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Agosto Dourado: amamentação faz bem ao bebê e à mãe

Segundo médico, aleitamento pode ser alternativa para a suplementação direta de vitamina D em recém-nascidos que amamentam

Agosto Dourado é um mês dedicado à conscientização da população sobre a importância do aleitamento materno para a saúde da mãe e, principalmente, do bebê. Esse ato de amor ultrapassa os benefícios do contato mãe e filho e influencia diretamente na saúde do pequeno, fortalecendo a imunidade, combatendo a anemia e reduzindo as taxas de mortalidade infantil. Mas, para que a amamentação ocorra de forma saudável, o médico pediatra Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida, Professor Adjunto do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos, selecionou perguntas comuns de consultório para que você entenda mais sobre esse tema que ainda gera muitos questionamentos. Confira:

Foto: Pixabay

Mãe saudável produz mais leite?
Não, ela produz leite de melhor qualidade. Produzir mais leite não é algo bom, o ideal é que produza a quantidade certa. E qual seria esta quantidade? Depende do bebê, do modo como ele interage e mostra a necessidade dele para a mãe. Tanto que mães de gêmeos ou trigêmeos produzem a quantidade certa para eles. A resposta é a interação bebê e mãe, por exemplo, a maneira como ele suga o seio, o número de vezes que procura a mama, esse comportamento irá definir a quantidade certa.

A mãe que amamenta retorna ao peso mais rapidamente?
Verdade, um maior peso é necessário na gestação para mantê-la. Após o parto, a mulher guarda um pouco de gordura como reserva, uma preparação para o período de aleitamento. Assim, toda mãe que tenha tido uma gravidez normal e saudável, após o bebê nascer, ainda tem um pouco de gordura. Deste modo, quando amamenta, tende a usar essa gordura e, assim, volta naturalmente ao peso de antes da gravidez.

Bebê em aleitamento materno exclusivo precisa suplementar vitamina D?
Isso é muito variável e há dois tipos de conduta: a individual, que o pediatra frente a um paciente específico vai decidir de acordo com o estado nutricional de vitamina D da mãe e de uma série de outros aspectos. Se formos seguir indicações em nível populacional, a recomendação atual da Sociedade Brasileira de Pediatria é para que sim, todos os bebês recebam suplementação de vitamina D, o que chamamos de suplementação universal. E isso deve ocorrer até os dois anos de idade.

Deve-se evitar o consumo de álcool e café durante a amamentação?
Recomendamos que a alimentação durante a lactação deva ser normal, mas saudável. Nenhuma pessoa deve consumir muito álcool todos os dias, inclusive uma lactante. Lógico que no período de lactação recomendamos que a mãe não abuse de algumas substâncias, especialmente tabaco, álcool e drogas. Se for consumir álcool, que seja muito pouco, uma dose de vinho, de vez em quando, não fará mal. Assim como café, e ela tomava muito café antes, não deve mais fazer isso. Agora, se for consumido de forma saudável, não há problema. A menos que a mãe perceba que o bebê tem mais cólica e fica irritado quando ela toma café. Nestes casos, deve suspender. Mas é uma situação particular.

Quais benefícios o aleitamento materno pode trazer para a mulher que amamenta?
Esta é uma ótima pergunta, pois sempre falam apenas do bebê. Benefícios para a mãe: a já citada tendência de perder peso rapidamente. A amamentação reduz a incidência de algumas doenças, como câncer de mama e de colo de útero e diabetes. A mulher, quando amamenta libera alguns hormônios que dão uma sensação de bem-estar e colaboram para que ela tenha um bom estado mental durante este período difícil que é a amamentação. Além disso, cria vínculos com o bebê. Há vários outros, mas estes considero os mais importantes.

Foto: Alfonso Cerezo/Pixabay

Quais os benefícios da amamentação para o bebê?
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), da Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Nutrologia, a criança deve ser amamentada exclusivamente até o sexto mês de vida. E esta amamentação pode ser continuada até dois anos ou mais. Então, até os seis meses, a criança deve receber exclusivamente leite materno. A partir do sexto mês, a amamentação não precisa mais ser exclusiva, e se inicia a alimentação complementar. Depois, a criança entra na dieta da família, mas se tiver, por exemplo, um ano e meio, pode continuar a mamar.

Crianças que mamam por mais tempo são mais saudáveis?
Sim, a criança amamentada por mais tempo é mais saudável, tem maior coeficiente de inteligência, menos riscos de obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis, falando especialmente sobre o primeiro semestre de vida. O bebê que mama apenas por um mês, tem mais risco de obesidade. O que mama seis meses, tem uma chance maior de ser mais inteligente que um que mamou até os dois meses. Dentro do primeiro semestre, quanto mais tempo a criança for alimentada de forma exclusiva, melhor para ela do ponto de vista de saúde e alimentação. Não sabemos, porém, se uma criança que é amamentada até dois, três anos, terá uma maior saudabilidade. Mas falando do primeiro semestre, sim.

E em quais casos a mulher não pode amamentar?

Na imensa maioria das vezes, não há nenhuma contraindicação para uma mãe amamentar seu bebê, se esse for o seu desejo. As restrições, quando existem, podem ser definitivas ou temporárias. Abaixo, alguns exemplos dados pela Sociedade Brasileira de Pediatria:

=Mulheres infectadas com os vírus HIV (vírus da Aids) ou HTLV (vírus que afeta a imunidade das pessoas) não devem amamentar, pois existe o risco desses vírus serem transmitidos para a criança pelo leite materno.
=Vacinas: somente a de febre amarela, em mães que estejam amamentando crianças abaixo de 6 (seis) meses de vida, tem como recomendação a suspensão do aleitamento materno por 10 (dez) dias.
Remédios: são poucos os medicamentos usados pela mãe que impedem a amamentação, entre eles, por exemplo, os usados na quimioterapia. Mas para a maioria dos remédios, não há problema, mesmo para os antibióticos e os antidepressivos. A mulher deve consultar um profissional de saúde sempre que precisar ser medicada. Dentre as diversas opções para um tratamento, o profissional poderá escolher aquele que seja mais seguro para ser usado durante a amamentação. Às vezes, poderá ser necessário suspender temporariamente o aleitamento durante o tratamento.
Drogas: mães que sejam usuárias regulares de drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras) não devem amamentar seus filhos enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias.
Como saber: a recomendação é entrar em contato com o pediatra ou com o banco de leite. Através de sites de pesquisa específicos, embasado em fontes do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, pode-se avaliar os riscos, manter, substituir ou suspender o uso dessas drogas. Se o tratamento foi indicado ou suspenso por algum profissional que não conheça a relação de substâncias e medicamentos que passam ou não através do leite materno, sempre converse com seu pediatra.
Riscos: em algumas outras situações (algumas infecções, exame com radiofármacos, consumo eventual de álcool, etc.) é recomendado que se suspenda o aleitamento materno temporariamente, sempre sob a orientação de profissionais de saúde. O tempo sem amamentação varia de acordo com cada situação. A mulher precisa ser orientada como proceder para manter a produção de leite durante o período em que ela não pode amamentar.
Outra forma de amamentar: quando a suspensão da amamentação for transitória, se for possível programar a mulher pode tentar retirar o leite antes da suspensão, para ser oferecido à criança durante o período em que ela não puder amamentar. Esse leite pode ser mantido 12 horas na geladeira e até 15 dias congelado. Enquanto isso, é importante que a mãe continue estimulando a produção do seu leite, com retiradas de leite regulares, nos horários em que a criança costumava mamar. Assim, quando ela puder voltar a amamentar, terá leite suficiente para alimentar o seu filho.

O vínculo entre a mãe gata e os filhotes por meio da alimentação

O Dia das Mães, comemorado ontem, é a data que reservamos para homenagear as mães. E todas elas merecem ser notadas, inclusive as que possuem quatro patas. Assim como para nós, o cuidado materno é essencial para o desenvolvimento saudável dos gatinhos filhotes. A gestação e as primeiras semanas de vida do animal são fundamentais para a sua saúde e o início da sua socialização.

O papel das gatas mamães na saúde dos filhotes começa já na gestação. Assim como para as mulheres, o cuidado com a gestante começa no pré-natal e está intimamente ligado ao nascimento de filhotes saudáveis e à diminuição da mortalidade neonatal (que pode chegar a 30% dos filhotes de gatos antes do período de desmame).

Nesta fase, uma alimentação balanceada e completa é fundamental, já que a gata precisa de mais energia (25-35% de aumento na necessidade energética). “Os nutrientes e a energia fornecidos por uma alimentação adequada são essenciais para o desenvolvimento do feto e a produção de leite ao final da gestação” explica Natália Lopes, Coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin.

O nascimento e as primeiras semanas de vida

gata e filhote

Um dos grandes momentos de conexão entre mãe e filhotes ocorre na amamentação. Mas mais do que um momento de carinho, trata-se de um dos cuidados mais importantes com o filhote: a nutrição. Nas primeiras semanas de vida, por meio da amamentação, o gatinho recebe todos os nutrientes e anticorpos essenciais para o seu crescimento e fortalecimento.

Desmame

gatos filhotes mamando
Pixabay

O período de amamentação chega ao fim entre a terceira e a oitava semana de vida do gatinho, mas o cuidado com a nutrição e o momento especial que a alimentação representa no seu crescimento e socialização continuam. Para auxiliar no processo de transição entre o leite materno e a nova dieta do filhote, uma mudança gradual entre o leite materno e o alimento sólido é recomendada.

“O desmame é o estágio de transição do leite materno para o alimento sólido. O alimento Mother & Baby Cat da Royal Canin é ideal para esta fase, já que possui versão mousse e sua versão seca pode ser hidratada, transformando o alimento em um “mingau” apetitoso e saudável, facilitando a ingestão e digestão do filhote e auxiliando o tutor nesta fase” afirma Natália.

A linha Mother & Baby Cat foi especialmente desenvolvida pelos nutricionistas da Royal Canin para alimentar a mamãe durante a gestação e período de lactação e garantir um crescimento saudável do filhote, podendo ser usada pelas gatas a partir do início da gravidez e até o fim da amamentação dos filhotes e para os gatinhos desde o desmame até os 4 meses de idade.

gata e filhote 3

Está cuidando de uma gatinha gestante ou de um filhote recém-nascido? Procure um médico-veterinário para garantir o acompanhamento e a alimentação adequada para uma gravidez e crescimento saudáveis.

Fonte: Royal Canin

 

Especialista fala sobre os cuidados na alimentação dos filhotes

Segundo a médica veterinária da rede 100%, Tatiane Pimpinati, período de transição entre o leite materno e a ração seca é momento delicado e necessita de atenção diferenciada

Quando se adquire um novo animalzinho, muito se fala dos cuidados necessários que se deve ter com filhotes e suas necessidades especiais. Entretanto, um assunto pouco abordado, mas imprescindível no cuidado dos pequenos é a alimentação.

A médica veterinária da rede 100% Pet em Barão Geraldo, Campinas (SP), Tatiane Pimpinati, ressalta a importância de se consultar um profissional para receber as orientações necessárias. “Quando se adquire um filhote a primeira conduta a ser realizada é passar por uma consulta veterinária, dessa forma o profissional conseguirá avaliar e indicar a melhor nutrição para aquele animal, levando em consideração as características anatômicas, idade e as necessidades nutricionais individuais para aquele momento, pensando em raça e porte”.

cachorra e filhotes
Foto: Mel Schmitz/Morguefile

É importante ressaltar que o período de amamentação do filhote é imprescindível, pois é nesse momento em que a mãe passa anticorpos ao filhote. “Caso a ninhada seja muito grande, nem todos os animais se alimentam adequadamente, então é necessário intervir e fazer um rodízio de mamas ou, em casos extremos, introduzir substitutos ao leite materno, já existentes no mercado pet”, comenta Tatiane. No entanto, esse substituto não possui os anticorpos fornecidos pela mãe, então devem ser utilizados apenas sob recomendação de um médico veterinário.

O período de desmame dos filhotes, que diz respeito à transição entre o leite materno e a ração seca, deve ser administrado com cuidado, de forma gradual, assim como se faz com crianças, sem forçar o animal. Os dentes começam a partir dos 30 dias de vida, que é o momento ideal para se iniciar a transição. Neste momento, os dentes do filhote começarão a incomodar a mãe, e nesse processo se inicia o desmame.

gata e filhotes

“Nesse período de transição recomenda-se oferecer alimento pastoso, e gradualmente introduzir a ração seca”, afirma a veterinária. A diferença entre a papinha oferecida no mercado para as rações de filhotes é basicamente a consistência, sendo que os nutrientes permanecem os mesmos necessários para o desenvolvimento saudável do filhote. Assim, após o desmame, o recomendado é oferecer os alimentos especiais até que os dentes estejam firmes e o animal possa, gradualmente, começar a consumir ração seca. Após a transição, ele poderá ser alimentado normalmente com ração para filhotes.

 Fonte: 100% Pet

Cadelas gestantes: alimentação, amamentação e desmame

O período de gestação de uma cadela é uma época de muita expectativa (pelos filhotes que estão por vir!), mas também de muito cuidado. A Farmina Pet Foods, empresa de origem italiana especializada no desenvolvimento de soluções nutricionais para cães e gatos, orienta sobre as três fases que permeiam esse período da vida do animal: a alimentação durante a gestação, a amamentação e o desmame.

Alimentação

Proporcionar uma boa nutrição para a cadela gestante é fundamental para que o desenvolvimento dos filhotes ocorra da maneira esperada. A quantidade, a qualidade e o tipo de alimento que a cadela consome influencia não apenas na gestação, mas também no bem-estar do animal e dos filhotes.

De acordo com Patrícia Padovez, veterinária e coordenadora técnica da Farmina Pet Foods, desde que a cadela esteja recebendo um alimento de boa qualidade, não há necessidade de adicionar qualquer tipo de vitamina ou suplemento em sua alimentação.

Segunda a especialista, durante o último terço da gestação, a cadela precisa de um alimento com altas doses de energia, pois é isso que irá garantir o crescimento e ganho de peso dos filhotes, a manutenção do peso ideal da cadela durante a amamentação e o aumento da produção de leite.

Para a boa aceitação desse novo alimento pelo pet, é preciso que o processo seja gradual. “O novo alimento deve ser acrescentado gradativamente ao alimento antigo, ficando com uma proporção cada vez maior até que substitua por completo o antigo.”, explica. Também é importante deixar o animal livre para se alimentar, não fazendo restrição quanto à quantidade de alimento e água consumidos.

cachorra grávida

Amamentação

A amamentação dos cães quase sempre acontece de forma natural. Ou seja, a ninhada nasce e é alimentada pela mãe sem interferência do dono. O leite da primeira amamentação, que é rico em anticorpos, chama-se colostro e só pode ser transferido pela cadela mãe.
“Em caso de ninhadas numerosas ou leite insuficiente, a partir de 21 dias, o filhote pode receber como complemento uma papinha de desmame, específica para este período”, orienta Patrícia. Outra opção é o leite artificial (industrializado para cães), que pode ser usado antes desse período, caso seja necessário.

Desmame

Sobre o desmame, ao substituir o leite materno por outras opções de alimentos, um erro muito comum acontece: dar leite de vaca para os filhotes. “Esse tipo de leite não é indicado, pois possui menor teor de gordura e de proteína do que o da cadela, além de possuir um nível maior de lactose, o que pode ocasionar diarreia nos filhotes”.

Além do cuidado com a troca de alimento, o desmame exige atenção à manipulação dos filhotes. Nunca tire todos os filhotes de perto da mãe na mesma hora. Assim como os humanos, a mãe cadela pode desenvolver uma mastite e ficar com o leite acumulado empedrado. O ideal é que, após 40 dias, quando os filhotes já estiverem se acostumado com a papinha de ração, inicie-se o processo de secagem do leite materno.

cachorra e filhotes
Foto: Mel Schmitz/Morguefile

Após o desmame dos filhotes, a cadela deve voltar a receber o alimento antigo (pré-gestação) na quantidade indicada ao peso do animal. A água deve sempre ser mantida à vontade. Vale também levar a cadela para uma consulta no veterinários, que irá traçar um diagnóstico sobre a saúde da mãe após a gestação.

Fonte: Farmina

N.R.: Eu, como adoro animais e ajudo ONGs e protetoras, sou contra a reprodução intencional de animais. Porém, é muito comum resgatarmos cadelas grávidas, portanto, ficam as dicas de como cuidar bem delas e dos bebês.