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Descubra se está se alimentando bem ou mal por meio dos sinais que o seu corpo dá

De cansaço à apatia, do envelhecimento precoce da pele à queda de cabelo, da baixa imunidade a disfunções intestinais, saiba o que seu corpo está dizendo sobre sua alimentação

Você já parou para pensar se a sua alimentação é realmente saudável? Existem alguns sinais que o organismo dá para facilitar nosso entendimento sobre isso. A desnutrição é uma situação clínica que ocorre pela ingestão ou absorção inadequada de nutrientes essenciais para satisfazer as necessidades energéticas para o funcionamento normal do organismo. É uma condição que pode se apresentar de várias formas, mais ou menos grave.

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“Nas crianças, idosos e gestantes, particularmente, pode trazer sérias consequências e em situações extremas levar até a morte. Não necessariamente acontece com quem come pouco. Comer demais alimentos que aumentam o perfil inflamatório do organismo e pobres em nutrientes também pode ser maléfico”, pondera a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia.

De acordo com a nutróloga, o primeiro sintoma de desnutrição geralmente é a perda de peso corporal, porém muitas pessoas com excesso de peso podem se apresentar desnutridas. “Entre os inúmeros sintomas que podem ser causados pela desnutrição estão: cansaço excessivo, dificuldades de concentração e memória, grave perda de peso, falta de apetite, redução da temperatura corporal, pele, cabelos e unhas frágeis, sinais de envelhecimento precoce ou acelerado, anemia, retenção de líquidos, disfunções intestinais, diarreia frequente, apatia e irritabilidade, baixa imunidade, má cicatrização das feridas, infertilidade e falhas no desenvolvimento intelectual (em crianças)”, destaca a médica.

Esses sinais podem aparecer por conta da falta de macronutrientes como proteínas e ácidos graxos essenciais, assim como de micronutrientes, como minerais e vitaminas. “O corpo também não tem capacidade de sintetizar minerais e vitaminas, portanto devem ser obtidos através da dieta. A falta deles pode ser responsável por esses vários sintomas de desnutrição”, explica.

“Só para citar alguns exemplos de disfunções causadas pela carência de nutrientes específicos, temos exemplos como: a anemia, pela falta de ferro ou vitamina B12; hipotireoidismo, pela deficiência de iodo; ou xeroftalmia, pela redução de vitamina A; e a sarcopenia pelo consumo insuficiente de proteínas”, destaca.

“As causas mais comuns da desnutrição ocorrem pela falta de acesso a alimentos, que pode ser causada por condições econômicas ou problemas no metabolismo ou absorção de nutrientes, como por exemplo, nos caso da diarreia, anorexia, diabetes, uso de medicamentos que diminuem a absorção de nutrientes, quimioterapia e ainda existem situações nas quais as necessidades de nutrientes estão aumentadas, como atividades físicas de alto rendimento e situações como febre alta, queimaduras e procedimentos cirúrgicos”, acrescenta.

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Outra causa frequente de desnutrição é fazer dietas pobres em determinados nutrientes, como no caso de alguns vegetarianos ou quem faz uma redução calórica muito abrupta, com dietas da moda.

A médica explica que os nutrientes que mais frequentemente estão em falta nos casos de desnutrição são as aminoácidos e ácidos graxos essenciais, que são macronutrientes e os micronutrientes como ferro, zinco, cálcio vitamina A, vitamina B12, vitamina C, vitamina E e vitamina D. “Uma dieta adequada deve possibilitar a reposição, manutenção e reserva adequadas de nutrientes no organismo. Porém em muitas situações a indicação de suplementos alimentares deve ser indicada”, conta a médica.

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De acordo com a médica, existem algumas dicas e sugestões para um melhor aproveitamento dos nutrientes da dieta, especialmente dos vegetais e das frutas. “No caso das frutas e verduras, elas devem ser consumidas preferencialmente frescas, pois muitos nutrientes e compostos bioativos, como os antioxidantes, vão se perdendo com o tempo de armazenamento; outra dica é não desprezar a água utilizada para cozinhar os vegetais e aproveitá-la para preparar outros pratos”, diz Marcella.

Foto: RitaE/Pixabay

O cozimento de vegetais, preferencialmente, deve ser feito no vapor. Também é importante não submeter os alimentos a temperaturas muito altas e evitar bater alimentos no liquidificador com muita antecedência do consumo. “Por fim, conservar os alimentos de maneira adequada é fundamental. As orientações sobre a melhor forma de ter uma alimentação equilibrada, devem levar em consideração as condições e preferências individuais, para dessa maneira não apenas tratar, mas prevenir as consequências”, finaliza a médica nutróloga.

Fonte: Marcella Garcez é médica nutróloga, mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da Abran. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo.

Aprenda a identificar cinco doenças que se manifestam pela boca

Muitos sintomas comuns do dia a dia podem indicar problemas maiores

Muita gente não sabe, mas a nossa boca, assim como nossos olhos, é um grande indicador de como vai a saúde. Por vezes, aftas, feridas que não cicatrizam, mudanças no paladar ou até o mau hálito, podem indicar que há um problema mais sério acontecendo em nosso organismo.

A Odontologia Integrativa, que reúne novos conceitos com as Práticas Integrativas e Complementares, busca fazer essa conexão e visualizar as doenças bucais de forma mais profunda, com visão interdisciplinar. Para simplificar, ela enxerga nossa boca como um reflexo do que ocorre em nosso corpo e mente.

A especialista na prática, Rosely Cordon, nos ensina a quais sintomas devemos nos atentar para identificar 5 dessas doenças.

1. Anemia

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A anemia acontece em nosso organismo decorrente da falta de alguma substância essencial para o funcionamento, como o ferro ou a vitamina B12. Apesar de os sintomas mais comuns serem a fadiga, falta de ar ou palidez, ela também pode se manifestar em nossa língua. As papilas podem diminuir ou desaparecer, deixando-a com um aspecto liso. Por causa disso, o paciente pode também perder o senso do paladar.

2. Diabetes


O nível desequilibrado de insulina e glicemia no sangue pode causar sintomas bucais como mau hálito, boca seca e um aumento nos casos de cárie. Tais condições de saúde bucal são a porta de entrada para infecções, que interferem diretamente no aumento da glicemia.

3. Câncer Bucal

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Esse tipo de câncer, em seus primeiros estágios, pode se assemelhar com aftas comuns. Para tirar a dúvida, a dica é esperar de uma semana à no máximo 10 dias, tempo em que aftas normalmente cicatrizam. Se depois desse período elas não sumirem, deve-se consultar o odontologista. Também é importante observar se estas feridas surgiram após a colocação de alguma prótese e neste caso, buscar ajuda do profissional o mais rápido possível, pois pode indicar uma má adaptação.

4. Leucemias


As leucemias, um tipo de câncer sanguíneo, podem causar uma gengivite. Mas antes de se preocupar, primeiro deve-se checar as outras causas possíveis, como a limpeza incorreta dos dentes, tabagismo ou até a gravidez. Caso ela persista apesar do tratamento básico, pode ser indicativo de um problema mais grave.

5. Imunossupressão

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A redução da eficiência do sistema imunológico pode levar ao desenvolvimento de muitos problemas orais, como aftas, herpes e até a candidíase bucal, caracterizada por placas esbranquiçadas no interior da boca, mais conhecidas como ‘sapinho’. Também nos deixa mais vulneráveis ao coronavírus, que tem como um de seus primeiros sintomas a perda do paladar. O enfraquecimento desse sistema pode ocorrer por diversos motivos, como falta de vitamina D ou uma doença autoimune, como a artrite reumatoide, lúpus ou o HIV. Neste momento de pandemia, é sempre bom estar atento ao nosso sistema imunológico, importantíssimo para nos defender de qualquer doença.

Rosely Cordon é cirurgiã dentista é pós-graduada em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, pesquisadora Mapas de Evidências Clinicas e de conteúdo para Vitrine de Conhecimento- Rede MTCI das Américas, BIREME, BVC, OPAS 2020. Projetos: Portal Todos pela Odontologia e Sorrir Muda Tudo. Canes Quality Treinamento Vivenciais. 

 

Saiba quando os pets precisam de suplemento

Olá, escrevo antes da matéria para avisar que criei um novo blog para tratar apenas dos temas pets, animais de estimação, natureza, meio ambiente, comportamento: Se meu pet falasse. Vou passar a postar esses assuntos por lá, portanto, se tiver interesse neste assunto, comece a seguir clicando aqui. Os demais assuntos continuam por aqui. Obrigada.

Por causa de tratamento, doença ou em alguma fase da vida, quando os nutrientes das rações não são suficientes para suprir as necessidades dos pets, os complementos alimentares podem entrar em ação. “Há vários tipos de suplementos que são usados desde o desenvolvimento, quando o pet ainda é filhote, até em algumas patologias depois de velhinho”, afirma o veterinário da Petz Felipi Bruno Espada.

Mas ele adverte: apenas o veterinário pode orientar que suplemento deve ser dado ou não. Acrescentar vitaminas ou suplementos desnecessários à dieta do pet pode causar desequilíbrio e prejudicar a saúde.

“É preciso entender o estilo de vida, saber como está a saúde do pet, para indicar o tipo de alimentação e o que é legal suplementar ou não”, explica Espada. Os produtos são encontrados em cápsulas, em pó ou na formulação da ração. No caso dos gatos, tem inclusive em pasta, para colocar nas patinhas e eles lamberem.

Reposição de nutrientes

Os suplementos são selecionados para garantir a reposição de nutrientes e ajudam em diferentes funções do corpo: mantém o sistema imune forte, a visão funcionando bem, aliviam dores em juntas e quadril, melhoram a digestão e a pelagem, auxiliam sistema cardíaco e combatem a alergia, por exemplo.

Filhotes, grávidas ou lactantes muitas vezes necessitam de suplementos para atender necessidades únicas dessas fases. “Assim como nos humanos, os cães têm apresentando muitas alterações cardíacas. Para esses casos, os suplementos ajudam a diminuir inflamação dos vasos e a minimizar sintomas causados por problemas cardíacos.”

A ação dos suplementos

Condroprotetores – favorecem a hidratação e nutrição da cartilagem articular. Indicados nos casos de problemas ósseos e articulares, pois ajudam a prevenir artropatias.

Vitamina A – fundamental para as células da pele e dos folículos capilares dos pets.

filhotes vetnil

Biotina – vitaminas do complexo B ajudam a promover um crescimento saudável de tecidos. A deficiência é mais comum em filhotes que apresentam crescimento acelerado, causando pelos frágeis, pele ressecada e perda da coloração normal da pelagem.

Vitamina C – com ação antioxidante, fortalece o sistema imunológico.

Vitamina E – antioxidante e protege as células contra os radicais livres.

gato e cachorro deitados

Ômega 3 e Ômega 6 – auxiliam na elasticidade da pele, no brilho da pelagem e em toda a nutrição dos animais. O ômega 3 é importante também no tratamento de doenças cardiovasculares – diminuição de arritmias, por exemplo.

Zinco – antioxidante, combate radicais e age retardando o envelhecimento celular. Ajuda na prevenção de coceiras, inflamações e até infecções causadas por fungos e bactérias.

gato e cachorro 2

Cobre – auxilia na manutenção da cor da pelagem, prevenindo a queda dos pelos e os mantendo macios e brilhantes.

Ferro – auxilia na recuperação de pets com algum tipo de anemia.

Fonte: Petz

Síndrome do intestino irritável: quando procurar o médico

Seu médico disse que você tem síndrome do intestino irritável e você está aprendendo a viver com o problema. Você acha que ela está sob controle quando vem um novo sintoma, ou os que você achou que tinham ido embora voltam. Você deve fazer uma consulta médica ou esperar?

Se você não tem certeza é sempre melhor verificar. Sempre que você tiver um sintoma de síndrome do intestino irritável que dura muito tempo ou se surgir um novo sintoma, consulte o seu médico.

Se você costuma tomar medicamentos sem receita médica, mas agora eles não aliviam problemas como diarreia, gases ou cólicas, você também precisa consultar um médico.

Sintomas comuns e os de “bandeira vermelha”

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição crônica – o que significa um longo prazo com sintomas que vão e vem. Geralmente, a SII não leva a doenças mais graves, mas há “bandeiras vermelhas” a serem procuradas. Elas são sinais que podem significar que algo mais grave está acontecendo.

Os sintomas mais comuns incluem diarreia, constipação, gases, inchaço e cãibras. Esses são problemas que qualquer um pode ter, mas sempre que sua dor for pior do que o habitual, ou surgir uma nova dor em uma parte diferente do seu corpo, você deve consultar um médico.

dor de barriga mulher

O que observar

Um sintoma de bandeira vermelha é aquele que normalmente não é visto como sendo da síndrome do intestino irritável. Se você tiver um ou mais deles, você precisará ter testes para descobrir o porquê. Esses incluem:

Sangramento retal: poderia ser apenas um efeito colateral da constipação da síndrome do intestino irritável, causada por uma fissura no ânus. O sangramento também pode ser causado por hemorroida. Mas se você tem uma grande quantidade de sangue em suas fezes, ou se o sangramento simplesmente não vai embora, você deve obter atendimento médico o mais rápido possível.

Perda de peso: se você achar que está perdendo peso sem motivo, é hora de checar o que está havendo.

Febre, vômitos e anemia: se você tem um ou mais desses sintomas, ou acha que tem, deve ligar para o seu médico.

mulher gripe doente cama

Qualquer um desses problemas poderia apontar para outra condição mais séria. Seu médico pode ajudá-lo a descobrir o que está acontecendo.

Mesmo que você não pense que o problema é fisicamente parte da SII, mas isso o incomoda, informe o seu médico. Por exemplo, se você está estressado ou ansioso sobre isso, ou se você está perdendo o sono por causa desses problemas, informe seu médico.

Referência Médica WebMD Avaliado por William Blahd

 

Disfunção da ATM e anemia estão entre as doenças mais procuradas pelos brasileiros em 2016

É a primeira vez que a ATM aparece nas pesquisas da plataforma

Segundo pesquisa feita pela Doctoralia, a disfunção da ATM (articulação entre a mandíbula e o cérebro) e a anemia foram os problemas de saúde mais buscados em 2016 pelos brasileiros.

Comparando o tipo de doenças pesquisadas pelos usuários brasileiros nos anos de 2015 e 2016, é possível detectar uma mudança sensível. A anemia, que ocupava a primeira posição em 2015, passou para a segunda posição em 2016 sendo superada somente pela ATM – funcionamento anormal da articulação temporo-mandibular — com mais de 2 milhões de casos são registrados por ano no Brasil — sendo que esta última sequer havia sido mencionada nas pesquisas anteriores.

Assim como a ATM, é a primeira vez que os usuários pesquisam em grande número o termo glândulas sudoríparas, que normalmente buscam informações sobre condições incômodas como hiperidrose (transpiração excessiva) e bromidrose (odor desagradável nas axilas), que aparecem na terceira posição.

Quando falamos de doenças femininas, a endometriose é a doença mais pesquisada seguida pelo mioma. Ambas apareceram pela primeira vez no ranking de doenças mais pesquisadas na plataforma Doctoralia, respectivamente em 4º e 7º lugares.

Das doenças que voltaram a aparecer no ano passado em comparação a 2015, estão a depressão, que segundo a OMS é uma doença comum e afeta cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, também apareceu na lista de 2015, e o HIV/AIDS que, em 2016, perdeu uma posição.

dor mandibula livestrong
Foto: LiveStrong

Já o Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso central, Pólipos do intestino grosso (reto e cólon), tumor benigno (não-canceroso) que aparece na superfície interna do intestino grosso, e Pulmão hipertransparente, uma condição em que algumas áreas do pulmão se encontram com menos tecido, podendo estar associada a doenças como enfisema pulmonar e bolhas subpleurais, também apareceram pela primeira vez na lista das doenças mais buscadas na Doctoralia .

Veja abaixo as doenças que mais geraram buscas na plataforma Doctoralia durante os anos de 2015 e 2016:

2016   2015
  1. Disfunção de ATM
  2. Anemia
  3. Doenças das glândulas sudoríparas
  4. Endometriose
  5. Doença de  Parkinson
  6. HIV e AIDS
  7. Mioma
  8. Pólipos do intestino grosso
  9. Pulmao hipertransparente
  10. Depressão
  1. Anemia
  2. Síndrome do intestino irritável
  3. Doença inflamatória pélvica
  4. Lesões penianas
  5. HIV e Aids
  6. Depressão
  7. Adenoma viloso
  8. Lesões cartilaginosas do joelho
  9. Hemorroidas
  10. Dores no ombro

Frederic Llordachs, co-fundador da Doctoralia, observa que “no Brasil a busca de informações relacionadas com a saúde pela Internet cresce a cada ano. Não só por parte dos jovens, hoje representando 70% das buscas na plataforma, mas também por pessoas com mais de 65 anos, ( cerca de 55%) buscando esclarecimentos através desse canal. Portanto, é vital oferecer ao usuário um espaço onde você pode encontrar informações de qualidade sobre temas de saúde, e poder interagir gratuitamente com profissionais da área de saúde antes de tomar sua decisão sobre qual médico consultar. ”

Fonte: Doctoralia

5 mitos e verdades sobre a anemia

Hematologista esclarece principais dúvidas sobre a doença

Dor de cabeça, irritabilidade, tontura, infecções em repetição, perda de produtividade, unhas quebradiças e queda de cabelo. Muitas vezes confundidos com estresse, os sintomas da anemia estão profundamente ligados à falta de oxigênio no organismo e devem ser tratados com urgência.

Segundo a médica hematologista e membro da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) Sara Saad, a doença é muito popular, mas pouco conhecida por grande parte da população. “Isso acontece porque a anemia pode ter causas diversas, que vão desde a genética até má alimentação e doenças graves como câncer”, comenta.

Ela explica que as classificações das anemias são definidas em função de sua origem. Existem anemias por falta de produção (mais comumente por falta de ferro ou vitamina B12), por perdas (sangramentos) e por destruição (quase sempre hereditárias).

Para esclarecer a população, a médica da ABHH comenta cinco dos principais mitos e verdades sobre a doença:

1) Anemia é sempre um sinal de má alimentação: mito. Existem outros fatores que podem levar à doença. Um exemplo é a anemia falciforme, condição hereditária em que o corpo produz um tipo diferente de hemoglobina que prejudica o transporte de oxigênio pelo sangue. Ainda assim, a má alimentação é a principal causa de anemia em crianças. Em adultos, ela raramente é causada por fatores alimentares, sendo, muitas vezes, sinal de inflamação, doença dos rins, infecção, câncer, gastrite ou sangramento.

2) Crianças e adultos anêmicos são proibidos de praticar esportes: mito. Muitas vezes falta disposição para o paciente se exercitar, justamente por causa dos sintomas da anemia. Ainda assim não há uma proibição médica geral. Tudo depende do grau de anemia, de como o coração do paciente está e da intensidade do exercício.

corrida

3) Diabetes pode causar anemia: verdade. Um dos possíveis problemas ocasionados pelo diabetes é o comprometimento da função renal e aparecimento de um quadro de anemia.

4) Toda anemia tem origem genética: mito. Por mais que existam anemias hereditárias como a falciforme e a talassemia, nem sempre a causa é herdada. A maioria das anemias não é genética, mas adquirida. Alguns exemplos são as anemias por falta de ferro, por falta de vitamina B12 e por inflamação, entre outras.

alimentação mulher

5) Se não for tratada, a anemia evolui para leucemia: mito. Mesmo que não seja tratada adequadamente, não existe nenhum risco de a anemia evoluir para leucemia. Essa confusão acontece porque a anemia pode ser um dos sintomas de leucemia, não o contrário. Se não tratada, a anemia pode levar a problemas do coração, cansaço, indisposição e fraqueza.

Fonte: ABHH – Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular -reúne hematologistas e hemoterapeutas e tem como frentes de atuação o desenvolvimento educacional e científico dos especialistas. Filiada à Associação Médica Brasileira (AMB), a ABHH possui mais de dois mil associados.