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Covid, gripe ou resfriado: quando procurar atendimento médico?

Especialista comenta a diferença entre as infecções virais e quais sintomas merecem maior atenção

Com o início do inverno, as doenças respiratórias vêm à tona e qualquer espirro ou coriza logo nos faz questionar se estamos passando por um quadro gripal ou ainda se a Covid-19 é a responsável pelos sintomas. O que normalmente acontece é que utilizamos de forma geral o termo gripe para nomear toda e qualquer doença respiratória. Mas apesar da gripe, resfriado e da Covid provocarem sintomas parecidos, eles merecem atenção e exigem tratamento individualizados.

A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Clarice Conceição salienta que conhecer as principais diferenças entre essas infecções virais pode ser uma boa forma de saber quando é preciso ir ao hospital ou fazer um tratamento mais direcionado e eficaz.

“A Covid-19, a gripe e o resfriado afetam nosso sistema respiratório e causam sintomas como cansaço, nariz entupido, dor de garganta e até febre, mas possuem características distintas que permitem a sua diferenciação”, explica Clarice.

Como diferenciar?

Nem sempre a doença se manifesta de forma igual, mas geralmente a evolução do quadro é um bom sinalizador:

-Gripe: os sintomas são mais agudos, surge de um dia para outro com sintomas fortes, como febre e intenso mal-estar.
-Resfriado: a evolução é lenta e os sintomas são mais leves, como uma febre baixa por exemplo. Costuma melhorar em poucos dias.
-Covid-19: a evolução geralmente é gradual, com uma piora do quadro clínico. Outro diferencial que podemos lembrar é a falta de olfato, muito comum em pessoas com Covid-19, mas rara nos demais casos.

É importante sempre ter a avaliação de um profissional médico, seja presencialmente ou em atendimento por telemedicina (neste caso, proporciona avaliação médica sem que o paciente precise se deslocar até um pronto-socorro). Na presença de sintomas de alerta, o atendimento presencial a nível hospitalar é o mais indicado.

Como identificar que é hora de procurar um hospital?

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Independente da causa, em caso de sintomas, cuidados como o uso de máscara, lavar as mãos e aplicar álcool gel com frequência, evitar contato próximo com outras pessoas, além de ficar de repouso e beber bastantes líquido, são recomendações gerais.

No entanto, é necessária uma avaliação hospitalar quando apresentamos os sintomas de alerta, que geralmente são sintomas são mais intensos, como febre persistente, dor muscular intensa e generalizada, sensação de falta de ar e dor no peito.

“Quando há suspeita de Covid, é preciso ficar atento à evolução dos sintomas, além da necessidade de confirmação do diagnóstico por meio do teste de RT-PCR. O isolamento social, para evitar a propagação da doença, também não pode ser esquecido”, finaliza a especialista.

Fonte: Anhanguera

Gripe: tire suas dúvidas

Embora seja comum entre os meses de abril e agosto, um surto de gripe vem atingindo milhares de pessoas agora no verão. Por isso, o Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – Asbai preparou um tira-dúvidas para explicar o que é gripe, seus tipos e sintomas.

O que é gripe e quais os sintomas?

É uma doença viral aguda transmissível que afeta o trato respiratório superior e inferior causada pelo vírus influenza. Os sinais e sintomas da gripe em casos leves incluem tosse, febre, dor de garganta, mialgia, dor de cabeça, coriza e olhos congestionados. Cefaleia frontal ou retro-orbital é uma apresentação comum acompanhado por sintomas oculares como fotofobia e dor.

Na criança, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos. Os sintomas agudos persistem por sete a dez dias.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de influenza pode ser feito clinicamente, especialmente durante a temporada de influenza. A maioria dos casos se recupera sem tratamento médico e não precisariam de um exame laboratorial para o diagnóstico. Os testes laboratoriais disponíveis para o diagnóstico de influenza são a detecção rápida de antígeno o teste de PCR em tempo real.

O que causa gripe?

-Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D.
-O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
-Tipo A – são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves.
-As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre.
-Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N).
-Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1) pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos.
-Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.
-Tipo B – infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.
-Tipo C – infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativa a saúde pública, não estando relacionado com epidemias.
-Em 2011 um novo tipo de vírus da gripe foi identificado. O vírus influenza D, o qual foi isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar ou causar a doença em humanos.

Como ocorre a transmissão da gripe?

Em geral, a transmissão ocorre dentro da mesma espécie, exceto entre os suínos, cujas células possuem receptores para os vírus humanos e aviários. A transmissão direta de pessoa a pessoa é mais comum. Acontece por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus ao falar, espirrar ou tossir. Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções de outros doentes. Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem a introdução de partículas virais diretamente nas mucosas oral, nasal e ocular. A eficiência da transmissão por essas vias depende da carga viral, contaminantes por fatores ambientais, como umidade e temperatura, e do tempo transcorrido entre a contaminação e o contato com a superfície contaminada.

Quais as principais complicações que a gripe pode causar?

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Pneumonia viral, pneumonia bacteriana secundária (agentes infecciosos bacterianos: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp e Haemophillus influenzae) à infecção viral, miosite, micocardite, insuficiência respiratória aguda e morte. Essas complicações graves podem se desenvolver em até 48 horas a partir do início dos sintomas. O vírus se replica nas vias respiratórias superiores e inferiores a partir do momento da inoculação e com pico após 48 horas, em média.

Os casos graves podem progredir para falta de ar, taquicardia, hipotensão e necessidade de intervenções respiratórias de suporte em até 48 horas.

Quem pode ser mais afetado pela gripe? Por quê?
Extremos de idade: crianças muito pequenas e idosos, pessoas não vacinadas, imunocomprometidos e portadores de doenças crônicas.

Grupos de risco e condições para complicações:
Grávidas em qualquer idade gestacional;
-Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
-Adultos ≥ 60 anos;
-Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade);
-População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
-Pneumopatias (incluindo asma);
-Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
-Nefropatias;
-Hepatopatias;
-Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
-Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
-Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
-Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
-Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos);
-Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).

Como se prevenir da gripe?

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe.

Devido a essa mudança dos vírus, é necessário a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo o ano, o Ministério da Saúde realizam a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. Além da vacinação orienta-se a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população. Medidas estas, comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus da gripe:

-Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
-Utilize lenço descartável para higiene nasal;
-Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
-Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
-Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
-Mantenha os ambientes bem ventilados;
-Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
-Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
-Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
-Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;

Importante: indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (podendo ser por até sete dias após o início dos sintomas). Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre sem a utilização de medicamento antitérmico.

Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

Aposte nas frutas cítricas para fortalecer o sistema imunológico contra as doenças virais

Alimentos como laranja, acerola, abacaxi e morango têm uma boa taxa de vitamina C e ajudam as defesas naturais do corpo a combater os radicais livres. Com um sistema imunológico fortalecido, o combate aos vírus se torna mais eficaz

O aumento dos casos de gripe tem preocupado os brasileiros nas últimas semanas, devido à nova variante do vírus Influenza A, subtipo H3N2. Além disso, apesar do avanço da vacinação, a média móvel dos contágios por Covid-19 também tem aumentado. Diante do cenário preocupante, é importante reforçar as medidas de prevenção como uso de máscara ajustada ao rosto em ambientes abertos e fechados, constante lavagem das mãos e uso de álcool em gel, aferição da temperatura, entre outras ações.

Em meio a essa realidade, outro ponto que volta a preocupar os brasileiros é o cuidado com o sistema imunológico, pois é sabido que os cuidados com a saúde a partir de uma alimentação saudável, rica em nutrientes, aliada a atividades físicas, ajudam a fortalecer o sistema imunológico, logo, o combate aos possíveis corpos estranhos no organismo se dá de forma mais eficaz. Com isso, apostar em alimentos ricos em vitaminas e minerais que auxiliam nessas funções, como a famosa vitamina C (ou ácido ascórbico).

“Quando falamos de desequilíbrio nutricional e alimentos específicos, as deficiências de nutrientes que mais nos causam prejuízo na visão imunológica são a de zinco, selênio, ômega 3, vitamina C, vitamina D e vitamina E”, aponta Izabela Zago, nutricionista da Clínica Corporeum, de Brasília. No caso da vitamina C, vale destacar que os humanos não conseguem produzi-la por conta própria, diferentemente da maioria dos animais. Ela pode ser encontrada em frutas cítricas ou em pastilhas solúveis em água e em comprimidos, sendo um componente indispensável na alimentação, com funções antioxidantes e fisiológicas para o corpo.

Mesmo com os altos níveis de estresse e a falta de tempo da rotina diária, comer de forma diversificada e balanceada é fundamental para a imunidade, assim como a prática de exercícios físicos. A nutricionista Fernanda Vinhal, do Hospital Anchieta de Brasília, lista alguns hábitos que podem potencializar e ajudar nesse processo: consumir alimentos integrais; proteínas, frutas e vegetais; consumir a quantidade adequada de calorias; manter-se ativo; reduzir o consumo de álcool e optar pela qualidade do sono. Gerenciar o estresse também é importante, já que fatores emocionais têm influência na resposta imune do organismo.

“Não existe uma receita milagrosa para o sistema imunológico, mas existem ações diárias que fazem muita diferença. Para este momento, recomendo evitar dietas restritivas, consumir bastante água, apostar em alimentos ricos em vitaminas C e E, além de tomar sol diariamente nos horários recomendados, pois a vitamina D é um grande imunomodulador”, recomenda a profissional. A vitamina E pode ser encontrada nas sementes oleaginosas, como amêndoas, nozes, pinhão, macadâmia e pistache, mas é importante tomar cuidado com as quantidades.

Aposte nas frutas que contêm vitamina C

Foto: Nicole Franzen

Os alimentos ricos em vitamina C, como morango, laranja e limão, ajudam a fortalecer as defesas naturais do corpo porque combatem os radicais livres, que são prejudiciais quando estão em excesso no organismo e facilitam a instalação de algumas doenças. Outros benefícios desse nutriente incluem a absorção do ferro no intestino, o controle do colesterol, a manutenção de colágeno no organismo, o estímulo da cicatrização da pele e melhora na circulação do sangue. Muitos dos alimentos ricos nesse componente são consumidos “in natura”, ou seja, crus.

A acerola se destaca como uma das maiores fontes de vitamina C, com 1.505 mg do nutriente em apenas 100g da fruta , além pequenas quantidades de fibras, cálcio, magnésio, fósforo, potássio, selênio, vitamina A e antioxidantes como flavonoides e carotenoides. O caju não fica atrás. Além da alta concentração de ácido ascórbico, a fruta é rica em nutrientes como proteínas, ferro e sais minerais que impulsionam o funcionamento do organismo.

Muito lembrada quando se fala de vitamina C, a laranja também é rica em vitaminas A e B, além de apresentar cerca de 170 fitoquímicos e mais de 60 flavonoides, agentes bioativos com poder antioxidante e anti-inflamatório, respectivamente. Tangerina, mamão, goiaba e kiwi também são frutas ricas em ácido ascórbico. Pimentão vermelho, brócolis, repolho e couve-flor são fontes importantes entre as verduras.

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Vale lembrar que a falta grave de vitamina C leva a uma doença chamada escorbuto, conhecida por acometer os marinheiros que navegavam por longos períodos no século 18, com sintomas como inflamação das gengivas e mal-estar.

H3N2: conheça a nova gripe em circulação no Brasil

Quando falamos em gripe, estamos no referindo às infecções causadas pelo vírus Influenza, o qual apresenta subtipos denominados A, B e C, de acordo com as características genéticas dele. As letras H e N que classificam os vírus da gripe se referem às variantes de duas proteínas importantes para a infecção: H-Hemaglutinina; N-Neuroaminidase. Essas proteínas sofrem mutação com menor intensidade, porém quando o fazem geralmente são responsáveis por grandes surtos de gripe como Gripe Espanhola, em 1918, causada pelo H1N1; e Gripe Asiática, em 1957, causa pelo H2N2. Conforme são observadas mudanças na estrutura dessas proteínas, recebem numerações, tais como H1N1 ou H2N2. Nos recentes surtos de gripe, foi verificada a infecção pelo subtipo Influenza A (H3N2).

De acordo com o infectologista Marcelo Eichholzer, docente de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar), os sintomas da H3N2 são semelhantes aos da gripe causada por outras cepas e a incubação pode ser de 12 horas a três dias. “Geralmente o início do quadro é súbito com mal-estar, calafrios, tremores, dores de cabeça, dores no corpo, febre e perda de apetite. Evolui com coriza, dor de garganta e tosse seca. Em alguns casos, apresenta complicações como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com pneumonite viral com fôlego curto e rápido, baixa da oxigenação (queda da saturação) e pode causar infecções bacterianas secundárias, além de potencializar descompensações de doenças crônicas cardiopulmonares como asma, insuficiência cardíaca, doenças reumatológicas, renais, hepáticas etc”.

Eichholzer afirma que a efetividade da vacina da gripe é entre 60% e 80% dos vacinados. O material antigênico é disponibilizado de acordo com as variantes circulantes em cada ano e protege contra a Influenza A H1N1, H2N2, H3N2 (cepa Hong Kong) e Influenza B, no entanto, a cepa atualmente circulante e responsável por esse surto é a H3N2 (cepa Darwin) que não está presente na vacina de 2021, mas está sendo adicionada na vacina para 2022. Além disso, comenta que em 2021 houve uma baixa adesão da vacinação da gripe por conta da epidemia e vacinação contra Covid-19, o que favorece outras cepas também estarem circulando.

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A imunologista Camila Sacchelli, professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, diz que a vacina tem eficácia distinta para cada subtipo, sendo em geral mais baixa para o H3N2. De todo modo, estamos sempre expostos a todos eles e a vacina tem reduzido bastante a ocorrência de internações e mortes por gripe, principalmente em crianças e idosos.

Camila pontua que é importante considerar a pandemia da Covid-19, pois influenciou negativamente a cobertura vacinal de outras doenças, incluindo a gripe. “Tanto o isolamento quanto o medo gerado por notícias falsas provocaram uma redução importante na cobertura vacinal, tanto de crianças e idosos, cobertos pela campanha nacional, como de adultos saudáveis, que em geral se vacinam para gripe em clínicas particulares. No ano passado, o governo inclusive liberou a vacina gratuitamente a toda população, visando aumentar a imunidade”.

O infectologista da Fempar destaca que o Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil, já está incluindo a cepa Darwin para a vacina deste ano, que será distribuída no SUS em todos os municípios e seguirá o calendário vacinal normalmente. A imunologista explica que o Brasil inicia a campanha de vacinação de gripe em abril/maio, período que antecede o inverno, quando a permanência em lugares fechados aumenta a incidência da doença, e que o Butantan informou que disponibilizará a nova vacina para o governo em março de 2022.

Como não confundir Covid-19 com H3N2

A orientação dos profissionais do Mackenzie é de que, frente ao aparecimento dos sintomas, o indivíduo busque atendimento médico para o diagnóstico laboratorial diferencial e faça o isolamento, independente da infecção. A nova cepa do coronavírus, a ômicron, está em ampla disseminação, e acaba por se confundir com sintomas gripais, principalmente com a população já vacinada. Os sintomas são semelhantes entre as duas doenças e causa confusão diagnóstica, então se faz necessário utilizar testes específicos, geralmente PCR e antígenos, para encontrar essa resposta, visto que somente clinicamente não é possível fazer a diferenciação.

A transmissão da gripe se dá por gotículas durante a fala, respiração, tosse, espirros e por contato com secreções. Para se proteger, é preciso adotar e manter a tão falada etiqueta respiratória difundida durante o surto de Sars-CoV-2, como manter ambientes arejados, cobrir a boca ao espirrar (de preferência com antebraço), limpeza das mãos com água e sabão ou álcool gel, evitar contato com mucosas (olhos, nariz, boca), manter distanciamento e evitar aglomerações. A vacinação continua sendo a melhor arma para prevenção. Como é uma doença de transmissão aérea/contato, as mesmas medidas que já estávamos tomando para a covid-19 também previnem a gripe.

Não é motivo para pânico. Medidas simples podem ajudar muito na prevenção e no tratamento da doença. Além da etiqueta respiratória, caso alguém tenha os sintomas, deverá procurar assistência o mais breve possível para que seja diagnosticado corretamente, visto que há medicações que são efetivas para o tratamento da gripe quando iniciadas nas primeiras 72 horas do início dos sintomas. É necessário assumir uma postura responsável, a prevenção depende muito mais das ações individuais do que qualquer outra. A vacina ajuda, mas pode não impedir a infecção e a transmissão.

Fonte: Faculdade Presbiteriana Mackenzie

Veja quais hábitos alimentares ajudam a manter a saúde e o bem-estar no outono

Nutricionista da Dietbox afirma que alimentos ricos em nutrientes e vitaminas tornam o organismo fortalecido, ficando menos suscetíveis aos resfriados

Outono, época de temperaturas amenas, das tradicionais folhas caídas ao chão, dias mais curtos e noites mais longas. Com temperaturas mais baixas, tornando propenso o aparecimento de resfriados, é importante alertar para os cuidados com a saúde e como fortalecer o sistema imunológico com uma alimentação balanceada, conforme ressalta Júlia Canabarro, nutricionista da Dietbox, software de nutrição.

“Doenças como gripes acometem as pessoas com sistema imunológico frágil e uma alimentação rica em nutrientes e vitaminas pode ajudar a reforçar as defesas do organismo. Opte pelo consumo de frutas, legumes, verduras, grãos e carnes magras para variar o cardápio e manter o organismo mais resistente”, pondera a especialista.

Nas estações mais frias, costuma-se ingerir alimentos ricos em calorias, uma vez que o corpo gasta mais energia para se manter aquecido. “Uma dica é preparar alimentos chamados comfort foods para aquecer o organismo, mas que não sejam necessariamente hipercalóricos”, orienta Júlia Canabarro.

A nutricionista da Dietbox lista dicas importantes para seguir na alimentação saudável e manter a saúde e o bem-estar no Outono:

=Consuma alimentos ricos em vitamina C: alimentos que possuem alta concentração dessa vitamina têm o poder de ajudar na prevenção de doenças infecciosas do sistema respiratório, podem reduzir as chances de anemia ao favorecer a absorção de ferro e aumentam a imunidade.

=Tente ingerir uma menor quantidade de produtos industrializados.

Foto: Pinterest

=Aposte em sopas com legumes, verduras e proteínas magras. É uma comida que vai aquecer o corpo e dar aquela sensação de conforto e saciedade.

=Evite alimentos calóricos e cheios de gorduras. O corpo pode pedir por alimentos calóricos para tentar se aquecer e manter a temperatura corporal. Nesses casos, procure por chás quentes e café com canela.

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=Beba água: independente da estação e das temperaturas, a água é fundamental para o funcionamento do corpo. Mas, nessa época, o organismo também precisa de água para se manter hidratado, mesmo se não sentir sede.

=Para os chocólatras, é possível comer chocolate, mas investindo em um meio amargo ou no amargo – eles têm maior teor de cacau, dão energia e são fontes de gorduras boas. Consuma moderadamente.

Foto: California Avocado Comission

=Consuma alimentos que deem mais saciedade. Frutas com aveia ou farelo de aveia, abacate, batata doce e cereais integrais são ótimas opções.

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=Para quem ingere bebidas alcoólicas, uma tacinha de vinho também está liberada. Vinhos são fontes de flavonoides e protegem a saúde cardiovascular.

Fonte: Dietbox

A importância da nutrição para evitar gripes e resfriados no inverno

Com a chegada do inverno, chega também a temporada de gripes e resfriados, já que o frio deixa o organismo mais propenso a esses problemas. Além disso, a queda nas temperaturas faz com que as pessoas fiquem mais tempo em ambientes fechados, fazendo com que os vírus se disseminem mais facilmente. Para evitar a suscetibilidade a essas doenças, é importante ficar atento a qualidade de vida e principalmente boa alimentação para mantermos nosso sistema imunológico eficiente.

No entanto, nosso sistema imunológico é complexo e incorpora muitos órgãos e funções, e é influenciado não por um alimento ou um nutriente específico e, sim, por uma variedade de vitaminas e minerais, combinada com fatores de estilo de vida saudáveis, como sono, exercícios físicos e baixos níveis de estresse.

Sem dúvida, a ideia de aumentar a imunidade é atraente, mas o sistema imunológico é exatamente isso, um sistema e não uma entidade única, que para funcionar adequadamente requer equilíbrio e harmonia entre os nutrientes.

Normalmente, nosso sistema imune faz um trabalho extraordinário contra micro-organismos causadores de doenças, mas às vezes falha. Com isso, um germe, bactéria, ou vírus invade nosso corpo e nos deixa doente. Por isso, o status nutricional (ingestão suficiente ou insuficiente) é um fator importante que contribui para a competência imune.

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Neste sentido, nossa primeira linha de defesa é escolher um estilo de vida saudável para manter nosso sistema imunológico protegido das ataques ambientais, para isso:
· Não fume
· Pratique exercícios físicos regularmente
· Mantenha um peso saudável
· Consuma bebida alcoólica com moderação
· Durma no mínimo 8 horas ao dia
· Tente minimizar o estresse
· Tome sol diariamente

Além disso, alguns nutrientes foram descritos como essenciais para a função das células imunológicas, dentre eles, a vitamina C, D, E, zinco, selênio, betacaroteno, glutamina, probióticos e probióticos.

Zinco: atua como cofator em papéis estruturais em muitas proteínas. Mesmo uma leve deficiência tem sido associada a falhas na resposta imune adaptativa e inata.

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Fontes: carnes vermelha e de aves, feijão, lentilhas, amêndoas, amendoins, grãos integrais, leite e derivados

Selênio: é um oligoelemento que, como o zinco, tem funções funcionais, estruturais e enzimáticas em uma variedade de proteínas. O baixo status de selênio está associado a um maior risco de doenças crônicas, incluindo câncer e doenças cardiovasculares.

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Fontes: castanha-do-Brasil, gema de ovo, sementes de girassol e frango

Betacaroteno: é um antioxidante que pode reduzir a inflamação e aumentar a função imunológica.

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OrganicFacts

Fontes: batata doce, cenoura, mamão, abóbora e tomate.

Glutamina: tem função em várias células imunológicas, incluindo neutrófilos, macrófagos e linfócitos.

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Fontes: carnes, ovos, peixes, iogurte, queijo, leite, beterraba, couve, salsa, repolho, espinafre, feijão, favas e ervilhas

Vitamina C: a deficiência de vitamina C aumenta a suscetibilidade a infecções como pneumonia,pois baixos níveis de antioxidantes são incapazes de neutralizar o estresse oxidativo observado nesta condição.

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Pixabay

Fontes: pimentões vermelhos, laranjas, morangos, brócolis, mangas, limão, laranja, acerola e abacaxi

Vitamina D: pesquisas mostram que a de vitamina D pode reduzir o risco de infecções virais, reduzindo a produção de compostos pró-inflamatórios no organismo.

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Fontes: óleo de fígado de bacalhau, salmão, atum e ovo.

Vitaminas E: é um antioxidante que ajuda a combater os radicais livres e auxilia a resposta imune natural do corpo.

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Fontes: nozes, sementes e azeite

O microbioma é uma metrópole interna de trilhões de micro-organismos que habitam nossos corpos, principalmente no intestino. É uma área de pesquisa intensa, pois os cientistas estão descobrindo que o microbiota desempenha um papel fundamental na função imunológica e que a dieta é importante na determinação de quais tipos de micro organismos vão se reproduzir e viver ali.

Fibras, verduras, frutas, legumes e grãos integrais parece contribuir para o crescimento e a manutenção de micro organismos benéficos. Certos micro-organismos quebram as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, os quais vão estimular a atividade das células imunes. Estas são chamadas de fibras probióticas. Alimentos probióticos contêm bactérias vivas e alimentos/fibras probióticos alimentam e mantém colônias saudáveis dessas bactérias.

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· Alimentos probióticos: iogurte com culturas ativas vivas, vegetais fermentados, chucrute, tempeh, chá de kombucha e missô.
· Alimentos prebióticos: alho, cebola, alho-poró, aspargos, alcachofras, algas marinhas, frutas, legumes e grãos integrais.

Assim, a alimentação ideal para os melhores resultados imunológicos seria a nutrição, que suporta as funções das células imunológicas, permitindo que elas iniciem respostas efetivas contra patógenos, mas também resolvam a resposta rapidamente quando necessário e evitem qualquer inflamação crônica subjacente.

Fonte: Adriana Stavro é formada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Doenças Crônicas não Transmissíveis pelo Hospital Albert Einstein. Pós graduanda em Nutrição Clinica Funcional pela VP consultoria, pós graduanda em Fitoterapia pela Course4U.

Doenças de inverno: será que é só um resfriado?

Espirros, coriza, congestão nasal e dores de cabeça podem ser sintomas de um resfriado. Porém, na maioria dos casos, esses sinais podem estar atrelados a doenças respiratórias crônicas. Segundo Alexandre Kawassaki, pneumologista do Hospital 9 de Julho, cerca de 10% dos brasileiros apresentam quadros variados de asma, enquanto 30% sofrem com rinite alérgica.

“Os sintomas dessas doenças são facilmente confundidos com o de um resfriado, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado, essencial para se evitar complicações, como infecções graves ou crises respiratórias” explica o especialista.

Segundo Kawassaki, além das quedas de temperatura, a baixa umidade do ar é responsável por boa parte das crises respiratórias. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)*, o índice ideal da umidade do ar para manter o sistema respiratório em boas condições de saúde é em torno de 60%. Durante o inverno, esse número costuma cair para 30%. O especialista ressalta que os problemas respiratórios e as infecções por vírus e bactérias também se tornam mais frequentes por causa do ressecamento das mucosas das vias aéreas. Todos esses fatores podem desencadear e agravar os casos de asma, além de sangramento nasal e alergias.

Para saber diferenciar o resfriado de outros problemas, listamos abaixo as principais doenças respiratórias e quais são os seus sintomas. Confira:

asma pulmão

Asma/Bronquite: o nome correto da doença é asma, mas é mais conhecida por “bronquite”. Caracteriza-se pela inflamação dos brônquios, vias que conduzem o ar que é respirado até os alvéolos pulmonares (pequenas estruturas que fazem a troca gasosa entre o ar e sangue nos pulmões). No paciente com asma, os brônquios deixam de eliminar o muco pelas vias respiratórias e acumulam secreção, causando as inflamações e dificultando a passagem do ar.

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Pneumonia: Kawassaki alerta que algumas gripes podem evoluir para uma pneumonia. A doença é uma infecção dos alvéolos, estruturas pulmonares responsáveis pela oxigenação do sangue. Os principais sintomas são tosse, dores no peito e nas costas, febre e fadiga. Durante o inverno, são muito comuns as pneumonias virais, com origem por meio do mesmo vírus da gripe. O grupo de maior risco são crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade, por apresentarem consequências mais graves se a doença não for tratada rapidamente.

young woman is sneezing with painful face

Rinite: com a queda da umidade e o aumento da poluição do ar, as crises de rinite, inflamação da mucosa nasal, são mais comuns pela inalação de alérgenos (substâncias que causam alergia como a poeira e pelo de animais). Os sintomas podem ser vermelhidão nos olhos, coceira na região do nariz e garganta, por conta do ressecamento do ar, e espirros frequentes.

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Imagem: WebMD

Sinusite: é parecida com a rinite, muitas vezes sendo considerada mais grave. É caracterizada por tosse produtiva e sensação de secreção escorrendo pela garganta, podendo ocorrer dores no rosto, principalmente na região da testa e maxilas. Isso acontece devido a inflamação da mucosa dos seios da face que gera essa dor. A doença é normalmente tratada com o uso de antibióticos e lavagem nasal. Por isso, o diagnóstico precoce é importante para evitar a progressão da doença.

Para amenizar os sintomas, Kawassaki explica que é importante não ficar em ambientes fechados ou mantê-los, sempre que possível, umidificados e ventilados. “Outras dicas como fazer limpeza nasal com soro fisiológico diariamente, limpar os ambientes com panos úmidos para que a poeira não se espalhe também são algumas alternativas para passar o inverno mais saudável” explica o médico, que reforça “Em casos de piora dos sintomas, é importante procurar o atendimento médico o quanto antes”.

*Opas/OMS Brasil

Fonte: Hospital 9 de Julho

Formas caseiras de se livrar dos sintomas da gripe

Sem analgésico, nem antitérmico e nem antigripal. Saiba os poderes da natureza que ajudam na expectoração, aumentam a imunidade e ainda combatem gripes e resfriados comum dos dias frios

Para o farmacêutico homeopata Jamar Tejada, da capital paulista, algumas receitas naturais são tiro e queda contra os sintomas das gripes e resfriados. Seja para aliviar dores no corpo, febre, expectorar e acalmar a tosse e ainda garantir a imunidade nas alturas. Entenda!

“Existem formas naturais de limpar as passagens nasais com opções naturais, que tratam os sintomas através de plantas, extratos e chás que ajudam o corpo a combater os sintomas bem rápido”, diz o especialista que explica uma a uma.

Para alívio das vias nasais e das dores de cabeça: banho quente

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Foto: Maria Mas/Morguefile

O vapor umedece as passagens nasais deixando-as menos irritadas. “Usar sais de banho mentolados com algumas gotas de óleo de hortelã-pimenta pode ajudar ainda a aliviar a congestão e as dores de cabeça provenientes da gripe. Substitua o óleo pelo de eucalipto para aliviar a congestão nasal”, fala.

Para desintoxicar: óleo de coco

oleo de coco

O óleo de coco possui propriedades antibacterianas e também contém ácido láurico, um agente antimicrobiano. “Faça bochecho com uma colher de sopa de óleo por pelo menos um minuto pela boca toda, dentes e gengiva, quanto mais tempo ficar, mais bactérias serão removidas”, ensina Tejada.

Para umidificar o ar: plantas naturais

O ar muito seco pode piorar os sintomas de gripes e resfriados e ainda aumentar a duração deles. Para fazer um umidificador caseiro há duas maneiras:

aloe-vera pixabay
Pixabay

=Ferver duas xícaras de água destilada em uma panela e colocar no ambiente ainda quente. Repetir a ação sempre que a água esfriar.

=Usar a umidificação por meio de plantas caseiras como aloe vera, palmeira de jardim, ficus e diversas outras espécies de philodendron e dracena que, por meio das folhas, flores e caules, liberam vapor no ar. Se tiver o hábito de usar umidificador elétrico regularmente não esqueça de limpá-lo sempre, já que mofo e bolor podem crescer facilmente em ambientes úmidos.

Para expectorar: chás

chá agriao

Podem ser feitos com assa-peixe, agrião, limão bravo, bálsamo de tolu, mastruço e jatobá. “Os líquidos quentes ajudam a soltar as secreções dos seios paranasais para que o muco flua mais livremente”, explica Jamar.

Para o fim da tosse: eucalipto e abacaxi

abacaxi e mel

O eucalipto tem propriedades antioxidantes que protegem o corpo contra os radicais livres e o ativo de cineol, um composto que funciona como um expectorante para combater infecções respiratórias e aliviar a tosse. As pomadas manipuladas com este óleo também podem ser aplicadas na área do nariz e peito para aliviar e congestão e soltar o catarro. Já as folhas frescas ou secas de eucalipto podem ser usadas no preparo de chás e gargarejo de água morna para aliviar uma dor de garganta. Faça um chá de eucalipto fervendo de 2g a 4g de folhas secas em uma xícara de água por cerca de 10 a 1 5 minutos. Beba o chá até três vezes ao dia.

Já o abacaxi ajuda a acalmar a tosse e tem ação expectorante. Para isso, basta aquecer um copo de água, adicionar 3 colheres de sopa do suco de abacaxi e duas colheres de sopa de sobremesa de mel. Beber ainda quente, antes de dormir. “A fruta ainda ajuda a contribuir com efeito anti-inflamatório, principalmente quando se refere a problemas nasais”, finaliza Tejada.

Fonte: Jamar Tejada é farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (Ulbra), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (Fapes), Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da Anjo da Guarda Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008.

Doenças de inverno: saiba as diferenças entre gripe e resfriado

Especialista da SulAmérica esclarece as distinções entre as enfermidades e oferece dicas de prevenção

Com a chegada do inverno, são comuns o aumento de casos de doenças respiratórias e a piora de condições crônicas como asma ou rinite. Nesse período, é natural que, ao surgirem os primeiros sintomas de desconforto, existam dúvidas sobre o diagnóstico. Há, por exemplo, quem acredite que gripe e resfriado são sinônimos. No entanto, embora semelhantes, são doenças distintas, causadas, inclusive, por vírus diferentes.

A gripe tem como agente o vírus influenza. Os sintomas apresentam maior intensidade que os do resfriado e podem durar até duas semanas. É comum uma pessoa gripada apresentar febre alta e abrupta, dores no corpo, congestão, fraqueza e cansaço. O vírus pode ser transmitido por meio do contato direto, de pessoa para pessoa, via espirro, por exemplo, e também de forma indireta, por contato com objetos contaminados.

O resfriado, por sua vez, é causado por vírus específicos como o Coronavírus e o Rinovírus, entre outros. Em geral, os sintomas duram de três a cinco dias, e, nesse período, é comum ter as vias respiratórias obstruídas, coriza, febre baixa, tosse, espirros e dor de garganta. Em ambos os casos, o tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos, repouso e hidratação.

Prevenção

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Foto: Portal Brasil

Segundo a diretora Técnica Médica e de Relacionamento com Prestadores da SulAmérica, Tereza Veloso, para prevenir-se é aconselhável tomar a vacina anualmente, além de lavar bem as mãos e o nariz e evitar locais fechados, com aglomeração de pessoas e pouca ventilação. “A vacinação anual é muito importante, porque as cepas do vírus causador da gripe mudam a cada ano e as vacinas são atualizadas para tais mudanças”, destaca a médica.

Além disso, é essencial manter uma alimentação saudável e equilibrada para manter o sistema imunológico fortalecido, dica que vale para todas as épocas do ano. “Procure comer alimentos ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, como frutas e legumes. A vitamina C, presente na laranja e em outras frutas cítricas, é uma forte aliada no combate a gripe e ao resfriado”, completa a especialista.

E-book sobre doenças respiratórias

mulher gripe doente cama

Para conscientizar a população, a SulAmérica desenvolveu um e-book exclusivo com informações sobre essas e outras doenças recorrentes nesta época do ano. O material é gratuito e foi produzido pelo programa SulAmérica Saúde Ativa, que desde 2002 incentiva a adoção de hábitos saudáveis pelos segurados. O download está disponível aqui.

“Iniciativas de conscientização da população, como o desenvolvimento deste conteúdo educativo sobre doenças respiratórias, estão alinhadas com o compromisso assumido pela SulAmérica em promover saúde e qualidade de vida”, explica Tereza. “A queda de temperatura, a baixa umidade e o aumento da poluição do ar são fatores comuns no inverno que prejudicam as condições respiratórias e este e-book traz orientações para manter a saúde no período.”

Em caso de dúvidas sobre este e outros temas de saúde, segurados da SulAmérica contam com serviços de medicina conectada como Orientação Médica Telefônica (OMT), Médico na Tela e Médico em Casa. O objetivo dessas iniciativas, cuja utilização está sujeita a critérios de elegibilidade e disponibilidade, é oferecer ainda mais conforto e tranquilidade para beneficiários, evitando idas desnecessárias ao pronto-socorro, em casos de baixa complexidade. Para mais informações, consulte o site do Saúde Ativa.

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Tereza Veloso: Diretora Técnica Médica e de Relacionamento com Prestadores da SulAmérica – Crédito: Reinaldo Canato

Atenção: este conteúdo tem caráter meramente informativo e não deve substituir as orientações de um médico. Nunca se automedique ou interrompa o uso de medicamentos sem consultar um profissional de saúde.

Complicações da gripe: entenda a importância de se vacinar

A vacina contra a gripe é capaz de prevenir complicações sérias, que podem, até mesmo, resultar em óbito

Ficar resfriado não é nada agradável. Nariz entupido, coriza, espirros, dor no corpo e desânimo são os sintomas mais comuns. No entanto, ficar enfermo dessa forma nem se compara com as sérias complicações que uma gripe pode causar. A principal diferença entre gripe e resfriado está em sua gravidade. A gripe pode evoluir com sérias complicações, como a pneumonia e a inflamação dos músculos cardíacos e da membrana que recobre o coração.

Os primeiros alvos da campanha de vacinação contra a gripe (influenza) promovida pelo sistema público de saúde foram as crianças e gestantes. Em um segundo momento, desde o dia 22 do mês passado, também puderam se vacinar os trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, mulheres no puerpério, idosos a partir dos 60 anos, professores, pessoas portadoras de doenças crônicas e com outras categorias de risco clínico e a população carcerária, incluindo os funcionários do sistema prisional.

A infectologista da clínica de vacinação Maximune, Cláudia Murta, explica que a vacina protege o paciente dos tipos de vírus mais comuns que estão em circulação. “A gripe é causada pelos vírus Influenza. Ao ser vacinado, o indivíduo desenvolve uma proteção, que não permite que ele desenvolva a doença pelos vírus contidos na vacina”, diz. Ela, que também é membro da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Imunizações, ressalta que a vacina começa a oferecer proteção após 15 dias de sua aplicação e ela não causa gripe pois é feita com vírus inativado (vírus morto).

Os sintomas principais da gripe são febre alta, dor muscular, dor de garganta e de cabeça, coriza e tosse seca, segundo o Ministério da Saúde. Além desses sinais, é possível que o paciente tenha a sensação de cansaço, fraqueza, diarreia, vômitos e perda de apetite. Em casos de complicações, pode ser necessária internação hospitalar, dependendo da gravidade, a doença pode até mesmo levar ao óbito.

“A principal complicação da gripe é a pneumonia. Caracterizada por ser uma infecção nos pulmões, se a pneumonia não for tratada rapidamente, pode gerar sérios problemas, como a dificuldade de respirar, bacteremia (bactérias na corrente sanguínea) e derrame pleural (acúmulo de líquidos em torno dos pulmões)”, alerta a infectologista.

Para Cláudia Murta, é preciso disseminar as informações corretas a respeito da vacina contra a gripe, pois ainda há muitas inverdades sendo ditas. “A vacina não é capaz de provocar a gripe em pessoas que a recebem; ela não faz mal ao bebê, em casos de gestantes. É preciso deixar claro que a vacina protege o indivíduo de contrair a gripe, e não o resfriado. Outro ponto importante a se destacar é o de que a ciência já descartou qualquer tipo de ligação entre vacina e autismo”, aponta a infectologista. De acordo com ela, esses são os pontos mais discutidos e ressaltados por pessoas que são receosas em tomar a vacina.

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A vacina contra a gripe tem que ser tomada anualmente, pois o vírus Influenza está em constante mutação. Sendo assim, uma equipe de cientistas move esforços em todos os anos para que seja feita a adaptação da composição da imunização.

Pessoas que não constam da lista de prioridades de vacinação do governo e que desejem se proteger contra a gripe (e evitar suas complicações) podem ser vacinadas em clínicas de vacinação particulares.

Fontes:

Cláudia Murta é especialista em Clínica Médica e em Infectologia Mestre em Medicina Tropical pela UFMG Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia Membro da Sociedade Brasileira de Imunizações
Maximune – Clínica de Vacinação