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1 em cada 3 cuidadores de familiares com Alzheimer apresenta sintomas persistentes de depressão*

Mais de 60% dos cuidadores familiares de indivíduos com doença de Alzheimer (DA) apresentavam pelo menos sintomas depressivos leves já no momento em que o indivíduo com DA foi diagnosticado. Em um terço deles, os sintomas depressivos pioraram durante um seguimento de cinco anos.

O estudo realizado na Universidade da Finlândia Oriental incluiu 226 cuidadores familiares de indivíduos com DA. Os sintomas depressivos vivenciados pelos cuidadores foram acompanhados por cinco anos, a partir do diagnóstico do indivíduo com DA. 61,5% dos cuidadores apresentavam sintomas depressivos no momento em que o indivíduo com DA foi diagnosticado.

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Em mais da metade deles, os sintomas depressivos permaneceram leves durante o acompanhamento e até diminuíram em alguns casos, mas um terço experimentou um aumento nos sintomas depressivos. Nos cuidadores cujos sintomas depressivos pioraram durante o seguimento, os sintomas aumentaram principalmente no terceiro e quinto ano após o diagnóstico do indivíduo com DA.

Os cuidadores cujos sintomas pioraram eram tipicamente mulheres que cuidavam do cônjuge, enquanto o cônjuge apresentava mais sintomas neuropsiquiátricos. No entanto, a capacidade funcional do indivíduo com DA, ou a gravidade de sua doença, não foram associadas aos sintomas depressivos dos cuidadores familiares.

Os sintomas depressivos fragilizam, por sua vez, a saúde dos cuidadores. A saúde e o bem-estar dos cuidadores também devem ser monitorados.

“De acordo com este estudo, cerca de um terço dos cuidadores experimentam depressão persistente ao cuidar do familiar portador de Alzheimer. Parece que a gravidade ou progressão do distúrbio de memória não explica os sintomas dos cuidadores, mas estão relacionados aos antecedentes individuais”, diz a professora adjunta Tarja Välimäki, do Departamento de Ciências da Enfermagem da Universidade da Finlândia Oriental. “Os cuidadores entram na situação de cuidar, que pode durar muitos anos”, acrescenta.

Os resultados corroboram os achados anteriores do estudo Alsova, sugerindo que seria possível identificar os cuidadores familiares que acumulam vários fatores de tensão durante os anos de prestação de cuidados.

“É importante considerar a saúde do cuidador já ao olhar para a situação do indivíduo com DA. A avaliação e o acompanhamento contínuo da saúde e bem-estar dos cuidadores familiares devem ser incluídos no tratamento dos distúrbios de memória”, diz Välimäki.

Foto: Meetcaregivers

O estudo, publicado na Clinical Gerontologist, foi realizado como parte do estudo ALSOVA da Universidade da Finlândia Oriental, que realizou um acompanhamento de cinco anos de indivíduos com DA recentemente diagnosticada e seus cuidadores familiares. O estudo multidisciplinar combina conhecimentos médicos, terapêuticos, econômicos, farmacológicos e psicológicos. Todos os participantes do estudo diagnosticados com DA foram examinados e tratados de acordo com as diretrizes atuais de cuidados para a doença de Alzheimer.

*Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Fontes: Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná / Tarja Välimäki et al, Different Trajectories of Depressive Symptoms in Alzheimer’s Disease Caregivers—5-Year Follow-Up, Clinical Gerontologist (2022).

Quando as doenças bucais são associadas a distúrbios emocionais

Sempre ouvimos falar que a boa saúde começa pela boca. De fato, isso é verdade, mas ela também envolve outros fatores, principalmente o bem-estar físico, emocional e psicológico. Quando algo não vai bem emocionalmente pode afetar também a rotina diária, os relacionamentos e acabar atingindo a saúde de um modo geral, incluindo a saúde bucal.

“Nossas emoções dependem de níveis flutuantes de neurotransmissores, que causam a ativação de diferentes partes do cérebro responsáveis por diferentes humores, ou ativam partes do cérebro que desencadeiam a estimulação do sistema nervoso autônomo. Se isto não estiver em equilíbrio há diminuição do fluxo salivar, alteração do paladar e sintomas e sinais bucais poderão ser desencadeados”, afirma Dulce Helena Cabelho Passarelli, cirurgiã-dentista, mestre e especialista em Estomatologia e Patologista Bucal, autora do Atlas de Estomatologia Casos Clínicos.

Segundo a especialista, muito do estresse que passamos no dia a dia pode refletir também na saúde bucal porque muitas doenças bucais são reflexo de um estado emocional em desequilíbrio. Sem perceber, o paciente passa a sofrer de bruxismo, que leva aos desgastes dentários, aumentando a probabilidade de levar a perda de dentes. Isso sem contar que maus hábitos alimentares e falta de higiene adequada também aumentam a incidência de cáries.

É preciso ficar de olho em alguns sinais do corpo:

  • Ansiedade: é comum ficarmos ansiosos quando há uma grande mudança na rotina ou na vida. Mas quando ela é excessiva pode fazer com que se descuide da higiene bucal, escovando os dentes muito rapidamente, o que pode causar gengivites (inflamações nas gengivas), cáries e até retração gengival
  • Estresse: em excesso causa a diminuição da saliva e reduz a resistência às bactérias. Também faz com que o paciente force o apertamento e o ranger de dentes. Além disso, essa tensão pode levar a uma disfunção temporomandibular. Essa condição causa dor de cabeça e dificuldade de abrir e fechar a boca.

De acordo com a professora, tanto o sistema orgânico como o profissional são os responsáveis para diagnosticar doenças bucais de origem emocional. Mas não adianta tratar um e deixar o outro sem tratamento. “O diagnóstico preciso das doenças bucais direciona diferentes formas de tratamento e em alguns casos há necessidade de complementar os diversos tipos de tratamento, incluindo psicoterapia, entretanto este só pode ser indicado pelo profissional especializado”, aconselha.

Transtornos alimentares

Dos problemas emocionais comuns entre os brasileiros, destacam-se os transtornos alimentares, como a compulsão alimentar e a própria bulimia, quando em ambos os casos, o paciente consome uma grande quantidade de alimentos ricos em carboidratos, em especial, açúcar e não faz uma boa higienização após as refeições. Na bulimia há o agravo que após o consumo, o paciente se sente culpado e provoca o vômito como uma forma de expurgar o que consumiu. Ambos os casos podem levar a problemas bucais.

“Tanto a bulimia como a compulsão alimentar podem desenvolver doenças bucais. A bulimia em especial, pode provocar vômitos recidivantes e recorrentes que alteram o PH da saliva, causando desgastes dentários conhecidos como erosões”, explica. “A compulsão alimentar faz com que o paciente aumente a formação de biofilme ou placa bacteriana e consequentemente a cárie é instalada com muita facilidade”, considera.

De acordo com Dulce Helena Cabelho, o cirurgião-dentista é o profissional mais capacitado para diagnosticar doenças bucais e tratá-los. “Entretanto, alterações de fundo emocionais deverão ser tratadas por psicoterapeutas e psiquiatras, pela complexidade do tratamento”, afirma.

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Segundo a especialista, a prevenção sempre é o melhor remédio. Por isso, visitas constantes ao consultório odontológico, escovações diárias e corretas dos dentes, uso do fio dental após cada refeição fazem parte de uma boa rotina bucal. “Além disso, fazer uso de uma alimentação equilibrada com frutas, verduras e com pouca quantidade de sacarose (açúcar), hidratação constante. Evitar bebidas alcoólicas e tabagismo”, aconselha. “E em tempos de pandemia, manter a saúde emocional em equilíbrio, previne complicações bucais”, completa.

Fonte: Abimo

Anti-inflamatórios naturais podem auxiliar o tratamento da depressão, diz especialista

Médico generalista Theo Webert indica ações complementares aos medicamentos

Em meio ao Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio, acende-se o alerta sobre as formas de tratamento da depressão – fator ligado à grande parte dos casos desse tipo de morte. Apesar dos tabus que envolvem o tema, a depressão é um transtorno mental muito comum, afetando, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo.

Segundo o médico generalista Theo Webert, especialista nos estudos de áreas da medicina voltadas à visão do ser humano de maneira integral, algumas medidas naturais – como práticas de exercícios físicos regulares e consumo de vitaminas –, combinadas a medicamentos farmacológicos e demais terapias, podem ajudar no tratamento da doença.

Isso é possível porque, geralmente, os quadros depressivos estão associados ao desequilíbrio na produção de neurotransmissores, especialmente de serotonina, dopamina, noradrenalina e gaba, explica Webert. “Essas substâncias têm funções especiais na manutenção do humor, do sono, da ansiedade, da ingestão alimentar e da transmissão sensorial”, completa.

Outra substância química ligada à sensação de bem-estar é a endorfina, hormônio responsável por regular as emoções. Sua produção é natural, antes e depois da prática de atividades físicas. “A endorfina é considerada um potente analgésico natural. Ao ser liberada, estimula a sensação de bem-estar e conforto, melhora o estado de humor e alegria, e pode agir na redução do estresse, da ansiedade e da depressão”, pontua.

Além da prática de exercícios, a ingestão de probióticos, ômega-3 e vitaminas B e D para combater inflamações gastrointestinais pode diminuir os sintomas depressivos. Webert esclarece que isso se dá devido à estreita relação entre a depressão e as inflamações nesta área do corpo.

“O consumo desses elementos pode atenuar estímulos pró-inflamatórios para o cérebro que se originam no intestino, através da manutenção da saúde do intestino ou pela estimulação direta da produção de neurotransmissores.”

Para o médico, é necessário consultar profissionais que percebam a depressão como multifatorial e que entendam que, muitas vezes, apenas o medicamento não vai resolver ou nem mesmo amenizar os sintomas.

Foto: Shutterstock

“Um acompanhamento psicoterápico se faz necessário. É preciso ver se depressão não é consequência de distúrbios da tireoide, síndrome de burnout, alterações de cortisol no sistema Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA), deficiência de hormônios sexuais como a testosterona, alteração do sono ou deficiências nutricionais, por exemplo. Tudo isso precisa ser avaliado e levado em consideração para que o tratamento seja de fato, efetivo”, encerra.

Fonte: Theo Webert

Psicólogo alerta sobre os riscos da automedicação com ansiolíticos e antidepressivos

Segundo pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Ainda de acordo com o estudo, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros.

“É uma cultura que precisa mudar. A população precisa adquirir a consciência de que remédios não são inofensivos e trazem riscos à saúde”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT.

Com a pandemia e o aumento dos casos de ansiedade e depressão, a automedicação com ansiolíticos e antidepressivos aumentou exponencialmente. Muitas vezes, a recomendação sobre o uso de determinados remédios vem de colegas, familiares ou mesmo de buscas na internet.

“Antes de receitar medicamentos, o médico psiquiatra faz uma avaliação minuciosa, justamente para atender as necessidades e particularidades de cada paciente”, diz Filipe. “O uso indiscriminado de remédios, além de não tratar efetivamente os transtornos mentais, já que cada tratamento deve ser individualizado, ainda pode levar à dependência e crises de abstinência”, completa.

Outra situação perigosa é quando a pessoa acha que a medicação não está sendo suficiente e passa a aumentar a dose e fazer uso de outros remédios em conjunto. “As interações medicamentosas podem levar a vômitos, perda da consciência e convulsões e, em alguns casos, até mesmo a óbito”, diz o especialista.

Existe ainda o processo de “desmame” do medicamento, que acontece, por exemplo, quando o psiquiatra avalia que o remédio prescrito não está sendo eficaz, na presença de efeitos colaterais significativos ou, ainda, quando o profissional considera que já não há mais necessidade no uso da medicação.

“Nestes casos, o psiquiatra faz recomendações importantes sobre a redução gradual do remédio, para evitar diversos efeitos adversos e prevenir o chamado “efeito rebote”, onde os sintomas do transtorno mental podem voltar de forma ampliada e mais agressiva”, alerta Colombini.

Filipe Colombini

É psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

Confira os principais alimentos que auxiliam a saúde mental

Cacau, castanhas, vegetais e peixes são algumas das opções que oferecem magnésio e triptofano, elementos importantes na prevenção de ansiedade, estresse e depressão; Renata Guirau, nutricionista do Oba Hortifruti, explica como a dieta do mediterrâneo também pode contribuir e dá dicas de receitas práticas para incluir os alimentos no dia a dia

Atualmente, discussões importantes sobre saúde mental ganham cada vez mais espaço. E, além do acompanhamento profissional, os alimentos também exercem um papel fundamental na prevenção de quadros que afetam o bem-estar. Renata Guirau, nutricionista do Oba Hortifruti, ressalta que o estresse é um dos quadros mais presentes na vida das pessoas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) ele atinge cerca de 90% da população mundial. No país, a taxa é de 70%.

Por isso, a especialista explica que uma alimentação balanceada é um dos principais fatores que contribuem para o equilíbrio da saúde mental, pois melhora a disponibilidade de energia, favorece uma boa produção de neurotransmissores e ajuda na qualidade do sono.

Alguns exemplos de alimentos mais indicados são as fontes de ômega-3, como salmão, sardinha e semente de linhaça, que possuem ação antioxidante e atuam na proteção direta das células do sistema nervoso. Já os vegetais são ricos em fitoquímicos – substâncias com propriedades antioxidantes, que auxiliam na redução do estresse oxidativo. “Cacau, banana, cereais integrais, carnes, castanhas e chás de ervas também são ótimas opções para incluir no dia a dia”, conta Renata.

Além disso, a nutricionista ressalta que esses grupos alimentares são ótimas fontes de magnésio e triptofano. “O magnésio é um mineral essencial ao nosso corpo e atua principalmente no relaxamento muscular, na melhora da qualidade do sono e nas sinalizações do sistema nervoso central. Já o aminoácido triptofano trabalha diretamente na produção de neurotransmissores relacionados ao bem-estar, como a serotonina. Ambos são muito importantes na prevenção de ansiedade, estresse e depressão, por exemplo”, explica.

Os benefícios da dieta do mediterrâneo

Você sabia que a dieta mediterrânea também pode ser uma grande aliada? Rica em vegetais, carnes magras, laticínios, azeites e castanhas, estudos científicos realizados em 2018 apontam que ela promove uma grande proteção ao nosso organismo, incluindo questões cerebrais. As pesquisas também sugerem que uma dieta equilibrada, rica em alimentos frescos, garante todos os nutrientes que nosso corpo precisa e minimiza o surgimento de diversas doenças.

Outro estudo publicado no PubMed, em 2020, analisou mais de 6 mil pessoas e mostrou que o consumo de 5 porções de frutas, legumes e/ou verduras por dia promove uma melhor qualidade de vida e reduz os sintomas relacionados a problemas de saúde mental.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a relação entre alimentação e bem-estar mental, que tal experimentar as dicas de receitas práticas e deliciosas que a nutricionista separou? Encontre o Oba Hortifruti mais próximo e cuide-se com alimentos variados e fresquinhos todos os dias!

Salada de rúcula com figo e nozes

Ingredientes:
½ maço de rúcula baby
½ manga cortada em cubos
½ xícara de nozes picadas
½ xícara de tomatinhos cereja
2 colheres de sopa de mel
2 colheres de sopa de mostarda Dijon
4 colheres de sopa de água
Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Para o molho, basta misturar o mel, a mostarda, a água, o sal e a pimenta. Monte a salada acomodando primeiro a rúcula, depois a manga e os tomatinhos. Finalize com as nozes e sirva com o molho de acompanhamento.

Docinho de tâmara

Ingredientes:
1 xícara de tâmaras sem caroço
2 bananas nanicas
1 colher de chá de cacau em pó
½ xícara de coco ralado

Modo de preparo:
Hidrate as tâmaras por 20 minutos. Em seguida, bata no liquidificador até formar uma pasta. Acrescente a banana, o cacau e o coco e bata até formar uma pasta ainda mais consistente. Se necessário, adicione mais coco ralado para chegar ao ponto de enrolar. Faça bolinhas e sirva em forminhas de brigadeiro.

Bolo integral de banana

Ingredientes:
2 xícaras de farinha de aveia
4 bananas nanicas
4 ovos
1 xícara de uvas passas
1 xícara de leite desnatado ou leite vegetal
1 colher de sopa de canela
1 colher de sopa de fermento em pó

Modo de preparo:
Deixe as uvas passas hidratando no leite por 20 minutos. Logo após, bata com os demais ingredientes no liquidificador, deixando apenas duas das quatro bananas para decoração.
Despeje a massa em uma forma, corte as duas bananas em rodelas e coloque por cima. Leve ao forno médio por cerca de 30 minutos.

Granola caseira

Ingredientes:
50g de quinoa em flocos
50g de aveia em flocos
50g de coco em lascas
50g de uva passa roxa
50g de damasco seco picado
50g de nozes picadas
50g de amêndoas picadas
50g de castanhas-do-pará picadas
1 colher de chá de canela
4 colheres de sopa de mel

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes e coloque em uma assadeira untada com manteiga sem sal. Leve ao forno médio por 20 minutos e mexa ao chegar na metade do tempo. Guarde em um pote tampado e consuma em até 10 dias.

Fonte: Obra Hortifruti

O que leva mulheres a sofrerem mais com distúrbios do sono e de saúde mental?*

Questões relacionadas à saúde mental vêm sendo discutidas com cada vez mais frequência e aprofundamento, especialmente nos últimos anos. É perceptível que as pessoas estão mais preocupadas com sua saúde emocional e, mais importante, buscando ajuda para resolver seus problemas. Já foi-se o tempo em que era “aceitável” subestimar condições clínicas relevantes como ansiedade, depressão e, cada vez mais popularmente, também os distúrbios do sono, como é o caso da insônia.

Uma pesquisa realizada pela startup Vigilantes do Sono apontou que as mulheres são a maioria em queixas de problemas de sono, ansiedade e depressão. São alguns os porquês disso, mas talvez de maneira central, esteja o fato de muitas mulheres precisarem conciliar os afazeres domésticos com as tarefas da vida profissional, gerando assim, um excesso de estresse pela alta demanda de trabalho. Além disso, de forma preponderante, há uma maior predisposição fisiológica das mulheres para desenvolverem insônia, pelas oscilações hormonais que enfrentam mensalmente.

Dentre os usuários da Vigilantes do Sono, apesar da maioria ser mulher (78%), a diferença na proporção de insônia grave entre mulheres e homens é um pouco menor do que na população geral. Uma análise incluindo 11.579 pessoas (9.043 mulheres) que fizeram a avaliação basal de triagem da insônia dentro do aplicativo, a partir do Índice de Gravidade de Insônia (IGI), constatou que 13% das mulheres e 8% dos homens fazendo o programa consideram sua insônia grave, enquanto 49% e 45%, respectivamente, consideram a gravidade moderada e 33% e 40% consideram leve.

A insônia é um problema real, assim como a síndrome do sono insuficiente, ambas cada vez mais frequentes, particularmente em grandes cidades. Mais do que isso, são condições subestimadas. Não se pode normalizar noites mal dormidas. Uma vez que o quadro mais grave da insônia é atingido, ou seja, quando se torna crônica, a condição afetará a rotina e as tarefas diárias e há muitas consequências relevantes para a saúde, sendo extremamente importante buscar ajuda profissional. Neste ponto, é bastante provável que só com a ajuda de um profissional especialista em sono o problema pode ser solucionado.

Muitos estudos em diferentes países e populações apontam que as mulheres se preocupam mais com problemas de sono em relação aos homens. Elas percebem a insônia como mais grave e, de fato, costumam vivenciar os sintomas com mais frequência e de modo mais recorrente. Segundo dados do estudo Episono, do Instituto do Sono e Unifesp, 21% das mulheres e 9% dos homens que vivem em São Paulo se queixam de uma síndrome de insônia, apresentando sintomas com uma frequência maior do que três vezes por semana e sofrendo impacto significativo sobre o funcionamento físico e mental.

De acordo com os principais consensos e diretrizes médicas do mundo, a Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I) é o tratamento mais eficaz, atingindo melhores resultados do que o obtido com remédios para dormir, ainda que possam demorar um pouco mais. Isso porque ela atua nas causas da insônia. Embora ainda haja um mito acerca das pílulas mágicas que “resolvem” a falta de sono, a TCC-I é uma técnica desenvolvida há mais de 40 anos e que, comprovadamente, funciona.

Há casos, porém, em que ela não funciona sozinha e é preciso intervenção psicológica concomitante, podendo haver indicação do tratamento farmacológico. Os indutores de sono, entretanto, cada vez mais sabemos que, se não manejados adequadamente e com indicação precisa, podem realmente se tornar um problema ainda maior, por causarem dependência e poderem levar ao abuso, já que vão perdendo o efeito ao longo do tempo.

As chamadas técnicas cognitivas ajudam a promover mudanças em pensamentos sobre o sono e, principalmente, em relação à percepção das consequências da falta de sono no funcionamento diurno. A restrição do sono significa ajustar o tempo e os horários que se fica na cama. No entanto, esse processo não é simples e requer adaptações na vida e, muitas vezes, treino de auto percepção. É um trabalho a ser desenvolvido no médio e longo prazo.

No caso de sintomas de depressão, como tristeza recorrente e uma sensação de inabilidade para fazer as atividades do dia a dia, as mulheres também se queixam mais e, em geral, por razões semelhantes, ligadas ao acúmulo de funções e sobrecarga física e mental. Entre as pessoas que fazem o programa da Vigilantes do Sono, aproximadamente 17% dos homens e 24% das mulheres alegaram problemas de depressão, o que representa um aumento relativo de 40% na proporção dos sintomas entre as mulheres. O mesmo acontece com sintomas de ansiedade, relatados por 37% dos homens e 53% das mulheres.

Sempre foi importante diagnosticar e tratar a saúde mental , no entanto, com a pandemia, muitas incertezas passaram a rondar nosso cotidiano, prejudicando ainda mais nossa capacidade de regulação emocional, e isso pode nos deixar mais suscetíveis ao desenvolvimento de distúrbios. Além das notícias trágicas, que passamos a consumir com mais frequência, o isolamento gerou um acúmulo de atividades domésticas e profissionais para a maioria das mulheres, trazendo um grande estresse, talvez um dos principais fatores responsáveis pelo aumento expressivo em quadros de ansiedade, depressão e insônia, que pode muitas vezes ser a própria causa de agravamento e instalação de um distúrbio ou quadro psiquiátrico mais grave .

*Laura Castro, sócia-fundadora e diretora de psicologia na Vigilantes do Sono. Psicóloga clínica e consultora. Formada em psicologia pela Universidade Estadual de Londrina. Sua área de pesquisa no mestrado foi Medicina e Biologia do Sono. Atuou como pesquisadora, estatística e gerente administrativa de operações no Instituto do Sono. É psicóloga do sono pela Associação Brasileira do Sono e Sociedade Brasileira de Psicologia, com mais de 15 anos de experiência.

Temperaturas frias podem causar depressão sazonal; conheça a condição

Especialista da Eurekka ressalta que condição pode vir em épocas frias, embora seja algo passageiro, o cuidado com a doença é essencial

A depressão é um transtorno mental que se manifesta de diferentes formas, podendo surgir em qualquer momento. A doença é também uma das mais diagnosticadas quando se trata de distúrbios mentais e o não tratamento pode trazer sérios danos à saúde física e mental do indivíduo. Visto isso, a Eurekka, maior rede de saúde mental do Brasil, faz um alerta para uma condição menos debatida: é preciso se atentar à depressão sazonal.

Diferente da depressão comum, a depressão sazonal ocorre em períodos específicos do ano. Neste tipo de condição, o indivíduo apresenta sintomas depressivos apenas no inverno, outono, primavera ou verão. No caso da depressão sazonal, os sintomas começam a desaparecer à medida que a estação em questão se encerra. O psicólogo e CEO da Eurekka, Júlio Pereira, aponta que é mais comum que a depressão sazonal aconteça nas épocas mais frias, embora possa ocorrer em outros climas.

“O diagnóstico da depressão sazonal só pode ser apontado quando a condição ocorre em uma época específica por dois anos seguidos sem outro episódio depressivo não-sazonal. Os sintomas são similares aos da depressão comum e embora só ocorra em uma época específica do ano, é necessário o seu cuidado para que não haja maiores consequências”, ressalta.

Relação da estação do ano com a depressão

É possível apontar algumas causas que indicam que épocas frias possam gerar depressão. No inverno, os dias são mais curtos e, portanto, há menos tempo de luz solar. Ou seja, existe uma diminuição da exposição ao sol e consequentemente na quantidade de vitamina D no organismo. A redução dos níveis de vitamina D pode ser uma das causas da depressão sazonal, uma vez que baixos níveis da vitamina podem provocar cansaço excessivo e mais sono.

A falta de luz solar também pode afetar substâncias relacionadas ao nosso humor e sono, como a melatonina e a serotonina. Com os dias mais escuros, essas substâncias tendem a ficar mais desreguladas. “A serotonina é um neurotransmissor que se relaciona, entre outras coisas, com o nosso humor, sono e apetite. Dessa forma, a alteração em sua produção pode impactar muito no nosso humor. Além disso, há o aumento da produção de melatonina no escuro, um importante indutor do sono. Por isso que nos dias mais nublados e escuros é normal ficar um pouco mais sonolento. Essas alterações, portanto, ajudam a explicar como a depressão sazonal acontece”, destaca o especialista.

Com isso, é possível apontar locais com maior incidência da depressão sazonal, sendo as localizações com altas latitudes. Nesses casos, os raios solares incidem de forma muito inclinada, gerando assim, pouca luz solar. Além disso, são lugares em que as estações são bem definidas em verão e inverno, sendo o verão um período mais curto e com temperaturas amenas e o inverno longo e com temperaturas baixas ao extremo.

Fonte: Eurekka

Transtornos psiquiátricos catalisados pelo luto de vítimas de Covid-19

Médico psiquiatra comenta a situação exclusiva de pessoas que perderam parentes queridos durante a pandemia; A ansiedade e o transtorno de humor são os mais prevalentes nesses casos

A pandemia, gerada pela Covid-19, está longe de acabar, justamente quando “parece” estar na UTI. A aceleração e eficácia das vacinas têm dado segurança, fazendo com que países adotem medidas menos rígidas em relação ao vírus. Segundo os levantamentos da pesquisa constante do Our World in Data, proposta pela universidade de Oxford no Reino Unido, mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo já morreram devido a Covid-19, sendo que no Brasil, o número se aproxima de 700 mil.

Enquanto as mortes prosseguirão por um longo período, especialistas alertam para uma consequência da Covid-19: a saúde mental pós luto. De acordo com um manual “ Processo de Luto no Contexto da Covid-19”, elaborado pelo Instituto Fiocruz, a pandemia traz impactos para a saúde mental que pode envolver perdas e dores profundas. Diante disso, faz-se necessário pensar em alternativas que possam ajudar a lidar com aspectos novos das perdas na era do coronavírus, uma vez que os rituais em torno da morte, tão importantes para o luto, precisam ser redesenhados e ressignificados nesse contexto.

Para Ariel Lipman, médico especialista em psiquiatria e diretor da SIG Residência Terapêutica, a dor da perda nesse caso, em especial, pode vir a ser diferente de outros. “Um dos motivos para tal, é porque a situação colocada pelo vírus é nova em relação a outras doenças. As mudanças no cenário causadas pela pandemia foram extremamente repentinas, o que possibilitou confusão e insegurança entre as pessoas, sentimentos que podem vir a gerar estresse”, explica.

De acordo com o levantamento da clínica, com base nos pacientes atendidos, os transtornos que mais foram desenvolvidos por indivíduos de luto são os de humor e ansiedade. O transtorno de humor se caracteriza por alterações emocionais durante um longo período de tempo, alternando entre tristeza profunda e exaltação excessiva. Já a ansiedade é um distúrbio na saúde mental que consiste em extrema preocupação a ponto de interferir na vida cotidiana do indivíduo que a obtém. Dependendo do grau da ansiedade, há a possibilidade em alguns casos dela proporcionar ataques de pânico e até transtorno obsessivo compulsivo.

“Nós sabemos que os transtornos psiquiátricos têm origem multifatorial. Fatores estressantes costumam representar um forte catalisador para o adoecimento psíquico, e, sem dúvida, essa pandemia foi um dos fatores mais estressantes que as últimas gerações já vivenciaram. Quando junta a pandemia em si, aliada ao luto da perda de parentes, pudemos notar um aumento expressivo da demanda de pacientes com transtornos psiquiátricos.” complementa.

A explicação de tudo isso pode ser justificada pela existência da pandemia, excesso de notícias prós e contras, a “culpa” por não tomar todos os cuidados possíveis e ter um parente nas estatísticas da pandemia. “Isso pode servir de gatilho, e a constante lembrança do ente querido pela referência que se faz da doença o tempo todo, nas mídias, redes sociais etc”. finaliza o médico.

Fonte: Sig Residência Terapêutica

Alimentação vs emoções: veja quais alimentos podem ajudar a melhorar humor e bem-estar

A alimentação além de ser necessária como combustível metabólico para o corpo, é evidente a relação entre o alimento e as funções cerebrais, como o humor e cognição

O triptofano é um aminoácido essencial, ou seja, que o organismo não consegue produzir, devendo ser obtido a partir da alimentação. “Esse aminoácido ajuda a sintetiza serotonina, conhecida como o “hormônio do bem estar”, melatonina e niacina e por isso está associado ao tratamento e prevenção da depressão, ansiedade, insônia e pode até mesmo auxiliar no processo de emagrecimento.” esclarece a nutróloga Marianna Magri Real.

O triptofano representa um elemento essencial para o funcionamento do cérebro, devido ao seu papel como precursor da produção do neurotransmissor serotonina.

Um estudo feito na Grã-Bretanha, analisou os hábitos de 200 voluntários. Em 88% dos casos, as mudanças na dieta, entre outros costumes, como tabagismo e atividade física, conseguiram amenizar os sintomas de transtornos mentais, como ataques de pânico, ansiedade e depressão.

A nutróloga comenta sobre outro estudo, este publicado na Revista de Saúde Pública, comparou os costumes de 49.025 brasileiros adultos e seus sentimentos, e mostrou que aqueles que tinham comportamentos menos saudáveis, o que envolvia a ingestão de refrigerantes, álcool e açúcar em excesso, apresentaram mais tendência à depressão.

Marianna traz algumas dicas de alimentos com fontes de triptofano:

Banana


A banana é um alimento rico em triptofano e ajuda no bom humor. Além disso, possui vitaminas, como a B6, que ajuda a combater a ansiedade e a irritabilidade. Recomenda-se o consumo de cerca de 1 banana ao dia, que pode ser crua ou cozida, com canela. “Deve ser ingerida com moderação pelos diabéticos, devido ao alto teor de açúcar.” completa a Dra. Marianna.

Mamão

Oferece uma boa dose de triptofano. Além disso, é rico em antioxidantes, substâncias que também têm participação no aumento do bem-estar. Isso sem falar nas fibras, que dão uma força ao funcionamento do intestino, mais um item que melhora o humor. Porém se você estiver com problemas de diarreia, o consumo deve ser evitado.

Peixes

Peixes como salmão, truta, sardinha, atum, por exemplo, aportam gorduras essenciais, como o ômega 3, que o corpo não consegue produzir, este protege a estrutura da membrana celular e os neurônios. Também fornecem proteínas, tirosina, ferro, zinco, vitaminas B6 e B12, todos nutrientes favoráveis ao cérebro.

Fermentados

Foto: iStock

Alimentos e bebidas fermentadas como o kefir e kombucha, aqueles que contêm probióticos, ajudam no equilíbrio da microbiota intestinal. O órgão é responsável pela produção de cerca de 90% a 95% da serotonina do corpo, mantê-lo em equilíbrio é importante para a saúde emocional.

Chocolate 70%

Quem já experimentou, sabe consumir um pedaço já melhora rapidamente o humor. O triptofano está presente nas sementes de cacau, por isso que, quanto mais amargo e cacau o doce tiver, mais benefícios ao nosso bem estar. Foi o que constatou um estudo divulgado na reunião anual da Experimental Biology 2018, em San Diego, na Califórnia. O consumo do chocolate amargo com 70% de cacau pode melhorar os níveis de humor, memória e imunidade. Outra pesquisa da University of Wales Swansea, no País de Gales, no Reino Unido, mostrou que a ingestão de carboidratos está associada à melhora do humor e que o mau humor estimula o consumo de ‘alimentos de conforto’ como o chocolate.

Mel

Steve Buissinne/Pixabay

O mel também é fonte de triptofano, com ação calmante que induz a uma sensação de bem-estar. O alimento produzido pelas abelhas ainda é fonte de fruto-oligossacarídeos, que ajudam a promover o equilíbrio das bactérias no trato gastrointestinal. O mel também colabora com uma melhor regulação neuroendócrina, favorecendo a sensação de prazer e a disposição. Use com moderação.

Vitaminas do complexo B

Especialmente a B6 e a B12, são aliadas na produção de serotonina. São nutrientes importantes para pessoas idosas e, muitas vezes, uma suplementação com acompanhamento médico ou nutricional é indicada.

Magnésio

Outro nutriente importante para equilibrar a produção de serotonina e que ainda ajuda a regular a função nervosa. Alguns alimentos fontes desse mineral são folhas verde-escuras, como espinafre por exemplo, peixes, banana e feijão.

Melancia

Conta com o combo triptofano e vitamina C, excelente antioxidante que ajuda a combater o estresse físico e emocional. É recomendado o consumo de uma fatia média de melancia diariamente. Alerta-se o consumo moderado para os diabéticos pois contém altos níveis de açúcar.

Marianna finaliza alertando sobre a importância do consumo de água, a ingestão de água auxilia na produção de endorfina e serotonina, que têm efeito calmante e que são responsáveis pelo bom humor, relaxa e elimina a ansiedade e também diminui os níveis de adrenalina e cortisol responsáveis pelo estado de tensão.

Fonte: Marianna Magri Real é médica ecografista titulada pela Associação Médica Brasileira e Colégio Brasileiro de Radiologia. Médica nutróloga no Hospital Albert Einstein. Nutróloga responsável pelo setor de nutrologia da clinica de cirurgia plástica Dr. Hugo Sabath em São Paulo e no exterior. Food and Health ( Stanford). Medicina Integrativa e ciências da homeostase pela universidade Uningá – Maringá (certificado MEC).

Quatro benefícios da alimentação saudável para a saúde mental

Comer bem, praticar atividades físicas e balancear o tempo que se passa trabalhando com o lazer: são medidas simples que podem elevar significativamente a qualidade de vida. Mas você sabia que uma alimentação inadequada pode ser extremamente prejudicial à saúde mental? E que pode, ainda por cima, reduzir em até 20% a produtividade e eficiência de um colaborador? Este é um dado da Organização Internacional do Trabalho, que vem levando as empresas a buscarem ajuda em programas especializados para proporcionar uma melhor nutrição aos funcionários.

“Combater estes males se tornou uma preocupação e também um desafio dentro das organizações”, afirma Fernanda Mondin, head de nutrição da OrienteMe, healthtech especializada em saúde corporativa. Ela cita uma pesquisa realizada por profissionais da Saúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Faculdade de Ciências Médicas de Botucatu, indicando que o número de dias de trabalho perdidos em função da obesidade e doenças associadas (como diabetes) pode variar de 3,9 a 10,6 por ano.

A nutricionista alerta que alimentação saudável não é sinônimo de tratamento para a saúde mental. “A dieta pode ser usada como adjuvante de uma terapia específica, nunca como tratamento exclusivo de um transtorno mental diagnosticado”, reforça ela.

A especialista preparou uma lista com quatro benefícios da alimentação saudável para a saúde mental. Confira:

Controle e redução de ansiedade
Alguns alimentos ajudam a regular a flora intestinal e aumentam a produção de serotonina, também conhecida como hormônio da felicidade, promovendo o relaxamento e ajudando a combater a ansiedade. Entre eles estão aqueles ricos em magnésio, ômega-3, fibras, probióticos e triptofano, como banana, castanha-do-pará, amendoim e chocolate amargo (acima de 70% de cacau em sua composição). Além disso, é importante também diminuir o consumo de alimentos ricos em açúcares e farinha de trigo branca, já que estão associados com alterações na glicemia e na produção de serotonina.

Aumento de energia e disposição
O que comemos também têm relação direta com a energia que colocamos nas atividades que fazemos. Os carboidratos são importantes, mas devemos evitar aqueles produzidos com farinha branca porque se transformam rapidamente em açúcares – o que não é a opção mais saudável . Para ter mais energia e por mais tempo, é interessante investir em carboidratos integrais, como aveia, cereais em geral e batata doce.

Foto: Alfonso Charles/Pixabay

Melhora da memória
O acúmulo de várias atividades, somadas aos momentos de pressão, estresse, avanço da idade ou rotina com alimentação desregulada interferem no organismo e portanto, podem intensificar os danos ao nosso cérebro e nossa memória. “Existem maneiras de fazer com que os neurônios do cérebro conservem as informações sensoriais recebidas e ajudem a nossa memória a ter um melhor funcionamento, e uma delas é a alimentação saudável”, diz a especialista. Entre os alimentos recomendados, estão salmão, leite, ovos, nozes, tomate, brócolis, suco de uva e azeite de oliva.

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Combate às doenças crônicas
Refeições balanceadas podem auxiliar na prevenção de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, obesidade e cardiovasculares. Inclusive, 30% das causas de morte no Brasil estão diretamente relacionadas a doenças do coração, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para evitá-las, recomenda-se evitar ao máximo alimentos ultraprocessados, como salsicha, linguiça, presunto, salame e afins. Refrigerantes e bebidas alcoólicas também estão na lista dos vilões da saúde, assim como frituras e doces em excesso. Para caprichar nos cuidados, adote uma alimentação rica em frutas, legumes, cacau, folhas verde-escuras e, claro, água. “Hidratar-se também é essencial”, afirma ela.

Todos sabem que existe a relação entre alimentação saudável e a saúde mental; e elas caminham juntas, muito mais do que as pessoas imaginam. Em tempos difíceis, como estamos enfrentando atualmente, fica ainda mais complicado ter as duas frentes controladas, mas com pequenos hábitos alimentares saudáveis e mudanças na rotina é possível atingir o equilíbrio.
“Recentemente, lançamos ao mercado nosso mais novo braço de negócio, a nutrição, pois queremos ajudar as empresas e seus colaboradores a atingirem o equilíbrio e melhorarem, cada vez mais, a própria saúde”, finaliza Fernanda.

Fonte: OrienteMe