Protetor solar: não é comum, mas pode causar dermatite de contato e desencadear coceira, vermelhidão, descamação e irritação na pele. Por isso, antes de usar um protetor solar, aplique-o em uma pequena região do corpo e espere algumas horas para verificar se houve o aparecimento de qualquer sinal ou sintoma de alergia.
DiarioLaNoticia
Sprays de espuma: podem causar lesões em mucosas como olhos, boca e nariz. Alguns desses sprays não obedecem às normas do INMETRO por serem importados de forma ilegal, além de serem inflamáveis. O contato prolongado com a pele pode causar sensibilidade, que é uma forma de alergia.
Insetos: borrachudos, pernilongos podem ser evitados usandomosquiteiro na cama, telas contra insetos nas janelas, repelentes na pele (de acordo com a idade) e inseticidas. Evite ambientes abertos no início e final do dia. Cuidado com gramados onde proliferam formigas. Atenção também às vespas e abelhas, que podem ferroar e levar a reações graves, como a anafilaxia.
Foto: Ben Kerckx / Pixabay
Pintura de rosto e corpo: pinte pequenas áreas da pele, já que áreas extensas perdem a capacidade de eliminar toxinas e não deixam o suor sair. Muito cuidado com olhos e boca, já que essas tintas podem ser tóxicas. Não deixem as crianças dormirem sem remover a tinta com água e sabonete. Dê preferência às tintas orgânicas. Outras recomendações:
– Use produtos de qualidade certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
– Guarde a maquiagem em lugar fresco e protegido da luz solar;
– Não use produtos que estejam com o prazo de validade vencido;
– Não compartilhe maquiagens com outras pessoas;
– Se tiver dúvidas sobre um determinado cosmético, peça orientação ao seu médico alergista imunologista.
Alergia alimentar: no Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência das alergias alimentares parece se assemelhar com a literatura internacional, onde cerca de 8% das crianças e 2% dos adultos são acometidos.
O camarão, muito consumido nas praias nesta época do ano, está entre os principais alimentos causadores de alergias. O fato de já ter ingerido camarão e nunca ter apresentado reação alérgica não significa que, em algum momento da vida, a pessoa não possa começar a ter alergia por esse alimento. Indivíduos com asma, rinite e dermatite atópica são um pouco mais predispostos do que a população geral.
Lembre-se de hidratar bem as crianças, oferecer alimentos leves, moderar nos doces e balas coloridos e evitar roupas que cubram todo o corpo, o que pode aumentar a sudorese, causando desidratação e insolação por excesso de calor.
Alergista explica como prevenir e tratar quadros de intoxicação causados por bactérias, fungos, vírus e suas toxinas, presentes em alimentos preparados sem os devidos cuidados
A intoxicação alimentar, como explica a médica alergista e imunologista Brianna Nicoletti, formada pela Universidade de São Paulo (USP): “é uma doença causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, parasitas, por fungos ou toxinas. A contaminação ocorre durante a manipulação, preparo, conservação e/ou o armazenamento da água ou dos alimentos”.
No verão e na praia, é difícil resistir à tentação: pastéis, espetinhos, porções fritas e salgadinhos vendidos por ambulantes e quiosques. Todo esse cenário pode colocar a saúde digestiva em risco, já que o consumo em excesso desses alimentos pode agredir a mucosa do estômago e as bebidas alcoólicas aumentam o nível de acidez do suco gástrico -podendo provocar gastrite e, em casos mais graves, úlcera.
A forma com que são servidos e expostos deixam esses alimentos facilmente contamináveis; sem a refrigeração necessária, como em buffets; manipulação e armazenamento de forma inadequada esses são os principais fatores para intoxicação alimentar.
Sintomas e ações a tomar
Foto: MD-Health
Os primeiros sintomas podem surgir poucas horas após a ingestão de algo contaminado, variando de acordo com o micro-organismo causador. “O intervalo, no geral, vai de duas a 72 horas para o início dos sintomas”, explica a médica. Porém, os sintomas sempre são parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas e mal-estar. “Nos quadros mais graves, ocorrem queda da pressão arterial, desidratação e perda de peso”, enumera.
O primeiro passo, ao sentir um dos sintomas, é fazer repouso e ingerir muito líquido (principalmente água, água de coco e isotônicos, e evitar bebidas gaseificadas com excesso de sódio. “Quando há risco de desidratação (com vômitos e diarreia), há medicamentos para controlar as náuseas e é necessário procurar ajuda médica para repor líquidos e sais por via endovenosa”, indica Brianna.
A boa notícia é que a grande maioria das intoxicações são consideradas leves e duram poucos dias. “As infecções bacterianas com colites e desidratação podem durar mais tempo. E, eventualmente, poderá ser necessário tratamento mais prolongado com antibiótico”, indica a médica. Daí a importância de consultar um médico para avaliar a gravidade e a necessidade do uso de medicamento.
Os vilões e como prevenir a doença
Peixe e frutos do mar, processados e embutidos (por exemplo, o presunto), legumes e frutas lavados com água contaminada costumam ser os causadores mais comuns da intoxicação alimentar.
O primeiro ponto determinante para evitar as contaminações está no cuidado com a água. “A prevenção das intoxicações está diretamente associada ao saneamento básico, ou seja, à boa qualidade da água para o preparo dos alimentos; aos cuidados ao cozinhar e armazenar, isto é, o modo de embalar e conservar em freezer ou geladeira; e a medidas básicas de higiene de quem os consome, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro”, explica a especialista. Outra dica é nunca consumir alimentos em conserva com embalagens estufadas ou amassadas”.
Diferença entre intoxicação e alergia alimentares
Imagem: emedicinehealth
Vale distinguir a diferença que existe entre a alergia alimentar e a intoxicação alimentar. “A alergia ocorre quando nosso sistema imunológico passa a entender uma parte da estrutura do alimento como ‘alergênica’ e estranha, e responde com a produção de anticorpos (chamado de IgE) ou células, gerando um processo inflamatório”, explica a médica.
A alergista detalha ainda que uma vez sensibilizado o organismo, o risco de uma reação alérgica mais grave, em um contato futuro existe, inclusive ao ter contato com uma mínima quantidade daquele alimento. “Mas, da mesma forma, as transformações frequentes do sistema imunológico podem trazer novas sensibilizações ao longo da vida, e pode também acontecer o que chamamos de ‘tolerância’ e, assim, depois de algum tempo, deixar de ter a alergia daquele alimento”. Os que mais causam alergias em adultos são: camarão, frutos do mar, amendoim, castanhas; nas crianças, são leite, ovo, soja, milho e trigo.
Fonte: Brianna Nicoletti é médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Residência médica em Medicina Interna pela Universidade Estadual de Campinas. Residência médica em Alergia e Imunologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Médica Especialista em Alergia e Imunologia do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.
Médica dá dicas para pessoas com alergia alimentar e histórico de anafilaxia Uma quantidade ínfima de alimento pode ser fatal
“Pessoa com alergia alimentar que já teve episódios de anafilaxia deve ter uma grande vigilância com alimentos fora de casa – para evitar contato com traços de algum alérgeno mesmo que ele esteja em quantidade imperceptível (e por isso, oculto). Uma simples colher com tais traços pode desencadear uma reação alérgica grave, a anafilaxia, que pode ser fatal”, alerta Ana Paula Moschione, médica alergista e imunologista pela USP.
De acordo com a literatura científica internacional, existem cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar. Entre os oito alimentos com maior potencial alergênico estão: leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.
De acordo com a alergista, a mudança do estilo de vida e da alimentação decorrentes do processo evolutivo podem ter associação com a alergia alimentar, além da predisposição genética como causa já conhecida. “Atualmente sabemos que existe alergia alimentar a frutas e sementes, algo que não víamos no passado. Por isso a orientação para o paciente é fundamental para evitar episódios com desfechos desfavoráveis, como a anafilaxia”, explica Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia, Reumatologia e Endocrinologia.
Abaixo, Ana Paula cita algumas dicas do plano de ação para pessoas com alergia alimentar com histórico de reações graves:
-Antes de consumir um alimento que esteja na lista dos itens liberados para consumo, verifique o rótulo para saber se ele contém algum traço de alimento que seja alergênico.
-Em casa o cuidado maior deve ser com a esponja que lava as louças, pois ela pode conter pequenas partículas do alérgeno, portanto, elas devem ser separadas.
-Ao fazer qualquer refeição fora de casa, além de levar os próprios talheres informe ao estabelecimento de consumo a sua condição alérgica. Procure visitar a cozinha e entender se o ambiente está preparado para atender pessoas com alergia alimentar. Vergonha pra quê? É sua saúde que está em jogo!
-É muito importante observar a sua história de alergia. Se você já teve reações não anafiláticas com quantidades visíveis do alérgeno, o risco de anafilaxia com quantidades imperceptíveis é menor.
NewsMedicalNet
-Acima de tudo: tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável para ser socorrido rapidamente no caso de uma anafilaxia.
A anafilaxia (ou reação anafilática) é uma reação grave de início súbito e evolução rápida, que pode afetar simultaneamente a pele, o aparelho respiratório, digestório e cardiovascular. Algumas pessoas podem sofrer reação grave mesmo em contato com quantidade ínfimas (e por isso, ocultas) do alérgeno. Quando não socorrida a tempo, a pessoa com anafilaxia pode evoluir para o óbito.
“Mas atenção: cada paciente tem um histórico clínico único. Pessoas com alergia alimentar que fazem acompanhamento com um especialista em alergia e imunologia e sabem os cuidados que envolvem essa condição clínica estão com boas chances de viver sem complicações como a anafilaxia”, finaliza Ana Paula.
Para deixar a folia ainda mais divertida, o glitter e as tintas entram em ação para deixar os foliões mais bonitos e animados. Só que é preciso cuidado, alguns produtos podem causar reações e problemas de pele e, então, o momento que era para ser de diversão torna-se de preocupação.
Brianna Nicolletti, alergista e imunologista pela USP e médica do Hospital Albert Einstein, alerta sobre a possibilidade do glitter, da purpurina e até mesmo de lantejoulas coladas na pele causarem alergias, dermatite de contato e consequentemente uma lesão chamada eczema.
A alergista orienta: “Alguns dias antes do bloco de Carnaval, cole uma a duas pedrinhas na pele e deixe por um tempo e observe se tem reação”. Se não acontecer nada, é só aproveitar a diversão!
Outra dica é evitar passar glitter na região dos olhos, por conta da sensibilidade da região. Além disso, produtos como tintas e brilhos não devem ser aplicados em áreas irritadas ou com feridas, pois a tendência é que elas piorem. Deixar a pele saudável e hidratada e sempre utilizar um bom protetor solar hipoalérgico no rosto e corpo todo antes de aplicar makes e pedrarias ajuda a evitar reações alérgicas.
Após a folia, a orientação da médica é fazer imediatamente a limpeza completa: “higienize corretamente a pele com um gel de limpeza adequado e tonificar para regularizar o pH após hidratar novamente”. Completa a alergista.
E as crianças?
Embora as makes coloridas façam sucesso entre os pequenos, há ressalvas importantes sobre o assunto. Para Brianna, não é indicado que crianças usem maquiagem até os dois anos. Depois desse período, os pais devem cogitar o uso caso o filho tenha discernimento de não levar a mão à boca e aos olhos. Independente da idade, o ideal é que a família opte por maquiagens infantis, uma vez que elas são solúveis em água e têm menos conservantes para não irritar a pele sensível dos pequenos.
“Os produtos desenvolvidos para adultos contêm uma grande quantidade de conservantes, corantes e fixadores. Portanto, elas não devem ser usadas nas crianças, assim como maquiagem de boneca e tatuagens de henna”, completa a alergista.
Tinta guache também não é recomendada para passar no rosto das crianças. Segundo a especialista, embora ele seja hipoalergênico e atóxico, ele foi desenvolvido para ser usado no papel e não na pele. “Sua aplicação inadequada pode causar reações alérgicas, irritações e até queimaduras. O mesmo acontece com as tintas plásticas”, alerta Brianna.
Assim, para as crianças poderem aproveitar a folia, o ideal é que seus rostinhos sejam pintados com tintas infantis específicas para a região. No fim da festa, é fundamental higienizar corretamente a face do pequeno e aplicar um bom hidratante.
Invista em produtos hipoalérgicos
Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD) revela que, ao utilizar maquiagem irregular ou produtos não apropriados como glíter, tintas, lápis não adequados para pintura facial, entre outros, há uma grande tendência da pele absorver substâncias tóxicas, acumular resíduos irritadiços, a desenvolver irritações e até mesmo alergias graves.
A orientação da médica é usar produtos hipoalérgicos de uso testado para a face ou cabelos, protegendo-os, e não esquecer de usar sempre uma água termal e/ou hidratante leve ao menos 10 minutos antes da aplicação. “Na hora de fazer uma pintura diferente, é essencial usar esponjas e lápis macios (o que pode ser feito com sabão de coco) e sem esquecer de observar a validade dos produtos”, aconselha.
O grande perigo é que os sintomas de reação alérgica com alguns produtos raramente são imediatos. “O inchaço e vermelhidão costumam aparecer com o uso cumulativo, associação com medicamentos e/ou exposição à luz. Sinais e sintomas podem aparecer até 24h depois do uso”, explica Adriana, que acrescenta: “se o paciente notar irritação na pele, vergões vermelhos (pode ser urticária ou dermatites diversas) deve procurar imediatamente o médico, já que, como toda lesão em medicina, agrava com o tempo e alguns hábitos (como exposição à luz, coceira e outros).
A gravidade das reações varia de pessoa para pessoa, e também do tipo de química ao qual foi exposto. Crianças possuem a pele mais fina e sensível à intoxicação e irritação por estes químicos presentes em cosméticos e tinturas inadequadas, e é necessário consultar-se com agilidade para que sejam tomadas as devidas providências para cada caso”, destaca.
Outro vilão da folia são os sprays de espuma artificial. “A composição do produto apresenta substâncias que, em contato com a pele, podem causar reações alérgicas e urticária, além de irritações na garganta e nos olhos. Além disso, o gás utilizado para fazer com que o mecanismo de spray funcione é derivado de petróleo altamente inflamável. “Além das reações alérgicas, caso haja contato direto do spray com alguma parte do corpo, a recomendação é lavar bastante o local com água corrente. Persistindo os sintomas, o folião deve procurar atendimento médico”, alerta.
E os alertas não param por aí, mesmo a maquiagem segura e indicada para a você pode prejudicar a oxigenação, ressecar a pele, e causar acne e alergias, seja por uso indiscriminado, em local não indicado, ou sem limpeza adequada. A médica enumera dicas:
Foto: HealthStatus
1- Excesso de lápis preto na linha d’água dos olhos O lápis preto na linha d’água em excesso, pode deixar o olhar pesado e intensificar a área das olheiras, que podem ficar mais escuras e marcadas.
2- Pesar a mão na base de cobertura No intuito de esconder todas manchinhas, espinhas e cravos, muita gente acaba exagerando na quantidade de produto, predispondo a acúmulo de resíduos e acne. O ideal é usar uma cobertura líquida (penetra menos que o pó) e de origem mineral, prescrita pelo seu médico. E lavar com frequência a esponja e/ou pincéis. Várias camadas de produtos sequencialmente irão “saturar” e conferir aspecto craquelado à pele, que precisa de um tempo (ao menos 10 min) pra absorver cada produto.
3- Batom acumulado ou craquelado nos lábios Deixar o produto acumular ou deixa a pele dos lábios ressecada e com aparência envelhecida. Quando a mulher aplica o batom e não consegue um delineado linear, pode ser por necessitar de preenchimento labial (a atrofia destrói o contorno).
4- Sobrancelhas muito marcadas ou preenchidas envelhecem o olhar Sobrancelhas grossas e bem preenchidas tem sido queridinhas das mulheres e realmente entregam um olhar mais sedutor, mais amplo e mais aberto. Mas exagerar no contorno e no preenchimento dos fios pode dar um aspecto falso e deixar o olhar muito pesado.
5- Cuidado ao retirar pomadas e fixadores de cabelos A lavagem feita incorretamente pode irritar os olhos aos produtos terem contato com a região ocular.
O problema afeta mais de 400 milhões de pessoas no mundo. A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia explica os sintomas, os efeitos à saúde e cuidados preventivos
As alergias respiratórias não são exclusivas das estações frias, elas também podem ser comuns no verão. Embora a umidade relativa do ar esteja mais alta, devido ao período de chuvas, a estação mais quente do ano reúne algumas condições capazes de desencadear a rinite alérgica, uma irritação na parte interna do nariz que gera desconfortos como congestão nasal (nariz entupido), coceira no nariz, espirros, coriza (gotejamento de secreção clara pelo nariz), entre outros.
De acordo com a Organização Mundial da Alergia (WAO – World Allergy Organization), estima-se que mais de 400 milhões de pessoas sofram com esse problema pelo mundo. O coordenador do Departamento de Alergia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Eduardo Baptistella, explica como podem surgir os quadros de rinite alérgica.
Thinkstock
“O nariz é a porta de entrada do ar e substâncias que estão contidas nele. Ele tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer esse ar que chega aos pulmões. Durante todo o processo, a mucosa nasal (revestimento interno das cavidades nasais) pode inflamar, reagindo ao contato com algum alérgeno, como ácaros, poeira, fungos e pólen, causando a rinite alérgica”, detalha o otorrinolaringologista.
No verão, o período de chuvas e a alta umidade podem resultar na proliferação de fungos e bolor em espaços sem exposição direta ao sol. Mofo e ácaros podem ser característicos de ambientes que ficaram fechados por um longo período, como casas de veraneio, por exemplo.
Além disso, nessa estação, há maior uso de ventiladores e a permanência em ambientes climatizados que nem sempre estão com a higienização adequada. O ventilador pode levantar partículas de poeira do espaço e o ar-condicionado, se em temperatura muito baixa, pode ressecar as vias aéreas.
O especialista da ABORL-CCF também revela que essa reação alérgica pode ter características hereditárias. “Quando um casal alérgico tem um filho, a probabilidade de essa criança ser alérgica é de cerca de 50%, porém, mesmo que nenhum dos pais apresente o distúrbio, o problema pode se manifestar independentemente da idade. Ou seja, é possível a pessoa tornar-se sensível a uma substância que antes era suportável, desenvolvendo sintomas apenas tardiamente”, esclarece Baptistella.
Prevenção e cuidados
Ácaro– Wikilmages/Pixabay
De acordo com a Associação, é fundamental que toda a população, principalmente os grupos considerados vulneráveis, como idosos e crianças, adote medidas de prevenção no controle do ambiente. Não entrar em contato com fatores que desencadeiam a rinite alérgica, como os ácaros, poeira, fumaça, fungos e pólen, é o principal cuidado para não desencadear crises.
“A recomendação é permanecer em ambientes limpos e arejados, com boa iluminação solar e em zonas não poluídas. No caso de viagens neste período de férias, a pessoa deve evitar entrar em residências que estejam fechadas há muito tempo. Em casa, os aparelhos de ar-condicionado e ventiladores devem receber manutenção e higienização com frequência. Na rotina de limpeza doméstica, deve-se evitar usar vassouras, pois elas acabam espalhando as partículas de pó. O ideal é usar um pano úmido para recolher a sujeira”, orienta Baptistella.
A importância do diagnóstico
A rinite alérgica é um problema comum que, em muitos casos, permanece subdiagnosticada e sem o tratamento correto. Segundo especialistas, as pessoas tendem a ignorar os sintomas e o problema acaba se prolongando e afetando a qualidade de vida. Devido à sensação de nariz entupido, por exemplo, o sono acaba sendo prejudicado e a dificuldade para dormir gera irritabilidade e falta de concentração ao longo do dia, impactando na rotina.
Além dos cuidados com o ambiente, algumas medidas terapêuticas podem ser usadas para tratar o quadro alérgico. A lavagem nasal com solução salina e a hidratação do nariz ajudam, por exemplo, a prevenir problemas nessa área, pois limpam as narinas.
“É importante procurar um médico especialista para identificar a causa do problema. Na maioria das vezes, se distanciar dos gatilhos que despertam a rinite alérgica será suficiente. Mas o médico vai avaliar outras medidas de tratamento, como a necessidade de prescrição de medicamentos que reduzam a inflamação e controlem os sintomas, pois cada caso possui suas particularidades”, finaliza.
Fonte: Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF)
Marca está com duas frentes promocionais para o consumidor: AlergoFree, que acontece mensalmente e a Black Friday
Aproveitando o apelo que novembro tem, a Alergoshop, estará com duas frentes promocionais para o mês. Trata-se do AlergoFree, kits promocionais da Alergoshop que são trocados mensalmente e a Black Friday, que contará com descontos de até 30% em produtos específicos.
No ar desde o dia 17 de outubro, a AlergoFree, é uma ação que promove uma mais economia para uma vida livre de alergia, e os consumidores poderão comprar, até o dia 30 de novembro, kits da marca com grandes descontos. Entre eles estão: o kit com dois shampoos, dois condicionadores e um sabonete líquido Uso Diário de R$ 281,70 por R$ 239,40, capa de travesseiro super soft de R$ 355 reais por R$ 301,75, entre outros.
Já entre os dias 01 a 30 de novembro, em comemoração da Black Friday, as linhas Alerpet (para animais de estimação), o Balm Nossos Amores e a Base Bege Eclat da marca estarão com 30% de desconto. A rede, que é a primeira empresa do país voltada totalmente para produtos hipoalergênicos, conta hoje com mais de 280 itens em seu catálogo e um total de 10 lojas, distribuídas entre os estados de São Paulo, Paraná, Tocantins, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. O objetivo é inaugurar 15 novas lojas até 2025.
Os descontos são válidos nas lojas físicas e online da marca. .
A vacina é personalizada, produzida de acordo com os fatores alergênicos e intensidade da doença de cada paciente
A Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês) estima que a rinite alérgica afeta de 30% a 40% da população mundial. Ainda que aqueles que têm a enfermidade precisem “lutar” contra ela durante todo o ano, o inverno é uma época em que a doença é facilmente desencadeada, especialmente em razão do tempo seco característico da estação e do uso de cobertores que ficaram guardados por muito tempo.
Para reduzir as ocorrências de crise, é fundamental evitar o contato com elementos alérgenos, como ácaros e pólen. O primeiro passo, portanto, é realizar um teste de alergia para identificar qual é o patógeno causador das crises alérgicas. Assim, o médico poderá recomendar o controle ambiental mais adequado ao paciente.
Otorrinolaringologista do Hospital IPO, Renata Becker Xavier explica que esse controle é realizado por meio de atitudes como evitar lugares empoeirados, trocar a vassoura por um aspirador de pó, colocar o colchão no sol e higienizar cobertas. Em caso de alergia a pelos de animais de estimação, como cães e gatos, é preciso cuidar para que os pets não subam em camas e sofás e não dormir com roupas com pelos. Se a alergia for a pólen, o melhor é não sair de casa no período da manhã, momento em que os grãos estão mais baixos e causam maior incômodo.
Muitas vezes, contudo, essas práticas não são suficientes para melhorar a qualidade de vida do paciente. Nessas situações, a vacina para rinite é uma opção interessante. Trata-se de um método efetivo para reduzir os sintomas quando não é possível afastar por completo o agente causador.
“A vacina vai fazer com que o corpo aumente os anticorpos contra o causador de alergia. Quando houver contato com o patógeno, a reação alérgica diminuirá”, explica Renata.
Além de auxiliar no combate à rinite, a vacina antialérgica também pode ser utilizada em casos de asma e no tratamento de alergias de pele. Ressalte-se que se trata de uma ferramenta terapêutica, ou seja, ela não cura a doença.
Quem pode utilizar a vacina
Na medicina, não existe nada 100% eficaz. Cada corpo, afinal, reage de formas diferentes, mas é possível observar um bom controle das crises alérgicas por meio da administração das vacinas.
“É um tratamento de três anos. Após o seu fim, é possível ter resposta positiva por até sete anos. A vacina é sublingual, indicada para ser aplicada três vezes por semana, dependendo do paciente”, comenta a otorrinolaringologista do Hospital IPO.
A vacina pode ser administrada em casa, pelo próprio paciente, e é indicada para todos aqueles que possuem uma alergia documentada por teste alérgico, não têm doenças imunológicas descompensadas, não estão gestantes e não possuem alergia aos componentes da fórmula. Segundo Renata, se a paciente que já está no processo do uso das vacinas engravidar, o tratamento não precisa ser interrompido e o feto pode desenvolver imunidade à alergia também. Um médico, contudo, sempre deverá ser consultado.
Os pacientes que têm interesse no tratamento precisam procurar um otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto. Em seguida, o pedido de elaboração das vacinas será encaminhado a laboratório confiável.
“A vacina de rinite é personalizada, o que significa que não é possível adquiri-la em qualquer lugar. Ela é produzida de acordo com os fatores alergênicos e intensidade da doença no paciente. Por isso, é de extrema importância a consulta com um especialista de confiança”, finaliza a médica.
Quando as temperaturas caem é comum que as alergias respiratórias apareçam. Isso se dá por conta do tempo seco, principalmente em regiões mais urbanizadas, como as grandes metrópoles. A baixa umidade, resfriamento do ar e falta de arborização permitem que o risco de contaminação aumente, já que as partículas poluentes estão dispersas no ar.
Segundo dados da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), o principal alérgeno, no Brasil, é o ácaro da poeira domiciliar, responsável por cerca de 80% das alergias respiratórias. Como forma de precaução, cuidados com o lar e principalmente na hora de dormir podem fazer a diferença.
José Previero, especialista em higienização da Quality Lavanderia destaca: “Quem possui alergia precisa estar sempre atento à peça escolhida para dormir, dependendo da escolha, pode-se intensificar ainda mais o problema alérgico”.
O especialista aponta que o edredom é a peça ideal para quem tem alergia, pois seu tecido possui superfície plana e lisa, o que permite menor acúmulo de ácaros. Com isso, não prejudica a respiração e não ocasiona incômodos na pele. “Nos dias frios, a melhor escolha é o edredom, por ser menos alérgico, mais macio e causar menor incômodo na pele. Independente do cobertor ser sintético ou de lã, todos são mais felpudos, por isso acumulam maior número de ácaros que podem causar alergia, tanto de respiração quanto de pele”, relata Previero.
Além disso, a frequência e os cuidados com a lavagem também são fatores importantes, por isso, opte sempre por lavar antes de usar, principalmente se o edredom ficou guardado por muito tempo, com isso removem-se os ácaros e o possível odor de mofo, mantendo a peça mais apropriada para uso.
Edredom de malha/Zelo
“Estando em uso, o ideal é lavar a cada dois meses. Outra dica importante é o cuidado com o uso do amaciante, quanto menos perfume tiver, menor a chance de provocar alergias. Para realizar a higienização completa, inclusive para peças infantis, que exigem um cuidado especial, é indicado que o serviço seja realizado de forma profissional, por exemplo, com ajuda de uma lavanderia, contribuindo para saúde da família”, conclui Previero.
Permanecer em ambientes pouco ventilados propicia contaminação; doença pode ser viral, bacteriana ou alérgica
Temperaturas mais baixas demandam cuidados extras com a saúde, especialmente porque para se proteger do frio as pessoas permanecem por mais tempo em ambientes fechados, com pouca circulação de ar, o que facilita a contaminação por diversas enfermidades. Uma dessas doenças é a conjuntivite, inflamação da membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras e causa bastante incômodo.
Mas para saber qual é o tratamento correto, primeiro é preciso identificar qual é o tipo de conjuntivite que está acometendo o paciente: viral, bacteriana ou alérgica. A primeira é a mais comum e a menos grave. Os sintomas são vermelhidão e irritação ocular, secreção e sensibilidade à luz. O tratamento costuma ser parecido com o de uma gripe, quando são receitados medicamentos para que os sintomas não incomodem tanto.
“Raramente, ocorrem algumas complicações que podem comprometer a qualidade visual. Por isso, na vigência de um olho vermelho com ausência de melhora, é importantíssimo consultar um oftalmologista”, afirma Michel Rubin, médico especialista do Hospital IPO.
Já a conjuntivite bacteriana, embora mais rara, é bem mais grave. Os sintomas são os mesmos da viral, mas agravados. Há mais secreção e irritabilidade, além da dificuldade de olhar para qualquer ponto luminoso. Nesse caso, o tratamento deve ser feito com um antibiótico indicado pelo médico.
Por último, a conjuntivite alérgica tem como principal sintoma a coceira, mas também apresenta vermelhidão ocular, irritabilidade e lacrimejamento. O tratamento depende do grau constatado, mas normalmente é possível resolver o problema com um antialérgico. Caso o paciente esteja com sintomas muito acentuados, corticoides e até imunossupressores podem ser indicados.
Como os sintomas dos três tipos de conjuntivite são muito parecidos, é de extrema importância que o paciente agende uma consulta com um oftalmologista para identificar qual é o seu quadro e seguir o melhor tratamento. Segundo Rubin, pode haver complicações se o tratamento não for realizado corretamente.
Conjuntivite – Fonte: WebMd
“Muitas vezes, a conjuntivite é menosprezada, mas é preciso reforçar que qualquer uma delas pode levar a complicações e afetar a visão”, acrescenta o oftalmologista do Hospital IPO.
Para evitar a transmissão, recomenda-se: evitar locais fechados e aglomerações; lavar as mãos com frequência; e não compartilhar toalhas e roupas de cama.
Médica explica como prevenir e tratar quadros de intoxicação causados por bactérias, fungos, vírus e suas toxinas, presentes em alimentos preparados sem os devidos cuidados
A intoxicação alimentar, como explica a médica alergista e imunologista Brianna Nicoletti, formada pela Universidade de São Paulo (USP): “é uma doença causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, parasitas, por fungos ou toxinas. A contaminação ocorre durante a manipulação, preparo, conservação e/ou o armazenamento da água ou dos alimentos”.
A forma com que são servidos e expostos deixam esses alimentos facilmente contamináveis; sem a refrigeração necessária, como em buffets; manipulação e armazenamento de forma inadequada esses são os principais fatores para intoxicação alimentar.
Sintomas e ações a tomar
Os primeiros sintomas podem surgir poucas horas após a ingestão de algo contaminado, variando de acordo com o micro-organismo causador. “O intervalo, no geral, vai de duas a 72 horas para o início dos sintomas”, explica a médica. Porém, os sintomas sempre são parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas e mal-estar. “Nos quadros mais graves, ocorrem queda da pressão arterial, desidratação e perda de peso”, enumera.
O primeiro passo, ao sentir um dos sintomas, é fazer repouso e ingerir muito líquido (principalmente água, água de coco e isotônicos, e evitar bebidas gaseificadas com excesso de sódio. “Quando há risco de desidratação (com vômitos e diarreia), há medicamentos para controlar as náuseas e é necessário procurar ajuda médica para repor líquidos e sais por via endovenosa”, indica Brianna.
A boa notícia é que a grande maioria das intoxicações são consideradas leves e duram poucos dias. “As infecções bacterianas com colites e desidratação podem durar mais tempo. E, eventualmente, poderá ser necessário tratamento mais prolongado com antibiótico”, indica a médica. Daí a importância de consultar um médico para avaliar a gravidade e a necessidade do uso de medicamento.
Os vilões e como prevenir a doença
Peixe e frutos do mar, processados e embutidos (por exemplo, o presunto), legumes e frutas lavados com água contaminada costumam ser os causadores mais comuns da intoxicação alimentar.
O primeiro ponto determinante para evitar as contaminações está no cuidado com a água. “A prevenção das intoxicações está diretamente associada ao saneamento básico, ou seja, à boa qualidade da água para o preparo dos alimentos; aos cuidados ao cozinhar e armazenar, isto é, o modo de embalar e conservar em freezer ou geladeira; e a medidas básicas de higiene de quem os consome, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro”, explica a especialista. Outra dica é nunca consumir alimentos em conserva com embalagens estufadas ou amassadas”.
Diferença entre intoxicação e alergia alimentares
Vale distinguir a diferença que existe entre a alergia alimentar e a intoxicação alimentar. “A alergia ocorre quando nosso sistema imunológico passa a entender uma parte da estrutura do alimento como ‘alergênica’ e estranha, e responde com a produção de anticorpos (chamado de IgE) ou células, gerando um processo inflamatório”, explica a médica.
A alergista detalha ainda que uma vez sensibilizado o organismo, o risco de uma reação alérgica mais grave, em um contato futuro existe, inclusive ao ter contato com uma mínima quantidade daquele alimento. “Mas, da mesma forma, as transformações frequentes do sistema imunológico podem trazer novas sensibilizações ao longo da vida, e pode também acontecer o que chamamos de ‘tolerância’ e, assim, depois de algum tempo, deixar de ter a alergia daquele alimento”. Os que mais causam alergias em adultos são: camarão, frutos do mar, amendoim, castanhas; nas crianças, são leite, ovo, soja, milho e trigo.
Fonte: Brianna Nicoletti é médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003). Residência médica em Medicina Interna pela Universidade Estadual de Campinas. Residência médica em Alergia e Imunologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Médica Especialista em Alergia e Imunologia do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. Integrante da equipe de Qualidade da UnitedHealth Group.