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7 lições sobre segurança cibernética que você deve ensinar aos idosos*

E por que eles precisam aprender o mais rápido possível

Talvez você nunca tenha falado sobre isso com seus pais, mas explicar aos familiares mais velhos sobre segurança cibernética é tão importante quanto falar sobre saúde. Os idosos são frequentemente alvo de golpes de phishing e ataques cibernéticos porque geralmente são mais vulneráveis.

Nos últimos anos, houve um forte aumento no número de idosos com acesso à Internet: o percentual de pessoas com mais de 60 anos no Brasil navegando na rede mundial cresceu de 68% em 2018 para 97% em 2021, como mostra pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas.

De acordo com o estudo, os aplicativos que os idosos mais utilizam no celular são as redes sociais (72%); transporte urbano (47%); e bancário (45%). Idosos conectados também usam a internet para fazer compras. Entre os produtos que costumam comprar pela internet estão: eletroeletrônicos (58%); medicamentos (49%, com aumento de 21% em relação a 2018); e eletrodomésticos (47%).

Nunca houve um momento melhor para ajudar os idosos a se protegerem online. Mesmo que eles usem dispositivos altamente seguros e tenham um software antivírus instalado, uma senha ruim pode ser a ruína. Embora a segurança cibernética para a terceira idade possa parecer esmagadora, a maioria dos ataques pode ser evitada com algumas etapas simples e conhecimento.

Aqui mostro 7 etapas fáceis para ajudar a configurar a segurança cibernética para a terceira idade:

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1.Ajude-os a escolher senhas fortes

Lembre os idosos de bloquear seus dispositivos e contas da mesma forma que trancariam a porta da frente de sua casa. Assim como bloqueios diferentes, algumas senhas são mais eficazes que outras. Se os dispositivos forem perdidos ou roubados, senhas fortes garantem que eles não possam ser acessados. Você também pode recomendar um gerenciador de senhas, dependendo de quantas senhas seus familiares seniores devem gerenciar. Os gerenciadores de senhas simplificam o que eles devem lembrar; em vez de uma senha diferente para tudo, você só precisa de uma senha segura para fazer logon, e o gerente pode gerar senhas seguras para todo o resto. Os gerenciadores de senhas podem ser usados em vários dispositivos e as senhas também podem ser compartilhadas com outras pessoas, para que você possa ver as senhas de seus pais em sua própria conta.

2.Ensine-os a evitar phishing

Os idosos são especialmente propensos a e-mails fraudulentos, telefonemas e contas de mídia social. Ensine-os a não clicar em links ou baixar nada se houver alguma dúvida sobre sua legitimidade. Em vez disso, incentive-os a acessarem diretamente a página ou conta da Web e entrarem em contato diretamente com o suporte ao cliente. Outra maneira fácil de detectar phishing é com erros de digitação ou gramática incorreta. Se Amazon estiver escrito “amzon.com” no e-mail, é um sinal de que é uma tentativa de phishing. Além disso, se um e-mail tem um senso de urgência, está pedindo dinheiro ou está relatando um problema com uma conta bancária ou impostos, certifique-se de que os idosos pensem duas vezes antes de responder. Se há uma coisa a ser lembrada sobre phishing, é que, se eles tiverem alguma dúvida sobre uma mensagem, devem excluí-la ou entrar em contato diretamente com a empresa.

3.Instale um bom programa antivírus

Malware, ou qualquer programa que possa danificar seu computador, é uma das ameaças de segurança cibernética mais comuns para idosos. O malware geralmente pode infectar seu dispositivo sem que você saiba e, como consequência, eles variam de ameaças sérias a pequenos aborrecimentos. Um bom programa antivírus pode bloquear qualquer tipo de malware em tempo real. Alguns programas antivírus também podem vir com gerenciadores de senhas, ferramentas anti phishing, VPNs e muito mais.

4.Mostre como verificar a legitimidade dos sites

Ao fazer compras online ou navegar nas redes sociais, os idosos podem ser especialmente vulneráveis a sites falsos ou contas falsas. Antes de compartilhar qualquer informação ou comprar de um site, os idosos devem verificar os indicadores de confiança. Estes podem incluir:

-procure por erros de ortografia na página da web
-“olhar além do bloqueio” para a identidade do site
-protocolo https ativado
-selos do site como o selo do site Norton ou DigiCert
-uma declaração de privacidade
-informações de contato da empresa

Se houver alguma dúvida, não faça uma compra nesse site nem insira suas informações. Por exemplo, se os negócios são bons demais para serem verdade, eles provavelmente não são reais.

5.Definir atualizações para instalar automaticamente

As atualizações de software ajudam a proteger contra as vulnerabilidades atuais. Os desenvolvedores geralmente enviam atualizações para se proteger contra pontos fracos conhecidos, por isso é aconselhável instalá-los imediatamente antes que um invasor possa tirar proveito deles. Você pode configurar computadores e dispositivos para instalar automaticamente atualizações de software, que é a maneira mais fácil de manter os programas atualizados. Além disso, atualizações de anúncios pop-up ou e-mails podem ser malwares. Portanto, configurar as atualizações para serem instaladas automaticamente significa que elas não precisam clicar em nenhuma solicitação de atualização que possa conter malware.

6.Lembre-os de sair de contas e sites

Simplesmente sair de contas e dispositivos pode ajudar a proteger a segurança dos idosos. Lembre-os de que eles nunca devem ficar conectados à conta em computadores públicos, como os da biblioteca. Mesmo em casa, isso deve ser feito. É aqui que ter um gerenciador de senhas facilitará o login a cada vez. Quando seus parentes idosos pedirem ajuda no computador, reserve um tempo para garantir que eles também estejam seguindo as práticas recomendadas de segurança na web. Mesmo que os riscos sejam relativamente baixos, os ataques cibernéticos têm consequências graves. Ensinar os idosos agora a praticar bons hábitos de segurança economizará tempo e dor de cabeça no futuro.

*Dean Coclin, Diretor Sênior de Desenvolvimento de Negócios da DigiCert, Inc. provedora mundial de escaláveis TLS/SSL, soluções PKI para identidade e encriptografia.

Inversão de papéis: quando os pais viram os filhos

Especialista em gerontologia lista os sinais que mostram quando os idosos não podem mais continuar sozinhos

Com a idade avançada, é essencial que a família – ou quem for responsável – tenha um olhar mais atento aos idosos. A partir daí, levanta-se o questionamento: até quando eles podem viver sozinhos? Apesar da resposta dessa pergunta não ser exata, toda atenção é pouca, mesmo que a distância.

“É normal achar que está tudo certo porque o idoso está lúcido, toma os remédios diariamente e passa por consultas”, explica Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, especializada em gerontologia. “A inaptidão física é mais simples de ser percebida e aceita do que a diminuição da cognição. Por isso, alguns sinais podem ajudar as famílias a ter esse acompanhamento”, ressalta.

Os pontos abaixo mostram a importância de buscar uma orientação médica a fim de obter um tratamento adequado:

Ilustração: Tumisu/Pixabay

1- Acidentes recentes: ao envelhecer, o risco de quedas aumenta e é crucial dar atenção a isso, mesmo que o idoso diga que não foi nada. “Eles costumam ter um preconceito com o uso de bengala, mas é um apoio necessário para evitar quedas”, explica Santos.

2- Dificuldade durante as atividades cotidianas: a especialista ressalta que se o idoso começa a agir de forma diferente do que antes era habitual, o alarme vermelho pode estar tocando. “Dificuldade no autocuidado, alimentação inadequada, isolamento e apatia, dificuldade com as finanças, são sinais que apontam algum problema”, alerta.

3- Objetos quebrados e coisas queimadas: sinais que indicam esquecimento e falta de atenção devem ser bem observados, como por exemplo, bocas do fogão escuras, fundos de panela queimados, itens quebrados e acúmulo de papéis. A especialista explica que as demências são doenças neurodegenerativas que geram uma decadência nas funções cognitivas, afetando o comportamento, personalidade e memória.

4- Ganho ou perda de peso: para manter o controle do peso do idoso, verifique os alimentos presentes na geladeira. Confira se não há nada vencido ou estragado, se os produtos são saudáveis para a alimentação ou se não há uma quantidade exacerbada de um determinado mantimento.

Velhofobia se tornou uma realidade cruel ainda maior nesta pandemia, diz pesquisadora

O idoso ficou mais vulnerável psicológica e socialmente durante a pandemia. Por ser do grupo de risco, essa parte da população sofreu forte impacto na saúde mental ao se ver mais sozinha e sem interação social ou contato com parentes e amigos. Mas, segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, uma parcela dessa população está buscando e encontrando formas criativas de se adaptar à nova realidade.

“Tenho acompanhado diariamente cerca de 20 nonagenários que tiveram muita dificuldade no início da pandemia. Agora, estão buscando formas criativas de se adaptar à nova realidade. Eles se sentem úteis, importantes e fazendo algo de significativo, mesmo dentro de suas casas”, comenta a antropóloga.

Apesar desse cenário, a pesquisadora afirma que a grande maioria dos idosos está sofrendo violência física, verbal, psicológica, abuso financeiro e xingamentos durante a quarentena: “A velhofobia se tornou uma realidade cruel ainda maior nesta pandemia”.

Doutora em Antropologia Social, Mirian Goldenberg fará na próxima quinta, dia 22, a partir das 19 horas, a palestra online da Casa do Saber Rio “A invenção de uma bela velhice: projetos de vida e busca de significado”. Aqui, ela analisa o tema. Confira:

Quando se fica velho?
Mirian: Culturalmente, ficamos velhos muito cedo no Brasil, principalmente as mulheres. Com 30 anos, minhas pesquisadas já estão em pânico com as rugas, cabelos brancos, dificuldade para emagrecer. Começam a ter medo de não casarem e não terem filhos. Subjetivamente, envelhecemos muito cedo aqui porque existe uma velhofobia no Brasil: preconceitos e violências contra os mais velhos, dentro e fora de nossas casas. Ficamos velhos aqui porque o pânico de envelhecer é enorme. Em outras culturas não é assim.

É mais fácil envelhecer hoje que no tempo dos nossos avós? O que mudou?

Mirian: É um paradoxo: é mais fácil e mais difícil. Mais fácil porque temos exemplos de muitos homens e mulheres que têm mais de 90 e são produtivos, ativos, independentes. Mais difícil porque a cultura da juventude, da beleza e do corpo perfeito, é cada vez mais disseminada no país.

É possível a eterna juventude, não na questão física, mas do ponto de vista emocional?

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Mirian: Não acredito que ser jovem é melhor do que ser velho, pois como digo em todos os meus cursos, palestras e textos: todos nós somos velhos, hoje ou amanhã. Falar de ser eternamente jovem é alimentar a ideia de que a juventude é melhor do que a velhice, mais bela, mais produtiva, mais rica. Acho exatamente o contrário: só acreditando que todos são velhos, inclusive os jovens, iremos mudar a nossa representação sobre a velhice. Então, em vez de eterna juventude, não seria melhor falar de eterna velhice?

Em tempos de pandemia, em que os idosos, por serem grupo de risco, precisam ficar em casa, com pouco contato com o mundo externo, envelhecer está mais difícil?

Mirian: Tenho acompanhado diariamente cerca de 20 nonagenários, que tiveram muita dificuldade no início da pandemia. Agora, estão buscando formas criativas de se adaptar à nova realidade. Juntos, estamos fazendo uma série de atividades: grupo de estudos sobre “Os Lusíadas” de Camões, jogos de palavras, lives, tocando piano, leitura de autores como Clarice Lispector e Fernando Pessoa, por exemplo. Eles se sentem úteis, importantes e fazendo algo de significativo, mesmo dentro de suas casas. Mas a grande maioria dos velhos está sofrendo violência física, verbal, psicológica, abuso financeiro, xingamentos. A velhofobia se tornou uma realidade cruel ainda maior nesta pandemia.

Como cuidar da saúde mental dos mais velhos para não surtarem durante o isolamento social e continuarem se reinventando?

Mirian: Escutando, conversando, estando junto deles – mesmo que não fisicamente -, compartilhando atividades, respeitando seus desejos e limites. É o que tenho feito 24 horas do meu dia, desde 15 de março. Nunca estive tão próxima deles, nunca senti e recebi tanto amor como agora.

Como as mulheres têm encarado o envelhecimento nos dias de hoje? A sociedade ainda impõe a elas uma cobrança maior que aos homens?

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Mirian: Em todos os países em que estive, são as mulheres as maiores responsáveis por cuidar de todos na família, da casa, no trabalho, dos amigos. As mulheres cuidam de todos, mas não têm tempo para cuidar delas mesmas. Elas se sentem exaustas, deprimidas, insatisfeitas, frustradas por não terem tempo para elas. O fato de cuidarem de todos e não terem tempo para elas faz com que se sintam invisíveis, transparentes, sem o reconhecimento que elas tanto desejam. Elas dedicam todo o tempo para cuidar dos outros e não recebem o menor reconhecimento ou agradecimento por isso. É como se fosse apenas uma obrigação que elas devem cumprir por serem mulheres. Elas não cuidam de si mesmas, não têm tempo para si, não têm liberdade para serem elas mesmas. Liberdade social e liberdade interior. As mulheres são cobradas para terem uma vida muito mais controlada sexualmente, amorosamente, profissionalmente e em todas as áreas da vida. Por isso elas invejam tanto a liberdade dos homens. Elas querem ser mais livres em todos os sentidos, inclusive livres para poderem realizar todo o seu potencial amoroso, sexual, criativo, produtivo. As mulheres não são livres para serem elas mesmas.

O que é velhofobia? Acha que ela aumentou em tempos de pandemia?

Mirian: A calamidade que estamos enfrentando evidenciou a face mais perversa de alguns políticos e empresários: a velhofobia. Estamos assistindo horrorizados a discursos sórdidos, recheados de estigmas, preconceitos e violências contra os mais velhos. “Vamos todos nos contaminar para criar imunidade e esta epidemia acabar logo. Só irão morrer alguns velhinhos doentes”. “Deixem os jovens trabalharem. Não vamos parar a economia para salvar a vida de velhinhos”. “Só velhinhos irão morrer, eles iriam morrer mesmo, mais cedo ou mais tarde”.

Esse tipo de discurso revela uma situação dramática que já existia antes da pandemia. Os velhos são considerados inúteis, desnecessários e invisíveis. Homens e mulheres mais velhos, que já experimentam uma espécie de morte simbólica, ficam desesperados ao constatar que são considerados um peso para a sociedade. No entanto, a forte reação contra esses sociopatas prova que os mais velhos são muito valiosos e importantes para os brasileiros. Faremos tudo o que for necessário para demonstrar que os nossos velhos não são um peso, muito pelo contrário. São eles que estão nos ajudando a encontrar força e coragem para sobreviver física e mentalmente. São eles que estão nos ensinando a ser pessoas mais amorosas e generosas. São eles que estão cuidando de nós, como fizeram durante toda a vida.

Muitos dos que disseminam o discurso de ódio e de extermínio dos mais velhos já passaram dos 60 anos. É urgente que eles aprendam uma lição importante: a única categoria social que une todo mundo é o ser velho. A criança e o jovem de hoje serão os velhos de amanhã. Os velhofóbicos estão construindo o seu próprio destino como velhos, e também o destino dos seus filhos e netos: os velhos de amanhã. Será que estes genocidas serão tão amados e protegidos como são os nossos velhos ou serão tratados como “velhinhos descartáveis”?

Fonte: Casa do Saber

Setembro Amarelo: como cuidar da saúde mental na terceira idade?

Levantamento do IBGE aponta que pessoas entre 60 e 64 anos são as mais afetadas pela depressão no país

Assunto que ganhou muita visibilidade na última década, a saúde mental é pauta de diversas discussões que habitam desde o ambiente corporativo até as redes sociais. Porém, é perceptível o foco majoritário nos jovens, quando falamos de doenças psicológicas, como a depressão e a ansiedade. Isto porque as associamos às fases ativas, cheias de insegurança e questionamentos, como se a maturidade extinguisse essas características da personalidade de todos os indivíduos.

A verdade é que a terceira idade é uma fase que contém novidades como qualquer outra, mas os parentes e outras pessoas jovens próximas dos idosos podem não saber lidar direito com ela. A depressão nessa idade, por exemplo, pode se manifestar de maneira diferente da usual tristeza, falta de motivação etc., “muitas vezes o aumento de dores físicas e a perda de memória são resultantes de uma doença psicológica”, explica Marco Maximino , psicólogo membro da plataforma Doctoralia.

Segundo levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2019, pessoas entre 60 e 64 anos são as mais afetadas pela depressão no país, representando 11,1% dentre os 11,2 milhões de brasileiros diagnosticados com a doença.

Outro ponto de atenção quando se toca no assunto com os mais idosos é a questão geracional. “Há algumas décadas, as doenças psicológicas eram vistas como ‘frescura’, ‘falta do que fazer’, principalmente por pessoas que cresceram em um ambiente atarefado, trabalhando desde cedo ou que constituíram família ainda muito jovens, o que era comum há 25, 30 anos”, conta o especialista.

Assim, a dica de Maximino é que os mais jovens ao redor tentem dialogar e explicar para as pessoas que estão envelhecendo a importância de exercitar o corpo e a mente. “Estimular uma alimentação saudável, por exemplo, é um passo importante para que os idosos tenham mais qualidade de vida. Pessoas que fazem algum tipo de acompanhamento psicoterapêutico também podem compartilhar suas experiências de maneira a exemplificar os benefícios que têm tido a partir delas”.

Além disso, é preciso lembrar que os tempos mudaram e os mais velhos também podem e devem estar antenados. “Incluí-los nas atividades digitais, apresentar conteúdos que possam os interessar em canais da internet, auxiliá-los e incentivá-los na interação com tecnologias as quais não estão habituados, pode ser uma grande ajuda para dispersar sentimentos de solidão ou até mesmo de obsolescência, sem contar que é uma ótima maneira de aproximar as gerações”, finaliza o psicólogo.

Fonte: Doctoralia

Dez dicas do que fazer com idosos em casa em época de quarentena

Atividades podem render recordações e lições para todos

Para a prevenção do contágio da covid-19 estão todos em casa e muito se fala em opções para entreter as crianças que estão sem escola, quase uma fase de férias antecipadas, com o agravante de não poder nem descer para o parquinho do condomínio. Com idosos, a rotina precisa ainda de mais reforço para que eles se mantenham ativos e saudáveis.

Neste momento de isolamento, o que fazer para que esses idosos não se sintam tão sós? A enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, Marcella dos Santos, dá dicas de como manter essas pessoas saudáveis e em movimento tanto mentalmente quanto fisicamente.

1. Exercícios físicos

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Manter a atividade física, por meio de alguns exercícios simples que podem ser feitos em casa. Alongamentos e pequenos pesos caseiros como sacos de feijão, por exemplo, ajudam a manter a rotina.

2. Contação de histórias

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Para idosos também é interessante o estímulo à leitura. Pode ler um livro em conjunto e ir interagindo sobre a leitura. Também pode ser interessante usar álbuns de fotografias para estimular a partilha de memórias. Este momento pode ser muito rico para a família toda. Pode incluir também integrantes que estão em suas casas, por vídeochamada. É um lindo momento para os avós contarem histórias para a geração mais nova.
“Outra sugestão é a de escrever, em conjunto, a biografia do idoso, contando sua própria história. Isso estimula a memória também, além de ser um registro lindo para se guardar”, explica Santos.

3. Ajudar na cozinha

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Foto: Meetcaregivers

Para aqueles que ainda têm independência para cozinhar ou ajudar na cozinha, essa pode ser uma atividade muito interessante. Fazer bolos e tortas com receitas antigas da época do idoso, resgatar as receitas de família e até fazer um caderno organizando essas preciosidades para passar adiante. “É importante sempre tomar cuidado com objetos cortantes e com o fogo para aqueles com a motricidade reduzida, mas a atividade não deixa de ser interessante para eles também”, alerta a enfermeira chefe.

4. Jogar um dos seus jogos favoritos

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Foto: Cohdra/Morguefile

Geralmente jogos como o dominó, cartas e tabuleiro fazem sucesso. Palavras cruzadas também são sempre bem aceitas. A dica é fazer desafios, placares para que seja estimulante jogar.

5. Estimular a criatividade

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Free Images

A pintura é uma atividade usada muitas vezes para ajudar a relaxar. Podem ser livros de pintura ou em telas, dependendo a cognição do idoso. Criar um álbum ou uma caixa de memórias, onde são colocados vários objetos ou fotos que tenham um significado especial para a pessoa e que possa ser acessado facilmente, também é uma ideia que pode estimular a busca por esses objetos.

6. Música e dança

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Shutterstock

Ouvir músicas que remetem às memórias pessoais. Pode convidá-los a dançar, caso seja possível. Essa prática é interessante tanto para uma atividade cognitiva quanto física. Conversar sobre a música, ver vídeos do artista preferido. Com a internet, é possível trazer memórias da época dos shows e do rádio.

7. Filmes

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Pixabay

Outra atividade interessante é propor uma sessão de cinema. Depois de fazer aquele bolo ou torta, tomar o lanche da tarde assistindo um bom filme pode render bons momentos. Ainda é possível aproveitar para comentar. Os clássicos mais antigos trazem vestimentas, músicas e artistas que podem ser tema da conversa.

8. Jardinagem

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Caso tenha jardim em casa, pode pedir para o idoso aguar as plantas. Se morar em apartamento, deixe alguns vasos para que eles consigam cuidar. Toda atividade que envolva cuidar das plantas, montar uma mini-horta, pode ser muito benéfico.

9. Conversar

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O diálogo é muito importante. Procure sempre conversar com o idoso, explicar o que está a acontecendo e escutar suas angústias. Pode ser útil pegar um artigo de jornal ou revista e discuti-lo. Lembre-se de mudar o foco de assuntos negativos.

10. Religião/espiritualidade

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Pinterest

É essencial manter o máximo dos rituais religiosos a que estão acostumados. Existem canais de TV específicos e podemos oferecer para que acompanhem as missas, orações e cultos. Alguns líderes religiosos adotaram transmissões on-line.

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Foto: MedicalNewsToday

“A tecnologia pode ser uma grande aliada nessa fase, mas alguns não aceitam muito bem, então o conselho é que seu uso seja sempre supervisionado. Promova encontros virtuais com outros familiares para diminuir o isolamento social. Também existem aplicativos para treinamento do cérebro direcionado para idosos. O importante é mantê-los em movimento”, finaliza Marcella.

Fonte: Grupo DG Sênior

Como proteger idosos do novo coronavírus

Grupo DG Sênior dá dicas de prevenção à doença para pessoas da terceira idade

Prevenção é a palavra de ordem quando o assunto é o novo coronavírus, especialmente quando se trata de pessoas acima de 60 anos. Um Estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China aponta que a letalidade progride de acordo com a faixa etária e, em pessoas com mais de 80 anos é de 15%.

Diante disso, o Grupo DG Sênior, que atua há 35 anos com residenciais especializados para pessoas idosas, criou uma cartilha dando dicas de prevenção.

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Dica 1: lavar bem as mãos com sabão até os cotovelos sem esquecer de esfregar entre os dedos. Dê preferência a sabonete líquido.

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Foto: Clean Hands JA

Dica 2: utilize álcool 70% para substituir a lavagem das mãos ou até para finalizar.

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Dica3: em ambiente público, evite passar a mão na boca, olhos e nariz já que o vírus é transmitido por vias aéreas e pelo contato com secreções respiratórias.

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Dica 4: manter limpos os ambientes. Higienizar superfícies, móveis e até o celular com produtos desinfetantes.

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Pixabay

Dica 5: prefira não cumprimentar as pessoas com beijo no rosto. O contato próximo e a saliva devem ser evitados.

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Dica 6: estar com vacinas contra gripe em dia.

“Pegar uma gripe e o coronavírus ao mesmo tempo pode gerar uma infecção cruzada e potencializar as duas doenças. Isso proporciona a queda do sistema imunológico e consequentemente aumenta os riscos de letalidade”, explica Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior.

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“É comum esquecermos de manter o controle sobre outras doenças quando aparece uma epidemia como coronavírus, no entanto, se o organismo estiver forte as chances de uma nova infecção levar o paciente à morte é muito menor”, conclui Marcella.

Manter-se saudável e no controle é a principal dica contra o coronavírus.

Fonte: Grupo DG Sênior

Prêmio Bem Envelhecer está com as inscrições abertas

Concurso intergeracional de fotografia e vídeo, o Prêmio Bem Envelhecer propõe um novo olhar sobre o envelhecimento populacional para combater o ageismo. Realizado pelo Projeto Velho Amigo, Hype60+ e Intemsa, a iniciativa chega à segunda edição que será viabilizada digitalmente pela plataforma @instamission. O prêmio conta também com o apoio de Virada da Maturidade, Instituto Jatobás, São Joaquim Apoio à Maturidade e Rede-Comunidade.

Pessoas de todas as idades podem participar, enviando fotos e vídeos com conteúdo que promova um novo olhar para a maturidade. A iniciativa acontecerá via o @instamission, um projeto sobre conexão – com você mesmo, com o outro e com o mundo – que ocorre por meio de missões e jornadas no aplicativo Instagram. Entre os prêmios do concurso, destaque para cursos online da Perestroika destinados aos três primeiros lugares. Mais informações pelo Facebook clicando aqui.

No Brasil, o cotidiano dos mais de 30 milhões de idosos é marcado pelo desafio de vencer o preconceito etário. Embora estejam vivendo intensamente e ocupando espaços significativos nas cidades, a sociedade consome e propaga uma visão estereotipada de que os maduros só vivem as perdas da idade; acreditam que os 60+ param de produzir, de ter satisfação em aprender e em viver experiências incríveis.

Para produzir um novo repertório sobre o envelhecimento, surgiu o Prêmio Bem Envelhecer – um concurso intergeracional de fotografia e vídeo. No cerne da iniciativa, a construção de pontes entre jovens e maduros para que as novas gerações passem a enxergar a maturidade pulsante que ocupa os quatro cantos do país.

A segunda edição do concurso acontecerá com o apoio do @instamission, um projeto sobre conexão – com você mesmo, com o outro e com o mundo – que acontece por meio de missões e jornadas no aplicativo Instagram. Mais informações pelo Facebook clicando aqui.

Para se engajar, basta seguir o perfil do Instamission no Instagram e participar da Jornada Bem Envelhecer, que acontece de 26 de março a 4 de abril de 2019. Todos serão convidados a mostrar em posts quem são os 60+ que nos inspiram a ser a nossa melhor versão em qualquer idade. As fotos e os vídeos podem ser postados na própria conta do participante, usando a hashtag #jornadabemenvelhecer. A hashtag poderá ser adicionada em fotos novas ou antigas. A curadoria irá classificar os vídeos e as fotos que estiverem de acordo com a proposta do concurso.

As fotos e vídeos selecionados estarão disponíveis no site do Prêmio Bem Envelhecer. Sobre o conteúdo, o fio condutor deve ser a quebra de estereótipos negativos associados aos idosos (inutilidade, improdutividade, incapacidade, passividade e falta de interesse), ou seja, construir uma narrativa que favoreça a redução da discriminação etária e mostre o potencial dos 60+. Entre os prêmios do concurso, destaque para cursos online da escola Perestroika.

Representatividade

De acordo com Regina Helou, vice-presidente do Projeto Velho Amigo e uma das idealizadoras do Prêmio Bem Envelhecer, a qualidade de vida da terceira idade pode depender diretamente da visão que a juventude tem dessa população.

“A interrelação das duas gerações vai contribuir significativamente para o bem envelhecer, tanto de quem já é idoso quanto do próprio jovem que um dia chegará à mesma condição”, conta a filantropa.

Para Fernanda Gouveia, uma das idealizadoras do concurso, discente do curso de graduação em psicologia da PUC-SP e idealizadora da Virada da Maturidade, a sociedade carece de iniciativas intergeracionais que permitam uma reflexão aprofundada sobre a relação que se estabelece com os idosos. “Estamos vivendo uma revolução do envelhecer, momento ideal para mostrar todo o potencial da maturidade e a importância de todos se prepararem para a etapa tardia da vida”, explica a especialista em envelhecimento.

Os maduros estão sendo protagonistas de uma grande revolução que não está sendo percebida, porque envelhecer é uma novidade. Segundo Layla Vallias, cofundadora da Hype60+ e coordenadora da pesquisa Tsunami Prateado, por mais que pareça uma contradição classificar a longevidade como uma novidade, o fato é que estamos vivendo mais e nos deparando com os desafios e paradigmas antigos sobre a idade.

“Hoje, a economia prateada movimenta globalmente US$ 7 trilhões, sendo a terceira maior atividade econômica do mundo. É notório que a sociedade tem que passar a enxergar a longevidade como oportunidade para fortalecer as sociedades e as econômicas, também. Nesse contexto, representatividade importa muito. Temos que ampliar e oxigenar o nosso repertório sobre o cidadão maduro; lançar um novo olhar e enxergar para além dos estereótipos. Por isso, o Prêmio Bem Envelhecer é tão relevante e repleto de significado”, afirma Layla, que também coordena a premiação.

O Prêmio Bem Envelhecer conta com a adesão de microinfluenciadores como Maya Santana, fundadora da página 50 e mais com mais de 100.000 seguidores no Facebook; Avós da Razão – programa no YouTube apresentado por Gilda, 76 anos, Sonia, 80 anos e Helena, 90 anos que respondem perguntas enviadas pelos internautas por meio de vídeos, áudios e mensagens mandados pelo WhatsApp; Rosangela Carvalho Marcondes, fundadora e blogueira da página Domingo Açucarado, no Facebook, com mais de 150.000 seguidores e It Avós, no Instagram; e Silvia Fernandes, fundadora e instagrammer do perfil @silviarumoaos60, com quase 40 mil seguidores.

O Prêmio Bem Envelhecer é organizado pelo Projeto Velho Amigo, Intemsa e Hype60+. A segunda edição do concurso acontecerá com o apoio do @instamission, um projeto sobre conexão – com você mesmo, com o outro e com o mundo – que acontece por meio de missões e jornadas no aplicativo Instagram. A iniciativa conta com o apoio da Virada da Maturidade, Instituto Jatobás e São Joaquim Apoio à Maturidade e Rede-Comunidade.

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Projeto Velho Amigo

Projeto Velho Amigo é uma associação sem fins lucrativos que desde 1999 contribui para inclusão social do idoso, realizando ações de assistência, engajamento para valorização e inclusão dos idosos na sociedade e campanhas que protagonizam a causa da discriminação etária. A ONG atende 18 instituições filantrópicas e gerencia 1 núcleo de convivência de idosos na comunidade de Heliópolis atendendo 1700 idosos.

Hype60+

Consultoria de marketing especializada no consumidor sênior que ajuda empresas, marcas e organizações a criar melhores produtos, serviços e experiências, sempre pelo ponto de vista dos maduros. A trajetória da empresa começou com o Amo Minha Idade, uma comunidade digital com cerca de 9 mil seguidores seniores. Dessa vivência, nasceu o Hype60+, oferecendo serviços que vão da estratégia de comunicação ao desenvolvimento de produtos para empresas que desejam se relacionar melhor com o público sênior.

@instamission

Pioneiro na criação de missões fotográficas e de promoções comerciais no Instagram. Seu nome e marca registrados se transformaram em um sinônimo de ações em sua categoria e um case de sucesso nacional. Desde 2011, já foi patrocinado por mais de 200 das maiores marcas do Brasil e do mundo e já impactou positivamente a vida de milhares de pessoas. É um projeto da Contente, empresa que trabalha a serviço da conexão entre as pessoas e marcas, sempre com o objetivo de construir #ainternetqueagentequer.

Pesquisa comprova que interação com pets impacta qualidade de vida de idosos

Uma série de pesquisas já mostram que a população mundial está envelhecendo. Fatores como maior expectativa de vida e menor número de nascimentos atestam que a população deve duplicar até 2050. Com essas projeções e o aumento de doenças não transmissíveis e deficiências que acompanham o envelhecimento como, por exemplo, a solidão, fica claro o quão importante é identificar abordagens não farmacológicas e de fácil implementação para maximizar não somente os anos em que vivemos, mas também a saúde e a qualidade de vida. Isso é conhecido hoje como “envelhecimento bem-sucedido” ou “envelhecimento saudável”.

Foi esse cenário e realidade da população que chamaram a atenção dos pesquisadores do Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal Waltham, da Mars Petcare, referência mundial em saúde animal e benefícios na interação entre humanos e pets. Nancy Gee, Gerente de Pesquisas de Waltham, acompanhou os impactos reais e positivos da interação entre pets e humanos mais velhos.

“Testemunhei, em primeira mão, a crescente evidência científica de que os animais podem influenciar positivamente os idosos, especialmente aqueles com comprometimento cognitivo ou demência”. Sua pesquisa descobriu que os adultos mais velhos podem se beneficiar ao possuir ou interagir com um cão, gato ou até mesmo com outros animais como cavalos. “Recentemente, fiz parte de uma equipe de pesquisadores que analisou os tipos de pessoas que provavelmente mais se beneficiarão desses tipos de interações com animais de estimação”, destacou ela. Os resultados, até agora, são promissores e extremamente positivos:

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· Tutores de animais de estimação mais velhos são menos propensos a relatar solidão do que os não-tutores.

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· Redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Idosos com animais também necessitam de menos visitas aos médicos, lidam melhor com eventos estressantes e têm menor probabilidade de usar medicamentos.

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· Animais de estimação fazem idosos sentirem-se importantes e estabelecerem uma rotina diária com estrutura e propósito.

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· Outros benefícios incluem a redução da depressão, agitação e apatia, além de maior interação social e qualidade de vida.

Um relatório recente da Sociedade de Gerontologia da América, realizado em parceria com a Mars Petcare, destacou algumas áreas emergentes de pesquisas usando novas tecnologias para entender melhor o impacto de animais de estimação em adultos mais velhos. Os pesquisadores estão começando a explorar os efeitos dessa interação em um nível hormonal para entender melhor como as interações positivas com pets afetam os níveis de ocitocina (o “hormônio do amor”) e cortisol (o hormônio do estresse) em animais de estimação e pessoas.

Novos avanços na tecnologia, como rastreadores de atividades portáteis, também estão possibilitando aos cientistas avaliar o papel de um animal de estimação na promoção da atividade física. “Devemos às gerações mais velhas e a nós mesmos, pensando em nosso próprio futuro, continuar examinando essa promissora área de pesquisa e como podemos estruturar as interações com os pets para obter um maior impacto. Eu acredito que os animais podem realmente ser nossos melhores amigos em todas as etapas da vida”.

Fonte: Mars, Incorporated

Mitos e Verdades sobre o cuidado ao idoso

A tarefa de cuidar de um idoso nem sempre é fácil. Sentimentos de culpa, de sobrecarga e dúvidas de como cuidar bem são comuns para cônjuges, filhos, netos e sobrinhos que cuidam de seus familiares idosos. Por outro lado, cuidar com amor e compreensão pode ser também uma experiência transformadora na trajetória de vida das pessoas que buscam crescimento pessoal.

Para evitar que a rotina seja exaustiva é necessário que o familiar cuidador se mantenha bem informado. Dessa maneira, uma das fundadoras da plataforma Plug and Care e especialista na área de Gerontologia, Monica Perracini, tira dúvidas sobre dez Mitos e Verdades mais comuns no cuidado ao idoso. Confira:

1 – Idoso tem que tomar banho todo dia?

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Mito! É fundamental que seja realizada uma higiene íntima frequente, de forma a evitar infecções urinárias e mau cheiro. Porém, a necessidade diária de banho é relativa. “Sabemos que as pessoas idosas, especialmente em dias frios não gostam de tomar banho. Muitos não percebem que estão cheirando mal. Cerca de 75% dos idosos com 80 anos ou mais têm um declínio importante do olfato. Mas isso não justifica a pressão dos familiares para que os idosos tomem banho todos os dias. Aqui vale o bom senso e o hábito de cada um. O importante é manter a higiene íntima, que se mal feita pode ocasionar as infecções urinárias de repetição tão comum nas mulheres idosas”, explica Monica.

2 – É mais seguro calçar o idoso com tênis para evitar quedas?

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NicerShoes

Mito! O calçado deve ser o mais confortável ao idoso, de modo que ele sinta firmeza e segurança ao andar. Para aqueles que passaram muitos anos de sua vida utilizando outro tipo de calçado, o tênis pode não ser bem aceito, gerando constrangimento e dificuldade no caminhar. Nada de calçados largos que saiam facilmente do pé ou ainda chinelos e sandálias sem alça na parte de trás. Os familiares devem ficar atentos a sapatos com muitos anos de uso, pois além de largos podem ficar gastos na sola.

3 – Idosos não sentem tanta sede?

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Verdade! A desidratação ocorre com mais frequência com pessoas de idade avançada. Isso acontece, pois com o envelhecimento há um declínio na sensação de sede, e não por esquecimento. Segundo Monica, existem algumas mudanças fisiológicas no organismo do idoso que ficam menos eficientes, deixando-o mais vulnerável a ficar desidratado rapidamente. Idosos sentem menos sede e consequentemente bebem menos água por conta própria. É importante que o familiar estimule que eles se hidratem, bebendo água, chás, café ou sucos durante o dia. A desidratação pode ser a causa de muitos problemas e o seu cuidador nem sempre se dá conta que pode ser decorrente de desidratação, como boca seca, tontura, fraqueza e até aumento dos batimentos cardíacos.

4 – É normal um idoso ficar cansado e dormir a tarde inteira?

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Mito! Uma soneca de 30 minutos nas primeiras horas da tarde é até recomendada, porém durante muito tempo é sinal de alerta. O excesso de tempo sentado ou deitado é totalmente prejudicial à saúde, em qualquer idade. Ficar assistindo televisão e cochilar entre um programa e outro também deve ser evitado. Dormir de dia pode significar pior sono durante à noite. Uma forma de colocar a preguiça de lado e promover uma melhora na qualidade de vida é realizar pequenas caminhadas ao ar livre, benéfica tanto ao familiar cuidador quanto ao idoso.

5 – Tomar um remédio após/antes do horário estabelecido pelo médico é prejudicial?

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Verdade! É necessário respeitar o tempo do efeito do remédio, entre as doses recomendadas previamente pelo médico do idoso. Antecipar “somente uma hora” ou aguardar o horário da refeição para ingerir o remédio pode atrapalhar a sua absorção e o seu funcionamento. Atualmente, existem no mercado dispensadores de remédios e aplicativos que podem auxiliar na organização das tarefas relacionadas ao controle de remédios.

6 – Todo idoso com problema de equilíbrio deve usar bengala?

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Ilustração: Tumisu/Pixabay

Mito! A bengala deve ser indicada após avaliação de um fisioterapeuta, que inclusive o ensinará a caminhar com este novo instrumento. “Muitos idosos recebem orientação para comprar uma bengala por indicação de um médico ou por palpite de familiares e conhecidos. No entanto, uma bengala mal indicada pode ser muito prejudicial para o idoso, podendo ocasionar quedas. Não só a altura da bengala e o lado de uso são importantes. Questões relacionadas ao alinhamento do corpo, eficácia das reações de equilíbrio e aspectos cognitivos como memória visual e atenção precisam ser avaliados”, alerta a especialista.

7 – Canja é uma refeição ideal para o idoso?

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DailyCaring

Mito! Embora seja nutritiva, a tradicional canja de galinha precisa de cuidados adicionais ao ser oferecida para o idoso. Na verdade não é só a canja, mas qualquer prato que contenha muitos pedaços pequenos e diferentes consistências é perigoso. Os idosos com dificuldades de mastigação e de deglutição podem engasgar com maior frequência e com isso apresentar infecções respiratórias frequentes. O familiar deve ficar também ficar atento a pigarro e tosse durante as refeições, que também são sinais de problemas que devem ser investigados.

8 – Idoso saudável tem que fazer academia?

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Mito! É necessário respeitar a individualidade de cada um, e nem todos têm o perfil para frequentar uma academia. Fazer exercícios é importante, mas respeitando seus limites e atividades que proporcionem, principalmente, satisfação. Exercícios em academia feitos sem a supervisão próxima de um profissional podem causar lesões articulares e musculares.

9 – É verdade que idoso não precisa jantar todo dia?

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Verdade! Muitos idosos gostam de substituir o jantar por um lanche. Basta equilibrar os nutrientes que fazem parte desse lanche, evitando excesso de carboidratos e equilibrando com outros nutrientes necessários, como verduras, legumes e proteínas. O ruim é quando esse lanche é pobre em nutrientes. O idoso deve comer de forma equilibrada e saudável.

10 – Pijama é a roupa ideal para o idoso?

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Foto: MedicalNewsToday

Mito! O ideal são roupas confortáveis. É preciso entender que manter uma autoestima elevada é bom para saúde e importante para nosso bem-estar. O idoso deve se manter confortável e, sobretudo, feliz. “Normalmente, usamos pijama durante o dia quando estamos doentes. Essa memória é parte da experiência vivida de muitos idosos e alimenta sintomas depressivos e apatia. É importante que o familiar ajude o idoso a manter o cuidado com sua aparência e o estimule a escolher que roupa vestir-se todos os dias”, esclarece Monica.

Fonte: Plug and Care

 

Por que a perda do animal de estimação pode ser tão difícil de suportar?

Para algumas pessoas, a morte de um animal de estimação pode ser mais difícil do que a perda de um parente. Aqui está o porquê.

Quem disse que os diamantes são o melhor amigo de uma garota nunca possuiu um cachorro ou gato. Se você já perdeu um amado animal de estimação, sabe o quanto esse velho ditado é verdadeiro.

De cães a gatos, de canários a lagartos, nós humanos formamos ligações inquebráveis com nossos amigos peludos, emplumados e escamados. De certa forma, quase todos os pets são animais de terapia. Eles podem não ter certificados ou usar coletes especiais que lhes dão status de assento autorizado em aviões, mas eles melhoram muito nossas vidas de várias maneiras.

Numerosos estudos mostraram evidências de que os animais de estimação não apenas proporcionam companhia e trazem alegria, mas também ajudam as pessoas a se recuperarem ou lidarem melhor com uma ampla gama de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, câncer e distúrbios mentais.

E quando um animal de estimação morre, pode ser uma experiência emocionalmente devastadora que pode ter um impacto negativo em nossa saúde mental e física.

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Getty Images

Na verdade, o New England Journal of Medicine relata que uma mulher de 61 anos começou a sentir fortes dores no peito após a morte de seu cão. Ela foi internada no pronto-socorro, onde os médicos a diagnosticaram com Cardiomiopatia Takotsubo – também conhecida como “síndrome do coração partido” – uma condição com sintomas que imitam um ataque cardíaco.

Depois de ser tratada com medicamentos, ela finalmente se recuperou, mas a morte de seu Yorkshire Terrier literalmente quebrou seu coração. A perda de um animal de estimação pode ser tão difícil quanto perder uma pessoa – ou, em alguns casos, até pior.

Pesquisadores descobriram que o apoio social é essencial para a recuperação durante o processo de luto. No entanto, enquanto outros são rápidos em ajudar a confortar uma pessoa que está sofrendo com a perda de outra pessoa, a atitude da sociedade em relação à perda de pet é muito diferente.

As pessoas geralmente não recebem apoio suficiente após a morte de um animal de estimação, o que pode aumentar o sofrimento emocional e levar a sentimentos de vergonha e isolamento. Isso pode ser particularmente difícil para as crianças que estão experimentando a perda de um animal de estimação pela primeira vez.

A perda de animais de estimação pode ser especialmente difícil para as crianças

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Leah Carson, agora uma jovem adulta, lembra seu primeiro animal de estimação. Era uma cachorra mix de Golden Retriever chamada Sandy.

“Nós crescemos juntas e ela fez tudo com a nossa família. Lembro-me de brincar na neve, fazer caminhadas e [momentos doces como] Sandy me seguindo até o meu quarto quando cheguei da escola ”, diz Leah.  “Quando eu tinha 11 anos de idade, Sandy teve câncer e nós tivemos que colocá-la para dormir. Eu chorei uma tonelada. Eu estava tão triste e confusa. Foi a primeira vez que perdi alguém que amava. Depois, houve muito silêncio em sua ausência”.

As memórias que Leah tem de Sandy são ao mesmo tempo animadoras e dolorosas, especialmente para aqueles que experimentaram pessoalmente uma perda semelhante em uma idade jovem.

Roxanne Hawn, autora de “Heart Dog: Surviving the Loss of Your Canine Soul Mate” (coração de cachorro: sobrevivendo à perda de sua alma gêmea canina, em tradução livre) entende que as crianças são especialmente vulneráveis ​​a mal-entendidos e luto após a morte de um animal de estimação. Ela aponta que há uma variedade de maneiras pelas quais pais e adultos podem ajudar as crianças durante o processo de luto.

“Eu sugiro participar de projetos memoriais para focar sua dor e a tristeza de seus filhos de maneiras produtivas”, diz ela, acrescentando: “É melhor abraçar a dor por meio da ação do que ignorá-la.”

Roxanne diz que o luto como família pode ajudar as crianças a processar melhor a perda, e sugere atividades nas quais cada membro da família pode participar quando sentir a necessidade.

“Peça a todos que escrevam quantas lembranças felizes puderem em pedaços coloridos de papel e coloquem todos esses bons pensamentos em uma tigela bonita”, diz ela, oferecendo um exemplo. “Sempre que alguém experimentar um surto de pesar, pode pegar um desses pedaços de papel e, pelo menos por um instante, lembrar de um momento mais feliz. As crianças que ainda não sabem escrever ou soletrar podem contribuir com desenhos de seus animais de estimação. ”

Ela também sugere permitir que as crianças mantenham alguma lembrança de um animal de estimação com elas, como uma coleira ou um brinquedo favorito – especialmente durante os dias imediatamente após a perda -, pois isso pode ajudar.

A idade não facilita

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Com uma vida inteira de experiências, os idosos podem parecer estar melhor equipados para lidar com a perda de um animal de estimação, mas o oposto geralmente é verdadeiro.

“Perder um animal de estimação é extremamente difícil para os idosos. É mais do que o sofrimento normal ”, diz Lisa Frankel, PhD, psicoterapeuta de Los Angeles. “Os idosos já lidaram com tantas perdas: amigos, família, estrutura de vida, esperança, contato físico, comunidade”.

Ela acrescenta: “Animais de estimação, especialmente cães, dão a eles um propósito, companheirismo, uma razão para se exercitar e socializar. Quando um cachorro morre, tudo isso se vai”.

Na prática, Lisa trabalha com muitos pacientes que estão sofrendo de profunda tristeza pela perda de um animal de estimação. Ela aponta como sentimentos de culpa e vergonha muitas vezes podem complicar o processo de luto. Ela cita exemplos de pessoas que perderam seu animal de estimação quando atacaram coiotes ou porque foram atropelados por um carro, elas dizem que sentem que poderiam ter feito mais para salvar seu animal de estimação. Além disso, ela aponta outros que tomaram a difícil decisão de sacrificar o animal de estimação e que são assombrados pela decisão.

Ela insiste que as pessoas que perderam um animal de estimação nessas circunstâncias sejam compassivas e perdoem a si mesmas, além de passar tempo com outras pessoas que entendam seus sentimentos. Ela também sugere organizações como grupos de apoio a luto de animais de estimação, o que pode ser um grande conforto para alguns.

“A terapia individual pode ser útil também”, diz Lisa. “Muitas pessoas têm dificuldade em se abrir em grupos e se saem melhor com o aconselhamento individual. Se a terapia desencadear outras perdas ou traumas, essas perdas também podem ter que ser analisadas. O sofrimento que é realmente debilitante ou dura excepcionalmente por muito tempo pode ser complicado pela associação a outras perdas e traumas. A terapia individual pode ser realmente importante para entender essa conexão e trabalhar com ela.”

Como lidar

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Ilustração: LoveThisPic

Embora nenhuma abordagem ao enfrentamento funcione para todas as pessoas que perderam um animal de estimação, há muitas opções e recursos disponíveis para ajudar.

Além das sugestões oferecidas por Lisa, ela também recomenda dois livros, “How to ROAR: Pet Loss Grief Recovery” (como rugir: a recuperação do sofrimento da perda do animal de estimação) de Robin Jean Brown, e “The Loss of a Pet: A Guide to Coping with the Grieving Process When a Pet Dies” (a perda de um animal de estimação: um guia para lidar com o processo de luto quando um animal de estimação morre”) por Wallace Sife, fundador da Association for Pet Loss and Bereavement. Nenhum deles publicado no Brasil.

O blog Pet Loss Help publicou uma extensa lista de recursos de luto que inclui várias linhas diretas de suporte para perda de animais de estimação e informações sobre grupos de apoio em diferentes estados nos Estados Unidos, além de recursos online adicionais.

Você deveria adotar outro animal de estimação?

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Foto: Hamia

Nunca haverá outro animal de estimação como o que você perdeu, e o pensamento de adotar outro pode parecer desleal, mas não é. Animais de estimação enriquecem nossas vidas e nós, por outro lado, enriquecemos às deles.

Há muito a ganhar permitindo-se amar novamente e os tutores de animais de estimação têm muito amor para dar. Adotar um novo animal de estimação pode ser exatamente o que o médico pediu para ajudar a consertar um coração partido.

Fonte: HealthLine