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De acordo com a sua genética, como você lida com o estresse?

Análise do gene guerreiro aponta a tendência de cada indivíduo a ser uma pessoa que sabe agir em momentos de muita pressão

O mundo encontra-se em um momento atípico. A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe um cenário inesperado. O isolamento social, mesmo necessário, ainda causa estranhamento e fez com que todos tivessem que se adaptar a uma nova realidade, apesar de temporária. Um estudo feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), apontou que os casos de ansiedade e estresse no Brasil devido à pandemia mais do que dobraram, enquanto os de depressão tiveram aumento de 90% contando apenas até o mês de maio.*

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Mas sabia que é possível entender como você lida com o estresse de acordo com a sua genética? Isso é o que promete o Genera, primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal. Ele oferece, dentre seus vários resultados, o teste genético que examina o nível catecol-O-metiltransferase (COMT), popularmente conhecido como gene guerreiro, responsável por regular o nível de dopamina (neurotransmissor do sistema nervoso que modula as funções de neurotransmissão relacionadas, por exemplo, às emoções, à atenção, ao aprendizado e ao sono) no córtex pré-frontal do cérebro.

“Algumas pessoas apresentam melhor performance em ambientes estressantes, quando precisam agir sob pressão – uma estratégia conhecida como “warrior” (guerreiro). Outras, no entanto, exibem performance superior em ambientes complexos, envolvendo a realização de tarefas relacionadas à memória e à atenção – a chamada estratégia “worrier” (preocupado). O excesso de dopamina durante situações de estresse prejudica os “worriers” (preocupados), enquanto que para os “warriors” (guerreiros), a dopamina apresenta um nível basal mais baixo, atingindo a concentração ideal durante o estresse”, afirma Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador da Genera.

O comportamento humano é complexo e influenciado por inúmeros fatores ambientais e genéticos. Por essa razão, o organismo de cada pessoa responde de forma diferente a determinados estímulos ambientais. “Indivíduos ‘worrier’ apresentam vantagem em tarefas de memorização e atenção em situações normais, sendo mais vulneráveis em situações de estresse. Em contrapartida, indivíduos ‘warrior’ são mais resistentes em situações de estresse e apresentam melhor desempenho quando estão sob pressão”, conclui o médico.

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Além do gene guerreiro, muitos aspectos são possíveis de analisar por meio do DNA. Por exemplo, o nível de habilidade em matemática, impulsividade, preferências por horários diurnos ou noturnos, fome emocional, sensibilidade a cafeína e até resistência física e performance atlética. Predisposição à obesidade, alcoolismo, vício em nicotina e a doenças como diabetes, intolerância à lactose e deficiência de algumas vitaminas também são resultados apontados nos testes Genera.

É possível, também, por meio do teste de ancestralidade, analisar e descobrir todo o desenvolvimento do DNA por até cinco gerações, comparando com povos ao redor de todo mundo.

Sobre Genera

Criada por Ricardo Di Lazzaro e André Chinchio, Genera é o primeiro laboratório brasileiro especializado em genética que realiza testes de ancestralidade, saúde e bem-estar no Brasil e que atua no mercado desde 2010 com o foco em inovação. Por meio da tecnologia é possível com o teste de ancestralidade analisar 700 mil pontos do DNA de uma pessoa, possibilitando o acesso ao histórico genético de um indivíduo por pelo menos 5 gerações, em média 400 anos, além do mapeamento voltado à qualidade de vida com apontamentos que condizem com a sua genética.

A instituição movimentou o mercado genético com constantes investimentos em pesquisas e desenvolvimento, com o principal objetivo tornar os testes genéticos mais acessíveis à população aproximando cada cliente a uma maior compreensão de si mesmo, seja pela história do seu DNA ou por aspectos de saúde e bem-estar.

*Fonte: UERJ

Metabolismo influencia no ganho de peso?

É comum que as questões de ganho e perda de peso sejam associadas ao ritmo do metabolismo e à genética. Mas será que isso realmente influencia o processo? De acordo com a endocrinologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Tenille Battistella Rodrigues, a interferência existe, mas não impede bons resultados na conquista de objetivos com a balança.

Com incumbência de reger o funcionamento do organismo, o metabolismo é responsável pela produção de substâncias do corpo e liberação de energia. A médica explica que essas atividades são definidas como anabolismo e catabolismo, respectivamente.

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Neste contexto, está o tão falado gasto energético, que está longe de ser somente a perda de peso. A endocrinologista esclarece que o total liberado de energia é dividido em três ações: gasto energético basal, efeito térmico do exercício e termogênese alimentar.

“A maior parte desse processo, ou seja, cerca de 70% a 75% é gasto energético basal, ou seja, o utilizado pelo organismo para manter funções vitais como respiração e batimentos cardíacos. Outros 15% a 20% estão relacionados ao gasto de energia provocado pela atividade física, que varia de acordo com o tipo, intensidade, tempo e frequência. E por fim, os últimos 10%, estão ligados à digestão e metabolização dos alimentos, que também sofre interferência dependendo da quantidade, composição e temperatura do que é ingerido”, esclarece.

A médica ainda conta que, de fato, o ritmo não é igual para todos e pode mudar conforme a idade, gênero, quantidade de massa magra, função tireoideana e genética. “A partir dos 30 anos já se inicia uma queda que tende a piorar com o envelhecimento. No caso das mulheres, a menopausa intensifica este processo, pois há uma perda da massa muscular que é substituída por tecido adiposo, que tem menor valor metabólico”, conclui.

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Ilustração: Karuna.com

A genética não fica de fora, pois é responsável por 80% do metabolismo, porém, a endocrinologista garante que é possível ter bons resultados quando a intensão é, por exemplo, a perda de peso. E a melhor forma para isso é praticar atividade física regular, ter alimentação saudável- evitando consumo de açúcar e industrializados, e não se esquecer de ingerir proteínas. Além disso, dormir bem e evitar o estresse são sempre bons aliados.

Fonte: Hospital Edmundo Vasconcelos

Câncer de ovário de origem hereditária pode ser prevenido nas próximas gerações

O câncer de ovário é pouco frequente e tem origem hereditária em cerca de 1 de cada 10 casos. Este é o tipo de câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado de forma precoce porque não costuma produzir sintomas específicos até que a doença atinge um estágio avançado onde a cura é difícil. Em 2016 o INCA (Instituto Nacional do Câncer) estimava 6.150 novos casos desse tipo de câncer no Brasil.

Quando existem casos anteriores na família é recomendável realizar um estudo genético para investigar uma possível hereditariedade do gene alterado que aumenta o risco de desenvolver a doença. Caso detectada alguma alteração, a informação obtida permitirá desenvolver uma estratégia preventiva personalizada.

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Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 representam cerca de 10-15% dos casos do câncer de ovário. Estes genes, quando alterados, também estão associados a outros tipos de câncer hereditários, como o câncer de mama, por exemplo. “Existem outras mutações genéticas associadas ao câncer hereditário de ovário e mama além da BRCA1 e 2, que apesar de serem os principais genes envolvidos e terem ganhado fama pelo caso da atriz Angelina Jolie, o painel para detecção do risco de câncer atual abrange outros genes que mesmo que mais raros, são importantes para a estratégia de prevenção da doença, explica Marcia Riboldi, especialista em genética e diretora do laboratório Igenomix Brasil.

O câncer de ovário com maior possibilidade de prevenção atualmente é o de origem genética, já que em outros casos não há sinais perceptíveis que levem a um diagnóstico precoce e o impacto dos hábitos que ajudam a prevenir este tipo de câncer é baixo.

Identificar mutação genética pode evitar que as futuras gerações herdem doenças hereditárias

As famílias com casos de câncer hereditário podem mudar completamente sua história através do planejamento familiar com as técnicas da genética atual. Segundo a Drª Marcia Riboldi, especialista em genética humana, se a mutação que pode levar ao câncer está presente na família, os futuros pais podem através de um tratamento de Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD) prevenir o câncer de origem genética identificando os embriões livres da mutação hereditária e eliminando o risco para filhos, netos e todas a gerações futuras.

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O tratamento é realizado antes mesmo da gravidez, porém requer a Fertilização in Vitro já que só é possível se a fecundação do óvulo acontecer no laboratório.

Fonte: Igenomix