxamento muscular, seu dentista também pode recomendar que você durma com um protetor bucal.

Problemas de pele

Lavar as mãos é uma parte importante para conter a disseminação da Covid-19, mas fazer isso com frequência pode quebrar os óleos naturais que protegem suas mãos e secá-las. Se você notar que suas mãos estão mais secas do que o normal, especialmente se você tiver uma condição como eczema, tente usar uma quantidade menor de sabão e água morna em vez de quente. Quando terminar, dê tapinhas nas mãos com uma toalha e, em seguida, use creme para as mãos ou vaselina.

Fadiga ocular

Foto: Optix

Durante a pandemia, as telas se tornaram uma conexão com o mundo exterior, seja um monitor para o trabalho, uma TV para entretenimento ou um telefone para as redes sociais. Mas passar muito tempo na frente delas pode causar queimação, coceira, olhos lacrimejantes e até mesmo visão embaçada ou dupla. Para se proteger, desligue as lâmpadas do ambiente para diminuir o brilho, certifique-se de que suas lentes corretivas seguem a prescrição, use lágrimas artificiais para ajudar com os olhos secos e faça pausas frequentes.

Ganho de peso

Foto: Pablo Merchan Montes/Unsplash

Durante a pandemia, várias coisas tornaram mais fácil ganhar quilos extras, como trabalhar em casa, fazer menos exercícios e fazer lanches quando estava estressada. Não seja muito dura consiga mesma, mas se sentir que precisa controlar seus hábitos alimentares, pode fazer um plano semanal de refeições e lanches, controlar o que come todos os dias, ou, se você trabalha home office, vá para a cozinha apenas quando puder sentar e saborear a comida.

Hábitos não saudáveis

Os maus hábitos são ainda mais difíceis de abandonar com o tempo disponível e poucas distrações. Quer se trate de beber álcool, fumar ou jogar videogame por horas a fio, é fácil escorregar e perder (ou ignorar) os sinais de alerta. Se você está fazendo algo em segredo ou uma pessoa querida tentou falar com você sobre isso, provavelmente é hora de parar. Se você tiver problemas para quebrar um hábito prejudicial à saúde, seu médico pode ajudar.

Dor no pescoço e nas costas

A mesa de jantar ou o balcão da cozinha não são necessariamente um bom substituto para a estação de trabalho ergonômica em seu escritório. Com o tempo, sentar-se em uma posição desleixada ou ter o monitor na altura errada pode danificar partes da coluna e causar todos os tipos de problemas no pescoço e nas costas. É melhor designar uma área de trabalho e seguir as diretrizes para torná-la o mais confortável possível. E não se esqueça de se levantar e andar frequentemente.

Dor nas mãos e nos pulsos

Uma configuração de trabalho confortável também é importante para outras partes do corpo. Certifique-se de que a altura da cadeira esteja ajustada para que os antebraços fiquem na altura do teclado. Mantenha o teclado reto ou inclinado para longe de você (nunca perto). Também é uma boa ideia fazer pausas e sacudir os pulsos com frequência. Também pode ajudar a manter as mãos quentes.

Fonte: WebMD

“Tripé da Saúde”: profissionais fazem alerta sobre como se manter saudável na pandemia

Série de vídeos em alusão ao Dia Mundial da Saúde (7 de abril) traz especialistas dando dicas importantes

“Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades”. É como a Organização Mundial da Saúde (OMS) define “saúde”. Após mais de um ano enfrentando a pandemia do novo coronavírus, profissionais do Hospital Marcelino Champagnat e do Hospital Universitário Cajuru, ambos do Grupo Marista, se unem para fazer um alerta sobre como se manter saudável em meio ao isolamento físico e restrição de atividades.

A campanha “Amor é S2 e Saúde é S3 – A importância do autocuidado físico, mental e social” entrou no ar em 7 de abril trazendo uma série de vídeos com médicos de diversas áreas. Os vídeos podem ser acompanhados nas redes sociais do Grupo Marista pelo Facebook, Instagram e YouTube.

Além da ausência de doenças, para ser saudável também é necessário analisar o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual a pessoa está inserida. Ou seja, um conjunto de bons hábitos contribui para o menor risco de desenvolvimento de doenças, mas o ambiente também influencia. O diretor-geral da área de saúde do Grupo Marista, Álvaro Quintas, destaca que uma boa saúde se constrói diariamente.

“Possuímos uma lista extensa de hábitos que nos fazem ser saudáveis (ou não), mas podemos resumir em quatro itens: além do tripé de bem-estar da OMS (mental, físico e social), eu incluiria o espiritual. Precisamos lembrar que todos caminham juntos e que também é importante cuidar dos outros. Saúde e amor se conectam dessa maneira”, comenta.

Saúde mental

A Organização Mundial da Saúde enfatiza que saúde mental é “mais do que apenas a ausência de transtornos mentais ou deficiências, mas também cuidar do bem-estar e da felicidade contínuos”. De acordo com a médica cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Hartmann, o pensamento positivo faz muita diferença na saúde mental, ainda mais diante da pandemia do novo coronavírus. 

“Sabemos que pessoas felizes têm mais sucesso. O bem-estar mental está muito atrelado a como as pessoas enxergam o mundo e a forma de interpretação de cada situação. E isso depende da saúde mental de cada pessoa. Ela é o reflexo de outras questões na saúde, como a qualidade do sono, exercício físico e convívio social. Tudo isso traz felicidade e, junto com o pensamento positivo, podem ser a ‘chave’ para uma boa saúde mental”, analisa.

Diante das dificuldades enfrentadas nos últimos 13 meses, ter uma mente saudável é um dos principais desafios. “Fazer uma reflexão sobre o dia a dia e questões que importam de verdade nos fazem enxergar e definir os aspectos que não devemos abrir mão e os que precisamos deixar de lado. Tentar organizar prioridades e incluir na rotina as coisas que trazem felicidade faz com que as pessoas se sintam mais realizadas e vivam melhor”, aconselha Camila.

Saúde física

Já o bem-estar físico se refere às condições do nosso corpo, mas que vão além da ausência de doenças. É um aspecto mais amplo, pois tem relação com a disposição, vida saudável, autoestima física e força. A coordenadora do serviço de Check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Moraes, explica os motivos pelos quais os exercícios fazem bem para o corpo e também para a mente: “O primeiro passo é escolher uma atividade física que goste. Assim, será mais fácil de encontrar prazer e felicidade ao fazer o exercício”. 

Para ela, quando as pessoas percebem que o corpo está cansado, devem escutá-lo. “Precisamos nos mexer para que haja uma injeção de energia e reequilíbrio dos hormônios. Há estudos que apontam que exercícios físicos são extremamente eficazes para tratar depressão leve e moderada, sem o auxílio de medicamentos psiquiátricos”, explica.

Em meio ao isolamento social, é preciso adaptar também os exercícios físicos e realizá-los em casa ou em ambientes seguros. “Realizar tarefas simples, como arrumar a casa, subir escadas, dançar, cuidar do jardim e ter um momento de lazer com a família é importante para a ativação e o relaxamento do corpo. Além disso, faz com que tenhamos mais vontade de nos manter ativos. Começar devagar, com pequenos passos, faz com que o próprio corpo desenvolva a necessidade de fazer exercícios físicos contínuos”, conta a médica.

Saúde social

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Por fim, a saúde social faz parte do “tripé” para a busca de uma vida mais saudável. De acordo com o coordenador da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Universitário Cajuru, Ronnie Ikeda, cultivar relacionamentos com a família, amigos, colegas de trabalho e comunidade em geral, por meio de trabalhos voluntários, têm grande importância na busca pelo bem-estar.

“Estamos vivendo um momento atípico e, para prezar quem amamos, respeitamos o distanciamento social. Nesse ano, foi necessária uma adaptação para manter a saúde social em dia, mas de longe – seja com encontros virtuais, happy hour online e celebrações importantes realizadas em formato drive thru, por exemplo. Mesmo assim, muitos laços foram reatados e outros amarrados com mais força. Isso porque, devido à pandemia, precisamos nos aproximar ainda mais da família e dos amigos para amenizar o estresse causado pela distância física e imposições restritivas”, comenta o Ikeda.

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A saúde social também pode ser mantida ativa por meio de livros, filmes e redes sociais. “Cada um tem sua personalidade. Uns gostam mais do relacionamento interpessoal e necessitam de mais contato. Outros são mais introspectivos e preferem um bom livro, meditação, orações ou até mesmo o ócio.  Cada um precisa identificar o que traz mais felicidade e prazer. Além disso, a solidariedade também faz bem, pois é capaz de melhorar a saúde social.”, reforça Ikeda. Ele lembra ainda que “ações coletivas proporcionam maior qualidade de vida não apenas para quem as realiza, mas principalmente para as pessoas que têm menor acesso à saúde”.

Fonte: Grupo Marista

Fleury Medicina e Saúde apresenta quatro novos testes para diagnóstico de coronavírus

Clientes terão a opção de fazer os exames de RT-PCR na saliva, teste rápidos molecular e de antígeno para detecção do Sars-CoV-2, além da sorologia que identifica anticorpos neutralizantes. Entenda as diferenças e quando cada um deles é mais indicado

O Fleury Medicina e Saúde disponibiliza quatro novos testes para diagnóstico do novo coronavírus (Sars-CoV-2). A partir de agora, os clientes contarão com a RT-PCR com coleta de amostra de saliva, os testes rápidos de antígeno e molecular e a pesquisa de anticorpos neutralizantes, que pode ser útil para avaliar a reposta do indivíduo à vacina.

Todos estão disponíveis nas unidades das marcas do Fleury Medicina e Saúde em São Paulo ou nos hospitais parceiros. Somando o RT-PCR em tempo real em secreção respiratória, a sorologia (anticorpos IgG e IgM), a empresa oferece em março, no total, um arsenal de seis testes à comunidade médica e seus pacientes para enfrentamento da pandemia do Covid-19.

“A crescente sofisticação do portfólio de exames para Covid-19, com novos testes com sensibilidade muito próxima do RT-PCR padrão-ouro, menor tempo de resposta, maior conveniência e conforto para os pacientes, é um importante recurso de apoio para a tomada de decisão médica, melhorando o desfecho de cada caso e evitando potenciais transmissões”, afirma Celso Granato, diretor clínico e infectologista do Grupo Fleury.

Segundo Granato, a área de Pesquisa e Desenvolvimento e os consultores médicos acompanham toda a literatura científica sobre o SARS-CoV-2 e os lançamentos da indústria da saúde para desenvolver, em tempo cada vez mais reduzido, metodologias mais sensíveis e amigáveis para o atendimento na ponta dos serviços de saúde. “Tudo isso sem abdicar da segurança do paciente e qualidade do resultado, segundo as melhores práticas laboratoriais nacionais e internacionais para garantir a precisão e confiabilidade do resultado”, ressalta o especialista.

Saiba mais sobre cada teste

RT- PCR em tempo real em material de vias respiratórias

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Considerado o exame molecular padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segue um protocolo com três fases e diferentes enzimas a cada etapa: a extração, a amplificação e a detecção do material genético do vírus. Deve ser realizado entre o 3º e o 10º dias após o início dos sintomas. Assintomáticos que foram expostos ao vírus devem esperar cinco dias após o último contato com a fonte de infecção. Quem precisa de laudo para seguir protocolos de prevenção deve cumprir os prazos determinados pelo requerente. Seu desempenho não é afetado pelas novas variantes do Sars-CoV-2. O teste está disponível desde fevereiro de 2020.
Prazo de resultado: 1 dia. Valor: R$ 420,00.

RT-PCR em tempo real em saliva – (novo)

Stock Adobe

O novo exame é realizado pelo mesmo método de RT-PCR do padrão-ouro, mas com coleta mais confortável: o paciente deposita a saliva em um tubo, seguindo orientações. Além da praticidade, a técnica reduz o risco de que gotículas se espalhem no ambiente, dando maior segurança a todos. Apresenta sensibilidade pouco menor do que o teste que analisa material das vias respiratórias: a cada 100 pessoas positivas para coronavírus em amostras colhidas com swab, o teste efetuado em saliva identifica 94 casos positivos. Seu desempenho não é afetado pelas novas variantes do Sars-CoV-2. Prazo: o resultado fica disponível em até 1 dia. Valor: R$ 420,00.

Teste molecular rápido (amplificação isotérmica) – (novo)


Assim como a RT-PCR, este novo teste detecta o material genético do vírus em amostra das vias respiratórias, porém com resultado mais rápido. Deve ser feito na primeira semana de sintomas. A concordância de seu resultado com o obtido por meio da RT- PCR é de praticamente 100%, desde que a amostra seja colhida até o 7º dia de sintomas. Prazo: até 4 horas. Valor: R$ 500,00.

Teste rápido de antígeno (novo)

Foto: Pascal Rossignol/Reuters

Este novo teste detecta a presença de proteínas do vírus nas vias respiratórias. A maior sensibilidade (96%) é obtida quando a coleta é feita até o 5º dia de sintomas, com pico no 3º e 4º dias. Para casos com maior tempo de evolução, a sensibilidade pode ser menor. Disponível em hospitais parceiros. Prazo: em até 8 horas. Consultar valor em hospitais parceiros.

Pesquisa de anticorpos (sorologia “tradicional”)

Usada para detectar anticorpos específicos contra o Sars-CoV-2, indicativos de que houve infecção pelo vírus anteriormente. Deve ser feita pelo menos 14 dias após o início dos sintomas, ou 21 dias após a exposição de risco, respeitando o tempo necessário para que o corpo produza anticorpos em níveis detectáveis. Prazo: 1 dia útil. Valor: R$ 360,00

Pesquisa de anticorpos neutralizantes (novo)

Este exame é capaz de avaliar com maior precisão se os anticorpos contra Sars-CoV-2 produzidos são realmente protetores contra a doença. O teste pode ser uma ferramenta útil para avaliar a resposta das pessoas à vacina, situação em que se sugere- aguardar 30 dias após a última dose prevista para o esquema da vacina em questão. Prazo: até quatro dias. Valor: R$ 375,00.

Informações sobre os exames e agendamento: Grupo Fleury

Médica faz relato emocionante sobre o primeiro ano de pandemia

Especialista ressalta que a falta do engajamento da população, sobre as medidas de proteção à pandemia, interfere no bem-estar emocional e psicológico dos profissionais da saúde

Ao som da frequência de batimentos cardíacos dos pacientes nos leitos e com olhar atento a cada um deles, por mieo da parede de vidro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, a médica Intensivista Lívia Corrêa de Castro, falou sobre sua atuação neste primeiro ano de pandemia.

Depois de uma longa jornada de plantão no dia anterior, a profissional que atua pela Pró-Saúde no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), parou suas atividades por alguns minutos para destacar os principais desafios vivenciados nesse tempo de pandemia, antes de iniciar a visita médica do dia.

Com 12 anos de atuação no HRBA, unidade mantida pelo Governo do Pará, no município de Santarém, Lívia conta que os profissionais não imaginavam iniciar 2021 de um jeito tão difícil quanto foi o ano anterior.

“Nessa segunda onda temos recebido doentes mais graves, com um número maior de pacientes adoecendo. Classifico essa segunda onda bem pior do que a primeira. Apesar de termos a experiência de um ano atrás, temos muitas batalhas dentro da UTI. É uma luta pessoal porque trabalhamos com o cansaço, indo ao nosso extremo”, compartilha.

Medo do desconhecido

Há um ano, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). No Brasil, a primeira morte devido ao vírus aconteceu um dia depois do anúncio da OMS.

A médica Intensivista comenta que, quando os primeiros casos começaram a chegar à unidade, que é referência para tratamento da Covid-19, mesmo com os treinamentos prévios, a ansiedade diante do desconhecido era uma realidade.

“No início a gente tinha muito medo de se contaminar, medo de sair na escala do plantão, medo de levar a doença para nossa família em casa”, explica.

Medos que permanecem até hoje, mas que não são maiores que um único sentimento: “Medo de não acabar, parece que não vai acabar nunca. A gente não para de receber paciente. A impressão que temos é que não está acabando e que estamos lutando contra um inimigo invencível”, afirma a médica.

Desrespeito da população x famílias desmoronadas

Pixabay

Nestes 12 meses de enfrentamento à pandemia, Lívia relata que as jornadas de plantão na UTI têm sido longas. Ela conta que diversas vezes, ao sair do hospital, se deparou com pessoas aglomeradas nas ruas, sem máscaras de proteção, marcando encontros e até festas clandestinas, e diz ter a sensação de que a população vive em um mundo paralelo, longe do universo que enfrenta uma pandemia global.

“Vivemos uma realidade no hospital em que vemos famílias se desmontando, pessoas morrendo, apesar de todo o nosso esforço. E quando a gente sai na rua, percebe que as pessoas não têm noção da gravidade do que a gente vive hoje”, comenta.

A profissional menciona, inclusive, problemas entre os parentes. “Eu já tive várias discussões com minha própria família, porque percebo que não entendem o que está acontecendo e a gente tenta levar isso para nossa casa. Mas, realmente, quem está fora do ambiente de UTI não tem noção do que esse vírus causa nas pessoas.”

A médica reforça que é um vírus extremamente letal para quem precisa internar num leito de UTI. “É muito triste vermos a rua lotada, gente marcando festa, ficamos nos sentindo um extraterrestre no meio de tudo isso. Parece que nosso trabalho é todo em vão.”

Vidas perdidas

A médica intensivista Lívia Corrêa de Castro

O Brasil ultrapassou a marca de 270 mil pessoas mortas pela Covid-19. Emocionada e emocionando os colegas da UTI que acompanhavam seu relato, a médica destacou o sentimento dos profissionais da saúde, quando ocorre a perda de um paciente.

“A gente se sente derrotado. É um sentimento de impotência gigante que nos faz pensar se queremos continuar nessa vida, sabe? Então, é muito ruim viver isso. Toda a equipe sofre, é bem complicado”, relata.

Lívia alerta a população que o vírus veio para ficar, e que é necessário a população aprender a conviver com ele, se protegendo. Para que isso ocorra, a profissional chama atenção para a mudança de comportamento de todos.

“Compreendo que está todo mundo cansado do vírus, da pandemia, mas é preciso entender que há uma nova rotina de uso da máscara, álcool em gel, manter o distanciamento físico. É uma doença devastadora e essa devastação não ocorre só na vida dos doentes, mas na vida da equipe de saúde que cuida de todos”, conclui.

Vitórias dos pacientes

O HRBA é uma unidade estratégica do Governo do Pará, gerenciado pela Pró-Saúde, que presta atendimento 100% gratuito a uma população de 1,3 milhão de pessoas residentes em 30 municípios do Oeste do Pará.

A unidade, que recebeu o primeiro paciente suspeito no dia 19 de março de 2020, realizou em 1 ano de pandemia diversas mudanças estruturais, para atender casos da doença.

“Na primeira fase abrimos 52 leitos para Covid-19. Neste segundo momento, a unidade passou a oferecer 96 leitos, fez adequações para atender os pacientes de outras especialidades, aumentou a capacidade de disponibilização de oxigênio, contratou mais de 200 novos profissionais, entre outras ações, em busca de prestar assistência de qualidade”, destaca Hebert Moreschi, diretor Hospitalar do HRBA.

400 altas de recuperados

O Regional do Baixo Amazonas já realizou 2.567 notificações no protocolo de Covid-19, efetivando 1.108 internações. Nesta quinta-feira, 11/3, alcançou a marca de 400 altas de pacientes recuperados da Covid-19.

O empresário Eliésio Gama foi o primeiro paciente recuperado da doença a receber alta médica no HRBA. Com 50% de comprometimento pulmonar, ele passou 12 dias internado.

“Lembro quando estava saindo do hospital, todos com medo. Que bom seria se tivessem continuado com medo, que provavelmente hoje não estaria como está. Se puder, fique em casa, não aglomere e evitem esse vírus”, alertou.

O número de pacientes recuperados tem como um dos principais fatores o empenho contínuo da equipe multiprofissional que está na linha de frente de combate à doença.

“São médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e auxiliares de higiene e limpeza que fazem plantões diários levando assistência segura aos internados. Profissionais que trabalham incansavelmente, com agilidade e competência sempre com foco na resolutividade e humanização. Juntos, cremos que dias melhores virão, com a sensibilização de todos”, conclui Moreschi.

Fonte: Comunicação – Pró-Saúde