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5 maneiras de avaliar se a psicoterapia está funcionando

O professor de psicanálise Ronaldo Coelho apresenta maneiras e pontos importantes de avaliar se a psicoterapia realmente está surtindo efeito.

Como julgar a real necessidade da terapia?
Sentimentos de bloqueio a si mesmo, percepção de que todos os dias não estão sendo tão produtivos como eram antes, sentimento de emoção instável, insegurança e/ou pessimismo são alguns dos sinais que a terapia pode ser uma boa alternativa para driblar isso tudo e salvar a saúde emocional.

Ilustração: Serena Wong/Pixabay

Autoconhecimento, confiança e responsabilidade nas ações
Iniciado o processo, quando a relação com os outros começa a se fortalecer e o paciente começa a estabelecer novos relacionamentos mais facilmente e as pessoas próximas começam a responder às melhorias que observam. Outro ponto é saber lidar com as situações que normalmente incomodavam, mas que agora são facilmente encaradas. E mais: quando a pessoa aprende a aceitar que pode ser o único responsável pelo que sente é mais um sinal que de a terapia está dando certo.

Entre uma sessão e outra
Se intervalo entre as sessões são momentos que deixam tão bem quanto o momento das conversas é um sinal de que toda a terapia está sendo transportada para a rotina. É um excelente sinal, segundo Ronaldo. “Alguns dizem que é entre as sessões que a terapia realmente acontece”, fala.

Mudanças de pensamentos e de comportamentos
Se os pensamentos negativos ou destrutivos, estão dando mais lugar para os positivos e construtivos esse é um bom indicativo de que as coisas estão melhorando. Se ainda, os hábitos ruins estão ficando para trás, então, esse é um sinal positivo de que a terapia está funcionando.

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Como saber a hora de parar
Terapia não tem tempo estabelecido. Pode ser curta e surtir efeito ou necessitar de mais tempo para que todas as questões sejam trabalhadas. Mas, de modo geral, é natural a sensação de força que invade quem está se sentindo pronto para encarar o mundo sem a necessidade da ajuda da psicoterapia. Já outros, podem sentir que nenhuma mudança tenha mesmo que ocorrer dentro de si para que se sinta pronto. A não mudança, nesses casos, é exatamente o ganho obtido na psicoterapia. Esse pode ser um caso em que o paciente fique com a sensação de que a terapia não está funcionando, mas a mudança mesmo nem sempre é algo que se modifique — de fato.

Como funciona e quais são os benefícios da musicoterapia?

A música tem uma grande influência na vida das pessoas, podendo ajudar na saúde mental

Quando estamos felizes, procuramos escutar canções animadas. Em momentos de tristezas, escolhemos as que cantam letras mais melancólicas. O som ativa diversas áreas do cérebro, mexendo com as emoções, os comportamentos e até mesmo a saúde mental. Ele tem um poder terapêutico que pode ajudar as pessoas com ansiedade ou depressão.

Ana Cláudia Alexandre, doutoranda em Psicologia Clínica e coordenadora do curso de Psicologia da Uninassau Olinda, explica que a musicoterapia é um método bastante indicado pelos profissionais da área.

“A canção deve ser escolhida de acordo com a situação do paciente. O objetivo é fazer com que a melodia acalme a pessoa, trazendo uma sensação de conforto e bem-estar. Se a insônia for um dos sintomas, a dica é que ela coloque uma música mais suave durante a noite com o intuito de relaxar o corpo”, detalha. A psicóloga reforça que esse é um tratamento adicional, ou seja, deve ser acompanhado por medicamentos prescritos.

Escrever os pensamentos em forma de música também é algo trabalhado na musicoterapia. “Muitas vezes, as pessoas não conseguem falar o que sentem, mas têm uma facilidade em colocar os sentimentos em um papel. Durante as sessões, o paciente ainda pode procurar melodias e ir criando, aos poucos, sua própria canção”, afirma Ana Cláudia.

A coordenadora reforça que ouvir músicas é uma ótima forma de lidar com os próprios sentimentos e ainda permite que as pessoas se comuniquem por meio delas. Esse tratamento vem ganhando espaço e trazendo bons resultados. Por isso, sempre que possível, é indicado separar um tempo para as canções com o objetivo de estimular o seu corpo.

Fonte: Uninassau Olinda

Conheça o impacto das redes sociais na alimentação das pessoas

A “vida perfeita” publicada nos apps faz com muitos sejam rígidos com sua dieta

É grande o número de brasileiros que sofrem de transtornos alimentares, principalmente quando se trata de mulheres e adolescentes. Isso ocorre quando a pessoa tem problemas em aceitar o seu próprio corpo, decidindo fazer um regime alimentar rígido e sem acompanhamento profissional. Essa escolha pode resultar na anorexia, vigorexia, bulimia e ortorexia, além de afetar a saúde mental.

Márcia Karine, psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia da Uninassau – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, comenta que os posts publicados nas redes sociais têm uma parcela de culpa em relação aos distúrbios. “As pessoas vendem sua própria imagem no Instagram e em outros aplicativos. Elas compartilham fotos de corpos bem definidos, muitas vezes com edições para esconder as ‘imperfeições’, e estimulam a realização de procedimentos estéticos. A harmonização facial, por exemplo, é uma técnica que vem fazendo grande sucesso entre os famosos. Tudo isso pode ser tornar um gatilho para quem é insatisfeito com o próprio corpo”, explica.

Quando isso acontece, a pessoa fica com medo de ganhar peso e diminui drasticamente a quantidade de comidas nas suas refeições. Além disso, se exercita em excesso para compensar as calorias recebidas; tenta emagrecer por meio de métodos inadequados; ou se alimenta compulsivamente, ficando arrependida em seguida.

“Esses distúrbios, além de impactarem a alimentação, podem causar problemas mentais, como ansiedade, depressão e transtorno bipolar. Ao notar que alguém está passando por essa dificuldade, é importante conversar e fazer com que aceite procurar profissionais que possam ajudar. Em alguns casos, um psicólogo nem sempre é o suficiente, sendo necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar”, explica Márcia.

A psicóloga indica que, para um uso saudável das redes sociais, as pessoas devem deixar de seguir todas as contas que consideram um gatilho, ou seja, trazem desconforto, mexem negativamente com sua autoestima e causam ansiedade.

Fonte: Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista

4 hábitos que aumentam a ansiedade e sugam sua energia

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. No primeiro ano da pandemia, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um estudo recente da OMS.

“Se já não bastasse o mundo caótico nos deixando em constante estresse, ainda temos que lidar com nossos próprios desafios, como hábitos e comportamentos adquiridos ao longo da vida e que se internalizam, sendo que muitos deles nos impactam negativamente e nem percebemos. São práticas tão automáticas que já viram rotina, mas vão sugando nossa energia diariamente”, afirma Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Segundo ela, o primeiro passo é reconhecer os hábitos nocivos, perceber seus efeitos negativos e se prontificar às mudanças. Para isso, a psicóloga listou alguns dos comportamentos que trazem prejuízos na qualidade de vida, mas que podem ser revertidos:

Sabotar a hora de acordar
Quando você faz isso, inconscientemente quer reivindicar o controle da sua vida, como se pensasse “eu decido a hora de levantar”. O problema é que esse hábito faz você entrar em um modo automático de procrastinação e deixar tudo para mais tarde. É realmente dessa forma que você quer começar seu dia? Levantar assim que o despertador toca interrompe esse processo e ajuda a começar o dia com tempo suficiente e sem correria. “Adotando isso como regra de vida, passamos a diminuir uma tendência de pensar excessivamente sobre cada detalhe, o que muitas vezes nos paralisa, e partir para a ação no momento em que ela nos chama, decisão que fará toda a diferença quando temos metas a cumprir”, diz Monica Machado.

Lotar a agenda sem incluir tempo para você
Passamos muito tempo envolvidos com detalhes da rotina, do trivial e do outro, o que não só reduz nosso tempo, como desvia a atenção do autocuidado. Se não dedicamos tempo para nós e para o que desejamos, ao final do dia só o que sentimos é um vazio, apesar de termos feito mil coisas. “Bloquear momentos para nós e para nossas prioridades não é egoísmo, é oxigênio para nossa vida. Se cuidamos de nós, estamos mais potentes para cuidar dos outros. Nossos dias passam a ter mais significado e experimentamos a sensação de satisfação por estarmos caminhando rumo ao nosso objetivo, incluindo nós mesmos”.

Alimentar pensamentos negativos
Quando você define uma lente pela qual enxergará o mundo, seu cérebro começa a captar as coisas sempre focado nela. E sempre que acontece algo que valida essa lente, ele manda sinais para prestarmos atenção naquilo. O resultado é que o pensamento negativo gera resultados negativos, que confirmam nossos pensamentos negativos, nos colocando em um espiral direto para o fundo do poço. Passamos a ver só o que é ruim e o que dá errado. “A boa notícia é que o contrário também é verdadeiro. Se focarmos no lado bom das coisas, temos a tendência de ver o copo meio cheio. Um exercício fácil e poderoso para entrar nesse novo modo é praticar a gratidão. Você pode começar agradecendo diariamente por 3 coisas bacanas que aconteceram no seu dia”, aconselha Monica.

Comparar-se aos outros e tentar fazer igual
Com as redes sociais nos dando acesso a todas e todos, cair nessa armadilha é muito fácil. Muitas vezes deixamos de ser nós mesmos para tentar agir/ser como alguém que é mais famoso, bonito ou bem-sucedido. Esse é um dos hábitos mais destrutivos que podemos ter. “A comparação e a cópia matam sonhos, paralisam e deixam o mundo mais pobre, pois todos perdem quando um ser humano decide não expressar sua criatividade original. Você nunca será uma melhor versão da pessoa que você copia. O que você faz e fala, o post que você publica, a roupa que você veste, tem que ter a sua cara. Sua força está na sua autenticidade”, finaliza Monica Machado.

Psicóloga e especialista do sono aponta 4 motivos que podem causar insônia

A insônia é um dos quadros mais graves do sono e que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Apesar de não ser o único problema relacionado ao sono, é certamente um dos mais presentes na vida de quem não consegue dormir.

Para Laura Castro, psicóloga e sócia-fundadora da Vigilantes do Sono, primeiro programa digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I) no Brasil, noites de insônia podem ocorrer eventualmente e ter como causa motivos distintos. “Ter noites de insônia diante de acontecimentos que nos agitam é normal. A insônia é uma resposta comum ao estresse e ocorre quando ficamos em estado de alerta”, diz. A especialista aponta que a perda de sono também está bastante relacionada a certos hábitos, como exposição excessiva à luz ou irregularidade nos horários de dormir.

Mesmo com uma série de motivos que podem fazer com que o indivíduo não consiga dormir, Laura aponta que a insônia crônica deve ser encarada com mais atenção. “A insônia crônica, por outro lado, que consideramos clinicamente relevante, persiste por meses e a frequência com que ocorre também é um critério importante para o diagnóstico clínico”.

De acordo com a especialista, são diversos os motivos que podem levar ao quadro mais grave da insônia. De modo geral, entretanto, ainda que existam outras condições médicas envolvidas e desafiando o sono, como dores crônicas, estão em nossos hábitos as razões pelas quais os sintomas de insônia se perpetuam. Abaixo, ela destaca quatro dos principais fatores que podem causar a perda de sono.

Estresse

É uma das condições que mais afeta o sono e pode desencadear diversos problemas de saúde. Segundo Laura, questões como dificuldades no trabalho ou estudo, brigas ou problemas de relacionamento, acidentes ou traumas, o recebimento de um diagnóstico que ameaça a vida, a maternidade e a paternidade são todos acontecimentos comuns da vida que podem causar estresse que, por consequência, desencadeia problemas no sono. “Isso acontece porque ficamos em um estado de alerta, o corpo se prepara para responder com rapidez, liberando hormônios e substâncias que nos mantém acordados para pensar, repensar, planejar, ou que nos impede de chegar em certas fases do sono para encontrar memórias que nos assombram”, ressalta Laura.

Ansiedade

Bem como o estresse, a ansiedade coloca o indivíduo em uma situação de agitação que possivelmente afetará o sono. Isso acontece, inclusive, quando há expectativa para que algo bom ocorra, como a véspera de uma viagem ou a expectativa de promoção no trabalho.
“São coisas que, apesar de serem positivas, geram uma ansiedade para que o momento esperado chegue logo na maioria das vezes, mas tantas outras como receio pelo desconhecido. Isso costuma ser a causa de comportamentos e hábitos que atrapalham a higiene do sono e podem perpetuar quadros de insônia aguda”, aponta.

Obesidade

Há condições físicas e doenças que predispõem as pessoas a desenvolverem distúrbios do sono e, neste cenário, a obesidade é uma delas. A condição aumenta as chances de apneia do sono, que pode, posteriormente, causar insônia também. Laura ressalta a importância de exercícios físicos como forma de ajudar no combate tanto da obesidade como dos problemas de sono. “A atividade física pode operar milagres. É recomendável exercícios que fazem a gente suar a camisa e gastar bastante energia, assim como os que proporcionam relaxamento intenso, como os praticados na água. O cuidado importante, é não fazer atividade física próxima ao horário de dormir, principalmente para quem já sofre por insônia”, destaca.

Pandemia

Embora a insônia já fosse algo que atingia milhares de pessoas mesmo antes da pandemia, o cenário de incerteza que tem acompanhado a disseminação do vírus é, ainda, um catalisador para o problema. O momento atual, que impede o convívio social, trouxe instabilidade econômica para muitas famílias, além do luto para aqueles que perderam entes queridos, é único na história recente e tem impactado de forma significativa a qualidade do sono das pessoas. “Como já é sabido, a era em que vivemos impede que nos encontremos com amigos, nos deixa mais sedentários, uma vez que passamos a ficar mais tempo em casa, sem contar com o excesso de exposição às telas, o que para muitos é uma realidade. Todos esses pontos são prejudiciais não apenas para o sono, mas também para a qualidade de vida no geral. Precisamos nos observar em relação aos sintomas para que a insônia ou outros distúrbios do sono não prejudiquem o nosso dia a dia ou levem à doenças mais graves”, finaliza a psicóloga.

Fonte: Vigilantes do Sono

Cantar em meio à guerra? Entenda os efeitos da música em nossas emoções

Nos últimos dias, imagens chocantes e de partir o coração após a invasão da Ucrânia pela Rússia circularam pelo mundo. No entanto, em meio a angústia causada pela invasão, um vídeo de uma garotinha cantando “Let it Go” do filme de animação da Disney (2013), viralizou na web. A letra dessa música fala sobre a superação das adversidades, que condiz muito com a situação que o povo ucraniano está vivenciando, o que deixou os internautas ainda mais emocionados.

“O processamento musical é um estímulos que influencia diretamente em diversos estados da nossa consciência, desde estados emocionais, até estados mais racionais, ativando nossa consciência auto reflexiva, por exemplo”, explica a especialista em desenvolvimento humano Madalena Feliciano.

A música se mostrou uma grande aliada em momentos de caos e tensão devido ao que ela causa nas ondas cerebrais, distração, inspiração, esperança, união, emoção, sensibilidade, “diferentes circuitos neuronais são ativados graças à música, já que a percepção e o aprendizagem musical requer e recruta diferentes regiões cerebrais, aumentando a sinapses entre elas”, esclarece Madalena.

Além disso, diversos estudos pelo mundo todo em lugares como Harvard ou Oxford, com ajuda da neuroimagem, também afirmam que a música tem a capacidade de aumentar a neuroplasticidade cerebral (capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo do desenvolvimento neuronal e quando sujeito é exposto a novas experiências.)

“O cérebro pode ser condicionado a relacionar estímulos a memórias, como quando sentimos um perfume e lembramos de um pessoa ou ouvimos uma música e ela nos coloca em certo estado de espírito. Esse estímulo influência no nosso estado emocional interno, frequências musicais e letras motivacionais, criam um estímulo interno nas emoções, e que podem ajudar positivamente em ambientes de medo, ansiedade e conflito”, argumenta Madalena.

Assim como a âncora do navio deixa a embarcação parada no porto, a pessoa usa a música para permanecer no estado ideal para a atividade que está desempenhando, aumentando sua determinação e motivação. “Em muitas situações a música traz boas memórias e faz sentir bem. Concentrando-se nesses sentimentos de empoderamento, é possível criar uma âncora emocional que ajuda a pessoa a se centrar mentalmente e não perdendo tanto o controle em meio a situações de ansiedade e desespero”, finaliza Madalena.

Fonte: Madalena Feliciano é empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia.
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Empresa brasileira oferece consultas gratuitas com psicólogos para mulheres

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Docway, empresa brasileira pioneira em soluções de saúde digital, vai oferecer atendimento gratuito para todas as mulheres que realizarem agendamento no dia 8 de março no site da campanha

A Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina para empresas de todos os segmentos, constatou que, de 2020 para 2021, houve um crescimento de 500% em casos diagnosticados dentro dos quadros de ansiedade e depressão. Destes, o gênero feminino representa quase 60% dos diagnósticos relacionados à saúde mental.

“As mulheres frequentemente experimentam sofrimento com a dupla jornada de trabalho, e o cenário desencadeado pela pandemia reforçou esse papel. O relato de sentimento de culpa por não produzir incansavelmente ou não conseguir dar conta de tudo tem crescido, sobretudo por vivermos em uma sociedade patriarcal. A cobrança por produtividade constante, reforçada também pelas redes sociais, amplia o sentimento de culpa ou de improdutividade por praticar pausas e descansos saudáveis e necessários. Precisamos olhar com mais carinho e respeito à saúde das nossas mulheres, que representam uma grande e imprescindível força de trabalho nas empresas”, explica Karen Silva, Coordenadora do núcleo de Psicologia da Docway.

Pesquisas de mercado também apontam na direção da saúde da mulher. Segundo estudo encomendado pela Todas Group, edtech de apoio ao desenvolvimento profissional de mulheres, que ouviu 673 mulheres adultas, 70% delas estão preocupadas ou deprimidas em função do trabalho e 63% manifestam tensão causada pela pressão no ambiente corporativo. O estudo aponta ainda que apenas 45% delas acreditam poder conquistar tudo que desejam na empresa, enquanto 53% alegam não receber apoio genuíno das companhias no desenvolvimento de lideranças femininas.

Pensando nisso, hoje, 8 de março, mulheres de todo o país poderão agendar consulta com um psicólogo de forma 100% gratuita, sem limite de sessões de recorrência, válidas até o final de 2022. Isso significa que a pessoa poderá fazer quantas consultas forem necessárias para alcançar seu bem-estar. Além disso, a mulher interessada não precisa realizar a consulta no dia 8, ela tem apenas que acessar a plataforma para fazer o agendamento da primeira consulta no melhor dia e hora ao longo do ano. As demais consultas serão agendadas pelo próprio profissional, se ele entender como necessária a continuidade do tratamento.

“Acredito que precisamos ter uma visão holística, ir além de questões biológicas, para encarar com um olhar justo e maduro as condições de gênero que sobrecarregam o emocional de tantas mulheres, implicando em diferentes consequências danosas à saúde mental. O mercado de trabalho já vem sofrendo mudanças importantes, mas é preciso adotar medidas concretas, estabelecer índices e métricas e trazer para o centro do debate. Nesse quesito, a saúde digital veio para ser uma grande aliada”, comenta Fábio Tiepolo, CEO da Docway.

Para conseguir o agendamento é bem simples: basta a paciente acessar o site específico da ação ou ligar para o número 4020 2487 e escolher o melhor dia e horário para a consulta. O atendimento será realizado por um psicólogo parceiro Docway que dará todo suporte humanizado necessário à paciente, evitando possíveis autodiagnósticos e automedicações, sem filas e com a orientação adequada.

Informações: Docway

Luto: quais as 5 fases e por que é importante vivê-lo?

Com a passagem do feriado de Finados ontem(2), muitas famílias brasileiras voltaram suas lembranças para entes queridos que faleceram. O mundo vem tendo que aprender a lidar com o luto e, pensando nisso, os psicólogos da Eurekka falam sobre a importância de viver esse processo. O luto é um conjunto de reações naturais a perdas importantes, é um processo que se inicia no momento da perda e termina com a elaboração do sofrimento e o retorno à vida normal. É algo que faz parte da nossa capacidade de superação, além de ser algo positivo, nos ajudando a colocar as coisas em uma perspectiva diferente.

Ninguém quer falar, pensar ou ouvir sobre a morte. Afinal, perder um ente querido é muito difícil, doloroso e nos traz sentimentos de medo e angústia. O problema é que a morte é muito comum e vai acontecer várias vezes nas nossas vidas. Quanto maior a dificuldade de falar sobre isso, mais temos que enfrentar o sofrimento sozinhos, sem preparo e com grande dificuldade de superação.

Ficamos de luto pela perda em várias situações diferentes na vida, não necessariamente só quando falamos de morte. Pode ser a perda de um relacionamento, da infância ou adolescência, de amizades, de um trabalho ou de um sonho – e isso tudo é normal!

No entanto, o luto só se torna um problema quando permanece e a pessoa acaba adoecendo. Por isso, é importante que estejamos preparados para esse momento inevitável e que saibamos lidar com ele quando acontecer. Até o fim desse texto, você vai entender como funciona o processo de luto, pois ele acontece e como nós podemos lidar com ele de uma maneira mais saudável.

As cinco fases do luto

Os especialistas consideram que existem cinco estágios do luto, os quais todo mundo enfrenta quando vivencia a morte de um ente querido. No entanto, nem sempre as etapas acontecem em sequência e o tempo que as pessoas vivenciam cada uma delas pode variar.

Estágio de negação
Nessa fase, o indivíduo tem dificuldade de acreditar na perda, então tenta se afastar dessa realidade. Também sente uma dor intensa e não consegue suportar a ideia de um futuro sem o que perdeu. Por isso, age como se nada tivesse acontecido ou racionaliza muito a situação, como se não tivesse nenhuma emoção ligada a ela.

Estágio de raiva
Nessa fase, o indivíduo já entendeu a morte como uma realidade e começam a surgir sentimentos de revolta, ressentimento e injustiça, que podem ser expressados de forma agressiva. A pessoa pode dirigir a raiva para si mesma ou para outras pessoas – como para o médico, para Deus ou para a própria pessoa que faleceu.

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Estágio de negociação ou barganha
Nessa fase, a pessoa começa a imaginar diferentes situações e a tentar negociar, com Deus, por exemplo, para que a perda não seja de verdade e para que a pessoa amada volte.

Estágio de depressão
Nessa fase, o indivíduo percebe que a morte é inevitável e que o objeto de perda não vai voltar. Assim, ela, por fim, sente tristeza, desmotivação, apatia e acredita que não vai conseguir superar essa situação.

Foto: Klimkin/Pixabay

Estágio de aceitação do luto
Por fim, na última fase, a pessoa já se acostumou mais com a ideia da perda e consegue falar sobre o assunto com mais facilidade. Aos poucos, a dor diminui e é substituída por saudade e carinho. É nessa fase que a pessoa enxerga a ideia de morte com mais naturalidade e sente que está na hora de seguir em frente.

Atitudes que podem ajudar um parente ou amigo em luto:

Lembre-se que não há maneira certa de sofrer. Algumas pessoas sofrem muito, de maneira muito rápida, enquanto outras sofrem pouco, mas por muito tempo. Assim, a primeira coisa que devemos saber é que cada um sofre de um jeito.

Pergunte “Como foi o seu dia?”
Mostre à pessoa que você se preocupa com ela e que está disponível para confortá-la. Portanto, quando não souber o que dizer, só diga: “sinto muito” ou “não consigo imaginar o que você deve estar sentindo”. Essas são frases úteis, mas você também pode oferecer um abraço. Não saia abraçando; pergunte.

Abra mão do controle
Muitas vezes queremos sugerir planos e temos pressa para resolver a situação, mas às vezes pode ser mais útil só fazer companhia e ver um filme junto com a pessoa, por exemplo.

Leve um pet
Muitas pesquisas mostram que a companhia de um animal pode ajudar na melhora de pessoas enlutadas.

Entenda a diferença cultural de gêneros
Na cultura, os homens e as mulheres são ensinados a lidar com as emoções de formas diferentes. Enquanto as mulheres podem expressar mais os sentimentos, alguns homens tendem a se isolarem mais, recorrem ao álcool ou até mesmo ficarem mais irritados.

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Esteja presente
Às vezes as pessoas passando pelo luto se isolam por não saberem bem como pedir ajuda. Contudo, no fim das contas, uma simples visita já faz bem!

Buscando ajuda médica e psicológica para lidar com o luto

Caso perceba que esse processo está te deixando doente (você sente dores, não consegue mais sair de casa, não consegue mais conversar com os seus amigos, sente crises de ansiedade várias vezes etc.), não deixe de procurar auxílio médico ou psicológico. Afinal, existem profissionais qualificados para lidar com situações específicas, como esta.

Além disso, o luto mal resolvido pode desencadear transtornos como a depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo e, até mesmo, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Assim, na terapia, será disponibilizada uma escuta atenta e técnica para o sofrimento da pessoa, para que ela possa superar esse processo de uma maneira saudável.

Fonte: Eurekka

Psicóloga indica 5 passos para ter mais responsabilidade afetiva

Sabrina Amaral explica a importância de ser honesto na comunicação das próprias emoções e necessidades

Responsabilidade afetiva parece um conceito complicado, mas, na realidade, significa algo simples: ser transparente e verdadeiro nas relações. Às vezes um relacionamento que parece estar no caminho certo, de repente, desanda e tudo porque falta uma comunicação honesta, uma manifestação clara de sentimentos e reais intenções. Em tempos de ‘nudes’ e ‘tinders’ se expor emocionalmente pode parecer fraqueza. Contudo, não é bem assim.

A psicóloga Sabrina Amaral, da Epopéia Desenvolvimento Humano, explica que ao ser responsável afetivamente, as necessidades de cada um saem da subjetividade: “Responsabilidade afetiva é plantar no coração do outro apenas o que você tem condições de cultivar. Também significa abandonar os joguinhos, as manipulações, aquela mania lastimável de deixar as coisas subentendidas nas entrelinhas, comum em relacionamentos tóxicos, sem ter noção do estrago emocional que isso pode causar na outra pessoa.”

Responsabilidade afetiva é sobre ser transparente, não sobre ser recíproco

Quando se inicia um relacionamento, é normal que surjam projeções inconscientes sobre o parceiro, idealizando o que se gostaria de ter. “Aí é que mora a cilada, pois a partir do momento que a outra pessoa deixa de atender às nossas expectativas, podemos sentir rejeição, traição e acusá-la de ser irresponsável afetivamente conosco”, comenta a psicóloga.

Entretanto, Sabrina Amaral alerta para o fato de que uma necessidade não comunicada, porém esperada e cobrada, é uma atitude pouco responsável: “Ninguém tem a obrigação de adivinhar o que o outro quer, sente ou precisa. Neste cenário, a pessoa irresponsável afetivamente é aquela que não comunica e ainda acha que é obrigação do outro adivinhar o que ela quer.”

Vale ressaltar, que há uma linha entre ser responsável afetivamente e recíproco. “Na responsabilidade afetiva, você mostra seu real interesse e age de forma coerente com suas emoções, comunicando de forma empática e responsável (daí o nome) o que gostaria. Já na reciprocidade, você corresponde ao sentimento de outra pessoa, ou pelo menos, partilha dele em igual intensidade. Resumindo: responsabilidade afetiva não é sobre reciprocidade. É sobre honestidade e empatia. É sobre saber que o que não significa nada para você pode significar muito para o outro”, detalha a especialista.

Como ter mais responsabilidade afetiva em 5 passos simples

Não existe apenas uma fórmula para desenvolver a capacidade de ser responsável afetivamente. No entanto, a psicóloga Sabrina Amaral compartilha abaixo alguns passos que podem ajudar a dar início nessa jornada, e que também podem ser utilizados para transformar as relações no trabalho, em casa e com os amigos.

Tenha autoconhecimento
Ter consciência de si é a primeira prática a ser seguida, por quem deseja se responsabilizar por qualquer coisa na vida – e isso vale para a responsabilidade afetiva. Afinal, quanto mais a pessoa se doa e tem um relacionamento saudável consigo mesma, mais ela consegue levar essa ‘bagagem’ para a relação com os outros, compreendendo seus processos, comportamentos e, claro, aquilo que ela deseja.

Use e abuse da empatia
Se colocar no lugar do outro é fundamental para a responsabilidade afetiva. A empatia ajuda a entender quais atitudes devem ser evitadas e quais devem ser praticadas. Porém, cuidado: respeite e entenda as particularidades de cada um, pois nem todos têm as mesmas emoções que você. Algumas perguntas podem ajudar:
Você gostaria de ouvir isso de outra pessoa?
Qual a utilidade do que você vai falar ou fazer para a relação?
Isso pode ofender alguém? Se sim, qual a melhor forma de se comunicar?

Deixe tudo claro
Falar a verdade não é magoar. O diálogo é fundamental para que qualquer relação seja construtiva e saudável. Por isso, seja claro naquilo que você deseja ou está sentindo pelo outro. Fale, digite, desenhe, escreva e se expresse. Só assim será possível entender em qual ponto os sentimentos de cada um se encontram, para fazer acordos claros e chegar a um lugar bom para ambos na relação.

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Verbalize suas insatisfações
Falar sobre aquilo que você não concorda também é responsabilidade afetiva, pois se você não se faz entender, a dúvida abre um abismo entre as duas partes e contribui para que elas tenham atitudes destrutivas na relação. Ao falar o que não gostou, ou o que não concorda, evite usar adjetivos e julgamentos que podem ser interpretados como ofensivos. Substitua o “Você gritou e foi muito rude comigo” por “Quando você fala comigo nesse tom, faz com que eu me afaste de você”. A comunicação não-violenta é uma ferramenta poderosa para te ajudar nessas horas. Use sem moderação!

Comece por você
Se você deseja realmente praticar a responsabilidade afetiva comece sempre por você. Não se deixe levar pelas vontades da outra pessoa, por mais que você esteja envolvido ou goste dela. Às vezes, fica difícil calibrar o certo e o errado em uma relação (e isso é natural). Todavia, você jamais deve se anular a ponto de fazer algo que violente seus sentimentos. Pratique o autocuidado, busque se conhecer melhor em todos os aspectos, seja mental, físico ou espiritual. E lembre-se: tenha, acima de tudo, responsabilidade afetiva com você. Afinal, você deve ser o seu primeiro e maior amor.

Fonte: Sabrina Amaral é psicóloga, hipnoterapeuta clínica, practitioner em PNL e coach da Mente. Pós-graduada em Gestão de Pessoas e especialista em neurociência aplicada ao comportamento humano. Embaixadora da Rede Mulher Empreendedora em Campinas, voluntária na Humanitarian Coaching Network, que provê serviços de coaching para líderes da ONU e UNICEF; e fundadora da Epopéia Desenvolvimento Humano, que vem formando heróis e protagonistas de suas histórias rumo ao final feliz desde 2012.