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Pesquisa: brasileiros desconhecem e têm preconceito com relação à dermatite atópica

Dados são divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no dia 23 de setembro, data dedicada à conscientização sobre esse problema de saúde da pele

Três em cada dez brasileiros acreditam que a dermatite atópica, uma doença caracterizada por pele seca, lesões avermelhadas e coceira intensa, é um problema de saúde contagioso, ou seja, que pode ser transmitido pelo contato direto. Essa visão equivocada indica o preconceito com respeito a esse quadro que afeta de 15% a 25% das crianças e cerca de 7% dos adultos. A conclusão aparece em pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O trabalho foi realizado pelo Instituto Datafolha, com apoio institucional da biofarmacêutica AbbVie.

Ontem (23), quando se comemorou o Dia da Conscientização da Dermatite Atópica, a SBD revelou que na percepção de 47% da população, esta enfermidade é causada por maus hábitos de higiene; 46% acreditam, erroneamente, que o paciente não poderia ter contato com crianças; e 36% entendem que pessoas com manifestações visíveis não deveriam sair de casa, ir à escola ou ao trabalho. No entendimento de 33%, elas não poderiam até mesmo usar o transporte público.

“É preciso combater o preconceito contra pessoas que apresentam a dermatite atópica. Trata-se de um problema de saúde que causa desconforto, mas pode ser tratado com a ajuda de médicos dermatologistas, com o apoio de outros profissionais da saúde. Neste processo, os pacientes devem ser respeitados em sua individualidade, evitando-se posturas agressivas ou restritivas contra eles”, ressaltou Mauro Enokihara, presidente da SBD, que neste mês promove uma campanha de conscientização sobre o tema.

Percepção

O preconceito é mais um sintoma visível da dermatite atópica, conforme demonstra o estudo que ajuda a compreender um pouco sobre a percepção que cerca esse problema de saúde. Os dados demonstram que, apesar de relativamente comum em diferentes faixas etárias, a dermatite atópica (DA) ainda é desconhecida por boa parte dos brasileiros. A pesquisa mostra que menos da metade da população (37%) a reconhece, e mesmo entre este público o conhecimento ainda é parcial.

A falta de informação leva apenas 4% dos entrevistados que conhecem a doença a afirmarem corretamente que dermatite atópica e eczema atópico são sinônimos. Para 21% deles, trata-se de uma reação alérgica e outros 21% a veem apenas como uma doença de pele. No entanto, entre os que ouviram falar sobre eczema atópico, 58% não sabem o que é a enfermidade.

Embora 59% dos brasileiros tenham apresentado pelo menos um dos sintomas característicos da dermatite atópica, o diagnóstico para esta doença ocorreu em apenas 1% dos casos. Outros 2% foram diagnosticados como alergia. Para o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves, esse resultado revela duas situações.

“Em primeiro lugar, muitas pessoas não procuram a ajuda dos médicos para tratarem o desconforto causado pelas lesões e coceiras. Além disso, sabemos que há dificuldade de os próprios médicos reconhecerem os quadros que indicam a presença deste problema de saúde na população, o que impede o diagnóstico correto”, disse.

Sintomas

Os dados confirmam este entendimento. A pesquisa revelou que cerca de metade dos adultos que apresentaram três ou mais sintomas de dermatite atópica não procurou um médico (53%). Entre os que procuraram ajuda especializada, 33% dos pacientes e 67% dos cuidadores (ou responsáveis por crianças até 15 anos) precisaram ir em dois ou mais médicos diferentes em busca do tratamento adequado.

Tanto entre os adultos (32%) quanto entre as crianças (46%), o principal diagnóstico foi “alergia”. Por fim, ainda que apresentassem vários sinais, 34% dos adultos e 23% das crianças saíram das consultas sem diagnóstico, ainda que 44% dos pacientes e 54% dos cuidadores tenham alegado que a intensidade dos sinais e sintomas é moderada ou grave.

De acordo com o relato dos entrevistados, entre os pacientes adultos, 50% apresentam pelo menos quatro dos cinco sintomas da enfermidade como coceira (87%), pele seca (86%), pele irritada com vermelhidão (73%), descamação (55%) e ‘pequenas bolhas que se rompem e minam água’ (37%). Dentre eles, embora 28% relatem a presença de sintomas desde a infância, apenas 36% foram diagnosticados.

Entre os entrevistados com até dois sintomas, sete em cada dez não procuraram um médico (69%). Dos que buscaram, 26% dos adultos e 56% das crianças foram diagnosticados como alergia e 40% dos adultos e 52% das crianças não receberam nenhum diagnóstico, apenas recomendações e medicamentos.

Dermatologia

Foto: iStock

Com relação à especialidade da medicina indicada para tratar a dermatite atópica, os entrevistados reconhecem na dermatologia a mais preparada. Entre os brasileiros sem sinais da doença, 69% disseram que procurariam um dermatologista, 13% buscariam um clínico geral e 2% um alergista/imunologista.

“A percepção dos entrevistados sobre a dermatologia como sendo a área mais preparada para diagnosticar e tratar a dermatite atópica serve de estimulo aos nossos especialistas para que continuem a se qualificar para o oferecer aos pacientes e seus familiares o melhor atendimento”, finalizou o presidente da SBD.

A pesquisa do Datafolha ouviu 1.001 pessoas de todas as regiões do país, por telefone, entre 9 e 23 de outubro de 2020. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Com idade média de 43 anos, esse grupo foi composto por 52% de mulheres, com idade média de 43 anos e 49% com renda familiar de até dois salários mínimos. Deste universo, 67% são economicamente ativos, sendo 19% assalariados registrados e 12%, trabalhadores temporários.

Fonte: SBD

Dia Mundial da Alergia faz alerta sobre a importância da prevenção

Amanhã, é celebrado do Dia Mundial da Alergia, criado para conscientizar a população sobre o problema

A alergia é um problema sério, que atinge, em graus variados, de 10% a 20% da população. Hoje, 8 de julho, é celebrado o Dia Mundial da Alergia, data criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para conscientizar as pessoas sobre a importância do assunto, já que, em alguns casos, a alergia pode causar até a morte. A SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) está fazendo um alerta para que as pessoas entendam melhor o assunto e pratiquem a prevenção.

A alergia é uma reação exagerada do sistema imunológico, que desencadeia sintomas imediatos ou em longo prazo. É o mesmo mecanismo que o sistema imunológico utiliza para defender o corpo quando entende que algo nocivo pode atacá-lo, como as bactérias. Em alguns casos, há uma sensibilidade maior e, mesmo diante de uma substância inofensiva, o organismo tem uma reação exacerbada.

O diretor científico da SMCC, Antônio Condino Neto, que também é coordenador do Departamento Científico de Alergia e Imunologia da entidade, explica as causas, os tipos mais comuns, os tratamentos e a prevenção da alergia.

O que acontece em nosso corpo em um processo alérgico?

Os fatores causadores de alergia, por exemplo, pólen e poeira domiciliar rica em ácaros, ativam a produção de anticorpos da classe IGE (imunoglobulina E) e esses, por sua vez, ativam células chamadas mastócitos, que liberam mediadores inflamatórios e causam sintomas de alergia, como, por exemplo, a coceira, a obstrução nasal, os espasmos da musculatura brônquica, a falta de ar, a vermelhidão na pele, o vômito e a diarreia, no caso dos alérgenos alimentares. Portanto, é uma reação inflamatória alérgica.

Quais são os tipos mais comuns de alergia?

Rinite alérgica, asma, dermatite atópica, alergias alimentares e urticárias. Em torno de 10% a 20% das pessoas têm alergia em grau variável.

Quais alergias são mais comuns por faixa etária?

As crianças pequenas têm, de forma bastante frequente, problemas com a pele, enquanto nas crianças maiores, adolescentes e adultos, predominam os problemas respiratórios.

Como é o tratamento?

O tratamento inclui a prevenção, ou seja, identificar as causas de alergia e evitar o contato dentro do possível. Existem vacinas, as chamadas imunoterapias para alergia, que é um tratamento que induz a tolerância àquilo que nos causa as alergias. Então são as chamadas imunoterapias ou vacinas para alergia. Além disso, existem os broncodilatadores, para asma; os anti-histamínicos, para as coceiras; corticoides inalatórios, para asma e rinite; corticoides tópicos, para as dermatites. E os próprios anti-histamínicos, para as coceiras.

É possível prevenir alergia?

Claro que sim. Se identificarmos as causas mais comuns, é possível evitar a exposição aos fatores alérgenos e, com isso, diminuir a incidência de sintomas e complicações.

Veja como higienizar corretamente roupas e ambientes

Entre as alergias mais comuns, a rinite se destaca graças as mudanças climáticas e chegada do frio. Para ajudar a controlar este e outros tipos de alergia, Ana Fabrícia Corniani Tiradentes, médica pediatra e parceira da 5àsec, preparou algumas dicas importantes que podem ajudar quem tem crises alérgicas.

Muitos não sabem, mas o Brasil está entre os países que apresentam as maiores taxas de prevalência de rinite alérgica no mundo. De acordo com dados do International Study of Asthma and Allergies (ISSAAC), a rinite compromete cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes brasileiros. Já segundo a Organização Mundial de Alergia (WAO), cerca de 30% a 40% da população mundial sofre de rinite alérgica.

Aos que não sabem, trata-se de um problema que é desencadeado mais facilmente no inverno, devido às condições climáticas, que englobam o ar mais frio e seco, consideradas irritantes para a mucosa nasal. Tudo isso, associado aos ácaros presentes em grande quantidade na poeira doméstica e fungos, podem agravar os problemas respiratórios como rinite e asma.

Os sintomas podem incluir espirros, congestão nasal, coriza, prurido (coceira) nos olhos, nariz, garganta e tosse seca. Como esse quadro e a gripe são muito parecidos, é importante não os confundir e, se necessário, procurar atendimento médico. Porém, há algumas ações que ajudam na prevenção para aliviar os sintomas de rinite.

“Entre os cuidados, podemos citar a lavagem das narinas com soluções nasais fisiológicas de três a seis vezes ao dia, manter os ambientes limpos e arejados, evitando o acúmulo de poeira, ácaros e fungos, além de evitar cheiros fortes e poeiras. Evite varrer a casa, pois essa ação levanta a poeira. Utilize panos úmidos e aspiradores de pó na limpeza do ambiente”, revela a médica.

Outra recomendação é evitar a utilização de carpetes, tapetes, cortinas e bichos de pelúcia, pois são itens que reúnem muita poeira. Mas se não for possível, tais peças devem ser higienizadas de duas a quatro vezes ao ano, de preferência por empresas especializadas, como é o caso da 5àsec, que é a maior rede de lavanderias do Brasil com 468 pontos de venda em todo território nacional.

No caso das roupas de cama, a orientação é de utilizar forros impermeáveis em travesseiros e colchões. Dê preferência aos edredons a cobertores, fabricados com 100% de algodão, pois esse tecido é indicado para quem tem rinite e dermatite atópica. Os travesseiros podem ser protegidos também por capas impermeáveis e devem ser higienizados a cada seis meses, de preferência por empresas profissionais em lavagem para garantir uma correta higienização.

“É importante ressaltar que a limpeza das peças devem ser feitas periodicamente, as roupas de cama e banho, por exemplo, devem ser trocadas e lavadas pelo menos uma vez na semana. Se a pessoa estiver doente, o ideal é trocá-las em dias alternados, três vezes na semana. No caso de cobertores e edredons, estes itens devem ser lavados antes do uso se estiverem guardados, para que haja remoção de ácaros e eventuais odores, como o mofo. Se estiverem em uso, deverão ser lavados a cada dois meses, lembrando sempre de arejá-los a cada 15 dias. As almofadas poderão ter suas capas lavadas a cada dois meses e a higienização da almofada em si deve ser feita a cada seis meses”, explica Ana Fabrícia.

Mas atenção: as pessoas com diagnóstico de alergia respiratória e dermatite atópica, mais conhecida como alergia na pele, devem utilizar sabão neutro ou de coco na lavagem das roupas. Já o amaciante deve ser evitado devido ao seu perfume, podendo ser substituído por vinagre de álcool. Neste caso, a orientação é que sejam realizados de dois a três enxágues para garantir que não fiquem resíduos dos produtos de limpeza nos tecidos. As roupas devem ser secas ao sol ou em ambiente ventilado. Para finalizar, passe com ferro as peças de roupa para garantir a completa higienização.

Quando você opta em levar suas roupas e demais peças utilizadas em casa para uma lavanderia especializada em serviços têxteis, como é o caso da 5àsec, você tem uma higienização mais completa dos itens. Isso porque todas as peças são lavadas com produtos especializados, biodegradáveis e de alta qualidade, preparados para não causar nenhum tipo de alergia aos consumidores. Além disso, após serem lavadas, são inseridas na secadora que contribuem com a diminuição das crises alérgicas, pois as altas temperaturas ajudam a eliminar os ácaros dos tecidos. No caso de tecidos que permitem a utilização de água quente, essa ação também auxilia na melhor higienização das peças, que também são passadas e embrulhadas para serem entregues limpas e seguras aos clientes.

Eau Thermale Avène faz 30 anos e celebra com campanha solidária inédita no Brasil

Parte da venda da Água Termal Avène comercializada nas Drogarias Venâncio, rede de farmácias no Rio de Janeiro, será doada para o tratamento de uma criança na Estação Termal de Avène, na França

Inovação, ciência, cuidado, eficácia e tecnologia que têm o dom de acalmar. A marca de dermocosméticos nº1 da Europa e principal marca do grupo Pierre Fabre, Eau Thermale Avène, completa 30 anos e, em uma campanha especial para comemorar estas três décadas, lança embalagem comemorativa, disponível em todo território nacional, além de uma campanha solidária junto à Drogaria Venancio com o objetivo de transformar a vida de uma criança por meio do tratamento completo de doenças graves da pele na Estação Termal de Avène.

A edição especial e limitada da Água Termal Avène está disponível no formato 300ml e conta com design especial, seguindo o mote Soothing by Nature (o dom de acalmar) e happy 30 (feliz 30) dentro da paleta de cores da Avène.

“Chegamos aos 30 anos da Eau Thermale Avène com a garantia de que nos consagramos no mercado com um atributo ainda melhor do que possuir um produto de altíssima qualidade em nosso portfólio: a promessa de mudar vidas mediante o cuidado com a saúde da pele”, comenta o diretor-geral da Pierre Fabre no Brasil, Phillipe de Carvalho. “Com esta campanha, celebramos a história dos cuidados com a pele e os seus poderes transformadores”.

Presente em todas as fórmulas da marca, a Água Termal Avène é um ativo exclusivo e representa o DNA da marca Avène. Seus benefícios são adquiridos durante uma viagem de mais de 50 anos pelo subsolo da cidade de Avène, no interior da França, que oferecem uma água pura e natural, com a mineralização ideal para peles sensíveis, alérgicas ou irritadas e com eficácia comprovada por mais de 150 estudos clínicos. A Água Termal Avène estimula as defesas da pele, além de ser um ativo exclusivo presente em todas as fórmulas da marca. Possui propriedades calmante, antioxidante e anti-irritante.

30 anos e uma causa nobre

Além da edição limitada para a data, para cada Água Termal Avène vendida até dezembro de 2020 nas lojas e no e-commerce da Drogaria Venancio, rede no Rio de Janeiro, a Eau Thermale Avène e a Drogaria Venancio doarão R$ 1,00 cada (total de R$ 2,00) para levar uma criança para fazer o tratamento completo para dermatite atópica – com duração de três semanas – na Estação Termal de Avène, na França. A campanha vale para a venda de qualquer formato, 50ml, 150ml ou 300ml, e tanto para as embalagens normais quanto para a comemorativa. A criança escolhida por uma junta médica, mediante critérios sociais e de gravidade, para passar pelo tratamento na França deverá realizar a viagem em 2021, quando a situação em relação à pandemia de Covid-19 estiver controlada.

Eau Thermale Avène
• 50ml: R$ 59,90
• 150ml: R$ 79,90
• 300ml: R$ 94,90

Informações: Eau Thermale Avene -Campanha Agua Termal – SAC 0800 702 1037 / 0800 021 8150 sac@pierre-fabre.com @avenebrasil @pierre.fabre.brasil

Pele ressecada e sem brilho? Aprenda cuidados essenciais para o inverno

No inverno, a umidade do ar fica cada vez menor e a queda da temperatura promove a diminuição da transpiração corporal o que aumenta a sensação de ressecamento da pele. Além disso, o clima frio leva as pessoas a tomarem banhos mais quentes e longos, contribuindo para a disruptura da barreira hidrolipídica que protege a pele, causando mais secura e o surgimento de vermelhidão, descamação e coceira.

As células da camada superficial da pele formam uma barreira física protetora, com impermeabilidade relativa à água, evitando a perda acentuada do líquido de dentro para fora. Produzem ainda uma substância denominada fator de hidratação natural que possui alto poder higroscópico, ou seja, capacidade de captar moléculas de água, a fim de manter o equilíbrio hídrico da pele.

Se a barreira cutânea fosse uma parede, as células seriam os tijolos, mas para uma eficiente proteção os espaços entre os tijolos deveriam ser preenchidos com um bom cimento. Neste caso, o cimento é o produto secretado pelas células da pele, associado a lipídeos secretados pelas glândulas sebáceas, que também possui propriedades antimicrobianas e substâncias precursoras da vitamina D. Por isso não se deve tentar eliminar toda oleosidade da pele, pois ela é benéfica quando na medida certa.

Para manter a beleza e saudabilidade da pele é recomendado realizar uma limpeza gentil, hidratação e proteção contra agentes oxidantes e irritantes como sol, poluição, químicos, cigarro, entre outros; além de ingerir líquido e manter uma alimentação saudável. Investir em procedimentos dermatológicos também é recomendado, e a soma dessas ações trazem benefícios a longo prazo, muito além do clima frio.

Tratamentos de pele

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As estações mais frias são ótimas para realizar procedimentos dermatológicos mais intensos, pois requerem que o paciente evite a excessiva exposição ao sol. Nessa época, são recomendados tratamentos com lasers para problemas como manchas, rugas, cicatrizes de acne e estrias. Além de peelings com ácidos mais concentrados para uma renovação da pele.

A hidratação da pele deve ser feita em casa com cremes, loções, óleos e máscaras, de forma rotineira. Nas clínicas há a opção de realizar uma hidratação mais profunda, através de técnicas que aumentam a permeabilidade de substâncias reparadoras e antioxidantes que melhoram o viço da pele. O turgor cutâneo também pode ser restaurado rapidamente, por meio de aplicações de ácido hialurônico específico chamado de “skin booster”.

Lembre-se: é importante consultar um dermatologista para saber quais os procedimentos disponíveis para cada objetivo, assim como manter um acompanhamento para os tratamentos realizados.

Alimentação saudável

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Para prevenir o envelhecimento da pele, o ideal é escolher alimentos que são fontes de vitaminas e minerais que neutralizam os radicais livres. Por exemplo, legumes e hortaliças, frutas ricas em vitamina C como morango, laranja, mexerica, limão e cereja; entre os vegetais, o brócolis, o repolho e a cenoura – rica em carotenoides – são exemplos de alimentos para essa estação.

Existem alimentos que são aliados importantes e devem ser adicionados à dieta: a soja é rica em isoflavonas, substâncias que evitam o ressecamento e melhoram a elasticidade da pele; castanhas, nozes e amêndoas são ricas em vitamina E; e o selênio contém antioxidantes. Todos são compostos importantes para manter a pele saudável e bonita.

Beba água!

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Um erro brutal, que muitas pessoas cometem, é diminuir a ingestão de líquidos no frio. Beber água é extremamente importante para conservar a hidratação da pele e o pleno funcionamento de todo o organismo que pode fica mais debilitado nesta época por conta das gripes e resfriados. Um corpo hidratado apresenta uma pele mais macia e elástica.

Para quem possui dificuldade em tomar água, uma dica é inserir na dieta o consumo de chás claros ou de frutas e sucos naturais, além de sopas. Dividindo a quantidade indicada para um dia, de dois litros, entre água e as opções escolhidas. Dessa forma, o consumo torna-se mais prazeroso.

Doenças da estação

Durante o inverno, algumas doenças podem surgir, ou piorar, por causa do frio e ressecamento da pele. As principais são:

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Foto: Belgravia Centre

Dermatite seborreica: inflamação crônica e recorrente que ocorre principalmente nas áreas oleosas e que contêm pelos como: couro cabeludo, face (área de barba, sobrancelhas), virilha e tórax anterior, mas também afeta com frequência a lateral do nariz e orelhas. A causa não é totalmente conhecida, e a inflamação pode ter origem genética ou ser desencadeada por agentes externos, como o fungo Pityrosporum ovale. Os sintomas são caracterizados por intensa produção de oleosidade, vermelhidão, descamação e coceira. A descamação pode causar caspa, que varia desde fina até a formação de grandes crostas aderidas ao couro cabeludo, a chamada seborreia.

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Dermatite atópica: é caracterizada pelo ressecamento e excesso de lesões avermelhadas na pele. A interação entre predisposição genética, fatores ambientais, defeito da barreira cutânea e desregulação imunológica é o que leva ao aparecimento dos eczemas atópicos. O principal sintoma é a coceira, que pode começar antes das lesões cutâneas se manifestarem, podendo atingir a face, tronco e membros. Na infância, as lesões surgem nas bochechas – ainda com poucos meses de idade – podendo disseminar para os braços e pernas. Nos adolescentes e adultos, as feridas localizam-se nas áreas de dobras da pele, como posterior dos joelhos, pescoço e dobras dos braços, além da cabeça. Locais em que a pele se torna mais grossa, áspera e escurecida. Pode estar associada à asma e rinite.

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Psoríase: doença crônica de pele que geralmente causa lesões avermelhadas em placas e descamativas no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas pode afetar qualquer região do corpo. Outras formas de apresentação também existem, como a pustulosa. É causada por fatores genéticos e distúrbio do sistema imunológico. Atinge igualmente homens e mulheres e pode se desenvolver em qualquer idade, mais comumente entre os 20 e 40 anos. Estresse, trauma da pele, medicamentos, infecções e frio atuam como fatores desencadeantes da doença. O quadro da pele pode ser acompanhado por alterações nas unhas e inflamação de articulações.

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Ictiose vulgar: condição hereditária que resulta em uma pele extremamente seca com descamação fina ou até rachaduras de aspecto geométrico. É causada por mutações dos genes que codificam a proteína filagrina, uma das moléculas responsáveis pela impermeabilidade da pele e por sua hidratação. Aparece geralmente na infância e as áreas mais atingidas são os membros, podendo afetar também a face, tronco e o couro cabeludo.

Resumo de dicas para manter a pele hidratada:

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• Beber, no mínimo, dois litros de água por dia;
• Evitar banhos quentes e demorados. Use um aquecedor portátil no banheiro para aquecer o ambiente e não aumentar a temperatura da água.
• Evitar se ensaboar demais e usar buchas, esponjas, toalhas, escovas para esfregar o corpo, pois isso contribui para retirar o manto hidrolipídico (hidratante natural produzido pelo organismo) que protege a pele;
• Escolha sabonetes líquidos hidratantes ou para pele sensível/alérgica e passe especialmente nas dobras corporais (axila, virilha, genital), áreas oleosas (face, tórax anterior) e áreas mais sujas como os pés. Nos braços, pernas e abdome prefira o uso de cremes ou óleos higienizadores.

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• Usar hidratante após o banho ajuda na absorção do creme;
• Para peles oleosas e acneicas utilize hidratantes oil free, gel ou sérum;
• Os lábios também costumam ressecar muito no inverno. É importante usar hidratantes específicos com FPS e assim evitar rachaduras; Evite molhar os lábios com a saliva pois piora o ressecamento.

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• Use filtro solar diariamente, mesmo nos dias nublados e com chuva. Ele forma um filme protetor que ajudar a bloquear a ação do frio bem como a radiação solar.

Mesmo no inverno, podemos redobrar os cuidados diários com a pele para que ela se mantenha saudável e bonita durante todo o ano. Procure seu dermatologista e mantenha uma rotina de cuidados.

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Fonte: Lilian Odo é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia. Fez especialização em Laser na Universidade de Hokkaido, Japão; e de Cicatrização na Universidade de Boston, EUA. Atualmente, é convidada para ministrar aulas em Congressos de âmbito Nacional e Internacional.

Hoje é o Dia da Conscientização da Dermatite Atópica

Hoje (23) é comemorado o Dia da Conscientização da Dermatite Atópica (DA) que atinge cerca de 20% das crianças e 3% dos adultos. É uma doença genética e considerada crônica.

A DA se caracteriza por um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora. Não é contagiosa, tem caráter genético e é comum preceder a asma e a rinite. Outros fatores podem desencadear a dermatite atópica, entre eles estão os alimentos, aeroalérgenos (ácaros, fungos, epitélio de animais), perfumes e suor. É mais comum na infância e cerca de 60% dos casos ocorrem no primeiro ano de vida, com melhora gradual até o final da infância.

“Por apresentar menor produção de gorduras naturais, a pele fica mais áspera, o que provoca coceira e feridas, facilitando infecção por bactérias e fungos”, explica Márcia Carvalho Mallozi, Coordenadora do Departamento Científico de Dermatite Atópica da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

Os aspectos emocionais desempenham um importante papel, tanto funcionando como fator desencadeante como agravante.

Estudos mostram que metade das pessoas adultas com DA nas formas mais graves sofre com ansiedade ou depressão e 55% apresentam distúrbio do sono que estão associados a intensa coceira.

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O tratamento baseia-se na hidratação da pele. No comércio existem vários cremes para hidratar a pele do paciente com DA, sendo recomendados aqueles sem fragrância. Qual seria o melhor creme? A resposta é o creme ao qual o paciente se sente melhor, que não provoque ardor ou induza vermelhidão.

Além da hidratação da pele, estão recomendados os corticoides tópicos e os inibidores tópicos de calcineurina (atualmente, no Brasil, só está disponível o Tacrolimus na forma de pomada). Em casos mais graves podem ser utilizados os imunossupressores como ciclosporina e metotrexato. Os antibióticos são necessários muitas vezes, quando as lesões de mostrarem infectadas.

Mais recentemente um novo grupo de medicamentos, os imunobiológicos, também chamados anticorpos monoclonais, têm sido estudados e são indicados pelos especialistas sempre que o paciente tiver DA de moderada a grave e que não tenha apresentado boa resposta aos tratamentos habitualmente recomendados.

“Neste momento, a Anvisa liberou uma primeira medicação, desse grupo dos imunobiológicos, para ser utilizado a partir dos 12 anos de idade.

Recomendações da Especialista: “Um banho por dia (não mais), rápido e com água morna. Hidratante e sabonete orientados pelo médico são de fundamental importância para manter e refazer a barreira cutânea. Medicamentos como antibióticos e corticosteroides podem ser utilizados dependendo da gravidade da doença. A imunoterapia, também conhecida como vacina de alergia, poder ser recomendada em alguns casos, a critério do médico especialista em Alergia. Além disso, é essencial tratar as doenças associadas”, explica a médica.

Outras dicas que podem auxiliar o tratamento:

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– Manter a hidratação da pele contínua mesmo que esteja bem, no período fora de crise.

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– Não tomar remédios por conta própria e não passar produtos na pele, sem orientação médica.

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– Usar roupas leves. Evitar roupas apertadas e de cor escura no verão. Preferir tecidos de algodão e malhas. Evitar tecidos sintéticos, lycra ou jeans.

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– Banhos de sol devem ser, de preferência, nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer. Ao sair da piscina ou praia, tirar a roupa molhada e tomar um banho rápido, com aplicação de creme hidratante em seguida. Usar protetor solar sempre que se expuser ao sol.

Fonte: Asbai

Estudo diz que mudança alimentar ajuda a tratar inflamações na pele

Estudo publicado no Skin Therapy Letter no começo de 2018 afirma que alguns alimentos são altamente maléficos para causar ou piorar inflamações de pele, enquanto outros podem ajudar e muito o tratamento da acne, psoríase, envelhecimento, dermatite e rosácea

Definitivamente, ‘você é o que você come’, mas um novo estudo vai um pouco além disso e diz que você sente na pele muita coisa por conta da sua alimentação. A pesquisa científica Skin and Diet: An Update on the Role of Dietary Change as a Treatment Strategy for Skin Disease, publicada em janeiro no Skin Therapy Letter, afirma que a mudança na dieta pode servir como um componente importante na terapia para certas condições da pele, incluindo acne, rosácea, envelhecimento, psoríase e dermatite.

“Certos nutrientes, alimentos ou padrões alimentares podem agir como ‘gatilhos’ de doenças, enquanto outros podem ser benéficos. Por exemplo, um padrão alimentar que enfatize o consumo de alimentos integrais em vez de alimentos altamente processados pode ajudar no tratamento de certas condições da pele, principalmente àquelas ligadas à inflamação”, afirma a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

De acordo com a médica, esse artigo foi uma importante revisão para esclarecer as relações entre dieta e pele, uma vez que uma simples pesquisa na internet já revela que há muita desinformação. “Um exemplo é o chocolate. Muitas vezes ligado ao aparecimento de acne, esse produto só é maléfico se tiver alta quantidade de carboidratos e gorduras e menor concentração de cacau. De forma que não é o cacau o responsável por piorar inflamações de pele e, sim, a gordura e o carboidrato”, exemplifica. Na sequência, a médica destaca os principais pontos do estudo:

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Alimentos perigosos: a evidência mais forte até o momento sobre os gatilhos dietéticos para acne é para dietas de alta carga glicêmica. “Em um estudo, pacientes com acne demonstraram melhora significativa após 12 semanas de uma dieta de baixa carga glicêmica. Estudos posteriores documentaram que esse padrão alimentar resultou em menor biodisponibilidade de andrógenos e alteração na produção de sebo da pele”, diz a médica. O uso de suplementos como Whey Protein já foi indicado em estudos como influenciador importante no desenvolvimento de acne resistente.

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A dieta ideal: as recomendações alimentares para pacientes com acne incluem alimentos ou suplementos contendo probióticos, ácidos graxos ômega-3, zinco, antioxidantes, fibras e vitamina A. “Alimentos com zinco tem papel importante para o controle da produção de sebo, de acordo com estudos”, afirma a médica.

Envelhecimento da Pele

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Alimentos perigosos: para os pacientes que apresentam fotoenvelhecimento, os fatores do estilo de vida que afetam esse processo são um aspecto importante do tratamento. “Embora o tabagismo e a proteção solar sejam comumente indicados como maléficos a esse tipo de paciente, os fatores dietéticos também devem ser considerados”, diz Valéria. Uma das grandes preocupações é o açúcar e o carboidrato: “Níveis mais altos de açúcar no sangue podem resultar na produção de produtos finais de glicação avançada (conhecidos como AGEs), que agem no endurecimento das fibras de colágeno, o que resulta em perda de elasticidade e flacidez. O consumo de AGEs pré-formados, criados durante certos processos de cozimento, como a fritura, também pode ser prejudicial”, afirma a médica.

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A dieta ideal: muitos estudos em laboratório e em animais descobriram que vários antioxidantes encontrados em alimentos (frutas, vegetais, folhas de chá e sementes) atuam para limitar os efeitos cutâneos nocivos da radiação ultravioleta (UV). “Em um estudo, indivíduos que consumiram pasta de tomate diariamente por 12 semanas apresentaram menos eritema induzido por UV, bem como níveis mais baixos de metaloproteinases (enzimas que degradam colágeno)”, diz a médica. Outras pesquisas em humanos sugerem que uma dieta rica em fitonutrientes pode limitar o fotodano. “Um estudo relatou que a maior ingestão de vegetais, legumes e azeite parece proteger contra danos do fotoenvelhecimento. Em outra pesquisa com mais de 4.000 mulheres, concluiu-se que as vitaminas A e C são importantes para uma pele ser menos envelhecida”.

Dermatite Atópica

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Alimentos perigosos: as alergias alimentares estão altamente correlacionadas com a dermatite atópica e os seis alimentos mais comuns a funcionar como gatilhos são: leite, ovos, trigo, soja, frutos do mar ou nozes.

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A dieta ideal: os simbióticos, que são probióticos em combinação com prebióticos, mostraram-se promissores no tratamento da dermatite atópica. “Probióticos são bactérias vivas, similares àquelas encontradas naturalmente no corpo humano, e que podem ser benéficas para a saúde. Os prebióticos, como certas fibras vegetais, são definidos como carboidratos não digeríveis que estimulam o crescimento de bactérias probióticas no intestino”, explica.

Psoríase

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Alimentos perigosos: a importância da dieta deve ser enfatizada para todos os pacientes com psoríase, principalmente devido ao maior risco de doenças relacionadas, incluindo diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, que podem ser evitadas ou melhoradas por abordagens dietéticas. “É bem reconhecido que o tabagismo e o aumento da ingestão de álcool estão associados à psoríase. Mas alimentos contendo glúten podem atuar como um gatilho em alguns pacientes, e testes para anticorpos celíacos são necessários para aqueles que relatam sintomas gastrointestinais de acordo com o estudo”, explica.

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A dieta ideal: em uma revisão sistemática da literatura, o aumento da gravidade da psoríase pareceu correlacionar-se com um maior índice de massa corporal (IMC), e acredita-se que a obesidade provavelmente predisponha à psoríase e vice-versa. De acordo com o artigo, embora as recomendações dietéticas específicas não sejam claras, um estudo observacional encontrou uma associação benéfica de melhora com pacientes que seguiram a dieta mediterrânea. “Em termos de suplementos nutricionais, vários estudos apostam no óleo de peixe como o mais promissor e a vitamina D oral demonstrando alguma promessa em estudos abertos. Houve evidência limitada para o benefício da suplementação de vitamina B12 e selênio”, afirma a médica.

Rosácea

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Alimentos perigosos: pacientes com rosácea devem evitar os desencadeantes alimentares e nesse grupo entram várias especiarias, molho picante, chocolate ao leite e branco, frutas cítricas, álcool (incluindo vinho e bebidas destiladas), além de bebidas quentes como café e chá. “Não significa que o paciente com o paciente com rosácea deve deixar de ingerir todas essas substâncias, mas ele deve ficar de olho, juntamente com o médico, se esses alimentos não influenciam negativamente na vermelhidão da pele e inflamações”, afirma a médica.

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A dieta ideal: a pesquisa indica o possível papel de uma conexão intestinal na rosácea, sugerindo um aumento do consumo de fibras e da ingestão de água ou o uso de simbióticos por via oral.

Fonte: Valéria Marcondes é dermatologista da clínica que leva seu nome, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser.

Risco de doenças cardíacas é maior em pacientes com dermatite atópica

Publicada no British Medical Journal em maio, pesquisa mostrou que indivíduos com a condição têm maiores chances de sofrer infartos, AVC e morte do que adultos sem dermatite

Sendo um dos tipos de dermatose mais comuns, principalmente em crianças, a dermatite, ou eczema, atópica é uma doença crônica que se caracteriza pela inflamação da camada superior da pele, com consequente formação de manchas avermelhadas e bolhas em áreas como face, dobras de braços e pernas. Geralmente associado a doenças como asma e rinite, um novo estudo publicado em maio desse ano no British Medical Journal (BMJ) apontou a dermatite atópica como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

“O estudo apontou que adultos com eczema atópico grave e predominantemente ativo têm maior risco de sofrer com doenças de origem cardiovascular, incluindo infarto e acidente vascular cerebral, em comparação com adultos sem eczema”, explica a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Para o estudo, os autores compararam os históricos médicos de 387.439 adultos com eczema atópico, sendo que 66% dos pacientes eram mulheres com idade média de 43 anos. Os pesquisadores descobriram então que os pacientes com dermatite atópica grave tiveram um aumento de 20% no risco de derrame, 50% no risco de infarto e morte cardiovascular e 70% no risco de insuficiência cardíaca quando comparados a indivíduos que não sofrem com a condição.

“Os resultados do estudo contribuem para uma lista crescente de evidências que indicam que a inflamação sistêmica associada ao eczema atópico podem aumentar o risco de doença cardiovascular, colocando a doença na lista de condições inflamatórias ligadas ao risco cardiovascular, que inclui também a psoríase grave”, afirma a dermatologista.

Segundo a especialista, o estudo é importante para ajudar a compreender o aumento no risco cardiovascular entre os pacientes com dermatite atópica, já que a condição atinge cerca de 10% dos adultos em todo o mundo. “A partir dos resultados deste estudo, um próximo passo importante seria o desenvolvimento de estratégias de prevenção e conscientização dos riscos de doenças cardiovasculares entre aqueles pacientes com eczema atópico grave e predominantemente ativo”, completa a Dra. Valéria.

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Causas e tratamentos

A causa exata da dermatite atópica ainda é desconhecida, mas geralmente está ligada a uma combinação de fatores como predisposição genética, mau funcionamento no sistema imunológico do corpo e pele seca e irritável. “Por ser crônico, não há cura para o eczema atópico ainda. Por isso o tratamento consiste no uso de hidratantes, cremes com corticoides e anti-histamínicos orais visando o controle da coceira e a redução da inflamação da pele. Além disso, é importante também fortalecer a barreira da pele, evitando o contato com substâncias alergênicas como pólen, poeira, areia e produtos de limpeza”, explica a dermatologista.

“Porém, é fundamental que você consulte um dermatologista ao notar qualquer sinal de que algo está errado com sua pele. Apenas ele poderá realizar uma avaliação e indicar o melhor tratamento para o seu caso”, finaliza.

Fonte: Valéria Marcondes é dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser

Dermatite atópica: poeira e tempo seco aumentam incidência

Apesar de não ser uma doença contagiosa, a incidência da dermatite atópica vem aumentando em ambientes urbanos, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Em algumas localidades, com muita poeira e tempo seco, uma em cada cinco pessoas já desenvolveram erupções e coceira pelo corpo, sendo recém-nascidos de até um ano o principal grupo de risco.

“Crianças apresentando lesões vermelhas em pele, com prurido, descamação, e localizadas preferencialmente na face, nas dobras dos braços e nas pernas, temos que pensar no diagnóstico de dermatite atópica. Não existe nenhum exame específico para o diagnóstico, que é clínico e realizado por dermatologista durante a consulta”, explica Andrea Karla Cavalcanti, dermatologista associada a SBD.

A farmacêutica e diretora técnica Luisa Saldanha, da Pharmapele – rede de farmácias de manipulação com sede em Recife, acrescenta que os distúrbios causados pela dermatite atópica estão relacionados à disfunção da barreira cutânea, o que propicia o desequilíbrio das ceramidas da pele.

De acordo com a médica, a dermatite atópica manifesta-se, então, em áreas na pele com falha na proteção (barreira cutânea), preferencialmente em zonas extensoras e flexoras, como: a dobra dos braços e atrás do joelho, além do pescoço, mãos e tornozelo. “Mas pode acometer qualquer área de pele e em casos raros e graves quase todo o corpo. A localização preferencial varia de acordo com a idade de acometimento da doença”, completa. As crises tendem a melhorar com o decorrer do tempo e em apenas 25% dos casos persistem na idade adulta.

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Causas principais: a médica pontua que a dermatite atópica é uma doença precoce, de início geralmente no primeiro ano de vida (60% dos casos), genética, hereditária, não contagiosa, mas que pode afetar a qualidade de vida dos seus portadores. “Alguns fatores desencadeiam a crise e devem ser evitados como: pele seca, poeira, excessos de produtos químicos na pele, ambientes com pouca umidade, extremos de temperatura, roupas com tecidos grossos ou sintéticos. A pele seca é a manifestação mais comum e que mais contribui para aparecimento e/ou piora das lesões”, destaca.

Como combater; quanto ao tratamento, a dermatologista explica que a primeira abordagem é afastar os fatores desencadeantes e irritantes, sendo o principal deles a pele seca. “Manter a pele bem hidratada, livre do ressecamento é um fator chave, para isso usa-se hidratantes específicos, além de cuidados de higiene como evitar banhos quentes e demorados, evitar excessos de sabonetes no banho. Outro pilar do tratamento é controlar a inflamação e dessa maneira o prurido, com uso de cremes ou pomadas e até medicações por via oral”, completa.

Um fator-chave no tratamento, segundo a farmacêutica da Pharmapele, é restaurar a barreira cutânea. “O ideal é fazer uso de formulações manipuladas. Na fase mais aguda da doença, por exemplo, é indicado utilizar componentes como Cetirizina, um antialérgico, que pode ser utilizado em produtos que estejam em formato de xarope. Também é ideal fazer uso de creme/pomada com Tacrolimus, um componente com características anti-inflamatórias”, ressalta Luisa.

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Já Andrea analisa que, como medicamentos por via oral em crianças são difíceis de manejar, uma das opções são os medicamentos manipulados, como no caso do xarope.

Luisa enfatiza, também, a necessidade de higienização e hidratação profunda. “As formulações mais indicadas são: sabonetes com Niacinamida e Óleo de Semente de Uva e reparadores de barreira cutânea com Niacinamida, Vitamina B12 e D-Pantenol, que ajudam a redução dos sintomas”, indica. Para prevenir a inflamação e reforçar a imunidade, a indicação é fazer uso de produtos que contenham Glutamina.

Para reforço de imunidade contra a doença, a Pharmapele disponibiliza fórmulas especiais para criança, como Omekids CGN. Para os adultos, é indicado usar Supraômega. O uso das chamadas “bactérias do bem” (probióticos) também é bem-vindo, de acordo com a farmacêutica. “Além tratamentos tópicos já bem estabelecidos, alguns estudos comprovam a relação benéfica do uso de probióticos por via oral na melhora do quadro clínico, bem como uma ajuda para controle das crises da dermatite atópica. Em crises moderadas a graves pode-se lançar mão de antialérgicos ou até antibióticos por via oral”, finaliza a médica dermatologista.

Fonte: Pharmapele

Lactobacilos reduzem sintomas de alergias na pele

Relacionados geralmente à melhora da flora intestinal, os lactobacilos agora têm uma nova – e importante – aplicação: combater os sintomas de alergias na pele. “O número de pacientes com alergias como a dermatite atópica vem aumentando. Muitos deles ainda sofrem com experiências adicionais como dores de cabeça, indisposição, insônia, frustração e ansiedade. Isso resulta em redução da qualidade de vida e tem se tornado um grande problema social”, afirma o pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma.

“Mas recentes estudos têm indicado que uma classe específica de lactobacilos pode reduzir esses sintomas das alergias, sem os efeitos colaterais indesejados dos tratamentos convencionais”, acrescenta.

De acordo com o especialista, o uso de alimentos funcionais com a bactéria láctica Lactobacillus plantarum tem chamado atenção, pelos seus efeitos imunomodulatórios. “Em culturas celulares, a Lactobacillus plantarum demonstrou induzir IL-10, um mensageiro anti-inflamatório e em modelos animais demonstrou efeitos antialérgicos. Em humanos,  demonstrou aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de pacientes com alergias, como a polinose do cedro japonês (alergia ao pólen de cedro)”, explica.

Estudos

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De acordo com o estudo japonês, a ingestão diária de um suco cítrico contendo Lactobacillus plantarum alivia os sintomas da dermatite atópica. “Foram avaliados homens e mulheres com idades entre 18 e 77 anos apresentando dermatite atópica leve à moderada que receberam garrafa de suco fermentado com a bactéria. O líquido deveria ser consumido pela manhã após o café da manhã”, conta. “As imagens comparativas demonstraram que quase todos os pacientes obtiveram uma melhora significativa das lesões cutâneas após o tratamento”, acrescenta.

Lucas explica que os resultados sugerem que a ingestão diária da bebida fermentada contendo Lactobacillus plantarum apresenta efeitos benéficos sobre os sintomas e qualidade de vida de pacientes com dermatite atópica leve a moderada através de um efeito imunomodulatório via atenuação da proteína catiônica do eosinófilo (ECP) e imunoglobulina E total (IgE) nos níveis sanguíneos.

Tratamentos Convencionais

De acordo com o pesquisador, o ingrediente é uma grande esperança, pois, no geral, medicamentos antialérgicos como anti-histamínicos, esteroides e imunossupressores têm alto custo e por longos períodos resultam em efeitos adversos. “Alternativas na dermatite atópica como o uso dos lactobacilos são urgentemente necessárias”, diz.

Fonte: Lucas Portilho é consultor e pesquisador em cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma. Especialista em formulações dermocosméticas e em filtros solares. Diretor das Pós-Graduações do IPUPO Educacional, Hi Nutrition Educacional e Departamento de Desenvolvimento de Formulações do IPUPO

Você sabe o que é dermatite atópica?

A dermatite atópica – também conhecida como eczema atópico – é uma doença crônica, que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Ela afeta, em geral, indivíduos com história pessoal ou familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite atópica.

A causa exata da doença ainda é desconhecida. Ela é de origem hereditária e não é contagiosa. É um problema bastante comum e afeta de 10 a 15% da população, em alguma época da vida.

Geralmente, aparece no primeiro ano de vida. A partir daí o quadro pode se tornar crônico, com períodos de melhora e piora. A evolução da doença é favorável na maioria dos casos, sendo que aproximadamente 60% das crianças apresentam diminuição ou desaparecimento completo das lesões na adolescência.

O diagnóstico é clínico, isto é, ele é baseado na história e no exame físico do paciente. Na infância, as lesões de pele são avermelhadas, e localizam-se na face, tronco e superfícies externas dos membros. Em crianças maiores e em adultos, as lesões se localizam mais nas dobras do corpo, como pescoço, dobras do cotovelo e atrás do joelho, além de serem mais secas, escuras e espessadas.

Em casos mais graves, a dermatite atópica pode acometer boa parte do corpo. A doença tende a aparecer ou a piorar quando a pessoa é exposta a certas substâncias ou condições.

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Alguns fatores desencadeantes da dermatite atópica são: pele seca, poeira, produtos de limpeza em geral, roupas de tecido sintético, frio e/ou calor intensos, infecções e estresse emocional.

No tratamento, a hidratação da pele é muito importante, devendo-se evitar sabonetes quimicamente agressivos, buchas e banhos quentes. Logo após o banho, com a pele ainda úmida, devem ser usados hidratantes para evitar o ressecamento. As lesões são tratadas com o uso de cremes e pomadas à base de corticosteroides ou outras substâncias que ajudam no combate à inflamação.

Em caso de infecção secundária, devem ser usados antibióticos. Medicações antialérgicas ajudam a diminuir e controlar a coceira. Casos mais graves podem necessitar de medicações mais potentes, via oral, para o seu controle. O tratamento da Dermatite Atópica depende de cada caso e deve ser conduzido por um médico dermatologista.

Fonte: Anelise Ghideti, da AE Skin Center, é dermatologista formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Médica colaboradora no Ambulatório de Doenças das Unhas no Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP.