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Dieta equilibrada atua na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis

Buscar equilíbrio na hora de escolher os alimentos, além de garantir uma dieta saudável, também pode contribuir para a prevenção de algumas doenças e auxiliar no tratamento de outras. O potencial dos nutrientes na manutenção da saúde foi abordado pela nutricionista Deise Cristina Oliva Caramico Favero, Especialista em Nutrição Clínica e Docente do Centro Universitário São Camilo, durante o evento “Conexão Paciente, Família e Cuidador”, realizado em dezembro pelo Instituto Lado a Lado pela Vida.

De acordo com a profissional, a alimentação equilibrada, realizada várias vezes ao dia, pode evitar algumas doenças, entre elas as cardiovasculares: “Para isso, é importante considerar o que comer e em que quantidade eles devem ser ingeridos”.

Para ilustrar a composição recomendada para as refeições, Deise utiliza a bandeira do Brasil e suas cores. A área verde deve representar metade do prato e incluir itens como verduras, frutas, legumes, leguminosas, leites e iogurtes sem gordura. Já o amarelo, presente em três quartos do prato, é reservado para cereais, preferencialmente integrais, tubérculos, óleos vegetais e oleaginosas como castanhas e nozes. Para o azul, alimentos a serem consumidos em menor quantidade, como carnes, queijos (brancos e amarelos), ovos e manteiga”.

A nutricionista também recomenda o consumo de frutas secas como fonte de fibras, minerais e vitaminas. “Por não terem açúcar, são mais saudáveis. Outro exemplo positivo é a semente de linhaça, que possui ômega 3, substância associada à prevenção de doença cardiovascular, por ter ação imunomoduladora e papel anti-inflamatório”. A especialista explica que a ingestão diária de ômega 3 por meio de refeições é muito pequena, por isso, muitas vezes é necessário prescrição de um suplemento, que deve ser realizada de forma individualizada e por um profissional habilitado.

Além de distúrbios do coração, Deise cita que os nutrientes também atuam para evitar outros tipos de patologias. “Existem muitas evidências em relação à alimentação saudável como prevenção de doenças crônicas não transmissíveis como câncer. Há melhora clínica para pacientes em tratamentos como radioterapia e quimioterapia. Nestes casos, é muito importante um atendimento individualizado, pois cada pessoa pode apresentar queixas diferentes, como náuseas, inflamação da mucosa oral ou diarreias”.

Deise alerta que, além de considerar todos os grupos alimentares, uma boa dieta deve levar ter pouca ingestão de substâncias ricas em sódio e industrializados, como embutidos, refrigerantes e refeições congeladas. “O Guia Alimentar Brasileiro diz para darmos preferência aos alimentos in natura, não industrializados. Itens processados e ultra processados contém substâncias como aditivos e conservantes, que devem ser evitados ao máximo”. De acordo com a profissional, a dieta equilibrada não age sozinha a manutenção da saúde. “Não é só alimentação que é fator de risco, precisamos pensar em outros valores associados ao estilo de vida saudável, como a prática de atividade física, por exemplo”.

Para assistir à apresentação completa clique aqui.

Fonte: Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)

O papel da Vitamina D na prevenção de doenças crônicas

Mais de 35% da população brasileira é pré-diabética e essa vitamina é responsável por ativar as chamadas células betapancreáticas responsáveis pela produção da insulina

A Vitamina D é considerada um dos hormônios mais poderosos que nosso corpo produz. Ela é responsável por modular até 3% de todo nosso genoma. Ou seja, como o nosso material genético vai se expressar, além de participar fortemente da chamada homeostase no corpo, que nada mais é do que o equilíbrio do nosso metabolismo.

Existem duas fontes principais de produção desse hormônio no organismo, a primeira é por meio de dieta alimentar, que contribui de 10% a 20%, já os outros 80% a 90% são produzidos endogenamente, via tecidos cutâneos após a exposição à radiação ultravioleta B.

Ela tem importantes ações quanto a algumas doenças crônicas e algumas delas, extremamente comuns, como o diabetes. No Brasil temos mais de 35% da população pré-diabética, algo que é extremamente comum, podendo evoluir para o próprio diabetes. E a Vitamina D tem um papel importante através do aumento do cálcio, que é o de ativar as células do pâncreas, chamadas células betapancreáticas que é quem produz a insulina. Essa produção está intimamente ligada aos níveis da Vitamina D, sendo responsável por retirar o açúcar do sangue e jogá-lo para dentro da célula.

Quando não temos os receptores dessa vitamina adequadamente, aumentamos as interleucinas inflamatórias (tipos de proteína), especialmente a IL6 que é uma interleucina extremamente perigosa chamada ITNF Alfa, considerado fator de necrose tumoral. Elas bloqueiam o que chamamos de glut4 na célula, que é o canal que faz a passagem da glicose para dentro dela. Então a deficiência dos receptores da Vitamina D também prejudicam a entrada da glicose na célula, contribuindo para o diabetes.

Além da diabetes, nós temos a Vitamina D e seu receptor ligados também a proteção de outra doença extremamente comum, a hipertensão. “Existe um sistema chamado renina angiotensina aldosterona, que é um dos principais fatores que modulam a rigidez da parede das artérias, quanto mais rígida, você tem aumento da pressão, quanto mais relaxada, menor a pressão. E a Vitamina D tem um papel fundamental na modulação desse sistema, promovendo um maior relaxamento da parede das artérias, então podemos dizer que ela também está ligada ao controle da pressão arterial”, afirma Fábio Gabas, médico de saúde integrativa, neurocientista e pesquisador.

Outra doença que é intimamente ligada, é o próprio câncer. Estima-se que 50% dos homens terão câncer ao longo da vida e nas mulheres esse valor chega a 42%, sendo um índice alarmante. O câncer está ligado a inflamação, a alimentação, ao enfraquecimento imunológico, a exposição de radiação pelas pessoas, toxinas, deficiência de nutrientes importantes, estresse emocional, além da má qualidade de sono. Não podemos dizer que é uma doença hereditária, raríssimos casos são ligados a genes, a grande maioria é epigenética, ou seja, ligada a essas informações.

Ainda segundo Gabas, não estamos determinados pelos nossos genes, não é porque nossos familiares tiveram que nós teremos, as pessoas possuem a predisposição, mas ela só vai ser ativada se existirem os fatores do meio que irão modular a expressão genética para o desenvolvimento do câncer.

“E a Vitamina D, além de ter um papel imunológico importante, tem também o papel de equilibrar a proliferação celular e a apoptose, que é a chamada morte celular programada. Toda célula do nosso corpo tem o seu ciclo, ela nasce, faz sua função, envelhece e morre. Quando temos uma deficiência no controle dessa apoptose, acaba tendo o aumentando da proliferação celular, a não morte das células que pode contribuir com o desenvolvimento da doença. E a Vitamina D, nós sabemos que ela tem uma ação importante na modulação da apoptose celular e, portanto, tem efeitos antiproliferativos e pró-apoptóticos, dessa forma protegendo o indivíduo contra o câncer”, afirma o médico.

Ele alerta que, além disso, temos a inibição da angiogenese, que é a geração de novos vasos: “Todo câncer tem uma característica, como o metabolismo dele é mais elevado, precisa de mais irrigação sanguínea, cria novos vasos para irrigar aquela região, aquele tumor e a Vitamina D também exerce um efeito inibidor dessa angiogenese. Desta forma, atrapalhando o desenvolvimento dele”, finaliza.

Problemas de saúde comuns para pessoas com mais de 50 anos

O envelhecimento é inevitável. O corpo humano se deteriora lentamente e várias funções são gradualmente prejudicadas. Muitas pessoas experimentam um declínio abrupto na saúde e são diagnosticadas com uma ou mais condições médicas graves. A maioria das pessoas experimenta doenças relacionadas à idade que podem não ser muito sérias, mas têm efeitos limitantes na vida diária.

Existem muitos problemas de saúde comuns para pessoas com mais de 50 anos. Algumas dessas doenças não são evitáveis, pois são causadas ou facilitadas por genes, células e funções corporais falidas. Muitas são evitáveis com cuidados proativos, mudanças no estilo de vida e na dieta, medicina preventiva e tratamentos oportunos, mesmo se o remédio for uma cirurgia invasiva.

De acordo com várias estimativas, nove em cada dez pessoas com 50 anos ou mais terão pelo menos uma doença crônica. Uma condição de saúde crônica é uma doença progressiva. Ela piora com o tempo e muitas doenças não têm cura. Esses problemas de saúde precisam ser gerenciados e os sintomas podem ser regulados para tornar o dia-a-dia mais simples e um pouco mais conveniente. Oito em cada dez pessoas com mais de 50 anos têm mais do que uma doença crônica.

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Os problemas crônicos mais comuns são diabetes, pressão alta e doenças cardíacas. As pessoas idosas são diagnosticadas com diabetes tipo 2. Este tipo de diabetes é causado pela depleção na secreção de insulina ou pela resistência ao hormônio que supostamente quebra o açúcar no sangue e ajuda a sua absorção pelas células. Diabetes é uma doença do estilo de vida. Pode ser gerenciado, mas não totalmente curado.

A hipertensão arterial também precisa ser gerenciada. Existem muitas causas potenciais de pressão alta. A doença cardíaca é uma categoria ampla de diferentes tipos de problemas cardiovasculares. Acúmulo de placa nas artérias é a causa mais comum de doença cardíaca em pessoas idosas.

As pessoas idosas são vulneráveis à osteoartrite, osteoporose, doença pulmonar obstrutiva crônica, problemas de visão, perda auditiva parcial ou total, problemas urinários, muitas vezes levando à incontinência, aumento da próstata, dor nas costas e outros problemas musculoesqueléticos, anomalias espinhais, demência e diferentes tipos de câncer. Os jovens também podem ter todos os tipos de câncer, mas os idosos são mais vulneráveis devido ao envelhecimento e seu impacto nas células ou tecidos.

Como lidar com problemas de saúde relacionados com a idade comum

As pessoas jovens são mais propensas a se recuperar completamente de várias doenças tratáveis. Os problemas crônicos de saúde e outras condições médicas tornam-se mais complicados em pessoas idosas. Alguém na adolescência com problemas osteomusculares pode ter esperança de se recuperar completamente, mas uma pessoa na faixa dos 50 ou 60 anos provavelmente terá que conviver com algum desconforto mesmo após um tratamento eficaz. É por isso que os problemas de saúde relacionados com a idade exigem cuidados de longa duração.

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As pessoas mais velhas devem receber atenção, médica e emocional, para lidar com seus problemas de saúde. Um dos motivos mais comuns de depressão em idosos é a falta de atenção e cuidado. Não é apenas o atendimento médico essencial. O cuidado familiar também é necessário. Vários estudos têm mostrado que a saúde emocional desempenha um papel vital no bem-estar dos idosos, especialmente quando eles já estão sofrendo de uma ou mais condições médicas.

Medicina Nuclear para Problemas de Saúde em Pessoas acima de 50 anos

A medicina tradicional tem suas limitações. A medicina alternativa ou o que é frequentemente descartado como folclore nem sempre é confiável ou verificável. Alguns problemas de saúde em pessoas idosas não podem ser diagnosticados adequadamente. Ciência médica convencional é encontrada em falta. É aqui que a medicina nuclear pode ajudar. A medicina nuclear usa materiais radioativos com a cintilografia, mas em doses muito baixas para fins de imagem. Os diagnósticos podem estudar as funções corporais em nível celular ou molecular.

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Cintilografia

Ela também pode, efetivamente, diagnosticar e ajudar com tratamentos para fluxo sanguíneo deficiente, taxa decrescente de metabolismo, processos de interação de proteínas incluindo síntese, funcionamento de receptores celulares, atividades de neurotransmissores e problemas de saúde comuns como câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas como Alzheimer .

A medicina nuclear está um pouco atolada na regulamentação e há muitos obstáculos para superar, para que milhões de pessoas possam se beneficiar. Segundo o médico Kléber Leite da CDM Medicina Nuclear, com mais evidências científicas estabelecendo a eficácia e a segurança da medicina nuclear, talvez as autoridades reguladoras permitam suas aplicações e, se não em pessoas de todas as idades, em idosos acima de 50 anos, pelo menos.

Fonte: CDM Medicina Nuclear

Mulheres são principais usuárias de rede social voltada a portadores de doenças crônicas

Diabetes, obesidade e fibromialgia são as doenças mais citadas na EuPaciente

Com pouco mais de dois anos de existência, a rede social EuPaciente  conta com mais de 8,5 mil usuários e 384 doenças diferentes cadastradas. Totalmente gratuita, ela permite aos portadores de doenças crônicas e raras a oportunidade de conviverem melhor com suas enfermidades. Através de suas ferramentas, oferece aos seus integrantes a oportunidade de compartilhar conhecimentos e sentimentos com aqueles que vivem situações semelhantes, além de um acompanhamento clínico que possibilita um maior controle de suas patologias.

“Nossos medidores, ferramenta lançada em Junho desta ano, possibilitam que o paciente crie um histórico clínico que, aliado ao acompanhamento médico, pode oferecer uma melhor qualidade de vida aos nossos usuários”, diz um dos responsáveis pela rede,Carlos Paludo .

A maioria dos usuários do EuPaciente é mulher (78%) e reside em São Paulo.”Não apenas portadores de doenças compõem a rede, mas também há interesse de pessoas que, indireta ou diretamente, convivem com doentes. Boa parcela de nossos membros são interessados no assunto e cuidadores, personagens que compõem o cenário da saúde”, constata Paludo .

Entre as principais doenças citadas destacam-se o diabetes (tipo 1 e 2), a obesidade e a fibromialgia. E, entre os sintomas, as dores musculares, articulares e de cabeça. “Com estes números, notamos claramente um aumento da preocupação em relação às doenças e uma carência de informações sobre as patologias, mesmo para patologias mais frequentes e populares como diabetes e obesidade”, analisa Paludo.

Além disso a rede EuPaciente apresenta um padrão alto de casos raros, como Distrofia Muscular de Duchenne. “O EuPaciente acabou tendo boa aderência para casos raros e vendo essa vertente crescer que nos impulsionou a propor novas frentes, como o Cadastro Nacional de Distrofia Muscular, base de pacientes para gerar representatividade e abrir novas e melhores frentes para os pacientes”, completa Paludo.

Além da troca de informações, é possível o agrupamento de exames, documentos e receitas médicas num único ambiente, facilitando ao paciente e a equipe médica avaliar o quadro clínico e a evolução histórica do caso.

“Nosso objetivo é fornecer um recurso adicional para o acompanhamento das manifestações de cada enfermidade, trazendo mobilidade e mais acesso a todos. Temos como objetivo trabalhar de forma complementar e jamais substituir a atuação dos profissionais da saúde”, finaliza Paludo.

Fonte: EuPaciente