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Reumatologista ou ortopedista: as principais diferenças e como saber qual médico consultar

É comum as pessoas ficarem na dúvida após notar alguma dor persistente se é melhor procurar um médico reumatologista ou um ortopedista, tendo em vista, que as duas especialidades são parecidas e em alguns casos até se complementam.

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Contudo, ambas as áreas possuem suas especificidades. O reumatologista, geralmente, trata de casos clínicos, além de ter como função diagnosticar, tratar e acompanhar inflamações e doenças autoimunes que atingem tecidos conjuntivos e parte do sistema musculoesquelético, como as articulações, músculos, ligamentos, tendões e ossos.

A reumatologista Cláudia Goldenstein Schainberg ressalta que as principais doenças tratadas por essa especialidade são “a artrose (desgaste da cartilagem), a fibromialgia (dores pelo corpo), a osteoporose (enfraquecimento dos ossos), a artrite reumatoide (juntas inflamadas, deformações e dificuldade de movimentos) e as tendinites (inflamação dos tendões), entre outras”.

Por outro lado, o ortopedista trata de casos cirúrgicos, além de diagnosticar e reabilitar distúrbios mecânicos, associados aos ossos. Os problemas que esse profissional atende pode estar relacionado com luxações, deformidades ósseas, lesões no ligamento, fraturas, etc.

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Uma maneira simplificada para entender qual especialidade procurar em um quadro de dor, vai depender dos sintomas e situações vividas pelo paciente. Quando os primeiros sintomas aparecem após um trauma, por exemplo, uma queda, batida ou torção, o ideal é procurar um ortopedista. Caso as dores sejam crônicas e surjam acompanhadas de dificuldade de movimentação, calor e vermelhidão, o paciente deve procurar um reumatologista, por poderem se tratar de alguma doença reumática.

Fonte: Cláudia Goldenstein Schainberg é especialista em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica. Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestrado e doutorado em Medicina (Reumatologia) pela Universidade de São Paulo, especialização nos EUA e Canadá. Atualmente é professora e mentora de novos profissionais na Universidade de São Paulo.

Queda de temperatura aumenta as dores, mas é possível fugir delas

Os dias de extremo frio e a queda brusca de temperatura aumenta as dores articulares e musculares e na coluna lombar. Mas, é possível minimiza-las com algumas dicas simples do fisioterapeuta Cadu Ramos

“Quando a temperatura cai é inevitável sentir incômodo ou mal-estar que tende a enrijecer os músculos e ficar mais encolhido para tentar diminuir a sensação dos dias mais frios. Isso pode gerar tensão muscular, contraturas, má circulação ou mal-estar”, explica Cadu.

“Quando acontece a postura de contração dos músculos dos braços, há um aumento da curvatura fisiológica da coluna dorsal (corcunda) e anteriorização da coluna, desta forma fica mais fácil manter o corpo aquecido”, esclarece. Mas, essa contração muscular involuntária deixa as articulações e músculos mais rígidos, facilitando as inflamações de músculos e nervos. Além disso, a circulação sanguínea diminui nesses dias mais frios, para que o organismo consiga preservar a temperatura por volta de 36,5 graus centígrados. “Em consequência, há também uma diminuição na circulação dos músculos, piorando as dores de origem muscular, pois eles permanecem em estado contrátil por mais tempo”, relata.

A temperatura que cai em um espaço muito curto de tempo também têm impacto sobre as articulações, já que o esfriamento do corpo torna o líquido sinuvial mais espesso, que pode prejudicar movimentos e gerar incômodos.

E ainda temos um agravante: com a temperatura mais baixa, as pessoas tendem a ficar paradas e abandonar as atividades físicas, e se esquecem que esse é o principal ponto para não sentir dores nesta época do ano. Isso porque, os exercícios ajudam a diminuir a sensibilidade à dor.

A seguir, o fisioterapeuta lista algumas dicas para encarar esse tempo maluco sem dor e com mais disposição:

Agasalhe-se corretamente. Manter o corpo aquecido é fundamental. Para sentir-se aquecido, o ideal é cobrir as extremidades do corpo: pés, punhos, mãos, pescoço e cabeça;
Espreguiçar-se quando acorda, é uma forma de despertar o corpo e alongar-se para evitar as dores e a contração dos músculos e para ajudar as articulações a se manterem lubrificadas não pule essa etapa do dia;
Quem tem fraturas antigas que voltam a doer com a temperatura mais baixa ou doenças ósseas degenerativas pode recorrer a sessões de fisioterapia como estratégia para aliviar os incômodos;
Faça massagens, elas ajudam a estimular a circulação e a destravar a musculatura enrijecida, aliviando as dores;


Bolsas de água quente podem trazer alívio imediato para dores musculares, sequelas de fraturas ou desconfortos provocados por artrose, artrite e fibromialgia. A aplicação local de calor estimula a circulação e relaxa os músculos. Nas dores crônicas e sem edema, use compressas quentes. Já nas dores agudas com edema se deve fazer uma compressa fria ou aliar a fria e quente. Faça isso entre 20 e 30 minutos.

Fonte: Cadu Ramos é fisioterapeuta clínico. Especialista em Fisioterapia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria. Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo.

8 em cada 10 pessoas vão enfrentar problemas na coluna em algum momento da vida

Procedimentos minimamente invasivos podem ser a solução para alguns pacientes

Mielopatia cervical. Esse foi o diagnóstico que a empresária Sinara Barbosa, de 45 anos, recebeu no final de 2020, após uma ressonância magnética. Os primeiros sintomas surgiram em março daquele ano, quando procurou um ortopedista para entender a causa de um desconforto no pescoço. Mesmo com a recomendação médica para realizar exames, o início da pandemia e a ausência de dores intensas fizeram com que a volta para o consultório fosse adiada. Com a diminuição dos casos de Covid-19, ela fez os exames e logo recebeu o diagnóstico que não imaginava.

“Busquei opinião de sete médicos e todos me disseram a mesma coisa: o meu caso exigia uma intervenção cirúrgica”, conta Sinara. A necessidade de uma cirurgia na coluna sempre gera medos, incertezas e muitas dúvidas em pacientes que já estão sofrendo com dores. Para Sinara não foi diferente, já que ela não esperava receber esse diagnóstico tão cedo, pois sentia apenas algumas dores na coluna e no pescoço. De acordo com o ortopedista Luiz Gustavo Dal’Oglio da Rocha, a empresária sofria de um processo degenerativo na coluna cervical e precisou da cirurgia para evitar futuros comprometimentos da função dos membros inferiores e superiores.

Problemas na coluna são mais comuns do que se pode imaginar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas vão passar por isso em determinado período da vida. Sedentarismo, excesso de peso, má postura ou herança genética são alguns dos fatores que estão fazendo aumentar o número de homens e mulheres diagnosticados com dores crônicas na coluna. “Quase todo mundo vai travar uma batalha contra incômodos na coluna, mas a maioria vai encontrar a solução em medicamentos e terapias complementares, como fisioterapia”, esclarece Rocha.

O médico explica que as cirurgias são indicadas para casos extremos, ou bem específicos, ou ainda, quando os tratamentos prévios já não são eficazes. “Com as novas tecnologias, os procedimentos estão cada vez menos invasivos, o que significa tempo reduzido de internação, menor incidência de complicações e retorno mais rápido às atividades cotidianas: são as chamadas cirurgias minimamente invasivas. Hérnia de disco e estenose do canal vertebral são as causas mais comuns para justificar uma cirurgia”, afirma o ortopedista que atua nos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR).

“Se têm como tratar, não há motivo para pânico. A confiança na equipe que me acompanhou foi determinante para que eu passasse por essa fase de cabeça erguida. Foi preciso apenas um dia no hospital para eu voltar para casa, sem dor nenhuma”, lembra Sinara.

Técnicas minimamente invasivas

Cortes pequenos, pouca dor e recuperação rápida. Esses são os princípios das cirurgias modernas que podem devolver a qualidade de vida a pessoas com problema de hérnia de disco, por exemplo. As cirurgias minimamente invasivas já são realidade nos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, que são referências nacionais em cirurgias da coluna e importantes centros de formação de novos cirurgiões. “O uso dessas técnicas permite melhor visualização do campo cirúrgico, menos sangramento e tempo menor de recuperação. O aperfeiçoamento dos métodos e uso adequado de implantes garantem resultado mais efetivo e menor risco cirúrgico”, assegura o ortopedista Rocha.

A técnica minimamente invasiva, com uso de tecnologia, é um pilar da cirurgia moderna da coluna. Para difundir o conhecimento e permitir que profissionais de outros estados apliquem essas práticas em sua rotina, os dois hospitais realizaram um curso de técnica cirúrgica na coluna cervical em novembro, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a AO Spine Latin America.

“Abordamos técnicas de instrumentação com as quais os participantes puderam evoluir com conhecimento da estabilização cirúrgica com uso de sistemas de navegação, desde o crânio até a transição entre a coluna cervical e torácica, e aprimoramos técnicas de descompressão neural com recursos de microscopia. O foco do aperfeiçoamento é sempre melhorar o resultado para os pacientes”, conclui.

Fonte: Universitário Cajuru

5 dicas para evitar a incômoda dor na coluna

Problema afeta 41% dos brasileiros e o problema pode ser causado por má postura, estresse, problemas do home office

O estudo da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado em 2020, mostrou que a dor na coluna entre os brasileiros aumentou 41% durante a pandemia do novo coronavírus. Antes o percentual era bem menor, de 18,5%. De acordo com a pesquisa, o sedentarismo, a redução das atividades físicas e o estresse são os principais fatores para a piora. A dor na coluna na maioria das vezes não é grave, mas gera muito desconforto no dia a dia.

O trabalho remoto é outro fator que também pode ter contribuído para este aumento, justamente pela má postura provocada pela ausência de um ambiente ergonômico. Ou seja, local e equipamentos, como mesa e cadeiras adequados para a realização do trabalho.

Os fisioterapeutas e sócios da Clínica Forgas & Monteiro, Carlos Forgas e Cláudio Monteiro, afirmam que as principais causas da dor são a má postura, muito tempo na mesma posição e retrações e fraquezas musculares. Dependendo do caso, podem provocar danos à saúde, como lesões musculares, discopatias (desgaste do disco intervertebral), artrose, artrite e compressões nervosas. Além disso, a diminuição da mobilidade de tronco e membros, perda da sensibilidade e dores irradiadas pelo corpo.

Forgas e Monteiro elencam 5 dicas para evitar dor na coluna, que são:

-Sentar na posição correta, mantendo a coluna ereta e os pés apoiados.
-Levantar da cadeira a cada 30 ou 40 minutos.
-Fazer caminhadas.
-Realizar mobilizações de todas as articulações.
-Praticar alongamentos dos membros inferiores e superiores e do tronco.

Para as pessoas que trabalham a maior parte do tempo sentadas é importante que os equipamentos utilizados contribuam para manter a postura, como utilizar uma cadeira não muito macia, com apoio total dos pés no chão, o encosto deve “encaixar” no quadril e manter a coluna ereta. A altura da mesa deve permitir que fique com a coluna ereta (tronco), cotovelos a 90° e mãos e punhos em posição neutra.

Carlos ressalta que se o problema for muscular, os relaxamentos e alongamentos da musculatura envolvida contribuem para a melhora. Posteriormente, fortalecer com exercícios físicos para adquirir maior resistência muscular. Com uma intervenção precoce de um especialista é possível obter alívio imediato.

Na clínica Forgas & Monteiro, em São Paulo, um dos métodos utilizados para aliviar as dores é o Método DolorClast, que é um tratamento por ondas de choque (não é choque elétrico) com tecnologia avançada da EMS (Electro Medical Systems). Cláudio relata que este processo estimula, de forma rápida e intensa, de modo que o próprio corpo soluciona (repara e regenera) as lesões musculares ou articulares. “Na nossa opinião os resultados têm sido muito satisfatórios, principalmente quando associados à fisioterapia”, afirmam os sócios.

O procedimento com o Método DolorClast é suave e eficaz, o resultado é o alívio imediato e duradouro da dor, melhora da função e promove a cura da lesão. É possível aliviar a dor em mais de 80% com apenas três sessões, assim evitando cirurgia, inclusive nos casos em que parece ser a única opção para combater a dor e a mobilidade limitada.

Fonte: Clínica Forgas & Monteiro

Doenças de verão: como evitar otites, dores de garganta e alergias respiratórias

Especialistas do Hospital Paulista dão dicas de prevenção a problemas que podem atrapalhar as férias de verão

O verão está chegando e, com ele, para muitos, a temporada de férias. Se por um lado, o tempo quente e seco é um verdadeiro convite para praias, piscinas e cachoeiras, por outro, pode ser a porta de entrada para alguns problemas de saúde.

Os otorrinolaringologistas do Hospital Paulista, Gilberto Ulson Pizarro e Cristiane Passos Dias Levy, alertam para as doenças mais comuns na estação e dão dicas de prevenção às otites, dores de garganta e alergias respiratórias.

Dor de garganta

Apesar de mais comum no frio, a dor de garganta pode ter várias causas, sendo a mudança brusca de temperatura uma delas. Conforme Dr. Gilberto, a oscilação do clima diminui o batimento ciliar da mucosa, podendo deixar bactérias entrarem na garganta.

“A piora pode acontecer por conta das trocas bruscas de temperatura, como quando alguém está no sol quente e depois toma sorvete. Ou, ao chegar da praia com o corpo quente, ir para o ar-condicionado”, explica o especialista.

O médico reitera a importância de tomar água com frequência ao longo do dia, principalmente durante o calor. “A garganta é uma região que só trabalha bem quando está úmida. Caso haja ressecamento por falta de hidratação ou alguma doença, podemos ter inflamações da mucosa, dores e sensações de inchaço ao engolir”, ressalta.

Otites e ouvido tapado

Outro grande afetado durante as férias pode ser o ouvido, que sofre tanto por conta das otites – processo inflamatório e infeccioso que acontece por conta do tempo excessivo que as pessoas passam dentro da água – como em decorrência dos incômodos causados ao descer a serra em direção ao litoral, por exemplo.

Gilberto detalha como é possível evitar o problema, mantendo livre a comunicação do nariz com o ouvido, chamada de tuba auditiva. Já para evitar as otites, o médico indica algumas recomendações básicas:

=Enxugue os ouvidos com a ponta da toalha, sem esfregar, após nadar;
=Não utilize hastes flexíveis ou qualquer objeto dentro dos ouvidos. Eles podem causar feridas na pele, retirar a camada protetora de cera e aumentar a probabilidade de infecção;
=Evite mergulhar em água suja;
=Para quem tem otites recorrentes, é recomendável utilizar protetores auriculares de silicone;
=Procure não passar um longo período dentro da água.

Alergias respiratórias

Cerca de 30% da população brasileira possui algum tipo de alergia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para aqueles que apresentam o problema, o verão costuma ser uma estação mais delicada, podendo potencializar crises e desconfortos.

“Apesar das alergias respiratórias estarem associadas a outras estações do ano, devemos lembrar que é no verão que temos exposição a mudanças bruscas de temperatura, ao ar seco do ar-condicionado e a ambientes com muitos ácaros, que ficaram fechados por longos períodos de tempo, como casas de veraneio”, explica Cristiane.

A especialista destaca que, para um diagnóstico correto e completo, é importante que o médico pesquise o histórico clínico do paciente, bem como o familiar. Dessa forma, ele poderá identificar a causa da alergia.

Confira abaixo algumas dicas da médica para diminuir as chances de crise:

=Tomar bastante água;
=Fazer lavagens nasais frequentes com soro fisiológico para hidratar as mucosas;
=Abrir as casas de veraneio com antecedência e chegar, de preferência, durante o dia para abrir bem a casa;
=Limpar bem a casa ou o ambiente que irá utilizar;
=Optar por aspirar e passar pano úmido em vez de varrer os locais;

=Usar capas antiácaros em colchões e travesseiros;
=Sempre que possível, colocar travesseiros e edredons no sol;
=Evitar objetos que acumulem pó nos quartos, como cortinas, tapetes e carpetes;
=Limpar com frequência os filtros de ar-condicionado;
=Evitar, quando possível, mudanças bruscas de temperatura;
=Buscar auxílio médico assim que possível e não abandonar o tratamento após o verão.

Fonte: Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Sente dores? Dicas de quando procurar um reumatologista

Com o home office, muitas pessoas viram suas tarefas domésticas e do trabalho, se acumularem. O aumento de estresse e a fadiga trouxeram dores nas articulações, mas quando isso é considerado um problema para uma visita médica?

Tudo bem que muitos de nós tivemos nossas atividades duplicadas durante a pandemia, e, portanto, o cansaço e a dor física podem parecer normal, mas é preciso cuidado na avaliação. Por mais que o senso comum diga que algumas dores são “de rotina” e podem ser resolvidas com analgésicos, não há normalidade em sentir desconfortos, ressalta Natália Spolidoro, especialista na Cobra Reumatologia.

Pelo contrário, segundo a médica, quando há dor sem justificação, como pancadas, atividades físicas e mal jeito, é preciso procurar um médico especializado. Dores na articulação, fadiga constante, sensação de rigidez ao acordar e inchaço nas juntas podem ser sinais de doenças reumatológicas sérias, que podem chegar a afetar outros órgãos como coração, rins e cérebro.

Doenças reumatológicas podem afetar pessoas de qualquer idade, desde crianças, adultos jovens e idosos. Sobretudo, a reumatologia cuida dos tendões, ossos, ligamentos e músculos. Por isso também a grande confusão na busca pelo especialista, muitos procuram por ortopedistas, já que ambas especialidades lidam com dores e males com impacto nos músculos e ossos, mas apenas os reumatologistas são qualificados para diagnosticar e tratar problemas considerados crônicos, que geralmente se enquadram em patologias como artrite reumatoide, osteoporose, artrose, fibromialgia, espondilite anquilosante, entre outros.

Abaixo, Natália dá algumas dicas de quando é melhor procurar por um reumatologista, lembrando que diagnósticos precoces ajudam e muito na remissão e controle da doença reumática.

– Se há dor ou inchaço sem trauma, queda ou torção;

MedicalNewsToday

– Sintomas como vermelhidão, inflamação, rigidez de movimento e dor são crônicos;

– A fadiga e o mal-estar vão além do que apenas o cansaço, principalmente na parte da manhã;

– Se sente fraqueza muscular, mas não é sedentário.

Caso ainda tenha dúvidas sobre seus sintomas e quando é o momento certo para se preocupar, leia gratuitamente o e-book, “Quando devo procurar um Reumatologista?”, com conteúdo elaborado por Natália e edição da KPMO Cultura & Arte. Baixe aqui!

Fonte: Natália Spolidoro é reumatologista formada em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, é mestre e doutora em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Na empresa Cobra Reumatologia atua como Médica Reumatologista, Pesquisadora, Diretora Regional em Brasília e Membro do Conselho Administrativo.

Dor mista afeta 6 em cada 10 pessoas que apresentam algum tipo de dor no corpo

Dor é uma queixa presente em 70% das consultas médicas, sendo a dor mista o tipo mais comum

Ontem, 17 de outubro, foi comemorado o Dia Mundial Contra a Dor, a data tem o objetivo de conscientizar sobre a importância de aliviar qualquer tipo de dor para melhorar a qualidade de vida das pessoas que a sentem. A Associação Internacional para o Estudo da Dor (cuja sigla em inglês é IASP), define dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável, com potencial para causar danos reais ao tecido. Essa é uma das queixas mais comuns nas consultas médicas e estima-se que esteja presente em 70% delas.

Podem ser classificadas em diferentes tipos, como a dor nociceptiva ou muscular – quando envolve os receptores de dor – chamados de nociceptores – localizados principalmente nos tecidos moles e nas articulações. Podem ser causadas por uma lesão traumática como um golpe ou uma torção. Outro tipo é a neuropática, que surge a partir do sistema nervoso central como, por exemplo, dor de um membro fantasma ou no sistema nervoso periférico, como a neuropatia.

Existe também a chamada dor mista, que atinge 6 em cada 10 pessoas que apresentam algum tipo de dor no corpo. Esse tipo afeta as fibras musculares e nervosas ao mesmo tempo e no mesmo local e pode ser acompanhada de sintomas como ardor, formigamento, pontadas e dormência, além de apresentar distúrbios no sono, ansiedade, depressão, queimação, sensação de frio, choque elétrico e sensação de pontadas.

É importante buscar o diagnóstico correto e um tratamento adequado para qualquer tipo de desconforto, no entanto, vale ressaltar que ainda não existem protocolos ou exames diagnósticos para identificar a dor mista, o que se tornou um desafio para os médicos. Atualmente o diagnóstico desse tipo de dor se dá por meio da revisão do histórico clínico do paciente, além de um exame físico completo, realizado por um médico.

Embora se saiba que não existe uma pergunta mágica para identificar a dor mista, Rainer Freynhagen, juntamente com outros autores, propôs no artigo “Quando considerar a dor mista?”, alguns questionamentos que podem fazer a diferença e que podem servir como uma estrutura básica para ajudar a identificar o tipo predominante de dor:

=Onde exatamente é sentida a dor?
=Com que palavras ela pode ser descrita?
=Há quanto tempo ela é sentida?
=Em uma escala de 0 a 10, qual é a intensidade da dor em repouso e durante o movimento?
=A dor é constante? Aumenta durante o repouso ou movimento?
=Está relacionada a uma causa identificável? Como começou e como evoluiu?
=Foi tratada com alguma coisa?
=Causa sofrimento psicológico?
=Além da dor, existem outros sintomas ou alterações que causam preocupação?

O tratamento da dor mista geralmente depende do histórico médico do paciente e da intensidade, mas uma das opções para tratá-la farmacologicamente é a combinação de diclofenaco, que ajuda a reduzir a dor e a inflamação e vitaminas B (B1, B6 e B12), que atuam nas fibras nervosas. Essa combinação age na origem do problema e proporciona alívio também no caso de dor mista.

É sempre recomendável que um especialista em saúde avalie o seu caso. Consulte um médico.

Fonte: P&G Health, divisão de saúde da P&G

Reconheça sinais que indicam que sua visão não está bem

Acompanhamento médico é essencial para tratar precocemente doenças silenciosas como glaucoma

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO-2019), cerca de 34% dos brasileiros nunca frequentaram um consultório oftalmológico. Isso significa que uma considerável parcela da população procura o especialista somente quando o incômodo chega. Uma ardência nos olhos, vermelhidão e manchas podem indicar que algo está errado com a saúde dos olhos.

Segundo o médico oftalmologista e professor de Medicina da Unime Lauro de Freitas, algumas enfermidades podem se instalar de maneira silenciosa e os primeiros sintomas surgem quando o quadro está mais avançado, o que pode dificultar o tratamento. “O glaucoma, por exemplo, está associado a pressão elevada do olho. Esta elevação danifica as fibras ópticas e o paciente, progressivamente, perde o campo visual. Na fase inicial da doença, alguns pacientes não sentem nada, o que caracteriza o glaucoma como uma doença perigosa. Muitas pessoas recebem o diagnóstico quando já está no processo de deterioração da visão”, explica Roberto Lauande.

Para evitar complicações e um diagnóstico tardio, o aconselhável é consultar um oftalmologista uma vez por ano. Entretanto, para quem já realiza tratamentos, principalmente em casos de enfermidades progressivas, o correto é ir às consultas em períodos mais curtos, alerta Lauande. “O diagnóstico precoce do glaucoma pode evitar a cegueira, porque esta doença pode ser assintomática, principalmente nas fases iniciais, daí a importância dos exames de rotina.

As pessoas que têm histórico familiar devem realizar acompanhamento semestralmente”.

Lauande cita alguns sinais de alerta que indicam a necessidade de uma consulta.

Foto: J. Durham/MorgueFile

=Manchas no campo de visão: esporadicamente, é normal aparecer manchas ou flashes de luz na visão, porém, se ocorrer com frequência é um indicativo para realizar uma investigação clínica;

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=Sensação de que uma cortina escura está à sua frente, impedindo uma imagem nítida dos objetos no seu campo visual;

Foto: Optix

=Dor súbita nos olhos: a dor, vermelhidão ou lacrimejamento são indícios de inflamação ou olho seco, mas também podem também indicar o glaucoma.

Fonte: Kroton

Inverno x dores musculares: ortopedista dá dicas para evitar desconfortos

Especialista afirma que manter o corpo sempre ativo está entre as formas de prevenir o problema

Se existe uma estação do ano na qual o organismo fica mais sensível e vulnerável, é o inverno. Além de aumentar a probabilidade de gripes, resfriados e doenças respiratórias, a estação mais fria do ano também potencializa as dores musculares.

De acordo com o ortopedista Carlos Gorios, do Hospital Geral de Carapicuíba (HGC), gerenciado pelo Cejam – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, o fato ocorre porque a baixa temperatura ambiente provoca uma contração dos músculos, causando rigidez muscular.

“Isso se dá de maneira involuntária, por meio do nosso Sistema Nervoso Central (SNC), causando uma contração dos vasos sanguíneos, na tentativa de manter o calor do nosso corpo e o equilíbrio térmico do nosso organismo”, explica o especialista.

Para que órgãos como cérebro, pulmão e coração funcionem adequadamente, Gorios destaca que a temperatura corpórea deve se manter em torno de 36ºC e 37ºC. Quando ela está muito abaixo desta média, há rigidez muscular e um possível desconforto nas atividades do dia a dia.

O frio também atua nas articulações. A maioria das juntas do nosso organismo produz o líquido sinovial, que serve para lubrificá-las. No entanto, durante os períodos mais frios, há um aumento da viscosidade desse líquido, causando dor e rigidez articular. “Por esse motivo, pessoas que já possuem problemas nas articulações, como artrite e osteoartrose, sofrem mais durante o inverno”, ressalta.

O especialista afirma ainda que os danos causados pelo frio podem afetar todas as idades. Porém, os idosos tendem a sofrer mais com o mal, além de pessoas que já apresentam problemas de articulação.

“Nestes casos, a visita a um especialista é fundamental, para que o frio não prejudique a qualidade de vida do paciente. O médico fará um acompanhamento do caso, indicando as melhores opções de tratamento”, explica o ortopedista.

Prevenção

Uma forma prática e saudável de reduzir o impacto do frio nas articulações é manter o corpo sempre ativo. Hábitos como exercícios físicos e aeróbicos são capazes de aumentar a temperatura corporal, revertendo as dores musculares e nas articulações.

Os agasalhos também são essenciais. O médico explica que, por mais óbvio que possa parecer, é importante estar bem protegido neste período, principalmente em extremidades como mãos e pés, auxiliando na melhora da circulação sanguínea. “Compressas quentes e massagens também podem ajudar no alívio da dor”, complementa.

Fonte: Cejam

Pandemia faz crescer casos de bruxismo

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a disfunção afeta mais de 80 milhões de brasileiros

Situações de estresse e nervosismo são normais no nosso dia a dia, mas este estado de espírito tem se tornado uma constante na vida do brasileiro neste último ano. Entre um período tão longo de isolamento social, a crise econômica no país e tantos outros cansaços mentais causados pela pandemia, é de se esperar que alterações na saúde de nossa população aconteçam, e um aumento que tem sido observado nos consultórios dentários é o aumento nos casos de bruxismo.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o distúrbio atinge 40% das pessoas no Brasil, equivalente a quase 84 milhões de brasileiros. “Tenho observado desde o ano passado uma maior procura nos problemas relacionados à condição, assim como muitos outros profissionais”, comenta doutor Willian Ortega, cirurgião dentista.

O bruxismo é o ato involuntário de pressionar ou ranger os dentes e pode acontecer tanto durante o dia quanto o sono. Apesar de poder ser causado por uma desarmonia no formato da arcada dentária, na maioria das vezes ele aparece como um sintoma da ansiedade e do estresse.

Para Ortega, a necessidade de se conscientizar as pessoas sobre o problema é que, por ser uma válvula de escape inconsciente, o diagnóstico geralmente vem de maneira tardia. “O bruxismo tem diversos sinais, que se manifestam de maneiras diferentes em cada pessoa, por isso são difíceis de perceber se você não sabe o que está procurando”, explica.

O mais comum dos indícios são as dores de cabeça e enxaquecas, que muita gente não relaciona com a dentição. Porém, conforme o distúrbio vai progredindo sem tratamento, podem ocorrer desgastes e quebras nos dentes, estalos ao abrir e fechar a boca. O cirurgião ainda relata que em casos mais extremos, o movimento repetitivo afeta os tecidos que dão suporte à mandíbula, como os ligamentos e músculos da região do rosto.

“Um grande indício que vale a pena observar, é a dor de cabeça ou rosto muito intensa logo quando acorda, indicando que você provavelmente está forçando os dentes durante a noite,” aponta Ortega. Ele ainda frisa que mesmo que não seja o caso, já que a dor na região é normal em momentos de tensão, o bruxismo é muito mais fácil de lidar quando identificado cedo.

O tratamento é focado em reduzir a dor e preservar os dentes, já que a condição não tem cura. A placa dentária em acrílico é indicada na maioria dos casos, produzida sob medida para encaixar entre os dentes protegendo-os do impacto.

Uma alternativa surpreendente é a aplicação do botox, que no caso do bruxismo é utilizado com fins terapêuticos. A substância promove relaxamento muscular e automaticamente diminui a tensão da região. “Em determinados casos a paralização do músculo pode ser benéfica trazendo uma sensação de alívio ao paciente e diminuindo até o uso de medicamentos para dor ou inflamação. O foco é que o paciente não perca a mobilidade mandibular,” esclarece doutor Willian.

Apesar do transtorno não ser perigoso, o desconforto constante prejudica muito a qualidade de vida de quem passa por ele. Por isso para o cirurgião é essencial sempre consultar um especialista, tanto para a parte física quanto mental, já que eles andam juntos quando se trata de bruxismo. “Buscar formas de relaxar e diminuir a ansiedade, como uma leitura leve, filmes, jogos de diversão, meditação ou qualquer outra atividade que cause prazer e relaxamento também é importante para o tratamento”, finaliza Ortega.

Fonte: Willian Ortega é graduado pela Unipar (Universidade Paranaense), especialista em Ortodontia e Pós- Graduado em Harmonização Orofacial. Diretor professor da Facial Academy. Especialista em Implantodontia pela Uningá.