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Insônia influencia no desempenho cognitivo e aumenta risco de Alzheimer

Dicas para ter um sono de boa qualidade e prevenir a doença

A insônia é o distúrbio do sono mais comum, atingindo entre 30% a 35% da população mundial. É mais frequente entre as mulheres, principalmente a partir da puberdade. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 40% das pessoas não dormem como gostariam.

Metade dos idosos relata ter dificuldade de iniciar o sono, despertando várias vezes à noite, havendo prejuízo no padrão de sono normal. As noites mal dormidas afetam o cérebro provocando cansaço, falta de concentração e diminuem o desempenho cognitivo. Sabe-se que uma das funções do sono é a consolidação da memória e pesquisas apontam que a insônia pode ser um fator de risco para a doença de Alzheimer entre outras que degeneram a capacidade cerebral.

Estudos realizados com pessoas saudáveis mostraram que as que sofrem de insônia apresentam alterações em algumas áreas do cérebro que também são afetadas nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.

O sono de má qualidade também colabora para a queda da imunidade do corpo. “A pessoa que tem dificuldade para dormir pode adoecer com mais frequência. Por outro lado, dormir bem ajuda a aumentar as defesas do corpo, garantindo ao organismo mais proteção contra doenças”, afirma a médica e coordenadora do curso de Medicina da faculdade Pitágoras, Denise Priolli.

A médica ressalta que noites mal dormidas provocam uma série de problemas e mudanças no organismo. “Pessoas com insônia geralmente começam o dia já se sentindo cansadas, têm problemas de humor e falta de energia, obesidade, envelhecimento precoce, diabetes, ansiedade, Alzheimer entre outros. Mesmo as crianças podem ter seu desempenho prejudicado por causa deste distúrbio. Uma das causas pode ser a respiração noturna dificultada (apneia do sono). Caso não durma bem, consulte seu médico”, orienta Denise.

Para melhorar a qualidade do sono, a médica sugere a adoção de alguns hábitos simples. Confira:

-Crie um ambiente de sono sem luz;
-Desligue a televisão, celular e computador de uma a duas horas antes de se deitar para dormir;
-Não beba ou coma alimentos com cafeína ou guaraná à noite;

-Reduza as atividades com alto nível de estímulos físicos e mentais uma hora antes de se deitar para dormir;
-Tome um banho morno uma a duas horas antes de dormir;
-Faça atividade física diária;


-Descanse e cochile alguns minutos (15 a 30) no começo da tarde, isso pode ajudar na melhora da performance cognitiva no período da tarde.

Fonte: Faculdade Pitágoras

O que leva mulheres a sofrerem mais com distúrbios do sono e de saúde mental?*

Questões relacionadas à saúde mental vêm sendo discutidas com cada vez mais frequência e aprofundamento, especialmente nos últimos anos. É perceptível que as pessoas estão mais preocupadas com sua saúde emocional e, mais importante, buscando ajuda para resolver seus problemas. Já foi-se o tempo em que era “aceitável” subestimar condições clínicas relevantes como ansiedade, depressão e, cada vez mais popularmente, também os distúrbios do sono, como é o caso da insônia.

Uma pesquisa realizada pela startup Vigilantes do Sono apontou que as mulheres são a maioria em queixas de problemas de sono, ansiedade e depressão. São alguns os porquês disso, mas talvez de maneira central, esteja o fato de muitas mulheres precisarem conciliar os afazeres domésticos com as tarefas da vida profissional, gerando assim, um excesso de estresse pela alta demanda de trabalho. Além disso, de forma preponderante, há uma maior predisposição fisiológica das mulheres para desenvolverem insônia, pelas oscilações hormonais que enfrentam mensalmente.

Dentre os usuários da Vigilantes do Sono, apesar da maioria ser mulher (78%), a diferença na proporção de insônia grave entre mulheres e homens é um pouco menor do que na população geral. Uma análise incluindo 11.579 pessoas (9.043 mulheres) que fizeram a avaliação basal de triagem da insônia dentro do aplicativo, a partir do Índice de Gravidade de Insônia (IGI), constatou que 13% das mulheres e 8% dos homens fazendo o programa consideram sua insônia grave, enquanto 49% e 45%, respectivamente, consideram a gravidade moderada e 33% e 40% consideram leve.

A insônia é um problema real, assim como a síndrome do sono insuficiente, ambas cada vez mais frequentes, particularmente em grandes cidades. Mais do que isso, são condições subestimadas. Não se pode normalizar noites mal dormidas. Uma vez que o quadro mais grave da insônia é atingido, ou seja, quando se torna crônica, a condição afetará a rotina e as tarefas diárias e há muitas consequências relevantes para a saúde, sendo extremamente importante buscar ajuda profissional. Neste ponto, é bastante provável que só com a ajuda de um profissional especialista em sono o problema pode ser solucionado.

Muitos estudos em diferentes países e populações apontam que as mulheres se preocupam mais com problemas de sono em relação aos homens. Elas percebem a insônia como mais grave e, de fato, costumam vivenciar os sintomas com mais frequência e de modo mais recorrente. Segundo dados do estudo Episono, do Instituto do Sono e Unifesp, 21% das mulheres e 9% dos homens que vivem em São Paulo se queixam de uma síndrome de insônia, apresentando sintomas com uma frequência maior do que três vezes por semana e sofrendo impacto significativo sobre o funcionamento físico e mental.

De acordo com os principais consensos e diretrizes médicas do mundo, a Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I) é o tratamento mais eficaz, atingindo melhores resultados do que o obtido com remédios para dormir, ainda que possam demorar um pouco mais. Isso porque ela atua nas causas da insônia. Embora ainda haja um mito acerca das pílulas mágicas que “resolvem” a falta de sono, a TCC-I é uma técnica desenvolvida há mais de 40 anos e que, comprovadamente, funciona.

Há casos, porém, em que ela não funciona sozinha e é preciso intervenção psicológica concomitante, podendo haver indicação do tratamento farmacológico. Os indutores de sono, entretanto, cada vez mais sabemos que, se não manejados adequadamente e com indicação precisa, podem realmente se tornar um problema ainda maior, por causarem dependência e poderem levar ao abuso, já que vão perdendo o efeito ao longo do tempo.

As chamadas técnicas cognitivas ajudam a promover mudanças em pensamentos sobre o sono e, principalmente, em relação à percepção das consequências da falta de sono no funcionamento diurno. A restrição do sono significa ajustar o tempo e os horários que se fica na cama. No entanto, esse processo não é simples e requer adaptações na vida e, muitas vezes, treino de auto percepção. É um trabalho a ser desenvolvido no médio e longo prazo.

No caso de sintomas de depressão, como tristeza recorrente e uma sensação de inabilidade para fazer as atividades do dia a dia, as mulheres também se queixam mais e, em geral, por razões semelhantes, ligadas ao acúmulo de funções e sobrecarga física e mental. Entre as pessoas que fazem o programa da Vigilantes do Sono, aproximadamente 17% dos homens e 24% das mulheres alegaram problemas de depressão, o que representa um aumento relativo de 40% na proporção dos sintomas entre as mulheres. O mesmo acontece com sintomas de ansiedade, relatados por 37% dos homens e 53% das mulheres.

Sempre foi importante diagnosticar e tratar a saúde mental , no entanto, com a pandemia, muitas incertezas passaram a rondar nosso cotidiano, prejudicando ainda mais nossa capacidade de regulação emocional, e isso pode nos deixar mais suscetíveis ao desenvolvimento de distúrbios. Além das notícias trágicas, que passamos a consumir com mais frequência, o isolamento gerou um acúmulo de atividades domésticas e profissionais para a maioria das mulheres, trazendo um grande estresse, talvez um dos principais fatores responsáveis pelo aumento expressivo em quadros de ansiedade, depressão e insônia, que pode muitas vezes ser a própria causa de agravamento e instalação de um distúrbio ou quadro psiquiátrico mais grave .

*Laura Castro, sócia-fundadora e diretora de psicologia na Vigilantes do Sono. Psicóloga clínica e consultora. Formada em psicologia pela Universidade Estadual de Londrina. Sua área de pesquisa no mestrado foi Medicina e Biologia do Sono. Atuou como pesquisadora, estatística e gerente administrativa de operações no Instituto do Sono. É psicóloga do sono pela Associação Brasileira do Sono e Sociedade Brasileira de Psicologia, com mais de 15 anos de experiência.

Levantamento da Pipo Saúde aponta que 60% dos brasileiros apresentam dificuldades para dormir

A qualidade do sono impacta no rendimento do trabalho, funções cognitivas, relacionamentos e na saúde de forma geral

Segundo levantamento da Pipo Saúde, empresa de tecnologia que transforma a maneira que as companhias contratam e gerem plano de saúde, a qualidade do sono do brasileiro é precária, com 60% da população apresentando dificuldades para dormir, cenário agravado pela pandemia de Covid-19. Desse total, cerca de 59% acordam sem energia no dia seguinte e apenas 7% já procuraram um especialista para cuidar da qualidade do sono.

Tendo em vista que a produtividade no trabalho está diretamente relacionada às condições de descanso do trabalhador, a Pipo Saúde preparou um ebook especial sobre a importância do cuidado com o sono no ambiente corporativo. Um repouso ruim não está somente ligado à quantidade de horas dormidas, mas também à qualidade do sono, já que pessoas que demoram muito para adormecer ou acordam diversas vezes ao longo da noite tendem a apresentar desequilíbrio no sistema imunológico, irritabilidade e alterações de humor, ganho de peso, limitações cognitivas, desenvolvimento de distúrbios no cérebro, e aumento no risco de infartos, AVC e diabetes.

No ambiente de trabalho, um sono de qualidade ruim também pode ocasionar outros tipos de problemas, como: baixo rendimento do colaborador, aumento de erros cometidos por falta de atenção, estresse e relacionamentos ruins entre colegas, desmotivação e aumento do absenteísmo. Por isso, é fundamental que o departamento de Recursos Humanos se atente para a rotina de trabalho dos funcionários, certificando-se de que a equipe não exceda a carga horária estipulada e não finalize os dias com exaustão.

Algumas dicas práticas podem ajudar os times de RHs a promoverem uma rotina mais equilibrada para os membros das companhias, com a oferta de benefícios e palestras que estimulem o interesse pelo bem-estar, incentivando uma alimentação equilibrada, a prática de atividades físicas regulares, o consumo moderado de bebidas alcoólicas e cafeína, entre outros.

Também é importante lembrar que, para situações mais complexas, é necessário que o RH estimule o colaborador a procurar ajuda profissional e que a empresa conte com um suporte de saúde. A Pipo Saúde, por exemplo, conta com o @meajuda, um canal voltado aos colaboradores das empresas clientes que funciona como um concierge de saúde, oferecendo suporte e esclarecendo dúvidas dos membros.

O e-book desenvolvido pela Pipo Saúde está disponível no site da companhia e também pode ser acessado aqui.

Sobre a Pipo Saúde

Psicóloga e especialista do sono aponta 4 motivos que podem causar insônia

A insônia é um dos quadros mais graves do sono e que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Apesar de não ser o único problema relacionado ao sono, é certamente um dos mais presentes na vida de quem não consegue dormir.

Para Laura Castro, psicóloga e sócia-fundadora da Vigilantes do Sono, primeiro programa digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I) no Brasil, noites de insônia podem ocorrer eventualmente e ter como causa motivos distintos. “Ter noites de insônia diante de acontecimentos que nos agitam é normal. A insônia é uma resposta comum ao estresse e ocorre quando ficamos em estado de alerta”, diz. A especialista aponta que a perda de sono também está bastante relacionada a certos hábitos, como exposição excessiva à luz ou irregularidade nos horários de dormir.

Mesmo com uma série de motivos que podem fazer com que o indivíduo não consiga dormir, Laura aponta que a insônia crônica deve ser encarada com mais atenção. “A insônia crônica, por outro lado, que consideramos clinicamente relevante, persiste por meses e a frequência com que ocorre também é um critério importante para o diagnóstico clínico”.

De acordo com a especialista, são diversos os motivos que podem levar ao quadro mais grave da insônia. De modo geral, entretanto, ainda que existam outras condições médicas envolvidas e desafiando o sono, como dores crônicas, estão em nossos hábitos as razões pelas quais os sintomas de insônia se perpetuam. Abaixo, ela destaca quatro dos principais fatores que podem causar a perda de sono.

Estresse

É uma das condições que mais afeta o sono e pode desencadear diversos problemas de saúde. Segundo Laura, questões como dificuldades no trabalho ou estudo, brigas ou problemas de relacionamento, acidentes ou traumas, o recebimento de um diagnóstico que ameaça a vida, a maternidade e a paternidade são todos acontecimentos comuns da vida que podem causar estresse que, por consequência, desencadeia problemas no sono. “Isso acontece porque ficamos em um estado de alerta, o corpo se prepara para responder com rapidez, liberando hormônios e substâncias que nos mantém acordados para pensar, repensar, planejar, ou que nos impede de chegar em certas fases do sono para encontrar memórias que nos assombram”, ressalta Laura.

Ansiedade

Bem como o estresse, a ansiedade coloca o indivíduo em uma situação de agitação que possivelmente afetará o sono. Isso acontece, inclusive, quando há expectativa para que algo bom ocorra, como a véspera de uma viagem ou a expectativa de promoção no trabalho.
“São coisas que, apesar de serem positivas, geram uma ansiedade para que o momento esperado chegue logo na maioria das vezes, mas tantas outras como receio pelo desconhecido. Isso costuma ser a causa de comportamentos e hábitos que atrapalham a higiene do sono e podem perpetuar quadros de insônia aguda”, aponta.

Obesidade

Há condições físicas e doenças que predispõem as pessoas a desenvolverem distúrbios do sono e, neste cenário, a obesidade é uma delas. A condição aumenta as chances de apneia do sono, que pode, posteriormente, causar insônia também. Laura ressalta a importância de exercícios físicos como forma de ajudar no combate tanto da obesidade como dos problemas de sono. “A atividade física pode operar milagres. É recomendável exercícios que fazem a gente suar a camisa e gastar bastante energia, assim como os que proporcionam relaxamento intenso, como os praticados na água. O cuidado importante, é não fazer atividade física próxima ao horário de dormir, principalmente para quem já sofre por insônia”, destaca.

Pandemia

Embora a insônia já fosse algo que atingia milhares de pessoas mesmo antes da pandemia, o cenário de incerteza que tem acompanhado a disseminação do vírus é, ainda, um catalisador para o problema. O momento atual, que impede o convívio social, trouxe instabilidade econômica para muitas famílias, além do luto para aqueles que perderam entes queridos, é único na história recente e tem impactado de forma significativa a qualidade do sono das pessoas. “Como já é sabido, a era em que vivemos impede que nos encontremos com amigos, nos deixa mais sedentários, uma vez que passamos a ficar mais tempo em casa, sem contar com o excesso de exposição às telas, o que para muitos é uma realidade. Todos esses pontos são prejudiciais não apenas para o sono, mas também para a qualidade de vida no geral. Precisamos nos observar em relação aos sintomas para que a insônia ou outros distúrbios do sono não prejudiquem o nosso dia a dia ou levem à doenças mais graves”, finaliza a psicóloga.

Fonte: Vigilantes do Sono

Dia Mundial do Sono: benefícios da cannabis medicinal para o tratamento de insônia

Segundo a farmacêutica Remederi, além de melhorar a qualidade do sono, a terapia canabinoide possui poucos efeitos colaterais em comparação aos medicamentos sintéticos
 

Em 18 de março é comemorado o Dia Mundial do Sono, data destinada a ressaltar a importância de ter uma boa qualidade de sono tanto para a saúde física quanto mental da população. 

De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia atualmente. Frente a isso, uma das alternativas para o tratamento desse distúrbio que vem apresentando bons resultados recentemente, é a cannabis medicinal. 

Segundo a Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a Cannabis medicinal, o uso do canabidiol (CBD) pode melhorar casos de insônia porque ele atua nos receptores do sistema endocanabinoide e auxilia em alguns processos do corpo humano que melhoram sistemas funcionais, favorecendo o efeito dos neurotransmissores como serotonina e endorfina, que estão diretamente ligadas à felicidade e a sensação de bem-estar. 

Conforme Luis Eduardo Petlik, médico especializado em psiquiatria que trabalha com produtos Remederi, além de melhorar a qualidade do sono, a terapia canabinoide possui poucos efeitos colaterais em comparação aos medicamentos sintéticos e ela ainda pode melhorar processos fisiológicos no organismo do paciente, como apetite e humor.

Um estudo da Universidade do Estado do Colorado, realizado em 2019 com 103 pessoas, mostrou que após um mês de terapia com o canabidiol, 66,7% dos pacientes apresentaram redução da insônia, além de melhorarem sintomas de ansiedade.

Outros estudos revisados também sugerem que os canabinoides podem melhorar e diminuir os distúrbios do sono para pacientes com condições crônicas, transtornos de estresse pós-traumático e esclerose múltipla, auxiliando as pessoas que fazem o uso do medicamento a dormirem mais rápido, acordarem menos durante a noite e terem mais qualidade do sono.

“A insônia é um distúrbio grave que pode afetar significativamente a vida dos pacientes. Por isso, é fundamental buscar ajuda de um médico especialista para encontrar o tratamento adequado para o seu caso. Se o tratamento com cannabis medicinal for indicado, você deve procurar um prescritor para instruí-lo quanto aos trâmites do medicamento, e a Remederi pode ajudar com isso”, afirma Luis Eduardo Petlik.

46% dos brasileiros afirmam ter algum problema de saúde mental e emocional

Entre os principais problemas estão o estresse (28%), seguido por insônia (18%), falta de concentração (13%) e depressão (10%)

Para entender os principais problemas e preocupações das pessoas com relação à sua saúde física e mental, especialmente em tempos tão complexos como este da pandemia da Covid-19, a DSM, empresa global de origem holandesa voltada para a saúde, nutrição e biociência, realizou a pesquisa “Health & Wellness 2021”. Aplicada em 11 países da América Latina, entre eles o Brasil, com mais de 6 mil pessoas, o levantamento constatou que 46% dos brasileiros declaram ter algum problema de saúde mental e/ou emocional, sendo o estresse o principal deles (28%), seguido de insônia (18%), falta de concentração (13%) e depressão (10%).

Essas enfermidades também estão entre as mais citadas pelos brasileiros quando questionados sobre quais são as principais preocupações em relação à própria saúde. Ser acometido pelo estresse aflige 60% das pessoas, já o cansaço físico e a falta de energia 58%, a imunidade e o sobrepeso são preocupantes para 55% dos entrevistados, respectivamente, e a depressão para 53%. As preocupações seguem essa mesma linha, segundo a pesquisa, quando se considera a América Latina: 63% tem receio com o estresse, 61% com falta de energia e cansaço, 59% com baixa imunidade, 58% com sobrepeso e 54% com depressão.

A pesquisa mostrou ainda que, além das pessoas darem atenção aos problemas mentais e emocionais, a saúde física também é valorizada. Prova disto é que 70% dos brasileiros entrevistados declaram estar ingerindo mais frutas e verduras, 59% afirmam ter reduzido o consumo de açúcar, enquanto 39% indicam que estão tentando cortar totalmente o açúcar da sua alimentação.

“O fato de as pessoas estarem atentas para criar hábitos mais saudáveis de alimentação é muito importante. Mas, boa parte da população não consegue manter uma rotina alimentar que forneça todos os nutrientes essenciais para a saúde nas quantidades recomendadas. Por isso, um dos maiores objetivos da área de Nutrição & Saúde Humana da DSM é inovar em soluções que ajudem as pessoas a garantir o aporte ótimo de nutrientes, seja por meio de alimentos fortificados ou suplementos nutricionais”, ressalta Giovani Saggioro, vice-presidente de Nutrição Humana para a DSM América Latina.

A pesquisa constatou que o Brasil foi o país que apresentou maior aumento no consumo de suplementos alimentares no comparativo entre 2019 e 2021, de 51% para 69% dos entrevistados. Os principais objetivos do uso de suplementos são ter mais energia, melhorar a performance em exercícios e fortalecer a imunidade. Já 72% fazem uso de vitaminas e minerais, seja para melhorar a saúde mental ou fortalecer a imunidade. Por outro lado, as pessoas adotam dietas saudáveis pensando principalmente na manutenção do peso, na saúde cardiovascular e na prevenção de doenças no futuro.

O conhecimento sobre como fortalecer o sistema imunológico apresentou bons resultados na América Latina. No Brasil, foi identificado que 30% dos consumidores de suplementos começaram a consumir o item de forma mais frequente e 17% declararam ter começado a tomar um tipo de suplemento por causa da pandemia. Outros 24% adicionaram novos suplementos aos que já consumiam antes da Covid-19. Além disso, 44% dos entrevistados afirmaram terem mudado seus hábitos alimentares exclusivamente para otimizar a imunidade.

Em relação aos nutrientes especificamente, 77% das pessoas consultadas têm conhecimento dos benefícios da vitamina C para a saúde e 59% fazem uso desse suplemento vitamínico. Já em relação à vitamina D, 70% reconhecem ser um bom aliado para a imunidade e 39% fazem uso do nutriente.

“A vitamina D foi o nutriente que obteve maior crescimento em adesão entre os consumidores durante a pandemia, juntamente com o ômega-3. Provavelmente, esses resultados estão associados ao crescente número de evidências científicas que relacionam a vitamina D e o ômega-3 com a otimização da imunidade”, reforça Saggioro.

Fonte: DSM

Mulheres paulistas têm mais chances de terem insônia, aponta estudo

Questões hormonais e culturais levam as mulheres a vivenciarem o distúrbio do sono com maior frequência do que os homens; tecnologia de startup do Supera Parque ajuda no tratamento

Quase o dobro, cerca de 18,1%, das mulheres paulistas têm insônia crônica se comparado aos homens na mesma situação, cerca de 10,7%, segundo estudo publicado, em 2020, na revista Sleep Health. Diversos estudos já comprovaram que os distúrbios do sono são muito comuns entre as mulheres e podem causar problemas de saúde física e emocional se não forem cuidados.

Diferentes fases da vida da mulher, como TPM, gestação, pós-parto e menopausa, têm relação com a insônia e não podem ser negligenciadas para não trazer problemas futuros. Por exemplo, durante a gravidez, 80% encaram alguma dificuldade para dormir e, na menopausa, esse percentual pode chegar a 60%.

Neide Souza, 55, é um desses casos. Ela dormia menos de quatro horas por noite e suas queixas já persistiam há mais de 15 anos. “Tomava dois comprimidos para dormir, mas não resolvia. Isso trouxe diversas consequências negativas para minha vida”, lembra.

A chefe do setor de sono da Mulher da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pesquisadora do Instituto do Sono, Helena Hachul, comenta que questões hormonais tipicamente femininas associadas a condições psicossociais, questões sociais e ambientais influenciam diretamente no sono na mulher.

“São muitas questões que fazem com que a mulher tenha insônia e isso se reflete na vida, tanto pessoal como profissional, dela. Dentro desse cenário, as modificações hormonais ao longo da vida aumentam a vulnerabilidade a fatores estressantes e, consequentemente, aos riscos à saúde e ao bem-estar, corroborando para o aumento da prevalência de insônia na mulher”.

Riscos

A pessoa quem tem insônia não fica apenas mais irritada ou cansada. Noites maldormidas podem trazer outras complicações, como pressão alta, diabetes e aumento de peso, levando a mais problemas de saúde física e mental, principalmente quando se tornam um problema crônico.

“A insônia pode afetar performances cognitivas, como memória, humor e atenção, e o equilíbrio homeostático. Dessa forma, o sono tem efeito modulador na fisiopatologia de diversas doenças inflamatórias, autoimunes e alérgicas, podendo atuar como gatilho ao desenvolvimento e agravo destas e de outras inúmeras comorbidades em variados sistemas, inclusive o imunológico, com prejuízo na defesa do organismo”, destaca a especialista.

Tecnologia ajuda no tratamento

A tecnologia também é um aliado para melhorar a qualidade de vida das pessoas com problemas como a insônia. Terapia digitais, por exemplo, são muito úteis e outra para quem quer melhorar a insônia sem o uso de medicamentos.

Gabriel Natan Pires, pesquisador do Instituto do Sono e diretor de pesquisa da startup SleepUp, sediada no Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, explica que o uso de terapia digital para tratamento de insônia é uma realidade já comum nos EUA e Europa.

“Muitos estudos feitos nos Estados Unidos e na Europa já fazem uso da terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCCi) virtual que é mais acessível e barata do que a TCC convencional. Os resultados mostram que a TCCi on-line é tão eficaz quanto a presencial para a maioria das pessoas”, afirma.

Pires ressalta que a SleepUp é pioneira em trazer essa técnica ao Brasil e 85% dos usuários do aplicativo são mulheres. “O TCCi é o tratamento de primeira linha que utilizamos”.

Maria Ane Dias, 36, é uma das usuárias do serviço. Ela tem insônia desde criança e passou por uma mudança de hábitos após iniciar em 2020 a terapia virtual. Ela intensificou a procura por orientações que pudessem ajudá-la.

“Comecei a usar o aplicativo da SleepUp por causa da calculadora de sono, que mede a eficiência do tempo que passo dormindo, e depois comecei a explorar outras funcionalidades. Tudo isso me trouxe mais consciência sobre mudanças de hábitos e ações práticas que melhoraram a minha insônia para não precisar ficar usando remédio”.

Dicas práticas

Para Helena, identificar se há outros problemas de saúde associados à insônia é essencial para tratar o distúrbio corretamente e que há outras técnicas de higiene do sono para seu tratamento não farmacológico.

“Algumas dicas que podem ser facilmente inseridas no cotidiano para o tratamento não farmacológico da insônia são: fazer a última refeição até às 20h; evitar alimentos ricos em xantinas e cafeína (chás pretos, café, refrigerantes à base de cola); estabelecer uma rotina do sono e evitar praticar atividades físicas com regularidade após às 18h”, finaliza.

Sobre o SleepUp

Aplicativo que oferece atendimento integrado para insônia, com tratamento virtual e personalizado por profissionais de saúde e monitoramento contínuo com tecnologias vestíveis. Foi fundada em 2019. O aplicativo está disponível para aparelhos com sistema Android e, em breve, também para IOS.