Anos atrás, os médicos estavam preocupados principalmente com a deficiência de vitamina D em crianças. Os alimentos foram fortificados com vitamina D para prevenir a doença óssea chamada de raquitismo. Sabe-se agora que o raquitismo foi apenas a ponta do iceberg – pessoas mais velhas também correm alto risco de deficiência de vitamina D.
De acordo com um estudo publicado na Age and Aging, revista médica oficial da Sociedade Britânica de Geriatria, a deficiência de vitamina D pode contribuir para a osteoporose, fraqueza muscular, fraturas de quadril, diabetes, câncer, doenças cardíacas, artrite e problemas de saúde geral.
Obter vitamina D apenas de fontes alimentares naturais (não fortificadas) é difícil, pois são poucos os alimentos que fornecem este nutriente. Para muitas pessoas, consumir alimentos enriquecidos ou se expor à luz solar é suficiente para manter um status saudável de vitamina D. No entanto, alguns grupos específicos podem precisar de vitamina D suplemento para atender às suas necessidades de forma adequada.
Os sinais e sintomas de deficiência de vitamina D incluem baixa imunidade, fadiga constante, dores musculares, perda óssea, cicatrização lenta, perda de cabelo, depressão e ansiedade. Se você não tem certeza se está em risco de deficiência de vitamina D, um exame de sangue específico, pedido pelo seu médico, apresentará o melhor resultado diagnóstico.
Os grupos a seguir estão entre aqueles com maior risco de deficiência de vitamina D.
Adultos com mais de 55 anos

O envelhecimento definitivamente tem suas vantagens: você está mais inteligente e confiante do que nunca e pode até estar desfrutando de uma vida tranquila de aposentadoria. Mas algumas pessoas podem se tornar menos ativas, tornando difícil passar tanto tempo ao ar livre e, consequentemente, obtendo menos vitamina D. Além disso, o envelhecimento da pele não permite sintetizar a vitamina D com a mesma eficiência. Então, a menos que você esteja tomando um suplemento diário de vitamina D, há uma boa chance das suas taxas ficarem aquém do nutriente vital.
Mulheres no pós-menopausa

As mudanças hormonais são responsáveis pela maioria dos efeitos da menopausa, incluindo um risco aumentado de certas doenças e condições. Quando o estrogênio cai, o risco de osteoporose e doenças cardíacas aumenta – assim como a tendência a sofrer de sintomas como ondas de calor, mudanças de humor e secura vaginal. Para combater isso, vitaminas e suplementos podem ser um componente-chave dos cuidados de uma mulher durante e após a menopausa, mas o processo de decidir quais suplementos tomar requer um acompanhamento médico. Entre os complementos vitamínicos mais comumente indicados estão o cálcio, vital para a saúde óssea e especialmente importante durante a menopausa, quando a diminuição do estrogênio torna as mulheres propensas à osteoporose; e a vitamina D, que também ajuda na saúde óssea, na hipertensão, asma, alergias e possivelmente a prevenir câncer de mama.
Pessoas com exposição solar limitada

Se você trabalha em um ambiente fechado durante o dia todo, provavelmente não vê o sol. Por isso é improvável que as pessoas com ocupações que limitam a exposição ao sol obtenham vitamina D adequada da luz solar. Isso torna uma suplementação e uma dieta inteligente a chave para se manter saudável. O uso de protetor solar também limita a síntese de vitamina D a partir da luz solar. No entanto, como a extensão e a frequência do uso de filtro solar são desconhecidas, o papel que o protetor pode desempenhar na redução da síntese de vitamina D não é tão claro.
Adeptos de dietas veganas

Como a maioria dos alimentos que contêm naturalmente vitamina D são de origem animal, como salmão selvagem, queijo, gema de ovo e produtos fortificados (leite e iogurte), excluí-los da dieta pode levar a uma deficiência do nutriente. De fato, muitas formas de dietas limitantes, incluindo veganismo, algumas formas de vegetarianismo e pessoas com intolerância à lactose, estão associadas a taxas mais baixas de vitamina D.
Para suprir essa necessidade, outros produtos de origem vegetal podem ser incluídos na alimentação, como o leite de soja fortificado, tofu, cogumelo shitake. Embora estes alimentos tenham muito menos nutrientes do que as fontes animais, eles sempre ajudam. No caso de suplementação multivitamínica, compostos à base da microalga chlorella, podem ser a melhor opção vegana.
Pessoas com pele mais escura

Vários relatórios mostram níveis consistentemente mais baixos de vitamina D em pessoas de pele mais escura. Isso porque elas têm mais melanina em sua epiderme, a camada mais externa da pele, o que torna mais difícil para o corpo produzir vitamina D a partir da luz solar. Se você tem a pele mais escura, deve confiar em fontes alimentares do nutriente ou uma suplementação, em vez da luz solar, para atingir seu nível diário de vitamina D.
Portadores de doenças que limitam a absorção de gordura

Como a vitamina D é lipossolúvel, sua absorção depende da capacidade do intestino de absorver a gordura da dieta. A má absorção de gordura está associada a condições médicas que incluem algumas formas de doença hepática, fibrose cística, doença celíaca, doença de Crohn e colite ulcerativa. Além de ter um risco aumentado de deficiência de vitamina D, as pessoas com essas condições podem não comer certos alimentos, como laticínios (muitos dos quais são fortificados com vitamina D), ou comer apenas pequenas quantidades desses alimentos. Indivíduos que têm dificuldade em absorver a gordura da dieta podem, portanto, precisar de suplementação de vitamina D.
Pessoas com porcentagens de gordura corporal mais alta

Aqueles com níveis mais altos de gordura total e abdominal são mais propensos a ter níveis mais baixos de vitamina D. Embora a obesidade não afete a capacidade da pele de sintetizar vitamina D, maiores quantidades de gordura subcutânea a sequestra. Portanto, pessoas obesas podem precisar de maior ingestão de vitamina D para atingir bons níveis. Mas isso não significa que se você está acima do peso está destinado a ser deficiente, apenas o exame médico pode descobrir se a sua taxa de vitamina D está no limite normal.
Indivíduos obesos que foram submetidos à cirurgia bariátrica também podem se tornar deficientes em vitamina D, pois parte do intestino delgado superior, onde a vitamina D é absorvida, é desviada.
Indivíduos que tomam determinados medicamentos

Sim, os medicamentos podem ajudar a manter você saudável, mas isso não afasta os efeitos colaterais. Medicamentos corticoides, para perda de peso e outros para baixar o colesterol podem prejudicar o metabolismo da vitamina D. Se você tomar algum desses medicamentos, não deixe de consultar seu médico para descobrir a melhor maneira de atingir todas as suas marcas nutricionais desejáveis.
Se você for realmente deficiente em vitamina D, planeje ajustar sua dieta, caminhar ao ar livre ou tomar um complemento. Seu médico pode recomendar uma dose de suplemento e um plano de dieta ideal para você, com base nos resultados de seus exames de sangue individuais.