Com a falta de chuva e os termômetros registrando temperaturas cada vez mais altas, o “fantasma” da crise hídrica volta a preocupar comunidades de todo o país. A água continua, portanto, um bem a ser preservado, especialmente na limpeza de ambientes institucionais e domésticos.
A Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) é um centro de referência em informações sobre sustentabilidade, mecanização, processos e equipamentos na limpeza. De acordo com o diretor da Câmara Setorial de Fabricantes de Máquinas, Antônio Luis Francisco, as indústrias e distribuidoras têm investido em inovações para aumento de eficiência e produtividade na limpeza. “Ambientes mais limpos garantem saúde, satisfação de clientes e qualidade de vida aos usuários”, diz.
Ele listou algumas dicas sobre o uso de máquinas e equipamentos de limpeza para manter os ambientes de uso coletivo mais saudáveis. São elas:
– Para os ambientes onde há grande circulação de pessoas: são indicadas as lavadoras automáticas de pisos, pois além do chão úmido dificultar a manutenção da limpeza, o cheiro de certos produtos também pode ocasionar irritação aos alérgicos. Com o uso das máquinas é possível otimizar este processo, pois o ambiente é lavado e os resíduos aspirados simultaneamente em uma única operação, garantindo também grande economia de água.
– “Limpeza a seco”: é uma ótima opção para a retirada das partículas sólidas como pó e poeiras de superfícies em geral. Com a utilização de aspiradores, ela pode ser feita em paredes, pisos, tetos, móveis e equipamentos. Toda a ação de limpeza se inicia pela retirada de pó, poeira e outras partículas sólidas, responsáveis pela proliferação de microrganismos que causam alergias e doenças respiratórias.
– Lavar o carro a seco: também já é um método utilizado em vários locais, com opção de redução de utilização de água, onde o custo é menor do que uma lavagem tradicional.

– Limpeza de carpetes (grandes acumuladores de poeira e ácaros): são indicados os aspiradores de pó com filtros absolutos (HEPA), que permitem alcançar o grau de 99,99% de retenção de partículas de 03 mícron, possibilitando que o ar aspirado seja devolvido ao ambiente mais limpo, sendo ideal para prevenir doenças crônicas.

– Manutenção de ambientes internos específicos (como banheiros e cozinhas): as lavadoras sanitizadoras e limpadoras a vapor são as mais indicadas, pois mantêm os ambientes limpos com a utilização mínima de produtos químicos.
– É preciso dimensionar qual equipamento possui capacidade adequada para cada necessidade: é importante, ainda, garantir uma mão de obra adequada para operar o equipamento, para que haja melhor aproveitamento das funções e a maximização dos resultados. Por fim, deve haver um planejamento para a manutenção preventiva e corretiva, sempre exigindo peças originais e técnicos capacitados pelo fabricante.
– Captação de água: outra solução sustentável que vem sendo adotada são sistemas de captação de água de chuva para utilização na limpeza e lavagem de áreas comuns, além do reaproveitamento desta água para os vasos sanitários.

Segundo Miguel Sinkunas, diretor da Câmara Setorias de Químicos da Abralimp, a escolha certa de produtos químicos é de extrema importância para a redução do uso de água. Por isso, é preciso dimensionar corretamente o uso dos produtos saneantes pela:
Qualidade:
– A escolha do melhor produto pode resultar em economia do produto em si, tempo e energia, pois será necessário menor esforço mecânico.
– Nunca deve se utilizar solventes para limpeza, a menos que seja a única opção.
Quantidade:
– Diluição e quantidade utilizada mais adequada.
– Nunca diluir mais produto que o necessário à aplicação.
– Aproveitar ao máximo o produto empregado. Por exemplo:
a) Na remoção de cera em pisos, é possível reaproveitar a solução mais que uma vez antes de descartá-la.
b) Quando se dispõe de tempo, pode-se utilizar menores concentrações com maior tempo de ação.
Para evitar desperdícios dos produtos de limpeza:
– Onde for possível, optar pela limpeza a seco. O ideal é usar produtos químicos especiais que evitam a utilização de grandes volumes de água, além de não haver necessidade de contaminar efluentes.

– Somente usar produtos muito espumantes se houver real necessidade, evitando assim desperdício de água para enxágue. Não é a espuma que limpa.
– A utilização de dosadores e diluidores sempre leva à redução no consumo de produtos químicos, porque elimina o desperdício na medida das soluções. Normalmente, operadores tendem a errar para mais, além de fatores como derramamentos e outras variáveis.
– O uso de pulverizadores, desde os mais simples até os costais, regulam melhor a quantidade de produto aplicado, principalmente nas superfícies verticais.
– Em limpeza pesada, alguns tipos especiais de pulverizadores favorecem a penetração em detalhes e o tempo de contato para ação do produto.
Fonte: Abralimp