Especialista comenta a diferença entre as infecções virais e quais sintomas merecem maior atenção
Com o início do inverno, as doenças respiratórias vêm à tona e qualquer espirro ou coriza logo nos faz questionar se estamos passando por um quadro gripal ou ainda se a Covid-19 é a responsável pelos sintomas. O que normalmente acontece é que utilizamos de forma geral o termo gripe para nomear toda e qualquer doença respiratória. Mas apesar da gripe, resfriado e da Covid provocarem sintomas parecidos, eles merecem atenção e exigem tratamento individualizados.
A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Clarice Conceição salienta que conhecer as principais diferenças entre essas infecções virais pode ser uma boa forma de saber quando é preciso ir ao hospital ou fazer um tratamento mais direcionado e eficaz.
“A Covid-19, a gripe e o resfriado afetam nosso sistema respiratório e causam sintomas como cansaço, nariz entupido, dor de garganta e até febre, mas possuem características distintas que permitem a sua diferenciação”, explica Clarice.
Como diferenciar?
Nem sempre a doença se manifesta de forma igual, mas geralmente a evolução do quadro é um bom sinalizador:
-Gripe: os sintomas são mais agudos, surge de um dia para outro com sintomas fortes, como febre e intenso mal-estar. -Resfriado: a evolução é lenta e os sintomas são mais leves, como uma febre baixa por exemplo. Costuma melhorar em poucos dias. -Covid-19: a evolução geralmente é gradual, com uma piora do quadro clínico. Outro diferencial que podemos lembrar é a falta de olfato, muito comum em pessoas com Covid-19, mas rara nos demais casos.
É importante sempre ter a avaliação de um profissional médico, seja presencialmente ou em atendimento por telemedicina (neste caso, proporciona avaliação médica sem que o paciente precise se deslocar até um pronto-socorro). Na presença de sintomas de alerta, o atendimento presencial a nível hospitalar é o mais indicado.
Como identificar que é hora de procurar um hospital?
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Independente da causa, em caso de sintomas, cuidados como o uso de máscara, lavar as mãos e aplicar álcool gel com frequência, evitar contato próximo com outras pessoas, além de ficar de repouso e beber bastantes líquido, são recomendações gerais.
No entanto, é necessária uma avaliação hospitalar quando apresentamos os sintomas de alerta, que geralmente são sintomas são mais intensos, como febre persistente, dor muscular intensa e generalizada, sensação de falta de ar e dor no peito.
“Quando há suspeita de Covid, é preciso ficar atento à evolução dos sintomas, além da necessidade de confirmação do diagnóstico por meio do teste de RT-PCR. O isolamento social, para evitar a propagação da doença, também não pode ser esquecido”, finaliza a especialista.
Testes moleculares entregam resultados precisos em poucas horas e agilizam tratamento assertivo de doenças que, a cada ano, fazem milhões de vítimas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por ano, a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas. Crianças, idosos, portadores de doenças pulmonares, pessoas com problemas cardíacos e de imunidade são os mais afetados. Com a chegada do outono – que teve início dia 20 de abril – a redução da umidade relativa do ar típica desta época, associada à também maior concentração de poluentes no ar, fazem com que as doenças respiratórias aumentem significativamente.
A maioria delas são infecciosas, causadas por vírus, e, em segundo lugar, por bactérias. As constantes e bruscas mudanças climáticas e o fato de que casacos e cobertores são retirados dos armários depois de muito tempo guardados também intensificam a ocorrência dos problemas respiratórios. Além de gripes, resfriados e pneumonia, rinite alérgica e sinusite são doenças comuns nesta época do ano.
De acordo com a infectologista do Hospital Vita, Marta Fragoso, a queda da obrigatoriedade do uso de máscaras em muitas cidades brasileiras promete fazer com que o número de casos de diversas doenças também aumente nos próximos meses. A maioria dos estados brasileiros já retirou a obrigatoriedade do uso em espaços abertos e fechados. “A abolição das máscaras tende a aumentar a exposição das pessoas às partículas infectantes e ao ar com alta concentração de poluentes. Utilizada durante os momentos mais críticos da pandemia causada pela Covid-19, a máscara foi uma boa prática de prevenção de doenças respiratórias infecciosas no geral, e deveria ser mantida em algumas situações especiais”, defende.
As doenças infecciosas respiratórias podem ser classificadas como “transportadas pelo ar” (que se espalham por aerossóis suspensos no ar) e “infecciosas”, que se espalham por outras rotas, incluindo gotículas maiores. Aerossóis são minúsculas partículas líquidas do trato respiratório que são geradas, por exemplo, quando alguém exala, fala ou tosse. Essas partículas ficam em suspensão por um tempo no ar e podem conter vírus vivos. As recomendações médicas indicam que quando alguém apresenta sintomas que indicam problemas respiratórios, é essencial que a pessoa se isole e procure um diagnóstico preciso para direcionar o seu tratamento.
O último boletim InfoGripe, da Fiocruz, sinaliza o crescimento das síndromes respiratórias em crianças. De acordo com o relatório, dados laboratoriais preliminares sugerem um possível aumento nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária de zero a quatro anos e interrupção de queda nos casos associados à Covid-19 na faixa de cinco a 11 anos. Para a infectologista, especialmente em virtude do momento em que vivemos, é preciso redobrar as atenções. “O crescimento das síndromes respiratórias, tanto em crianças, como entre adultos e idosos, deve-se aos novos patógenos virais e até bacterianos que apresentam versatilidade quanto à mutações e resistência à poluição ambiental”, explica.
Marta ainda destaca que as melhores formas de prevenção passam por uma hidratação adequada, higienização de mãos com álcool em gel, evitar aglomerações, ventilar os ambientes, manter a etiqueta nos momentos de tosse e espirro, manter as vacinas em dia, utilizar umidificadores de ambientes, garantir que os ambientes estejam limpos, livres de poeiras e ácaros e considerar a avaliação médica para o diagnóstico e tratamento adequados.
Diagnóstico correto é essencial para tratamento com resultados rápidos
Diagnosticar corretamente a doença respiratória que acomete uma pessoa é essencial para garantir tratamento rápido e efetivo. Para isso, o mercado hoje já oferece testes que detectam com precisão diversas doenças respiratórias. O laboratório ID8 – Inovação em Diagnóstico, é um exemplo. Rodrigo Faitta Chitolina, supervisor de laboratório e responsável técnico do ID8, explica que o laboratório oferece quatro exames diferentes para diagnóstico de doenças respiratórias. Do exame para detectar a Covid-19, até outros em formatos de painéis, nos quais é possível detectar por meio de apenas uma amostra três patógenos (painel respiratório – Influenza e SARS-CoV-2), quatro patógenos (painel respiratório – Influenza e Sincicial) ou até mesmo 24 patógenos (painel respiratório-Plus: 24 patógenos incluindo Sars CoV-2), causadores de síndromes respiratórias.
Chitolina conta que, antes da pandemia causada pela Covid-19, poucos eram os casos em que pessoas com sintomas de problemas respiratórios buscavam testes para identificar o agente patogênico causador da enfermidade. “Éramos diagnosticados com uma ‘virose’, sem de fato realizar um exame diagnóstico preciso. Ao longo dos anos de 2020 e 2021, com o advento da pandemia, houve um predomínio de testes relacionados à detecção da doença. Contudo, já no começo de 2022, com o aumento dos casos da nova variante do vírus Influenza A, H3N2, houve uma disparada no número de testes para doenças respiratórias, principalmente, nas modalidades de painéis, já que, em um único exame, é possível detectar não apenas a Covid-19, como também os vírus Influenza. Hoje, a terminologia ‘virose’ não deve mais ser aceita. Precisamos, de fato, saber qual é o patógeno causador da enfermidade para termos um tratamento assertivo”, explica.
Lisandra Maba, responsável pela assessoria científica do ID8, destaca que as infecções respiratórias são as principais causas de morbidade e mortalidade em crianças e adultos em todo o mundo, ocasionando de três a cinco milhões de casos graves a cada ano.
Realizar o tratamento dessas infecções sem o diagnóstico preciso pode induzir ao erro, ou mesmo agravar a situação do paciente quando se espera a evolução da doença para observar novos sinais ou sintomas” destaca, lembrando que os exames realizados no laboratório podem detectar até 24 patógenos no mesmo exame com apenas com uma amostra do paciente. “Isso evita a prescrição desnecessária de antibióticos e o uso correto de antivirais, a redução do tempo de internação e da necessidade de realização de testes laboratoriais, e ainda reduz os custos na manutenção da saúde do paciente”, completa.
Médico psiquiatra comenta a situação exclusiva de pessoas que perderam parentes queridos durante a pandemia; A ansiedade e o transtorno de humor são os mais prevalentes nesses casos
A pandemia, gerada pela Covid-19, está longe de acabar, justamente quando “parece” estar na UTI. A aceleração e eficácia das vacinas têm dado segurança, fazendo com que países adotem medidas menos rígidas em relação ao vírus. Segundo os levantamentos da pesquisa constante do Our World in Data, proposta pela universidade de Oxford no Reino Unido, mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo já morreram devido a Covid-19, sendo que no Brasil, o número se aproxima de 700 mil.
Enquanto as mortes prosseguirão por um longo período, especialistas alertam para uma consequência da Covid-19: a saúde mental pós luto. De acordo com um manual “ Processo de Luto no Contexto da Covid-19”, elaborado pelo Instituto Fiocruz, a pandemia traz impactos para a saúde mental que pode envolver perdas e dores profundas. Diante disso, faz-se necessário pensar em alternativas que possam ajudar a lidar com aspectos novos das perdas na era do coronavírus, uma vez que os rituais em torno da morte, tão importantes para o luto, precisam ser redesenhados e ressignificados nesse contexto.
Para Ariel Lipman, médico especialista em psiquiatria e diretor da SIG Residência Terapêutica, a dor da perda nesse caso, em especial, pode vir a ser diferente de outros. “Um dos motivos para tal, é porque a situação colocada pelo vírus é nova em relação a outras doenças. As mudanças no cenário causadas pela pandemia foram extremamente repentinas, o que possibilitou confusão e insegurança entre as pessoas, sentimentos que podem vir a gerar estresse”, explica.
De acordo com o levantamento da clínica, com base nos pacientes atendidos, os transtornos que mais foram desenvolvidos por indivíduos de luto são os de humor e ansiedade. O transtorno de humor se caracteriza por alterações emocionais durante um longo período de tempo, alternando entre tristeza profunda e exaltação excessiva. Já a ansiedade é um distúrbio na saúde mental que consiste em extrema preocupação a ponto de interferir na vida cotidiana do indivíduo que a obtém. Dependendo do grau da ansiedade, há a possibilidade em alguns casos dela proporcionar ataques de pânico e até transtorno obsessivo compulsivo.
“Nós sabemos que os transtornos psiquiátricos têm origem multifatorial. Fatores estressantes costumam representar um forte catalisador para o adoecimento psíquico, e, sem dúvida, essa pandemia foi um dos fatores mais estressantes que as últimas gerações já vivenciaram. Quando junta a pandemia em si, aliada ao luto da perda de parentes, pudemos notar um aumento expressivo da demanda de pacientes com transtornos psiquiátricos.” complementa.
A explicação de tudo isso pode ser justificada pela existência da pandemia, excesso de notícias prós e contras, a “culpa” por não tomar todos os cuidados possíveis e ter um parente nas estatísticas da pandemia. “Isso pode servir de gatilho, e a constante lembrança do ente querido pela referência que se faz da doença o tempo todo, nas mídias, redes sociais etc”. finaliza o médico.
Pesquisa realizada pela Doctoralia aponta que, mesmo com a liberação do uso de máscaras ao ar livre em alguns estados, 37% das pessoas afirmam que não abandonarão o uso mesmo após a imunização completa; 34% continuarão utilizando álcool em gel, 28% respeitarão o isolamento social e apenas 1% não pretende tomar nenhuma medida de prevenção.
O levantamento, que busca entender o comportamento dos brasileiros após esquema vacinal completo, permitia a seleção de mais de uma opção nessa questão.
Quando perguntadas sobre novas variantes do Sars-CoV-2, sete a cada dez entrevistados afirmaram que têm medo da ocorrência delas, mesmo após estarem 100% imunizadas contra o vírus. Apesar desse cenário, surpreendentemente, 52% dos participantes responderam que, após completarem o esquema vacinal, se sentem confortáveis em estar na presença de grupos com mais de dez pessoas.
Vale destacar que os especialistas alertam para a importância de não deixar de lado as medidas de segurança, no intuito de diminuir a circulação do vírus até que a maioria da população esteja vacinada e, consequentemente, a pandemia esteja sob controle.
Dessa forma, caso as pessoas optem por encontrar familiares e amigos, devem dar preferência a pequenos grupos e, se puderem, conduziram essa reunião ao ar livre ou com o uso de máscaras bem ajustadas ao rosto. Ao todo, 1.726 pessoas foram entrevistadas, a maioria do sexo feminino, entre 36 e 45 anos.
Adultos com mais de 50 anos que sofrem de Covid-19 leve ou moderado correm maior risco de piorar a mobilidade, mesmo que a hospitalização não seja necessária para tratar o vírus, de acordo com uma nova pesquisa de Dalhousie e outras universidades canadenses.
As descobertas usaram dados do Canadian Longitudinal Study on Aging (CLSA) e destacam a carga de Covid-19 entre adultos de meia-idade e idosos que não são hospitalizados. As informações sugerem que muitos pacientes que tiveram Covid-19 leve têm sintomas persistentes e incômodos.
Os pesquisadores entrevistaram mais de 24 mil pessoas com mais de 50 anos de todo o Canadá durante a fase inicial do lockdown em 2020 para determinar o efeito de um diagnóstico da doença em sua mobilidade. Suas descobertas foram publicadas na revista JAMA Network Open.
Foto: Pascal Rossignol/Reuters
A equipe analisou questões de mobilidade, incluindo dificuldade em se levantar de uma cadeira, capacidade de subir e descer escadas sem assistência e caminhar de dois a três quarteirões da vizinhança, bem como mudanças na capacidade dos participantes de se movimentar pela casa, realizar tarefas domésticas e atividade física.
Susan Kirkland, professora de pesquisa de Dalhousie e chefe do Departamento de Saúde Comunitária e Epidemiologia da escola, é coautora do artigo que se acredita ser um dos primeiros a avaliar a associação entre mobilidade e Covid-19 em idosos.
“Descobrimos que mesmo aqueles com doença leve e moderada, experimentaram mudanças adversas na mobilidade em comparação com indivíduos sem Covid-19”, diz Kirkland. E pontua: “Vale a pena notar essas descobertas porque indicam que os efeitos negativos da doença são muito maiores e afetam uma gama mais ampla de idosos do que aqueles que estão hospitalizados”.
Duplicar as chances
Os participantes com Covid-19 tiveram quase o dobro das chances de piorar a mobilidade e a função física em comparação com aqueles sem a doença, embora a maioria tenha sintomas leves ou moderados. Dos 2.748 indivíduos com a doença confirmada, provável ou suspeito, 94% não foram hospitalizados.
Indivíduos com Covid-19 confirmado ou provável tiveram o dobro das chances de piorar a capacidade de se envolver em atividades domésticas e participar de atividades físicas do que aqueles sem a doença. Resultados semelhantes foram encontrados para aqueles com suspeita.
“Nossos resultados mostraram que havia um risco maior de problemas de mobilidade em idosos, com renda mais baixa, com três ou mais condições crônicas, baixa atividade física e pior nutrição”, diz Marla Beauchamp, professora assistente da Escola de Reabilitação Ciência na McMaster. “No entanto, esses fatores por si só não explicam os problemas de mobilidade que observamos entre as pessoas com Covid-19. Estratégias de reabilitação precisam ser desenvolvidas para adultos que evitam a hospitalização devido à Covid-19, mas ainda precisam de apoio para restaurar sua mobilidade e função física”.
Os pesquisadores concluíram que é necessário entender melhor os impactos de longo prazo da Covid-19 e considerar “o desenvolvimento e a implementação de abordagens eficazes de intervenção e gerenciamento para lidar com quaisquer déficits persistentes de mobilidade e funcionamento entre os que vivem na comunidade”.
Fonte: Marla K. Beauchamp et al, Assessment of Functional Mobility After COVID-19 in Adults Aged 50 Years or Older in the Canadian Longitudinal Study on Aging, JAMA Network Open (2022). DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.46168
*Rubens de Fraga Júnior é professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.
Embora seja comum entre os meses de abril e agosto, um surto de gripe vem atingindo milhares de pessoas agora no verão. Por isso, o Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – Asbai preparou um tira-dúvidas para explicar o que é gripe, seus tipos e sintomas.
O que é gripe e quais os sintomas?
É uma doença viral aguda transmissível que afeta o trato respiratório superior e inferior causada pelo vírus influenza. Os sinais e sintomas da gripe em casos leves incluem tosse, febre, dor de garganta, mialgia, dor de cabeça, coriza e olhos congestionados. Cefaleia frontal ou retro-orbital é uma apresentação comum acompanhado por sintomas oculares como fotofobia e dor.
Na criança, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos. Os sintomas agudos persistem por sete a dez dias.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de influenza pode ser feito clinicamente, especialmente durante a temporada de influenza. A maioria dos casos se recupera sem tratamento médico e não precisariam de um exame laboratorial para o diagnóstico. Os testes laboratoriais disponíveis para o diagnóstico de influenza são a detecção rápida de antígeno o teste de PCR em tempo real.
O que causa gripe?
-Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. -O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. -Tipo A – são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. -As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre. -Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N). -Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1) pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos. -Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros. -Tipo B – infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos. -Tipo C – infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativa a saúde pública, não estando relacionado com epidemias. -Em 2011 um novo tipo de vírus da gripe foi identificado. O vírus influenza D, o qual foi isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar ou causar a doença em humanos.
Como ocorre a transmissão da gripe?
Em geral, a transmissão ocorre dentro da mesma espécie, exceto entre os suínos, cujas células possuem receptores para os vírus humanos e aviários. A transmissão direta de pessoa a pessoa é mais comum. Acontece por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus ao falar, espirrar ou tossir. Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções de outros doentes. Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem a introdução de partículas virais diretamente nas mucosas oral, nasal e ocular. A eficiência da transmissão por essas vias depende da carga viral, contaminantes por fatores ambientais, como umidade e temperatura, e do tempo transcorrido entre a contaminação e o contato com a superfície contaminada.
Quais as principais complicações que a gripe pode causar?
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Pneumonia viral, pneumonia bacteriana secundária (agentes infecciosos bacterianos: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp e Haemophillus influenzae) à infecção viral, miosite, micocardite, insuficiência respiratória aguda e morte. Essas complicações graves podem se desenvolver em até 48 horas a partir do início dos sintomas. O vírus se replica nas vias respiratórias superiores e inferiores a partir do momento da inoculação e com pico após 48 horas, em média.
Os casos graves podem progredir para falta de ar, taquicardia, hipotensão e necessidade de intervenções respiratórias de suporte em até 48 horas.
Quem pode ser mais afetado pela gripe? Por quê? Extremos de idade: crianças muito pequenas e idosos, pessoas não vacinadas, imunocomprometidos e portadores de doenças crônicas.
Grupos de risco e condições para complicações: –Grávidas em qualquer idade gestacional; -Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal); -Adultos ≥ 60 anos; -Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade); -População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso; -Pneumopatias (incluindo asma); -Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); -Nefropatias; -Hepatopatias; -Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); -Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus); -Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares); -Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana); -Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos); -Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).
Como se prevenir da gripe?
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe.
Devido a essa mudança dos vírus, é necessário a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo o ano, o Ministério da Saúde realizam a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. Além da vacinação orienta-se a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população. Medidas estas, comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus da gripe:
-Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento; -Utilize lenço descartável para higiene nasal; -Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir; -Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca; -Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; -Mantenha os ambientes bem ventilados; -Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe; -Evite sair de casa em período de transmissão da doença; -Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados); -Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
Importante: indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (podendo ser por até sete dias após o início dos sintomas). Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre sem a utilização de medicamento antitérmico.
Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Quando falamos em gripe, estamos no referindo às infecções causadas pelo vírus Influenza, o qual apresenta subtipos denominados A, B e C, de acordo com as características genéticas dele. As letras H e N que classificam os vírus da gripe se referem às variantes de duas proteínas importantes para a infecção: H-Hemaglutinina; N-Neuroaminidase. Essas proteínas sofrem mutação com menor intensidade, porém quando o fazem geralmente são responsáveis por grandes surtos de gripe como Gripe Espanhola, em 1918, causada pelo H1N1; e Gripe Asiática, em 1957, causa pelo H2N2. Conforme são observadas mudanças na estrutura dessas proteínas, recebem numerações, tais como H1N1 ou H2N2. Nos recentes surtos de gripe, foi verificada a infecção pelo subtipo Influenza A (H3N2).
De acordo com o infectologista Marcelo Eichholzer, docente de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar), os sintomas da H3N2 são semelhantes aos da gripe causada por outras cepas e a incubação pode ser de 12 horas a três dias. “Geralmente o início do quadro é súbito com mal-estar, calafrios, tremores, dores de cabeça, dores no corpo, febre e perda de apetite. Evolui com coriza, dor de garganta e tosse seca. Em alguns casos, apresenta complicações como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com pneumonite viral com fôlego curto e rápido, baixa da oxigenação (queda da saturação) e pode causar infecções bacterianas secundárias, além de potencializar descompensações de doenças crônicas cardiopulmonares como asma, insuficiência cardíaca, doenças reumatológicas, renais, hepáticas etc”.
Eichholzer afirma que a efetividade da vacina da gripe é entre 60% e 80% dos vacinados. O material antigênico é disponibilizado de acordo com as variantes circulantes em cada ano e protege contra a Influenza A H1N1, H2N2, H3N2 (cepa Hong Kong) e Influenza B, no entanto, a cepa atualmente circulante e responsável por esse surto é a H3N2 (cepa Darwin) que não está presente na vacina de 2021, mas está sendo adicionada na vacina para 2022. Além disso, comenta que em 2021 houve uma baixa adesão da vacinação da gripe por conta da epidemia e vacinação contra Covid-19, o que favorece outras cepas também estarem circulando.
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A imunologista Camila Sacchelli, professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, diz que a vacina tem eficácia distinta para cada subtipo, sendo em geral mais baixa para o H3N2. De todo modo, estamos sempre expostos a todos eles e a vacina tem reduzido bastante a ocorrência de internações e mortes por gripe, principalmente em crianças e idosos.
Camila pontua que é importante considerar a pandemia da Covid-19, pois influenciou negativamente a cobertura vacinal de outras doenças, incluindo a gripe. “Tanto o isolamento quanto o medo gerado por notícias falsas provocaram uma redução importante na cobertura vacinal, tanto de crianças e idosos, cobertos pela campanha nacional, como de adultos saudáveis, que em geral se vacinam para gripe em clínicas particulares. No ano passado, o governo inclusive liberou a vacina gratuitamente a toda população, visando aumentar a imunidade”.
O infectologista da Fempar destaca que o Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil, já está incluindo a cepa Darwin para a vacina deste ano, que será distribuída no SUS em todos os municípios e seguirá o calendário vacinal normalmente. A imunologista explica que o Brasil inicia a campanha de vacinação de gripe em abril/maio, período que antecede o inverno, quando a permanência em lugares fechados aumenta a incidência da doença, e que o Butantan informou que disponibilizará a nova vacina para o governo em março de 2022.
Como não confundir Covid-19 com H3N2
A orientação dos profissionais do Mackenzie é de que, frente ao aparecimento dos sintomas, o indivíduo busque atendimento médico para o diagnóstico laboratorial diferencial e faça o isolamento, independente da infecção. A nova cepa do coronavírus, a ômicron, está em ampla disseminação, e acaba por se confundir com sintomas gripais, principalmente com a população já vacinada. Os sintomas são semelhantes entre as duas doenças e causa confusão diagnóstica, então se faz necessário utilizar testes específicos, geralmente PCR e antígenos, para encontrar essa resposta, visto que somente clinicamente não é possível fazer a diferenciação.
A transmissão da gripe se dá por gotículas durante a fala, respiração, tosse, espirros e por contato com secreções. Para se proteger, é preciso adotar e manter a tão falada etiqueta respiratória difundida durante o surto de Sars-CoV-2, como manter ambientes arejados, cobrir a boca ao espirrar (de preferência com antebraço), limpeza das mãos com água e sabão ou álcool gel, evitar contato com mucosas (olhos, nariz, boca), manter distanciamento e evitar aglomerações. A vacinação continua sendo a melhor arma para prevenção. Como é uma doença de transmissão aérea/contato, as mesmas medidas que já estávamos tomando para a covid-19 também previnem a gripe.
Não é motivo para pânico. Medidas simples podem ajudar muito na prevenção e no tratamento da doença. Além da etiqueta respiratória, caso alguém tenha os sintomas, deverá procurar assistência o mais breve possível para que seja diagnosticado corretamente, visto que há medicações que são efetivas para o tratamento da gripe quando iniciadas nas primeiras 72 horas do início dos sintomas. É necessário assumir uma postura responsável, a prevenção depende muito mais das ações individuais do que qualquer outra. A vacina ajuda, mas pode não impedir a infecção e a transmissão.
Probabilidade de estágios graves da doença foi 5 vezes maior em pacientes com deficiência
Às vésperas de completar dois anos, a síndrome respiratória coronavírus 2 (Sars-CoV-2) que afetou o mundo ainda levanta algumas questões na comunidade científica. Uma das mais frequentes é o papel da vitamina D na prevenção ou tratamento da Covid-19. Uma meta-análise* realizada por pesquisadores iranianos e divulgada em julho pelo The International Journal of Clinical Practicetraz resultados que apontam que sim, pacientes com deficiência de vitamina D apresentam risco maior de desenvolver a doença na forma mais grave.
Embora seja difícil comparar as estatísticas globais dos desfechos da Covid-19, está claro que a taxa de mortalidade é maior em muitos países, como Estados Unidos, Brasil e Índia. Vários fatores estão envolvidos, como idade, qualidade do sistema de saúde, estado geral de saúde, status socioeconômico, etc.
Após meses de investigação sobre a nova doença, vários fatores, como sexo masculino, idade avançada, doenças cardiovasculares, hipertensão, doença pulmonar crônica, obesidade e doença renal crônica, são propostos como de risco para a deterioração dos desfechos dos pacientes com Covid-19.
Curiosamente, uma das condições que levaram à maioria dos fatores de risco considerados é justamente a deficiência de vitamina D. Estudos indicaram que doenças malignas, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares estão significativamente relacionadas a essa carência.
Baixos níveis de vitamina D
A primeira busca em bancos de dados para a realização do estudo resultou em 1.382 artigos. Após exclusão de documentos duplicados e triagem da primeira etapa com base no título e resumo, 121 artigos foram avaliados para elegibilidade. Finalmente, 23 artigos, que somavam 11.901 participantes, foram inseridos na meta-análise.
A maioria dos estudos epidemiológicos utilizados relatava um risco maior de desenvolver a infecção para estágios graves e morte em pacientes com baixos níveis de vitamina D. Além disso, as intervenções clínicas com vitamina D demonstraram um risco significativamente reduzido de infecção do trato respiratório, proposto como uma abordagem profilática ou de tratamento pela OMS ainda em 2017.
O resultado do estudo indicou que as chances de infecção com Sars-CoV-2 aumentam 3,3 vezes em indivíduos com deficiência de vitamina D. Já a probabilidade de desenvolver estágios graves da doença é 5,1 vezes maior em pacientes com deficiência desta vitamina.
Outras doenças
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Além disso, foi descoberto que aproximadamente 43% dos pacientes infectados com Sars-CoV-2 sofriam de deficiência de vitamina D, que também era insuficiente em cerca de 42% deles. No entanto, a deficiência de vitamina D não afetou substancialmente as taxas de mortalidade em tais pacientes.
Assim, pode-se concluir que pacientes com níveis mais baixos ou com deficiência de vitamina D apresentam maior risco de desenvolver a doença na forma grave. E embora os estudos relatem essa deficiência como um dos fatores críticos nos desfechos clínicos de pacientes com Covid-19, parece que ela também pode estar fortemente relacionada a fatores de riscos básicos subjacentes e doenças em tais pacientes. Hipertensão, doenças cardiovasculares, doença renal crônica, diabetes, obesidade e doenças respiratórias foram as comorbidades mais frequentes encontradas em pessoas com Covid-19.
Foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Baixos níveis de vitamina D
A primeira busca em bancos de dados para a realização do estudo resultou em 1.382 artigos. Após exclusão de documentos duplicados e triagem da primeira etapa com base no título e resumo, 121 artigos foram avaliados para elegibilidade. Finalmente, 23 artigos, que somavam 11.901 participantes, foram inseridos na meta-análise.
A maioria dos estudos epidemiológicos utilizados relatava um risco maior de desenvolver a infecção para estágios graves e morte em pacientes com baixos níveis de vitamina D. Além disso, as intervenções clínicas com vitamina D demonstraram um risco significativamente reduzido de infecção do trato respiratório, proposto como uma abordagem profilática ou de tratamento pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda em 2017.
O resultado do estudo indicou que as chances de infecção com o novo coronavírus aumentam 3,3 vezes em indivíduos com deficiência de vitamina D. Já a probabilidade de desenvolver estágios graves da doença é 5,1 vezes maior em pacientes com deficiência desta vitamina.
Além disso, foi descoberto que aproximadamente 43% dos pacientes infectados sofriam de deficiência de vitamina D, que também era insuficiente em cerca de 42% deles. No entanto, a deficiência de vitamina D não afetou substancialmente as taxas de mortalidade em tais pacientes.
Outras doenças
“De acordo com os resultados mencionados pelo estudo, é plausível que tanto a deficiência de vitamina D quanto as doenças de base, como hipertensão, doenças cardiovasculares e renais crônica, diabetes, obesidade e patologias respiratórias possam piorar o estado desses pacientes mais do que de outros”, afirma Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Ele completa: “Outro papel potencial da vitamina D, segundo o estudo, é reduzir a inflamação induzida após a infecção pelo Sars-CoV-2, suprimindo citocinas inflamatórias e reduzindo a infiltração de leucócitos. Além disso, de acordo com as evidências disponíveis para infecções e malignidades, a vitamina D pode aumentar a resposta sorológica e o desempenho dos linfócitos T CD8+, ou seja, da proteção imunológica, contra a Covid-19”.
Os pesquisadores, no entanto, afirmam que outros grandes ensaios clínicos após uma meta-análise abrangente devem ser levados em consideração para se obter resultados mais confiáveis.
“É preciso deixar claro que mesmo após o estudo mostrar que a vitamina D pode ser uma aliada contra a Covid-19, sua suplementação deve feita com recomendação médica”, finaliza o especialista.
Galinha Pintadinha é a primeira marca infantil a lançar uma máscara descartável para crianças com produção nacional
Com o retorno gradual às aulas presenciais, as crianças precisam se adaptar ao uso da máscara por longos períodos nas escolas. Se unirmos proteção e eficácia ao personagem favorito dos pequenos, temos um produto para ajudar nos cuidados contra a contaminação por Covid-19. É exatamente assim que são as máscaras da Galinha Pintadinha produzidas pela SP Protection, diversão e cuidado garantidos.
A marca Galinha Pintadinha já está presente na vida das famílias brasileiras de diversas maneiras, com conteúdo na internet ou mesmo nos produtos licenciados. Como estamos passando pela pandemia e o uso de máscara é obrigatório, nada melhor que utilizar os vários modelos de máscaras da Popó que, por terem nas estampas nossos queridos personagens, prometem agradar aos pequenos.
É a primeira marca infantil a lançar uma coleção de máscaras descartáveis feitas totalmente no Brasil. Há vários modelos: a de tecido branco com a estampa da Popó; e a Galinha Pintadinha versão escolar, com mais cores e o mesmo conforto e proteção.
Há também as máscaras Galinha Pintadinha Mini, Pintinho Amarelinho Mini e Borboletinha Mini. Todas elas são cirúrgicas e têm proteção tripla camada com Índice de Eficiência de Filtração de Bactérias de até 98%, ou seja, elas são eficazes contra o vírus da Covid-19. As máscaras contêm clip nasal e três pregas horizontais, que as tornam práticas e confortáveis.
Além de proteger as crianças da Covid-19, as máscaras da Galinha Pintadinha protegem contra outros vírus e bactérias que ocasionam doenças, como amigdalite, pneumonia, sarampo e tuberculose.
É fundamental que as crianças utilizem máscaras, já que a pouca idade não as impede de transmitir ou receber o coronavírus. É essencial reforçar que se trata de um vírus que circula principalmente pelo ar. Então, com o uso da máscara, as chances de infecção e transmissão vão ser reduzidas. Na volta às aulas, vamos preservar nossos pequenos e suas famílias, estando em dia com os cuidados sanitários indicados pelas autoridades. Entretanto, não é porque o uso é obrigatório que a máscara tem que ser básicas, não é mesmo? Com as máscaras da Galinha Pintadinha, as crianças ficam protegidas e charmosas, pertinho dos personagens que elas adoram.
Rever os amigos, reencontrar professores e funcionários da escola, voltar a brincar pelo pátio, as crianças estavam esperando ansiosamente por tudo isso. Com máscaras feitas especialmente pensando nelas, elas estão prontas e mais seguras para o retorno ao convívio social, respeitando o distância.
Pesquisadores utilizaram bancos de dados do sistema público de saúde de Barcelona e da Catalunha avaliando registros de mais de 200 mil pacientes
Uma pesquisa espanhola publicada no Journal of Endocrinological Investigation recentemente apontou que pacientes suplementados com vitamina D apresentaram discreta diminuição do risco de infecção por Covid-19.
Realizado com a população adulta de Barcelona e da Catalunha, o estudo foi feito com base nos bancos de dados do sistema público de saúde das cidades avaliando prontuários e registros de database, abrangendo um total de 201.445 pacientes acima de 18 anos de idade que faziam tratamento com vitamina D.
A amostra substancial traduz o resultado da suplementação rotineira. Ao comparar o subgrupo de pacientes que tinham vitamina D acima de 30 ng/ml com os que não suplementavam e tinham deficiência, foram encontrados ainda melhores desdobramentos nos quadros de Covid-19, com redução do risco de gravidade e mortalidade pela infecção viral.
Os autores alegaram que existem vários mecanismos fisiopatológicos que poderiam explicar os benefícios da vitamina D contra a Covid-19. A forma hormonal dela, o calcitriol, pode proteger contra infecções, além de aumentar a produção de peptídeos antimicrobianos LL-37 – alguns dos principais componentes da imunidade inata.
O médico ginecologista, ex-secretário de saúde Campinas SP e consultor de saúde Odair Albano ressalta que a suplementação deve ser indicada por um médico de acordo com avaliação individual de cada paciente. Ele orienta, no entanto, quais medidas ajudam a aumentar os níveis de vitamina D no organismo.
“A exposição ao sol, diariamente, por pelo menos 15 minutos, entre 10h e 16h, preferencialmente, sem protetor solar, é essencial para síntese na pele da vitamina D. Quando necessário, a suplementação ajuda na reposição nutricional”, afirma Albano.
Vale ressaltar, no entanto, que a suplementação não substitui os outros esforços para lidar com a pandemia, como a adesão à vacinação em seu ciclo completo (com as duas doses), o distanciamento social, o uso de máscaras e medidas sanitárias de higiene.