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Dicas de saúde que as nutricionistas gostariam que você soubesse

Zelo ao corpo, planejamentos e organização são pontos cruciais para quem deseja elevar o bem-estar no dia a dia

Um estilo de vida saudável requer um conjunto de cuidados contínuos. De modo a reunir valiosas dicas para quem pretende implementar mudanças e novos hábitos cotidianos, a supervisora de nutrição e dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, revela o que todo profissional da saúde quer que você saiba:

Alimentação a cada 3 horas: segundo Cintya, esse hábito favorece o bom funcionamento do organismo e evita que sejam cometidos exageros nos horários das refeições principais;

Busca por opções saudáveis: nos intervalos das refeições, são indicadas frutas de baixa caloria e ricas em fibras, como ameixa, pera, goiaba e mexerica, sucos diluídos e sem açúcar, chás gelados e iogurtes desnatados;

Equilibre as porções: “Temos a tendência natural de comer tudo o que está na embalagem, fomos educados assim; porém, é importante escolher porções menores e aprender a comer até estar satisfeito e não ‘cheio’”, destaca a especialista;

Ingestão de água: além da necessidade de hidratação, ela deve ser concentrada no período de intervalo entre as refeições. Assim, “mantemos o organismo hidratado e diminuímos o apetite”, aconselha a supervisora. Tenha sempre uma garrafinha por perto! ;

Consuma alimentos ricos em fibras: eles formam uma espécie de gel no estômago, diminuindo o espaço gástrico e aumentando a saciedade: aveia, pães e biscoitos integrais, soja e barras de cereal light são alguns exemplos desses alimentos;

Consuma oleaginosas: castanha, nozes e avelã, em pequenas porções (cerca de 3 unidades ao dia), são o recomendadas: “Além de fornecer uma boa dose de gordura poli e monoinsaturada, consideradas boas para o organismo, elas são lentamente digeridas, aumentando a saciedade”, esclarece a especialista;

Não exagere no café: um cafezinho faz parte da rotina da maioria dos brasileiros. Porém, a dica é consumir até 3 xícaras pequenas ao longo do dia. “O excesso pode causar irritabilidade e falta de concentração”, pondera Cintya;

Sempre questione se está mesmo com fome: por vezes, a ansiedade e pressão do dia a dia incitam o consumo de guloseimas. Nesses momentos, a busca por lanches saudáveis e pouco calóricos pode ajudar;

Reduza o sal da dieta: “Os alimentos possuem uma quantidade de sal intrínseco e, embora o sal não seja fonte de calorias, favorece a retenção de líquidos, o que pode aumentar o inchaço e até o peso na balança”, explica a nutricionista do São Cristóvão Saúde;

Alguns alimentos devem ser evitados: é o caso daqueles que são ricos em gordura saturada e açúcares, pois além de serem fonte de muitas calorias, em geral trazem poucos nutrientes e benefícios ao organismo. Como exemplos, os alimentos embutidos, frituras, pele de aves, refrigerantes, doces e industrializados.

Anotou as recomendações? Lembre-se de que essas dicas não substituem uma visita periódica a um profissional da saúde, pois apenas em consulta individual é possível saber o que seu organismo necessita para uma vida plena e saudável.

Fonte: Grupo São Cristóvão Saúde

Como evitar a deficiência nutricional em dietas veganas

Com mudança na alimentação, os níveis de ferro, B12 e cálcio podem diminuir

Os veganos não consomem nenhum produto de origem animal, como carne, leite e derivados. Com a falta de determinadas comidas na sua dieta, eles precisam procurar outras fontes que compensem o valor nutricional perdido nessa mudança. É o caso do ferro e cálcio, por exemplo. Ambos são extremamente importantes para o funcionamento do organismo. Portanto, o ideal é procurar um nutricionista para receber as melhores orientações em relação à nova alimentação.

André Nascimento, nutricionista e professor de Nutrição da Uninassau Recife, explica que o ferro é o responsável pela produção de hemoglobinas e energia muscular. Ou seja, não pode faltar de maneira alguma no corpo. Sem ele, o sistema imunológico enfraquecerá. “Algumas opções para essas pessoas são brócolis, couve, leguminosas, aveia, quinoa e castanha de caju, por exemplo. Porém, a absorção do nutriente por meio desses alimentos é um processo lento. O ideal é completar a refeição com frutas e vegetais ricos em vitamina C”, explica.

Em relação ao cálcio, o nutricionista comenta que tem um importante papel no desenvolvimento e manutenção dos ossos. A deficiência pode causar fraturas e o surgimento da osteoporose. “Como os veganos não ingerem o leite de vaca, fonte rica em cálcio, eles podem trocá-lo pelo de nozes ou soja. Para manter o nível do nutriente mais alto, há o tofu, as sementes, os legumes e os cereais para o café da manhã”, afirma. A vitamina B12 e o iodo também precisam ser observados. Enquanto a falta do primeiro pode afetar o sistema nervoso, o segundo tem relação com o hipotireoidismo.

Nascimento reforça que nosso corpo não consegue produzir uma grande quantidade de nutrientes. É por isso que o cardápio deve ser formado por diversos alimentos. No caso da deficiência, sintomas indicarão que sua alimentação não está balanceada. Eles podem ser fadiga, problemas de memória, dor de cabeça, unhas fracas, pele ressecada, entre outros.

Para evitar problemas de saúde, é importante realizar a mudança no cardápio com a ajuda de um profissional. Ele vai indicar os alimentos necessários para manter uma vida saudável, planejar suas refeições e fazer acompanhamentos para avaliar a dieta com o passar do tempo.

Fonte: Uninassau Recife

Pesquisa revela quais são as vitaminas mais recomendadas para os brasileiros

Levantamento da Vitamine-se mostra os suplementos alimentares essenciais na rotina de mais de 60 mil pessoas

Uma pesquisa realizada pela Vitamine-se, startup brasileira que oferece suplementos personalizados, mostrou quais são as vitaminas mais indicadas para os brasileiros. O levantamento foi realizado com uma base de 61 mil respostas do Quiz proprietário da plataforma da empresa e revelou que os 5 compostos mais recomendados são: magnésio quelato, ômega 3, triptofano, vitamina D3 e luteína.

Em 2020, 59% dos lares brasileiros possuíam pelo menos uma pessoa consumindo suplementos alimentares, segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad). Nesse sentido, o site da startup utiliza inteligência artificial e machine learning, aliado a experiência de nutricionistas para personalizar a experiência e recomendar os melhores nutrientes para o usuário — considerando o estilo de vida, objetivos e necessidades de cada pessoa.

“Normalmente, a busca por vitaminas e minerais se baseia em 2 pilares: saúde ou estética. Quando o nosso Quiz recomenda uma vitamina, ele se baseia nas principais preocupações da pessoa, visando o que ela quer resolver. Isso nos mostra que a maioria das pessoas está buscando um estilo de vida saudável, e a suplementação está muito relacionada a isso”, explica Thais Bonelly, Head de Nutrição na Vitamine-se.

E para que essas vitaminas servem? A nutricionista explica:

Foto: Jeltovski

Magnésio quelato: cerca de 60% do magnésio é encontrado nos ossos, enquanto o restante está nos chamados “tecidos moles” — músculos, veias e artérias, pele, articulações e órgãos. O magnésio está presente principalmente em alimentos integrais ou em suplementos. Sua maior funcionalidade é auxiliar no funcionamento neuromuscular e no equilíbrio dos eletrólitos, além de ajudar no metabolismo de proteínas, carboidratos, gorduras e a formação de dentes e ossos;

Ômega 3: segundo o Ministério da Saúde, o ômega 3 é considerado um alimento funcional, o que significa que seu consumo deve ser regulado na dieta. Rico em uma gordura saudável proveniente de peixes, o ômega 3 não é produzida pelo nosso corpo, mas é essencial para uma dieta balanceada. Auxilia na função cerebral e cardíaca;

Triptofano: 40% da população brasileira que sofre com algum transtorno do sono, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A alta procura pelo triptofano se da por ele ser um aminoácido que ajuda na produção da serotonina, neurotransmissor associado ao sono e que também está diretamente relacionado à regulação do humor e ao controle do estresse. Nosso corpo não consegue produzi-lo, então é importante obter através de suplementação ou alimentos ricos;

Vitamina D3: auxilia na formação de ossos e dentes e também na manutenção de níveis de cálcio no sangue. Suplementar pode ajudar a normalizar os níveis de vitamina D em pessoas com deficiência. Além disso, auxilia no bom funcionamento do sistema imunológico, no processo de divisão celular e no funcionamento muscular;

Luteína: essencial para o bom funcionamento do organismo, a Luteína pode ser suplementada se não houver um consumo adequado através da alimentação. Ajuda na saúde da visão, previne o envelhecimento precoce da pele e contribui para a proteção da mesma contra luz UV, azul e radicais livres.

A falta de vitaminas traz diversos problemas para a saúde, pois elas ajudam a manter o equilíbrio de muitas funções corporais. E, para quem quiser descobrir quais as vitaminas mais indicadas, o Quiz da Vitamine-se está disponível clicando aqui.

Fonte: Vitamine-se

Dia da Saúde e Nutrição: 20% de todos os cânceres possuem relação direta com a obesidade

Dados apontam que 13 tipos de câncer são ligados ao excesso de gordura corporal; Especialista comenta como evitar os fatores de risco para uma vida mais saudável

hoje, 31 de março, é o Dia da Saúde e Nutrição, uma boa data para se lembrar que ter uma dieta rica em alimentos que contribuem com o sistema imunológico é fundamental em todos os pilares da vida, sem distinção de faixa etária. A partir dela, é possível evitar a obesidade, prevenir doenças – incluindo o câncer -, ter uma melhor qualidade de vida e diversos outros benefícios.

Considerando a relação entre alimentação e aumento no risco de incidência de câncer, para aqueles que desejam investir em mudanças de hábitos que efetivamente favoreçam seu bem estar, é importante ter bom senso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados se os fatores de risco não fossem aplicados pelos pacientes no dia a dia. Dentre eles, é possível citar: má alimentação, sedentarismo, ingestão de bebidas alcoólicas, alimentos ultraprocessados, entre outros.

Riscos

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números da doença tendem a crescer nos próximos anos. E esse fator vem ainda acompanhado de uma perspectiva ligada ao ganho de peso da população. Ao todo, cerca de 13 tipos de câncer já possuem alguma relação com a obesidade, sendo os mais comuns, os de fígado, mama, tireoide, ovário, rim, pâncreas e estômago.

E essa é uma realidade que tende a evoluir de forma negativa: até 2025 serão 29 mil novos casos de câncer causados pelo excesso de peso (4,6% do total) segundo o estudo epidemiológico, feito em colaboração com a Harvard University (Estados Unidos) e publicado em 2018.

“A obesidade é a segunda maior causa evitável da doença, perdendo apenas para o tabagismo. No entanto, devido a diminuição do número de fumantes, é esperado que nos próximos anos ela seja a condição prevenível mais comum. E, além do câncer, vale lembrar que problemas como diabetes, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e doenças cardiovasculares podem ser evitadas a partir de medidas simples para controle do excesso de peso”, comenta Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.

Prevenção

Segundo o especialista, é imperativo o desenvolvimento de políticas públicas focadas em orientar a sociedade sobre hábitos alimentares pouco saudáveis, como ingestão de gorduras, açúcares e produtos industrializados em excesso. “Fast-food, salgadinhos de pacote, embutidos, sucos de caixinha, refrigerantes e ultraprocessados em geral são os responsáveis pelo aumento da incidência de sobrepeso e obesidade entre a população nos mais diversos países, inclusive o nosso. Estes fatores elevam os riscos de incidência de câncer e devem ser diretamente evitados em todas as fases da vida”, explica.

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer analisou em 2016, através de diversos estudos, evidências comprovando que a ausência de gordura corporal excessiva reduz o risco de câncer. Contudo, a OMS estima que 20% de todos os cânceres possuem alguma relação com a obesidade.

O médico reforça ainda que manter uma alimentação equilibrada é a chave para a diminuição da progressão dos casos de câncer. “A dieta saudável é aquela que o indivíduo tem a orientação de um nutricionista ou nutrólogo e que tenha um cardápio composto de alimentos integrais, frutas, verduras, proteínas de carne branca, além de limitar o consumo de carne vermelha, carnes defumadas e processadas e a ingestão de bebidas açucaradas e alcoólicas em geral”, finaliza Gimenes.

Fonte: Oncoclínicas


Nutrição comportamental: como as emoções influenciam na alimentação

Especialista explica a relação e como o acompanhamento nutricional pode ajudar no processo

É evidente que o estado emocional influencia na forma de se relacionar com o mundo, às vezes mais do que é possível perceber, podendo se tornar uma cadeia de consequências à saúde. Considerando as emoções como fator indispensável para a alimentação, a abordagem comportamental olha além da comida e dieta, buscando entender como e por que o paciente se relaciona de tal forma com os alimentos, para a partir disso, trabalhar suas necessidades.

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Para Fernanda Larralde, nutricionista e parceira da Bio Mundo, franquia de alimentos naturais e saudáveis, é possível perceber muitas pessoas relacionando suas emoções com a alimentação, principalmente, em momento de pandemia. “Não é só sobre comer em excesso, por exemplo. Casos de transtornos alimentares têm crescido todos os anos e, catalogados, somam 12 tipos diferentes. Então, na abordagem comportamental, olhamos primeiro as emoções, pois antes de saber o que comer, é preciso saber o porquê o paciente come”, explica Fernanda.

O acompanhamento periódico do profissional de nutrição é fundamental para entender que a alimentação traz consequências e está diretamente relacionada à saúde e qualidade de vida, muito além do emagrecimento e estética. “Pensar no bem-estar quando falamos na dieta é essencial. A partir disso, precisamos entender como as emoções e comportamentos estão influenciando na ingestão dos alimentos e se há a necessidade do envolvimento de outros profissionais da saúde para um acompanhamento mais eficaz”, comenta a especialista em nutrição comportamental e esportiva.

Segundo a profissional, alguns mitos confundem sobre comer bem e de forma equilibrada. “Muitas vezes, as pessoas relacionam uma alimentação saudável à uma dieta restritiva, o que não a torna sustentável e pode acarretar mais sentimentos incômodos, potencializando a ingestão de alimentos por compulsão”, observa Fernanda, que ainda chama a atenção para quem opta por seguir dietas indicadas por outras pessoas. “Cada corpo é diferente e requer cuidados próprios, por isso a importância de procurar por um profissional que entenderá suas necessidades”, completa.

“Em hipótese alguma deve-se deixar de comer o que se gosta, quanto mais leveza trazer para a rotina alimentar, comendo o que gosta, será muito mais fácil e prazeroso o processo e o alcance os resultados que busca”, acrescenta a profissional.

Foto: Shutterstock

Outro mito bem famoso é que se alimentar bem custa caro. A nutricionista e parceira da Bio Mundo enfatiza que uma rotina com alimentos saudáveis não precisa de grandes investimentos e pode sair mais barato do que comidas industrializadas ou fast food, por exemplo. “É possível montar um cardápio simples, saboroso e ainda variado sem gastar muito. Basta escolher bem o que colocar no prato”, finaliza.

Fonte: Bio Mundo

Especialista dá dicas de mudanças, para melhor, nos hábitos alimentares

Em seu novo livro “Os 7 pilares da saúde alimentar”, PhD em Nutrição Sophie Deram ensina, de forma prática e didática, a se alimentar de maneira saudável e lista os sete passos para fazer as pazes com o peso, o corpo e a comida

A rotina corrida e o ritmo de vida cada vez mais acelerado podem prejudicar os cuidados com nossos hábitos de vida, a rotina e a nossa própria alimentação. Na ânsia de cumprir todas as suas tarefas, muitas pessoas comem “o que veem pela frente”, de forma inconsciente e desconectada com o corpo e suas necessidades. Com isso, as refeições são feitas com pressa, sem reservar um período para se alimentar com tranquilidade, e sem se lembrar de tomar água ao longo do dia para se hidratar. Até mesmo momentos agradáveis, como reservar uma noite da semana para desfrutar de um jantar agradável com amigos e familiares, acabam sendo deixados de lado.

“Rever seus hábitos pode ser uma grande oportunidade para refletir sobre a saúde, o cotidiano e as experiências relacionadas à comida”, analisa Sophie Deram, PhD em Nutrição que acaba de lançar o livro “Os 7 pilares da saúde alimentar”. Na publicação, ela ensina a comer de forma saudável sem neura, de maneira simples e didática, com ferramentas práticas que podem ser inseridas na rotina de qualquer pessoa.

Para ajudar os leitores a superar de vez com as dificuldades em manter uma alimentação balanceada e “fazerem as pazes” com a comida, ganhando em saúde, bem-estar e qualidade de vida, Sophie apresenta em sua nova obra os sete pilares para cada um ressignificar sua relação com o alimento, deixando de lado as “dietas da moda” e os ultrapassados cardápios restritivos. Confira:

Faça as pazes com o seu corpo

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Sophie explica que é muito importante aceitar o próprio corpo para conseguir mudar os hábitos alimentares. Na visão de Sophie, essa transformação só acontece quando se está mais em paz consigo mesmo, pois a saúde não pode ser mensurada em quantos quilos alguém pesa, ou por meio de um comparativo em relação a um outro indivíduo. “As pessoas não podem deixar, por exemplo, de praticar algum esporte ou atividade de lazer porque se incomodam com o próprio corpo. Assumir seu corpo é o primeiro passo para ser bem resolvido e deixar de lado a culpa e a não-aceitação”, ensina. Para a especialista, conectar-se com o organismo é essencial para escutar os sinais enviados por ele- como o cansaço, a fome, a saciedade ou a sede. “Seu corpo é a sua casa, o veículo que leva você aonde quiser ir. Ou seja, sua companhia em todas as ocasiões. Por isso, é fundamental cuidar bem dele”, afirma.

Cuide do seu cérebro; ele controla tudo

O cérebro é o “chefe” do seu corpo. A partir dessa premissa, Sophie esclarece que o estresse do indivíduo aumenta quando ele força o seu organismo a procurar um caminho “não correto”, como a privação de se alimentar em meio à fome. Mesmo assim, muitos insistem em buscar dietas radicais que, para piorar, afetam a autoestima e a confiança. “O cérebro tem memória. Por esse motivo, ele passa a não permitir, a partir de um momento, que a pessoa suporte às restrições depois de algum tempo de dieta. Por isso, cada indivíduo deve desenvolver habilidades para lidar com as emoções. Sabe o que (o cérebro) mais quer? Saúde, bem-estar e paz”, completa a nutricionista.

Pense sustentável; não tenha pressa

O lema “foco, força e fé” tem sido propagado em vários lugares pela indústria do emagrecimento como forma de vender alimentos, dietas e suplementos milagrosos que proporcionem perda rápida do peso não sustentáveis. No entanto, o caminho para alcançar esta meta e, ao mesmo tempo, manter a saúde vai muito mais além, detalha Sophie. “Não acredite em dietas instantâneas, pois não existe nenhum cardápio ou alimento milagroso. Mudanças drásticas não costumam levar a resultados sustentáveis”, alerta. A especialista salienta que emagrecer de forma saudável e duradoura faz parte de um processo de entendimento com seu corpo, e de como ele funciona. A partir daí, é possível traçar metas realistas para perda de peso e mudança de hábitos. “É muito importante dar tempo para o corpo se adaptar às novidades. É possível que se enfrente frustrações e tenha um sentimento de desânimo. É importante estar preparado para isso, e ter paciência com o nosso corpo e a nossa mente quando se fala de perda de peso”, avalia.

Respeite sua fome e viva no presente

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O costume de seguir de forma rígida as regras de alimentação – como comer a cada três horas – confunde a comunicação entre o cérebro e o corpo. A especialista alerta que essa prática atrapalha a percepção de saciedade e fome. “Não sabemos mais se estamos comendo ou deixando de comer porque ouvimos ou lemos por aí que essa é a coisa certa a fazer, ou porque o corpo está pedindo. Passamos a nos alimentar de forma automatizada”, diz. Sophie orienta que é preciso prestar atenção no que se sente na hora de comer, pois pode ser fome de fato, ou só uma vontade de determinado alimento ou até um impulso para aplacar alguma emoção. Para ela, o cérebro da pessoa fica ainda mais “obcecado” por comer à medida em que se faz mais dietas. Consequentemente, há mais risco de desenvolver o que ela chama de “fome emocional”. “A pessoa acaba comendo por outros motivos, como a tristeza, a ansiedade e até mesmo o tédio. Ou seja, não é por fome de verdade ou por vontade. Isso sim leva ao ganho de peso”, afirma a especialista. Sophie enfatiza ainda que o indivíduo precisa se sentir nutrido, saborear e prestar atenção na comida consumida. “É algo importante , pois esse momento precisa ser vivido em paz e porque não com alegria e bem-estar.”

Coma melhor, não menos! Faça as pazes com os alimentos

Foto: Pablo Merchan Montes/Unsplash

Ao se alimentar, não é necessário se preocupar em contar calorias, ou se culpar por repetir o prato. Além disso, a PhD em Nutrição também defende que não existe alimento bom ou ruim. Ela sugere para a pessoa não se importar tanto com as propriedades nutricionais dos alimentos ou se os mesmos engordam ou fazem mal à saúde. “Não se deveria deixar de comer alguma coisa por medo de engordar ou pela culpa. A sugestão é comer de tudo, mas não tudo! É preciso incluir mais alimentos de origem natural, mais comida fresca e caseira, com bastante variedade e qualidade”, pondera. Sophie ressalta que o indivíduo pode se permitir experimentar novos sabores, fazendo um “mix” de alimentos saudáveis, mas sem deixar de fora o que gosta de comer. A ideia do prato colorido é interessante para uma boa alimentação.

Alimente-se de outras energias

Descobrir fontes de prazer que proporcionem bem-estar e ajudem a desviar o foco da comida durante a rotina também é uma excelente pedida, na avaliação da especialista. Sophie ensina que é necessário conciliar exercícios físicos, uma boa alimentação e uma boa noite de sono. “Pergunte a si mesmo se há a sensação de cansaço durante o dia, ou se não seria interessante começar algum tipo de atividade que ajude a relaxar e conectar-se consigo mesmo”, sugere. Para a especialista, movimentar o corpo é a chave para ter mais disposição no dia a dia e melhorar a saúde.

Cozinhe e celebre a comida

Foto: Meetcaregivers

Ganhar qualidade na alimentação é algo muito possível quando se prepara uma comida mais caseira. Sophie detalha que envolver-se em cada etapa desse verdadeiro ritual é uma opção para reinventar sua relação com a comida. Para isso, a pessoa precisa se dedicar desde a compra dos ingredientes até o momento de se sentar à mesa. “Assim, a pessoa tende a comer mais alimentos frescos e menos industrializados, e também ganha autoconfiança e autoconhecimento”, avalia. Sophie diz ainda que cozinhar é uma ótima maneira de fortalecer os vínculos familiares e sociais, e fazer as refeições juntos podem ajudar a comer melhor, e porque não, mais devagar a ponto de saborear o alimento. “O indivíduo passa a prestar mais atenção nas sensações de fome e saciedade”, conta. A especialista sugere ainda para a pessoa se planejar no dia a dia e, dessa forma, entrar nessa dinâmica regular de ir para a cozinha preparar aquilo que come. “A relação com o alimento se transformará por completo, de forma muito positiva. É comprovado que quem cozinha se alimenta melhor, com itens mais saudáveis por serem feitos em casa, e acaba saboreando e tendo mais prazer com cada refeição”.

Fonte: Sophie Deram é autora do livro “O Peso das Dietas”, é engenheira agrônoma de AgroParisTech (Paris), nutricionista franco-brasileira e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) no departamento de Endocrinologia. Além de especialista em tratamento de Transtornos Alimentares pelo Ambulim – Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP, é coordenadora do projeto de genética e do banco de DNA dos pacientes com transtorno alimentar no Ambulim no laboratório de Neurociências.

O que é imprescindível, recomendado, indiferente e desnecessário para emagrecer

Não gaste mais energia e tempo no que não traz resultados: descubra o que realmente é essencial e o que é dispensável no tanto de informações que temos sobre emagrecimento

Metas para emagrecer, mas o que realmente é efetivo para perder peso? “Muitas pessoas começam novos hábitos sem orientação médica e não conseguem manter por muito tempo, principalmente porque fazem restrições altamente pesadas, excluem alimentos ou apostam todas as fichas em chás, termogênicos ou suplementos que, sozinhos, não darão o resultado desejado”, afirma a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

“O mais importante é afastar-se das dietas muito restritivas. Quando há muita restrição, você pode perder peso mais rápido, mas de uma forma não saudável, que pode afetar da imunidade à saúde e beleza da pele, dos cabelos, das unhas. Além disso, elas podem acentuar os episódios de compulsão alimentar depois que o paciente atinge o peso desejado”, acrescenta a médica.

Antes que você comece com a dieta da barrinha de cereal, da banana ou da sopa (ou de alguma outra maluquice), a médica nutróloga diz tudo o que é imprescindível, altamente recomendado, indiferente ou totalmente desnecessário para o emagrecimento saudável. Confira:

O que é imprescindível para emagrecer de maneira saudável

Quando comemos mais calorias do que gastamos, invariavelmente aumentaremos o peso. Por isso, o que é imprescindível para o emagrecimento é o déficit calórico, ou seja, consumir menos energia do que se gasta. “Para entender o déficit calórico, devemos também entender como se dá o balanço energético, que é o cálculo entre as calorias que o nosso corpo gasta para se manter em funcionamento e as calorias ingeridas e podem ocorrer três situações:

1) Balanço energético neutro: ingestão das mesmas calorias gastas, assim ocorre manutenção do peso;
2) Balanço energético positivo: ingestão de mais calorias do que o gasto e assim o peso corporal aumenta;
3) Balanço energético negativo: ingestão de menos calorias do que o gasto e o peso corporal diminui”, explica Marcella.

Existem várias fórmulas para calcular o gasto energético basal, vários equipamentos, programas e aplicativos as fazem com dados simples das pessoas, como idade, altura e peso.

“Os fatores que influenciam no déficit calórico são o gasto metabólico basal, peso, altura, idade, massa muscular, atividades diárias e prática de exercícios físicos”, diz a médica. Por que é imprescindível? “Sem balanço negativo, não ocorre perda de peso”, diz Marcella. “O cálculo de calorias para perder peso é individual e vários fatores interferem. Mas uma redução de 300 a 1000 Kcal ao dia, a depender de todos os fatores citados, aliada a prática de atividade física é suficiente para a maioria das pessoas reduzirem o peso”, explica. “Para ter um bom resultado, saudável e duradouro, o déficit calórico deve ser feito com orientação, através de um planejamento alimentar, da leitura de rótulos e com boas escolhas. A prática de atividades físicas aumenta o gasto e acelera a perda de peso”, diz.

O que é altamente recomendado para a perda de peso

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Apesar do déficit calórico ser fundamental, é altamente recomendado uma dieta sustentável em que a prioridade seja por alimentos saudáveis, ricos em proteínas, fibras e gorduras boas, e que se evite os ultraprocessados, ricos em açúcares e sódio.

“Você pode estar em déficit calórico e comer uma refeição de 300kcal de salada, vegetais e proteínas magras ou 300kcal de algodão doce, mas o efeito metabólico não será o mesmo. Alimentos de calorias vazias, sem nutrientes, ricos em carboidratos simples aumentam o pico de insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas que leva a glicose para as células do corpo, estimula as células adiposas a formarem mais gorduras e pode contribuir para o aumento do apetite”, afirma.

E completa: “Além disso, os carboidratos simples têm um tempo de digestão menor e isso interfere na saciedade, o que pode fazer com que você se sinta com fome logo após ter comido. Você pode até chegar no seu objetivo, mas se seus hábitos alimentares incluem carboidratos simples em excesso, dificilmente você manterá o peso de forma sustentável e duradoura, além de poder ter outros problemas de saúde, como diabetes e doenças metabólicas”.

O segundo ponto altamente recomendado é a ingestão adequada de proteínas. “O consumo diário de proteínas deve ser individualizado e específico, levando em consideração: a idade da pessoa, o gênero, a atividade física, a profissão, o estado de saúde e os objetivos pessoais. As necessidades diárias podem ir de 0,6 a 2g por quilograma ao dia e dependem de vários fatores. Ou seja, uma pessoa com 60kg pode consumir de 36 a 120g de proteína diariamente”, afirma a médica.

“Existem estudos que concluem que regimes hiperproteicos favorecem uma maior preservação da massa magra e maior perda de gordura. No entanto, produzir evidência científica neste campo é bastante difícil, pois não há um consenso que quantifique e qualifique as dietas hiperproteicas e os estudos rigorosos em humanos a longo prazo são escassos”, afirma a médica.

Botswanayouth

O consumo diário de frutas, vegetais e legumes também é importante, já que os micronutrientes (vitaminas, minerais e antioxidantes) presentes nesses alimentos realizam diversos efeitos metabólicos, incluindo a saciedade e regulação dos níveis de açúcar no sangue.

Outro ponto importante para o emagrecimento é a prática de atividade física, principalmente com exercícios de força, que vão ajudar a formar massa magra e diminuir gordura. “Quanto maior for a quantidade de músculos no corpo de uma pessoa, mais calorias ele será capaz de queimar ao longo do seu dia, mesmo quando não estiver malhando. O estímulo muscular queima calorias. Ao realizar um treino de força, você utiliza grande quantidade de oxigênio, acelerando o metabolismo. Ou seja, há um aumento da taxa metabólica e do gasto calórico”, afirma Marcella.

Trabalhar em algum treinamento HIIT, o famoso treino intervalado de alta intensidade, também pode ser importante para ativar seu metabolismo para queimar mais gordura. Uma sessão de 15 a 20 minutos intercalando alta e baixa intensidade, mas sempre na maior frequência que você aguentar, queima tantas calorias quanto uma hora de corrida.

“E os exercícios físicos também são importantes para controlar o estresse, que também atrapalha a perda de peso”, acrescenta.Também é altamente recomendado dormir bem, pelo menos sete horas por noite. O papel do sono (e do horário em que se dorme) na saúde metabólica das pessoas vem sendo objeto de estudo há anos, mas acredite: para muitas pessoas a quebra desse padrão normal do ciclo vigília e sono resulta invariavelmente em um ganho de peso e problemas fisiológicos.

“Existem diversas consequências por causa da quebra desse ritmo do nosso ciclo circadiano, que levam a várias alterações fisiológicas e metabólicas. Quando há uma grave perturbação da ordem temporal, bioquímica, fisiológica e dos ritmos comportamentais, isso mexe também com a expressão de alguns genes que regulam nossas vias metabólicas e nossos hormônios. Muitos pacientes que enfrentam mudanças nesse ciclo não conseguem seguir um plano alimentar, têm maior carga de estresse e impulsos alimentares”, diz a médica.

Outro ponto recomendado é verificar se está tudo certo com sua saúde. Por exemplo, se você sofre de problemas de tireoide e está tentando perder peso, é importante enfatizar que essas coisas nem sempre andam de mãos dadas. “Quando sua tireoide está lenta, tudo desacelera. Isso inclui a taxa na qual você queima calorias e seu metabolismo, ambos fatores que podem impedir sua capacidade de diminuir os números da escala”, diz a médica. Portanto, convém consultar seu médico se você tem sido consistente com sua dieta e exercícios, mas ainda não está obtendo os resultados desejados: pode ser sua tireoide.

O que é indiferente para emagrecer

Você reparou que até agora não tocamos nos assuntos ‘jejum intermitente’, ‘low carb’, ‘dieta mediterrânea’, “dieta vegana”, “comer de três em três horas” e ‘detox’? Pois é, tanto faz você usar qualquer uma dessas estratégias, pois elas podem ou não dar certo. “Tudo vai depender da relação entre o gasto e o consumo calórico. No entanto, você pode se adaptar melhor a um tipo de dieta do que a outro, e isso é importante para que você se mantenha saudável e evite ganhar mais peso após emagrecer”, afirma Marcella.

“O mais importante é que o plano alimentar priorize alimentos saudáveis na quantidade, qualidade e particularidades que seu corpo precisa. Uma dieta desequilibrada, tanto vegetariana ou onívora, pode ser a principal origem de carências e consequentemente de doenças. Independente da opção alimentar pessoal, as escolhas devem compor um hábito de consumo variado, equilibrado e o mais natural quanto for possível”, conta a médica.

O número de refeições também é indiferente, o que importa é você se sentir confortável, consumir as calorias necessárias em alimentos que forneçam nutrientes para o seu corpo: você pode ter cinco refeições ao dia ou fazer jejum intermitente (e ter uma). “Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco, publicou um estudo no ano passado e descobriu que o jejum intermitente não é melhor para a perda de peso do que comer refeições consistentes, mas adequadas a um consumo calórico menor que a taxa metabólica basal, ao longo do dia”, explica.

O estudo Effects of Time-Restricted Eating on Weight Loss and Other Metabolic Parameters in Women and Men With Overweight and Obesity, publicado no JAMA Internal Medicine, teve como objetivo determinar o efeito da alimentação com restrição de tempo na perda de peso e saúde metabólica em pacientes com sobrepeso e obesos. “Aliás, o que importa não é o jejum em si, mas o quanto você come no período em que não está fazendo jejum. Se você passar das calorias diárias, vai aumentar o peso”, diz a médica.

Refeições pré e pós-treino também são indiferentes para a perda de peso, assim como os suplementos utilizados – que podem ajudar, mas não são imprescindíveis. “Fazer aeróbico em jejum ou não também não está relacionado a uma queima maior de calorias. Essa prática tem maior relação com o modo como cada pessoa se sente mais confortável ao fazer a sua atividade física”, afirma a médica.

O que é desnecessário e dispensável para eliminar os quilos a mais

Excluir alimentos ou grupos alimentares completamente da dieta não é a melhor pedida. “Quando alguém está buscando emagrecer, pode parecer que a restrição é a única maneira de permanecer firme em busca do objetivo. Mas, na verdade, se você quer perder peso, ser rigoroso demais com cada pedacinho que passa pelos lábios pode sabotar seus objetivos – sem mencionar sua autoestima”, afirma a médica.

O grande problema é o sentimento de culpa quando colocamos alguns alimentos na lista de proibidos e não conseguimos respeitar esse bloqueio. “Uma das respostas mais comuns à culpa dos alimentos é sair do controle. Se as pessoas comem um pedacinho de bolo, pensam que estragaram tudo e isso pode ser um gatilho para o descontrole: elas pensam que se já jogaram a dieta de hoje fora, podem comer ainda mais”, diz ela. Mas fique atento: uma coisa é ultrapassar 100 kcal do que você deveria comer em um dia, outra bem diferente é comer 1500 kcal a mais. “Esse sentimento de culpa pode levar a consumir mais calorias do que você faria se apenas tivesse curtido comer algo saboroso sem ser tão emocionalmente carregado”, comenta a médica.

Outro ponto sobre a exclusão dos alimentos é que isso pode favorecer episódios de compulsão alimentar. É necessário ter prazer ao seguir um novo plano alimentar, afinal se seu objetivo for só chegar a um determinado peso, quando você alcançá-lo, pode experimentar episódios de obsessão que eram comuns antes da dieta. “No geral, restrição alimentar excessiva, rápida perda de peso, dietas radicais e obsessão com o peso e a forma física são sinais de transtornos alimentares”, diz a médica.

Nesse sentido, também é muito inadequado o tal “dia do lixo” – prática comum entre quem começou a seguir uma dieta e quer um dia como válvula de escape. O dia do lixo pode ser especialmente prejudicial para pessoas que já sofrem de compulsão alimentar, pois o alto consumo de calorias de uma vez só pode ser um gatilho para o transtorno. “O mesmo vale para pessoas que estão tentando, por exemplo, reduzir o consumo de açúcar, já que a ingestão de grandes quantidades da substância em um dia pode gerar um efeito rebote no organismo, com a reativação dos mecanismos de recompensa ligados ao ingrediente e o retorno do desejo por doces no dia seguinte”, explica a médica. “Além disso, esses grandes desvios da dieta no início do emagrecimento podem atrasar a perda de peso, o que pode desestimular algumas pessoas a continuarem no processo”, explica a médica.

Não se engane: chás e termogênicos não fazem milagres, ao mesmo tempo em que cinta modeladora e gel redutor não têm efetividade para diminuir o peso corporal. “O que importa no emagrecimento é o que você deixa de comer em excesso e os novos hábitos adquiridos, pois não existe uma fórmula ou um alimento mágico que te faça emagrecer”, completa a médica.

Por que parou de funcionar?

Por fim, a médica lembra que diminuir as calorias pode fazer com que o corpo se adapte a essa nova fase após alguns meses e reduza sua taxa metabólica, então é importante dar novos estímulos: seja aumentando o gasto calórico com treinos aeróbicos e de força ou buscando auxílio médico.

“Se você achar que nada está funcionando, mesmo depois de fazer os ajustes necessários (por exemplo, sono, dieta, ingestão de calorias), o ideal é procurar um médico nutrólogo. Ele pode ajudá-lo a desenvolver um plano mais específico e adequado às necessidades do seu corpo. Em última análise, você deve ter em mente que perder peso é um processo totalmente individualizado. Sua jornada para perder peso não será como a de qualquer outra pessoa. Tente não se concentrar no seu amigo ou no influencer que você segue no Instagram. As pessoas ficam frustradas quando chegam ao quinto dia de uma nova maneira de comer e não perdem 2,5 quilos. Comparar-se com os outros pode pôr tudo a perder”, diz a médica.

Tenha paciência! “A perda de peso leva tempo e consistência, e muitas vezes a velocidade com que você perde peso também está um pouco fora de seu controle”, finaliza a médica.

Fonte: Marcella Garcez é médica Nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da Abran. Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo.

Nutricionista da Herbalife dá dicas para reforçar as defesas por meio de uma boa alimentação

Uma alimentação saudável é essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico, segundo Susan Bowerman, diretora sênior global de educação e treinamento em nutrição da Herbalife Nutrition.

“Quando paramos para pensar em tudo o que esse sistema faz por nosso corpo, é fácil perceber por que precisamos tanto dele. Afinal, ele funciona como um pequeno exército que protege o organismo, identificando qualquer coisa estranha – vírus, bactérias ou parasitas – os encontra e faz o possível para destruí-los”, afirma a diretora.

Susan explica, ainda, quais características deve ter a dieta de uma pessoa que deseja melhorar seu sistema imunológico. “Seu corpo depende dos nutrientes adequados e de um estilo de vida saudável para ter uma boa defesa”.

Por isso, invista nos seguintes alimentos:

Proteínas: o sistema imunológico possui glóbulos brancos que atuam como “forças especiais” que produzem anticorpos para identificar e destruir vírus e bactérias. Os anticorpos são proteínas, por isso é necessário que a dieta tenha quantidades adequadas desse nutriente para produzi-los. As proteínas são formadas por aminoácidos; nove dos quais são chamados “aminoácidos essenciais” e devem ser consumidos por meio dos alimentos, pois o corpo sozinho não pode produzi-los. Algumas boas fontes são peixes, aves, carnes magras, ovos, legumes, soja e laticínios. As proteínas de origem animal têm todos os aminoácidos essenciais nas proporções certas. Já as proteínas vegetais, devem ser combinadas para fornecer todos os aminoácidos essenciais, com exceção da soja que tem todos os aminoácidos essenciais de forma balanceada.

Frutas e vegetais: são elementos-chave ao corpo, pois fornecem diferentes vitaminas e minerais que contribuem para o funcionamento do sistema imunológico. Entre eles está a vitamina A, que contribui para a saúde da pele e dos tecidos do trato respiratório e digestivo, e atuam como a primeira linha de defesa; A vitamina C, que promove a produção de anticorpos, além da vitamina D, folato, vitamina B6 e B12. As frutas e os vegetais também fornecem fitonutrientes, substâncias bioativas importantes que atuam como antioxidantes.

Lácteos: manter o sistema digestivo em boas condições é importante para a função imunológica. Nele existem trilhões de bactérias que atuam em inúmeras funções na promoção da saúde. Algumas ajudam a digerir as fibras dos alimentos, enquanto outras produzem certos nutrientes, como a vitamina K. E quando o organismo é povoado por essas bactérias “boas”, elas eliminam as bactérias potencialmente perigosas que tentam entrar no trato digestivo.

Algumas das melhores fontes de “bactérias do bem” são produtos lácteos, como o iogurte natural e o kefir. Antes de tentar qualquer coisa ou comida nova, lembre-se de perguntar ao seu médico se você pode consumi-los e qual é a quantidade recomendada. Também é importante lembrar que algumas pessoas sofrem com condições de saúde que afetam suas defesas. Nesses casos, a dieta sozinha não consegue melhorar a função de um sistema imunológico comprometido. No entanto, nas pessoas saudáveis, comer bem pode ajudar a manter o sistema imunológico forte.

Vitaminas e minerais que fortalecem o sistema imunológico

Stocksy

Vitamina A: uma das principais funções da vitamina A é sua contribuição para a visão e a saúde da pele. Também ajuda o sistema imunológico e nas mucosas, que atuam como barreiras contra infecções.
Onde é encontrada: a vitamina A é encontrada em alguns alimentos de origem animal, como fígado, ovos e manteiga, pronta para o corpo usá-la. Mas a maioria das pessoas a obtêm na forma de betacaroteno.

Betacaroteno: poderoso antioxidante e também uma substância precursora da vitamina A que ajuda o corpo a atingir o nível ideal da mesma. O benefício de fornecer vitamina A na forma de betacaroteno é que o corpo transforma apenas o necessário, eliminando o resto (processo conhecido como homeostática).
Onde é encontrado: em frutas e vegetais alaranjados e amarelos, como cenoura, abóbora, pimentão e laranja. Também está presente em vegetais de folhas verdes, como espinafre, alface, brócolis e em suplementos alimentares.

Vitamina C: necessária para o crescimento e reparo de tecidos, ajuda na absorção de ferro e é um importante antioxidante. O corpo não produz nem armazena vitamina C, portanto, é muito importante incluir alimentos ricos nela na dieta diária.
Onde é encontrada: em frutas e verduras, como melões, morangos, kiwi, frutas cítricas, tomates, repolho, couve-flor, pimentão, melancia, mamão e couve-de-bruxelas.

Selênio: oligoelemento essencial, ou seja, um elemento necessário em quantidades muito pequenas obtido por meio dos alimentos. Contribui para produzir enzimas antioxidantes, importantes para prevenir danos às células, para a produção normal de espermatozóides, para manter cabelos e unhas saudáveis, mas também para o funcionamento normal do sistema imunológico e da tireoide; E ainda protege as células dos danos causados pela oxidação.
Onde é encontrado: vegetais, peixe, marisco, carne vermelha, grãos, ovos, frango, fígado e alho.

Zinco: mineral essencial, cumpre inúmeras funções em nosso corpo: é importante para cabelos, unhas, pele e ossos. Ajuda na fertilidade, na síntese de proteínas, no crescimento e reparo de tecidos e no metabolismo de macronutrientes (proteínas, gorduras e carboidratos), além de ter um papel importante para o sistema imunológico funcionar corretamente.
Onde é encontrado: alimentos ricos em proteínas contêm grandes quantidades de zinco. Carne vermelha, porco e cordeiro, nozes, grãos integrais, legumes, fermento e a maioria das aves e peixes. Laticínios e ovos também contêm zinco, mas em menor quantidade. Alguns cereais e leguminosas fornecem o nutriente, mas contêm “fitato”, substância que dificulta sua absorção.

Existe uma grande variedade de produtos no mercado, como o Multivitaminas Herbalife Nutrition, que fornece 22 vitaminas e minerais para contribuir para uma boa nutrição.

Fonte: Susan Bowerman é Diretora Sênior Global de Educação e Treinamento em Nutrição da Herbalife Nutrition. Estudou biologia com honras e se formou como Mestre em Ciência e Nutrição de Alimentos pela Universidade Estadual do Colorado. Nutricionista certificada pela Academia de Nutrição e Dietética como especialista Nutrição Esportiva, Obesidade e Controle de Peso. Diretora assistente do Centro de Nutrição Humana da Universidade da Califórnia. Professora assistente de nutrição na Universidade Pepperdine e de nutrição do Departamento de Ciência e Nutrição de Alimentos da Universidade Politécnica Estadual da Califórnia.

Coremu: Unifesp seleciona graduados em Psicologia, Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia entre outros

Prova online proporciona a candidatos de todos os cantos do Brasil a possibilidade de concorrer a uma vaga de residência em uma das melhores universidades do país sem precisar sair de casa

Estão abertas as inscrições do Processo Seletivo Residência Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional de Saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) 2020-2021.

A Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) informa que as inscrições vão até às 18 horas do dia 14 de janeiro de 2021 e devem ser feitas pelo site.

A prova objetiva será realizada em 24 de janeiro, remotamente, por meio de plataforma online de prova, com início às 9 horas (horário oficial de Brasília/DF) e terá duração total de três horas ininterruptas, contadas a partir da autorização do seu início.

Como a prova será online, candidatos de todos os cantos do Brasil podem concorrer a uma vaga de residência em uma das melhores universidades do país sem precisar sair de casa.

São 191 vagas e as oportunidades são para graduados em:

CARDIOLOGIA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia ou Psicologia.
CUIDADOS INTENSIVOS DE ADULTOS
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia ou Psicologia.
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS CLÍNICOS E CIRÚRGICOS
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Fisioterapia ou Nutrição.
ENVELHECIMENTO
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia ou Serviço Social.
NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Fisioterapia ou Fonoaudiologia
ONCOLOGIA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia ou Serviço Social
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição ou Psicologia.
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Fisioterapia ou Farmácia
SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição ou Serviço Social.
SAÚDE MENTAL
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Psicologia ou Terapia Ocupacional.
TRANSPLANTE E CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia ou Psicologia.
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia ou Serviço Social.
ENFERMAGEM NEONATOLÓGICA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem.
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Enfermagem.
FÍSICA MÉDICA – RADIODIAGNÓSTICO
Oportunidades para graduados em um dos seguintes cursos: Física Médica.

Mais informações estão disponíveis no edital, que pode ser baixado em pdf, clicando aqui.

A residência multiprofissional em saúde e uniprofissional são modalidades diferenciadas de formação, oferecendo aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos, sobretudo favorecendo uma articulação entre a academia e os serviços que atendam as diretrizes do SUS. Os programas são orientados por uma visão diferenciada na qual as diversas profissões devem efetivamente estar integradas para o cuidado do usuário do SUS.

A FapUnifesp (Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo) viabiliza a realização deste e de outros projetos e eventos da Unifesp.

Informações: FapUnifesp

Especialistas apresentam dicas de como manter alimentação equilibrada e receitas em e-book grátis

Profissionais alertam para os cuidados em relação às refeições em tempos de pandemia, armazenamento e higienização dos alimentos

Com a aproximação das festas de final de ano, é hora de começar a pensar não só no cardápio das ceias, mas em como manter uma alimentação nutritiva e equilibrada. Também há preocupação com a higienização dos alimentos, que dentro do cenário de pandemia, os cuidados devem ser ainda mais redobrados.

Com o objetivo levar sua expertise em alimentação para incentivar melhorias no bem-estar das pessoas, a Sodexo On-site, líder em serviços de Qualidade de Vida por meio de serviços de alimentação e facilities, reuniu seu time de especialistas nutricionistas e chefs e estruturaram uma série com dicas de nutrição, saúde e bem estar, que reforçam a importância de refeições balanceadas e nutritivas durante as confraternizações de final de ano, e orientações para intensificar a higienização dos alimentos.

=Alimentação durante as festas

Salada de Frutas com Creme de Iogurte de Coco (receita disponível na página 32 do e-book)

Com a grande variedade de pratos oferecidos nas ceias de Natal e Ano Novo, é comum que a maior parte das pessoas não consigam seguir uma alimentação balanceada. e nutritiva, composta de proteínas, carboidratos, gorduras boas, fibras, vitaminas e minerais. Para montar uma refeição saudável durante as festas, é importante lembrar que um prato equilibrado deve ser composto 50% por vegetais crus e cozidos, 25% de proteínas, como carnes, peixes, ovos, entre outros, e 25% de carboidratos, de preferência integrais. Na sobremesa, pode-se optar por frutas.

=Saúde e equilíbrio

Para evitar um possível desequilíbrio na alimentação, é recomendado evitar longos períodos em jejum. Uma dica é fazer um lanche saudável, como um snack de castanhas caramelizadas com açúcar de coco, antes de sair de casa, pois isso ajuda nas escolhas e no consumo moderado dos alimentos. Para colorir e enriquecer os pratos das ceias, as saladas são ótimas opções. Além de serem ricas em nutrientes, elas ajudam a aumentar a saciedade e melhorar o processo digestivo. Durante a escolha das proteínas, as carnes magras devem ser priorizadas, sempre retirando as gorduras. As receitas você pode conferir a partir da página 18 do e-book.
Outro ponto importante é a hidratação. A ingestão de bebidas alcoólicas deve ser controlada e intercalada com água e outras bebidas não alcoólicas, como sucos naturais com as frutas da época.

Coquetel tropical sem álcool e sem açúcar (receita na página 35 do book)

=Vitaminas e minerais para uma ceia nutritiva

Neste ano atípico, a alimentação equilibrada se tornou ainda mais importante e essencial para reforçar a imunidade. Entre os nutrientes necessários para a manutenção do sistema imunológico, estão:

Vitamina A – Pode ser encontrada em cenouras, batata doce, folhas de brócolis, manga, couve fígado, gema de ovo, leite e derivados.
Vitamina C – Kiwi, goiaba, brócolis, frutas cítricas, frutas vermelhas, talos de cove e salva.
Vitamina D – Peixes, ovos, lácteos, fígado e cogumelos.
Vitamina E – Azeite de oliva extravirgem, castanhas, avelã, semente de girassol e abacate.
Zinco – Camarão, peixe, fígado, sementes, castanhas, grãos integrais e cereais.
Ômega 3 – Peixes, castanhas, amêndoas, nozes, sementes e linhaça.
Prebióticos* – Trigo, cebola, banana, mel, alho e raiz de chicória.
Potássio – Ameixa, frutos do mar, amêndoas, acelga e amendoim.

*Bactérias do bem (probióticos) localizadas em nosso intestino formam uma barreira contra muitos organismos agressores de nosso organismo. Essas bactérias por sua vez se alimentam de fibras alimentares (prebióticos) presentes em frutas, legumes, verduras, aveia e outros cereais integrais. Por isso é fundamental consumir alimentos in natura ou minimamente processados, que oferecem um teor maior de fibras. São prebióticos os compostos com o FOS – frutooligossacarídeos (presente na agave-azul, batata yacon, alho, cebola, banana e tomate, entre outros) e a inulina (encontrada em alimentos como chicória, alho, cebola, inhame, banana e outros). Sobre os alimentos classificados como probióticos, são aqueles que contêm os microrganismos do bem. Estão presentes em iogurtes, kefir e alimentos fermentados, como os pães feitos com levain (fermentação natural).

Compras e higienização de alimentos

Antes de ir ao mercado, a dica é fazer uma lista dos itens necessários para as ceias ajuda a combater o desperdício e não cair em promoções de produtos que não serão utilizados.
Para a higienização, as embalagens devem ser lavadas com água e sabão ou limpas com álcool 70% antes de serem guardadas no armário ou na despensa. Frutas, legumes e verduras devem ser lavados em água corrente e higienizados com uma solução clorada, que deve ser diluída conforme as instruções do produto.

Atenção ao rótulo dos alimentos

Ficar de olho nos rótulos dos alimentos também faz parte da construção do hábito de manter uma alimentação equilibrada. Conhecer o que há por dentro da embalagem facilita a decisão no ato da compra. Nas novas regras de rotulagem nutricional, a embalagem deve conter um símbolo informativo na parte da frente do produto, esclarecendo de forma clara e simples, sobre o alto teor de nutrientes que têm relevância para a saúde.

O material completo com todas as dicas e receitas nutritivas pode ser baixado clicando aqui. As nutricionistas idealizadoras, Antonia Francisca Cavassim, Beatriz Mastoeni, Claudia Musa, Giselle Cassitas Duarte e Lais Augusto estão à disposição para informações e entrevistas.

Fonte: Sodexo On-site Brasil