Além de auxiliar no aumento da imunidade, o alimento pode substituir o açúcar de forma mais saudável e contribuir para o funcionamento do intestino
O Brasil bateu recorde na produção nacional de mel, segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados neste ano. Ao todo, a apicultura atingiu 55.800 toneladas do alimento em 2021, 6,4% a mais do que no ano anterior. O ingrediente é considerado funcional, por possuir nutrientes e propriedades específicas que trazem benefícios à saúde, e pode ser consumido em refeições como café da manhã e lanches.
De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, professora Juliane Casas, o mel consegue ajudar a fortalecer o sistema imunológico e a prevenir doenças por ser rico em antioxidantes, vitaminas e minerais. “As características deste alimento variam de acordo com o tipo de flores e solo onde são provenientes os néctares”, afirma. “O mel de eucalipto, por exemplo, tem predominância de compostos ativos como a quercetina, ácidos gálicos e p-cumárico, que possuem propriedades antioxidantes e bacteriostáticas, ou seja, tem como princípio terapêutico impedir a proliferação dos microrganismos”, continua.
O mel é uma opção natural para prevenir e tratar alguns problemas de saúde, como tosses e dores de garganta, uma vez que age como um anti-inflamatório, expectorante, antibactericida e calmante. “Apesar de ter comprovada a sua eficácia, a utilização para fins terapêuticos deve ser indicada e acompanhada por profissionais da saúde habilitados para essa indicação”, afirma a nutricionista.
O alimento pode ser utilizado para substituir o açúcar refinado, pois é um adoçante menos calórico e com metabolização mais lenta, o que ajuda a manter os níveis de glicose estáveis no sangue. O mel contribui, também, para a melhora no funcionamento intestinal, graças a enzimas digestivas que ajudam na quebra dos alimentos e a facilitam a digestão, além dos probióticos presentes que estimulam a produção das bactérias benéficas para o intestino.
Excesso
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Especialistas defendem que o mel é versátil, saudável e contribui para a saúde, mas alertam que o consumo deve ser feito com moderação. O excesso pode provocar o ganho de peso e, em alguns casos, a obesidade. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), uma colher de sopa rasa (15g) contém 12,1 gramas de carboidratos, além de 48 kcal, o que equivale a 200 gramas de peito de peru ou a 100 gramas de açaí, por exemplo.
A alimentação rica em açúcares pode ser associada ao risco de doenças cardíacas e de câncer e, com o consumo prolongado, o organismo se torna mais resistente à insulina, o que aumenta as chances de desenvolver diabetes. A recomendação é a de utilizar o mel em temperatura ambiente como parte de uma dieta balanceada, desenvolvida por um profissional de nutrição, para um cardápio personalizado para as necessidades e interesses de cada paciente.
Mesmo com a correria do dia a dia, a atenção com a alimentação é essencial para a manutenção da saúde e qualidade de vida
Cólicas, distensão abdominais (inchaço na barriga), náuseas, alterações no apetite e esforço ao evacuar, são alguns dos principais sintomas da prisão de ventre. Muitas pessoas sofrem com essa condição que, comumente, pode surgir desde questões de saúde como bloqueios no cólon (maior parte do intestino grosso) ou reto, até questões de origem hormonal.
No entanto, outros fatores também podem desencadear esse quadro como é o caso da baixa ingestão de água, de fibras, sedentarismo, estresse, interrupções na dieta regular ou rotina, entre outros. Podendo ser temporal ou crônica, ela é capaz de acometer desde bebês – geralmente, a partir de 1 ano vida – até pessoas idosas. Mulheres grávidas também podem ser afetadas pela constipação intestinal.
A alimentação é fundamental para combater esse quadro, aliada a mudanças de hábito e estilo de vida. Pessoas que sofrem com a síndrome do intestino preso devem dar preferência aos alimentos ricos em fibras porque eles auxiliam no peristaltismo intestinal, ou seja, na formação e transporte do bolo fecal facilitando a passagem das fezes pelo intestino. De acordo com a professora do curso de Nutrição da Uninassau Paulista, Jussara Maria, é importante que o indivíduo que possui esta condição passe a introduzir de forma rotineira esses alimentos no seu cardápio.
“O consumo das fibras é importante não só para a prevenção da prisão de ventre, mas como para a saúde humana no geral. Comer mais frutas e vegetais, incluindo as cascas pois nelas encontramos maior concentração de fibras, feijão e lentilha, optar por sementes de linhaça e chia que podem ser combinadas com vários outros alimentos como o iogurte são algumas estratégias que vão auxiliar este processo. Mesmo com a correria do dia a dia, a atenção com a alimentação é imprescindível para a manutenção da saúde e qualidade de vida”, orienta.
Ainda de acordo com a nutricionista além das frutas, também são ótimas opções de lanches os cereais integrais, frutas secas , pudim de chia, torta de maçã, creme de abóbora e pães integrais. “Os pães integrais podem ser consumidos com ricota, sendo uma boa alternativa para o lanche ou café da manhã. Iogurtes e vitaminas contendo granola, sementes e cereais, ou as panqueca de aveia, também podem fazer parte dessa refeição. Já no almoço ou jantar, é indicado inserir vegetais como acelga, couve e espinafre, para consumo livre, feijão e arroz (de preferência integral). Em relação as carnes, a orientação é que não sejam processadas. As pessoas podem optar também por peixes ou frango”, sugere.
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A ingestão adequada de água é outro fator que impacta diretamente no funcionamento regular do intestino, uma vez que as toxinas não absorvidas pelo organismo são eliminadas, e aliada ao consumo das fibras, auxilia na saúde e trânsito intestinal. “É importante alertar que apenas o consumo de fibras não é o suficiente para reverter um quadro de intestino preso, o aumento das fibras sem consumo regular de água ocasiona na paralisação delas no intestino e isso causa o efeito contrário do esperado, além de aumentar a produção dos gases. O consumo de água varia de pessoa para pessoa, deve-se ingerir 35ml de água por kg de peso”, adverte.
Para quem sofre com essa doença, o indicado é buscar auxílio de um médico para receber as devidas orientações e tratamento pois algumas enfermidades podem estar associadas como é o caso da diverticulite, hemorroidas, câncer colorretal e fissuras anais. A procura por um nutricionista também é essencial porque ele contribui diretamente com o tratamento da doença, e muitas vezes, o paciente consegue bons resultados com a própria mudança da alimentação sem precisar recorrer a medicamentos ou laxantes.
Ruas e espaços de grande movimentação em São Paulo (SP) têm recebido a visita do “Truck Amo Avocado”. Trata-se de uma ação degustativa itinerante na qual um caminhão estilizado passeia pela cidade para dar aos paulistanos a oportunidade de provar, gratuitamente, guacamole feito com avocado – uma variação mais resistente, com casca mais escura e polpa mais consistente do que o abacate tropical.
A iniciativa, iniciada no último dia 25 de maio, faz parte da campanha “Partiu Avocado”, realizada pela Associação Abacates do Brasil. O objetivo é estimular o aumento do consumo per capita do fruto no Brasil, explorando a supersafra do produto no primeiro trimestre desse ano. Até o dia 24 de junho, o “Truck Amo Avocado” passará por 20 endereços diferentes, incluindo bairros boêmios, feiras livres, parques, academias e universidades.
Quem frequentar as ruas de São Paulo nesse período pode conferir o itinerário do caminhão para aproveitar a ação degustativa, que acontece sempre entre quarta-feira e domingo, em horários variados (itinerário logo adiante).
A capital paulista, palco da ação itinerante, não foi escolhida por acaso. O Ceagesp, considerado o maior entreposto de avocado do Brasil e localizado no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo (SP), comercializa cerca de 25% da produção nacional de abacate – somando as variações tropical e hass.
“Justamente para aumentar o consumo interno, a nova campanha da Abacates do Brasil destaca como o avocado é um fruto acessível e versátil, além de evidenciar a qualidade e a saudabilidade do alimento – reforçando atributos como qualidade de vida, bem-estar e alimentação saudável”, afirma Ligia Falanghe Carvalho, diretora-presidente da Associação Abacates do Brasil.
Confira o itinerário do “truck avocado”:
01/06 (quinta) – Beco do Batman – 10h às 18h 02/06 (sexta) – PUC-SP (Perdizes) – 14h às 22h 03/06 (sábado) – Appito (Vila Leopoldina) – 14h às 22h 04/06 (domingo) – Parque Burle Marx – 10h às 18h 07/06 (quarta) – Água Branca (R. Dona Ana Pimentel, 99) – 10h às 18h 09/06 (sexta) – R. Emílio Mallet (Travessa da R. Itapura, Tatuapé) – 10h às 18h 10/06 (sábado) – Parque Villa Lobos – 10h às 18h 11/06 (domingo) – Festa Junina Paróquia Vila Madalena – 15h às 23h 14/06 (quarta) – Academia Smart Fit (Av. Bem-Te-Vi, 86, Indianópolis) – 7h às 15h 15/06 (quinta) – R. Maria Antônia (próximo ao Mackenzie) – 10h às 18h 16/06 (sexta) – R. Juventus, 276 (Parque da Mooca) – 14h às 22h 17/06 (sábado) – Feira Orgânica do Ibirapuera (R. Curitiba, 292) – 7h às 15h 18/06 (domingo) – Posto 011 (Vila Mariana) – 8h às 16h 21/06 (quarta) – Academia Smart Fit (Moema) – 14h às 22h 22/06 (quinta) – Edifício Cidade de Pinheiros – 10h às 18h 23/06 (sexta) – Cerqueira César (R. da Consolação, 3523) – 10h às 18h 24/06 (sábado) – Feira Orgânica do Ibirapuera (R. Curitiba, 292) – 7h às 15h
Campanha “Partiu Avocado”
A campanha da Abacates do Brasil nasceu a partir da mobilização conjunta de produtores da região Sudeste, incluindo São Paulo e Minas Gerais, os principais Estados produtores do Brasil. Entre 2017 e 2023, a produção dessas regiões apoiou a exportação brasileira de abacate e avocado com um total de 56 mil toneladas destinadas ao mercado externo. Os principais países de destinos do fruto foram Holanda, Espanha, França e Alemanha no mercado europeu; e Argentina e Uruguai no Mercosul.
Segundo o IBGE, a demanda por avocado e abacate tropical no Brasil é de apenas 0,301 grama por ano, bem abaixo de mercados como México e EUA – que consomem, respectivamente, 7 kg/ano e 4 kg/ano, de acordo com a revista especializada FruiTrop. Embora a área de cultivo de avocado em solo brasileiro tenha crescido de mil hectares em 2016 para 9 mil hectares em 2022, cerca de 95% da produção é destinada à exportação.
O avocado tem sido cada vez mais utilizado pelos brasileiros para experimentar novas receitas e sair do tradicional “abacate com açúcar”. Segundo especialistas, o fruto é altamente nutritivo e saboroso, fonte de energia, fibras, vitaminas e nutrientes. Também é rico em gordura monoinsaturada, que auxilia no aumento dos níveis de colesterol bom no sangue e na redução do colesterol ruim, além de prevenir doenças cardiovasculares.
O produto ainda possui glutationa, que reduz o efeito do cortisol no organismo, sendo um bom aliado no processo da redução de peso, na desintoxicação do organismo e como agente anticancerígeno. Sua alta concentração de fibras alimentares ajuda a regular o intestino, diminuir o apetite e emagrecer. Fonte de potássio, também ajuda a fortalecer os músculos e a controlar a pressão arterial, pois equilibra a quantidade de sódio no organismo e ajuda a prevenir cãibras nos músculos.
Desenvolvida pela agência Pão Criação, de Bauru (SP), a campanha “Partiu Avocado” tem perfil híbrido e multimídia, com entregas que incluem um filme publicitário para a TV aberta. Também fazem parte do pacote conteúdos orgânicos para redes sociais e vídeos de receitas no canal “Amo Abacate” no YouTube, entre outras ações. Já a ação itinerária “Truck Amo Avocado” foi criada pela Jokerman.
Já se sentiu com pouco desejo sexual ou seu desempenho sexual está aquém do desejado? A libido sofre interferência de uma série de fatores, entre eles a alimentação. Determinados alimentos, aumentam a produção de neurotransmissores e hormônios relacionados à sensação de bem-estar e prazer, melhoram a circulação e são aliados na produção de testosterona, já outros fazem o efeito contrário.
“A alimentação interfere diretamente na fertilidade, no desempenho sexual e na libido. Determinados alimentos atuam na produção de neurotransmissores e hormônios relacionados à sensação de bem-estar e prazer, além de influenciarem no bom funcionamento dos órgãos genitais”, explica o nutricionista Lucas de Albú.
O profissional listou alimentos que interferem positivamente na libido e no desempenho sexual, confira:
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Abacate: rico em potássio, vitamina B6 e gorduras monoinsaturadas, que são aliadas na saúde do coração e contribuem para uma boa circulação. Homens com doenças cardíacas são duas vezes mais propensos a ter disfunção erétil.
Amendoim: alimento altamente energético, fonte de gorduras boas e rico em vitaminas do complexo B, principalmente a B3 e a niacina, que colabora para a vasodilatação sanguínea, o que aumenta a libido pela lubrificação das mucosas. Também é uma importante fonte de argilina, que é um aminoácido que aumenta o óxido nítrico, responsável por aumentar o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais.
Frutos do mar: diversos, como camarão, ostras, lagosta e lula, contém nutrientes importantes, como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas do complexo B e o zinco, que podem estar relacionados à disposição sexual e produção de hormônios como a testosterona.
Chocolate (no mínimo 70% de cacau): auxilia na produção de serotonina, neurotransmissor que é responsável pela sensação do prazer. O alimento também contém cafeína e teobromina, um derivado da cafeína presente no cacau com efeito estimulante, o que dará mais pique no sexo, além de aumentar a libido, através da excitação do corpo.
Foto: Ronnie B/Morguefile
Melancia: rica em citrulina, que aumenta o óxido nítrico. Esta substância que promove uma maior circulação sanguínea nas regiões genitais, seja no pênis ou clitóris. Devido a isso,proporciona relaxamento dos vasos sanguíneos e garante um alto desempenho sexual, quase agindo como um viagra natural.
Mamão: rico em estrogênico, ou seja, tem compostos que agem como o hormônio feminino. Logo, pode ser usado para aumentar a libido da mulher.
Lucas também elencou alimentos que devem ser evitados para ter uma boa saúde sexual:
Foto: Mel Schmitz
Comida gordurosa: gordura em excesso nunca é bom. Esse tipo de alimentação pode causar aterosclerose, ou seja, o acúmulo de gordura e outras substâncias nas artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo. Sem receber sangue suficiente, o pênis não obterá uma ereção satisfatória. Além disso, são alimentos de difícil digestão, fazendo grande parte do sangue ir para o estômago.
Doces: alimentos ricos em açúcar, no geral, alteram a glicose no sangue, o que provoca diminuição no desejo sexual. O açúcar refinado em excesso é frequentemente associado ao aumento dos níveis de ansiedade e depressão, o que prejudica a libido.
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Enlatados: são ricos em sódio, que em excesso pode elevar a pressão arterial e diminuir o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais.
Soja: contém fitoestrogênio (composto derivado de plantas) que pode ocasionar o desbalanceamento hormonal caso seja consumida em excesso.
O profissional diz que alguns fitoterápicos que podem ajudar a ter uma vida sexual mais ativa e satisfatória, como maca peruana, Tribulus terrestris, ginseng, extratos secos. “Mas é importante procurar o auxílio de um profissional adequado para a prescrição”, completa.
“Além de uma alimentação equilibrada, incluindo certos alimentos na dieta, é recomendado atividade física regular, que melhora a autoestima, questões circulatórias e liberam endorfina”, finaliza.
Nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, ensina regras básicas e cardápios que ajudam a fortalecer a imunidade
Os alimentos podem fornecer nutrientes essenciais para nosso corpo funcionar bem, evitando problemas de saúde. “Manter um hábito alimentar saudável ao longo da vida garante os componentes protetores de nosso organismo. As vitaminas, minerais, fibras, proteínas, gorduras boas, carboidratos e água são essenciais para a manutenção da saúde, e a alimentação pode garantir isso, desde que bem planejada”, afirma a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, que ensina cinco passos para ter a saúde em dia.
Incluir os cuidados com a alimentação na agenda é o primeiro passo para ter uma vida saudável. Entender que o que comemos é um compromisso com a saúde é fundamental.
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Definir quando e onde fazer as compras. Procurar sempre estabelecimentos que ofereçam grande variedade, principalmente de vegetais, para evitar adquirir itens iguais de uma compra para outra.
Planejar a lista de compras, que deve conter alimentos suficientes por um determinado período, até que você possa fazer compras novamente. É necessário levar em consideração o número de pessoas da casa e quais refeições são feitas com os produtos, como o lanche da escola dos filhos, marmita de almoço no trabalho, jantar em família, lanche para a academia, entre outras situações.
Decidir os alimentos que serão consumidos. É muito importante que a base da alimentação seja composta por vegetais. O ideal é que cada pessoa coma pelo menos duas frutas e duas porções de legumes e verduras todos os dias, por isso, é importante planejar quais serão as preparações e as refeições em que esses itens serão usados para definir a lista de compras, que também deve ter carnes, ovos, cereais, temperos naturais, laticínios e ingredientes que serão usados em pratos que fazem parte da rotina alimentar. Sempre evitar processados.
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Conservar adequadamente cada alimento (na geladeira, no armário) e ficar atento ao prazo de validade de cada item, inclusive para evitar desperdício.
“Essas dicas ajudam a ter sempre acesso a itens de alto teor nutricional, evitando o consumo de alimentos de qualidade nutritiva inferior, o que acaba ocorrendo com mais frequência quando precisamos comer fora de casa ou pedir delivery, por exemplo”, diz a especialista.
Renata lista fontes de nutrientes essenciais para fortalecer e ajudar o bom funcionamento do sistema imunológico que devem ser incluídas na lista de compras e no consumo frequente:
=Fontes de vitamina C, como as frutas cítricas e folhas cruas. =Fontes de zinco, como as carnes e os feijões. =Fontes de selênio, como os feijões e as castanhas =Proteínas presentes em carnes, ovos, feijões e laticínios, gorduras boas, como o ômega-3 do peixe =Carboidratos, como os cereais e tubérculos.
O ideal é compor um cardápio que contemple todos os grupos de alimentos, com o mínimo possível de processados.
Veja exemplos de cardápios para a semana
Segunda-feira: Café da manhã: ovo mexido + pão de liquidificador + café / leite Lanche: Morangos Almoço: salada de alface com beterraba + arroz integral + lentilha + brócolis no vapor + carne moída Lanche: uva roxa sem semente com iogurte Jantar: mix de folhas com tomate-cereja + omelete com brócolis + arroz integral com cenoura ralada
Terça-feira: Café da manhã: shake de morango + ovo mexido Lanche: coco verde (polpa) Almoço: alface e rúcula com tomate-cereja + frango assado com batata + arroz integral com ervilhas Lanche: pera + castanhas-do-pará picadinhas Jantar: lanche com rúcula, beterraba ralada e queijo com pão integral ou tortilha
Quarta-feira: Café da manhã: Pão integral com queijo + café / leite Lanche: laranja Bahia com bagaço Almoço: salada de alface com cenoura + arroz com lentilha + carne de panela Lanche: queijo coalho grelhado picadinho Jantar: mix de folhas + vagem e cenoura cozidos + filé de frango grelhado em tirinhas + batata assada
Quinta-feira: Café da manhã: crepioca + café / leite Lanche: uva roxa sem semente Almoço: salada de batata bolinha temperada, couve refogada e bife acebolado picadinho Lanche: biscoito de arroz com patê de frango Jantar: salada de folhas + omelete de batata + arroz com cenoura ralada e ervilhas
Sexta-feira: Café da manhã: panqueca doce + café / leite Lanche: pera Almoço: rúcula com manga + macarrão integral com brócolis + cubinhos de frango grelhados Lanche: abacaxi com canela Jantar: salada de alface, beterraba e tomate + bolinho de batata com frango desfiado + arroz + feijão
“Vale lembrar que a alimentação é um dos elementos que pode atuar na prevenção das doenças e que um estilo de vida saudável, incluindo atividade física, sono de qualidade e gestão do estresse também é fundamental”, ressalta a nutricionista.
A seguir, Renata ensina cinco receitas com alimentos que ajudam a compor um cardápio saudável e nutritivo.
Pão de liquidificador
Ingredientes: 3 ovos 1 copo de 200ml de iogurte natural 1 e 1/2 xícara de chá de farelo de aveia 1 colher de sopa de semente de chia 1 colher de sopa de fermento em pó 1 colher de sopa de aveia em flocos Sal a gosto
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, exceto a aveia em flocos. Quando a massa estiver homogênea, acrescente o fermento e misture delicadamente. Coloque a massa em uma forma de bolo inglês untada, polvilhe a aveia em flocos e asse em forno preaquecido por 30 minutos.
Shake de morango
Ingredientes: 1/2 xícara de chá de morangos picados 400ml de leite de coco 4 colheres de sopa de aveia 2 colheres de sopa de mel
Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador. Se preferir, pode usar morangos congelados para ficar mais cremoso.
Arroz com lentilha
Ingredientes: 1 xícara de chá de arroz integral 1 xícara de chá de lentilha 1/2 cebola picada 2 dentes de alho 2 colheres de sopa de azeite 1/2 colher de chá de sal
Modo de preparo: Aqueça o azeite e refogue o alho e a cebola. Acrescente o arroz e a lentilha e refogue bem. Acrescente o sal e misture bem. Acrescente 4 xícaras de chá de água e deixe cozinhando em fogo baixo até a água secar e os grãos ficarem bem cozidos.
Patê de frango
Ingredientes: 1 xícara de chá de frango desfiado 1 xícara de chá de creme de ricota 2 colheres de sopa de cheiro verde picadinho 2 colheres de sopa de azeite 1/2 cebola picada 2 dentes de alho amassados Sal e pimenta a gosto 1 colher de chá de açafrão ralado
Modo de preparo: Aqueça o azeite e refogue o alho e a cebola. Acrescente o frango desfiado, o cheiro verde, o sal, o açafrão e a pimenta. Misture bem. Finalize com o creme de ricota e leve à geladeira.
Panqueca doce
Ingredientes 1 ovo 2 colheres de sopa de aveia 1 banana amassada 1 pitada de canela ou cacau em pó
Modo de preparo: Misture tudo e leve à frigideira untada com manteiga. Doure bem dos dois lados e sirva em seguida.
A alimentação é fundamental para manter a saúde e o bem-estar do nosso corpo. Ela fornece ao organismo os nutrientes essenciais para o seu funcionamento adequado, incluindo carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e a água.
A nutricionista funcional Cris Ribas Esperança comenta que alimentos são essenciais para a nossa sobrevivência e para manter uma boa saúde, mas nem todos os alimentos são iguais quando se trata de nutrição e saúde. Alguns alimentos devem ser consumidos com moderação ou evitados, pois podem ter efeitos negativos na nossa saúde.
É importante ressaltar que cada indivíduo tem necessidades nutricionais específicas, e por isso é importante buscar orientação de um profissional capacitado, para garantir que a alimentação seja adequada às suas necessidades.
Além da escolha dos alimentos, a forma como os alimentos são preparados e consumidos também pode influenciar na saúde. Por exemplo, o consumo excessivo de alimentos processados e ricos em açúcar e gorduras pode aumentar o risco de doenças crônicas. Por outro lado, uma alimentação baseada em alimentos frescos e integrais pode trazer benefícios significativos para a saúde.
Dessa forma, Cris cita alguns exemplos de alimentos que devem ser evitados ou consumidos com moderação:
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Alimentos processados e refinados: Alimentos processados, como salsichas, bacon, hambúrgueres, refrigerantes, bolos e biscoitos, são geralmente ricos em açúcar, gordura saturada, sódio e conservantes. Esses alimentos são baixos em nutrientes e podem aumentar o risco de obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer. Além disso, muitos desses alimentos contêm aditivos e substâncias prejudiciais. Por isso, é importante evitar alimentos processados e substituí-los por alimentos naturais e integrais.
Bebidas alcoólicas: O consumo excessivo de álcool pode causar problemas de saúde, como danos ao fígado, aumento da pressão arterial e risco de dependência química. No entanto, beber com moderação pode ter benefícios para a saúde, como diminuir o risco de doenças cardíacas. É importante lembrar que o álcool não é essencial para uma dieta saudável.
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Gorduras ruins: Gorduras transgênicas, saturadas e hidrogenadas podem aumentar o colesterol LDL (ruim), aumentando o risco de doenças cardíacas e derrames. É importante escolher fontes mais saudáveis de gorduras, como as encontradas em peixes, nozes, sementes, óleo de coco e abacates. Mesmo assim, o consumo de gorduras deve ser moderado, pois elas fornecem mais que o dobro da energia de outros macronutrientes, como carboidratos e proteínas.
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Açúcar adicionado: O açúcar adicionado é encontrado em muitos alimentos, como doces, refrigerantes, cereais açucarados, molhos e bebidas energéticas. O consumo excessivo de açúcar pode levar à obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e cáries dentárias. É importante limitar o consumo de açúcar adicionado e escolher opções mais saudáveis, como frutas frescas.
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Sódio: O sódio é encontrado em muitos alimentos processados e fast-food. O consumo excessivo de sódio pode aumentar a pressão arterial e o risco de doenças cardíacas, derrames e insuficiência renal. É importante escolher alimentos frescos e minimamente processados e limitar o uso de sal de mesa. Uma boa dica é optar por hambúrgueres artesanais feitos com alimentos mais naturais, livres de aditivos químicos e substâncias prejudiciais.
Alimentos artesanais X alimentos industrializados: Alimentos processados industrialmente, como hambúrgueres, bacon e linguiças, geralmente contêm conservantes, corantes, aromatizantes e outros aditivos químicos para prolongar sua vida útil e melhorar seu sabor e textura. Além disso, esses alimentos industrializados costumam ser ricos em açúcar, gorduras saturadas e sódio, que podem aumentar o risco de obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer.
Por outro lado, alimentos artesanais tendem a ser preparados com ingredientes mais naturais e frescos, sem a adição de aditivos químicos e conservantes, o que pode resultar em um produto mais saudável. Além disso, o processo de produção artesanal geralmente envolve mais cuidado e atenção aos detalhes, o que pode resultar em um sabor mais autêntico e diferenciado em comparação com os alimentos industrializados.
No entanto, é importante lembrar que, mesmo com a opção de alimentos artesanais, é necessário moderação e equilíbrio em sua alimentação, evitando o consumo excessivo de alimentos processados e priorizando uma alimentação saudável e balanceada.
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“A chave para uma alimentação saudável é escolher alimentos naturais e integrais, limitar o consumo de alimentos processados e ricos em açúcar, sódio e gorduras saturadas, e consumir álcool com moderação. Um nutricionista pode ajudar a criar um plano alimentar equilibrado e personalizado para atender às necessidades individuais de cada pessoa.” Finaliza Cris Ribas Esperança.
Fonte: Cris Ribas Esperança é formada em nutrição por amor a comida de verdade. Acredita que se alimentar bem, não é mais ou menos é o segredo para uma vida de saúde e prosperidade. Além da formação é pós graduada em Gastronomia Funcional e especializada em Nutrição Comportamental e Low Carb. Sócia-proprietária do Instituto do Bem-Estar Giulliano Esperança, onde divide seus compromissos junto a carreira de nutricionista.
Médico afirma que as substâncias contidas nos adoçantes podem interferir no trabalho de bactérias essenciais à digestão, de acordo com a nova diretriz da Organização Mundial da Saúde
O cirurgião do aparelho digestivo Rodrigo Barbosa, de São Paulo, recomenda não usar adoçantes artificiais, como aspartame, sucralose e sacarina, já que esses podem alterar a atuação de bactérias presentes no intestino humano, prejudicando o processo de digestão. “O consumo de adoçantes artificiais afeta negativamente a atividade microbiana intestinal, o que pode causar amplos problemas de saúde”, alerta.
Quando sentimos um sabor doce, ele é automaticamente relacionado com alta caloria por meio de um sinal químico enviado pelo cérebro, fazendo com que o estômago se prepare para produzir enzimas digestivas. Mas em razão de o adoçante não conter caloria, ao chegar ao estômago, não há o que ser digerido.
Dentre as consequências, pode-se contrair gastrite e úlcera devido aos ácidos não utilizados pelo corpo. “Quando se usa em grande quantidade, há agressão à mucosa gástrica”. Para o médico, o adoçante mais recomendável são os mais naturais como estévia, mas sempre em quantidade controlada”, diz.
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O tipo estévia, adoçante natural extraído de uma planta, apesar de não agradar o paladar de todos, é hoje tido como um dos adoçantes mais seguros por não alterar o índice glicêmico e ser totalmente absorvido.
Fonte: Rodrigo Barbosa é médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês – SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP.
Pesquisa aponta que aumento dos preços faz brasileiros consumirem mais estes alimentos
Uma pesquisa feita em 2022 mostrou que o consumo de biscoitos, salgadinhos e outros alimentos industrializados aumentou consideravelmente nos últimos meses, em decorrência da crise econômica imposta, entre outros fatos, pela pandemia de Covid-19. Conforme avaliação feita pela empresa Horus, especialista em inteligência de mercado, a principal responsável pela piora na qualidade das refeições dos brasileiros é a inflação, que atingiu de forma considerável o preço de verduras e legumes.
O estudo, que avaliou 40 milhões de notas fiscais de estabelecimentos Brasil afora, indica que, em comparação com o último ano, itens ricos em gordura e de baixo valor nutritivo tornaram-se mais presentes nas compras de todas as faixas de renda.
Entre janeiro e junho daquele ano, por exemplo, biscoitos recheados e salgadinhos estiveram presentes em 20,4% dos carrinhos das classes A e B, contra 16,9% no mesmo período do ano passado. Nas classes mais baixas, o dado é ainda mais preocupante. Na C, a incidência foi de 19,2% para 22,4%, enquanto nas classes D e E subiram de 22,7% para 26,4%.
A nutricionista Alice Coca, que atende na UBS Paranapanema, gerenciada pelo Cejam – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, alerta para os riscos que esta substituição alimentar pode trazer à saúde de adultos e crianças.
Entendendo o colesterol e seus riscos à saúde
O colesterol é um tipo de gordura presente na estrutura das membranas celulares e em órgãos como coração, intestino, cérebro, pele e fígado, fundamental para o bom funcionamento do organismo. No entanto, de acordo com a nutricionista, existem três tipos de colesterol — HDL, VLDL e LDL –, que agem de forma diferente no organismo.
Conhecido popularmente como colesterol bom, o HDL consiste em uma lipoproteína de alta densidade, cujo valor deve ser superior a 40 mg/dL. Dessa forma, quanto maiores forem os níveis de HDL, menores serão os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares.
O VLDL é uma lipoproteína de densidade muito baixa, produzida no fígado, e que tem como principal função transportar os triglicerídeos pela corrente sanguínea. Seus valores considerados normais devem estar em torno de 200 mg/dL.
Considerado o colesterol ruim, o LDL trata-se de uma lipoproteína de baixa densidade, cujo valor não deve ultrapassar 130 mg/dL. “Ele é comumente encontrado em alimentos industrializados e ultraprocessados, que contêm gorduras saturadas e trans, como biscoitos recheados e salgadinhos. Estes alimentos estão entre os maiores causadores do aumento do colesterol ruim”, alerta a nutricionista.
O colesterol alto pode trazer diversos riscos à saúde, entre eles o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principal causa de morte no Brasil e no mundo, conforme dados do Ministério da Saúde. Alice também atenta para o risco da aterosclerose — acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas artérias –, que dificulta a passagem de sangue nos vasos, podendo causar infartos, derrames e até morte súbita.
“Além de biscoitos e salgadinhos, devemos evitar também as frituras, já que a gordura utilizada para estes preparos é extremamente saturada, principalmente quando aquecida”, afirma a nutricionista.
Outros problemas
Conforme a nutricionista, um pacote de biscoito recheado equivale a oito pães franceses, em média. Por isso, o consumo de alimentos ultraprocessados não está relacionado somente ao aumento do colesterol, favorecendo também o ganho de peso excessivo e a obesidade, principalmente na infância, onde existe maior consumo destes alimentos.
“O consumo também aumenta o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis, como diabetes, devido ao aumento do peso e da quantidade elevada de açúcares presentes nestes alimentos. E ainda existe um aumento do risco de hipertensão arterial sistêmica (pressão alta), ocasionada, principalmente, pelo sódio”, reitera.
Segundo Alice, existem alimentos mais saudáveis, que, mesmo de forma econômica, são capazes de substituir biscoitos e salgadinhos, principalmente na dieta das crianças.
Foto meramente ilustrativa: Cait’s Place
“Uma boa sugestão pode ser o consumo de bolos caseiros de frutas, quibes assados, frutas da época — que costumam ser mais baratas –, consumidas na sua forma in natura e banana gratinada com aveia e canela, entre outras. Na internet, existem muitas opções de receitas econômicas e, acima de tudo, saudáveis”, finaliza.
Nutricionista fala sobre importância do abacate na alimentação
Durante alguns anos, o abacate foi considerado uma fruta inimiga da saúde porque era visto como um alimento gorduroso e calórico. Porém, essas gorduras presentes na fruta são responsáveis por diminuir os altos níveis de colesterol e triglicerídeos no organismo.
Foto: California Avocado Comission
“Rico em minerais e vitaminas com propriedades antioxidantes, como as do complexo B, C, E e zinco, o abacate é capaz de combater a oxidação das células. Além disso, auxilia na hidratação e conservação da pele e do cabelo. Essa fruta também possui gorduras saudáveis que ajudam a diminuir o colesterol e a pressão arterial, beneficiando a saúde do coração”, explica Meydson Souza, nutricionista e professor do curso de Nutrição do Uninassau – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista.
O abacate, que foi muito hostilizado no passado, agora lidera a lista dos alimentos funcionais. Ele pode ser usado nas mais variadas receitas, inclusive em preparações salgadas, como a maionese de abacate e o tradicional e delicioso guacamole.
“Consumido de forma natural ou atuando como ingrediente em vitaminas, cremes e saladas, essa fruta é rica em fibras que colaboram com o aumento da saciedade. Porém, ela deve ser consumida em pequenas porções, pois é calórica. O caroço do abacate também pode ser aproveitado, seja assado ou triturado”, afirma o nutricionista.
Em relação ao consumo, é preciso estar atento ao exagero, pois essa fruta pode ocasionar o aumento do peso corporal. A recomendação ideal é de uma fatia por dia, cerca de 100 gramas da fruta. Isso equivale a 1/4, em média. O mais indicado é consumir o abacate de forma natural. Segundo o nutricionista, após cortada, a fruta pode ser mantida por até 24h na geladeira.
Fonte: Uninassau – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista
Comer peixes de água fria e outras fontes de ácidos graxos ômega-3 pode preservar a saúde do cérebro e melhorar a cognição na meia-idade, indicam novas evidências, publicadas no começo de outubro no periódico científico Neurology. “O trabalho mostra que ter pelo menos alguns ômega-3 nos glóbulos vermelhos foi associado a uma melhor estrutura cerebral e função cognitiva entre voluntários saudáveis entre 40 e 50 anos”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
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“Já existiam evidências de que os peixes de água fria, como salmão, atum, arenque, cavala, corvina e sardinha são excelentes fontes de ômega 3, portanto importantes para a função neurológica, sensibilidade cognitiva, aprendizado e comportamento. A nova contribuição do estudo é que, mesmo em idades mais jovens, se você tem uma dieta que inclui alguns ácidos graxos ômega-3, já está protegendo seu cérebro para a maioria dos indicadores de envelhecimento do cérebro que costumam acontecer mais na meia-idade”, completa a médica.
O estudo foi um dos primeiros a observar esse efeito em uma população mais jovem. Nele, a idade média dos voluntários foi de 46 anos. A equipe analisou a relação das concentrações de ácidos graxos ômega-3 nos glóbulos vermelhos com ressonância magnética e marcadores cognitivos do envelhecimento cerebral. Os pesquisadores também estudaram o efeito das concentrações de glóbulos vermelhos ômega-3 em voluntários que carregavam APOE4, uma variação genética ligada ao maior risco de doença de Alzheimer. O estudo de 2.183 participantes livres de demência e derrame descobriu que:
Maior índice de ômega-3 foi associado a maiores volumes hipocampais. “O hipocampo, uma estrutura do cérebro, desempenha um papel importante na aprendizagem e na memória”, diz a médica;
Consumir mais ômega-3 foi associado a um melhor raciocínio abstrato ou à capacidade de entender conceitos complexos usando o pensamento lógico.
Portadores de APOE4 com índice ômega-3 mais alto tiveram menos doença de pequenos vasos. O gene APOE4 está associado a doenças cardiovasculares e demência vascular.
Os pesquisadores usaram uma técnica chamada cromatografia gasosa para medir as concentrações de ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA) dos glóbulos vermelhos. O índice ômega-3 foi calculado como DHA mais EPA. “Os ácidos graxos ômega-3, como EPA e DHA, são micronutrientes essenciais que melhoram e protegem o cérebro”, argumenta a médica.
A equipe de pesquisadores descobriu os piores resultados nas pessoas que tiveram o menor consumo de ômega-3. “Embora quanto mais ômega-3, mais benefícios para o cérebro, para ter benefícios cerebrais você só precisará comer algumas dessas fontes para ver os benefícios”, diz a médica. Os pesquisadores não sabem como o DHA e o EPA protegem o cérebro.
Foto: Alfonso Charles/Pixabay
“Uma teoria é relacionada às propriedades anti-inflamatórias do DHA e EPA. Mas é complexo. O que sabemos é que, se você aumentar um pouco o consumo de ômega-3, estará protegendo seu cérebro”, indica a médica nutróloga. “É encorajador, também, que o DHA e o EPA também protejam a saúde cerebral dos portadores de APOE4, modulando a suscetibilidade genética para diminuir o risco de demência e problemas cardiovasculares”, finaliza Marcella.
Fonte: Marcella Garcez é médica nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da Abran. Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez