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Alienação parental vira problema com a pandemia

Paulo Eduardo Akiyama, advogado atuante em Direito de Família, indica curso on-line do CNJ para evitar esse tipo de conflito

A incidência de atos de alienação parental teve um crescimento bastante relevante desde março de 2020 segundo pesquisas feitas por institutos como o Observatório da Alienação Parental. A crise entre casais separados tornou-se mais constante, com discussões e demais conflitos no que se refere aos filhos. Além da privação de convivência imposta ao genitor não guardião, ainda se estendeu a toda família deste. As crianças acabaram sendo afastadas da convivência dos parentes com a desculpa da pandemia e eventual contaminação pelo coronavírus.

Paulo Eduardo Akiyama, advogado atuante em Direito da Família e sócio do escritório Akiyama Advogados Associados, informa que, em 25 de abril, é lembrado o Dia Internacional Contra a Alienação Parental, e sugere aos pais que realmente desejam o melhor aos seus filhos que se inscrevam na oficina de pais e mães do CNJ – Conselho Nacional de Justiça para poderem entender como os casais separados devem se comportar em relação à prole, afim de evitar a prática de atos alienantes.

O advogado destaca que os casos aumentaram por conta da obrigatoriedade do distanciamento social e deslocamento, causando mudança nas visitas pré-estabelecidas. “Muitos detentores da guarda, utilizando-se desta desculpa, atuando fortemente na prática de atos alienantes. Não podemos esquecer que filhos não são mobília da casa, mas sim, seres humanos que necessitam conviver com ambos os genitores e seus familiares. Claro que dentro de uma segurança sanitária, mas também deve-se garantir a convivência para a segurança psicológica”, alerta.

Akiyama ainda ressalta que a comunicação por videoconferência não substitui a convivência presencial entre o genitor não guardião e a prole. “A videochamada, como antes da pandemia, sempre é vista como um meio de comunicação temporária, ou seja, naqueles dias em que não esteja estabelecida a visita, mas não substitui a visita presencial, o contato, o calor humano, o diálogo, a participação em atividades, tudo isto é salutar a criança. A videoconferência trata-se apenas de um paliativo para contato, mas não é convivência”, observa.

Para o advogado, comportamentos alienantes que devem ser sempre evitados pelos genitores, como por exemplo, interromper abruptamente a ligação ou fazer comentários do tipo “chega de lero-lero”, entre outras manifestações. “Isto é prejudicial principalmente para a criança. Muitos pais esquecem que seus atos vão de encontro ao subconsciente da criança, que grava estas informações de repúdio e que, em um futuro próximo, se manifestará no seu comportamento”, adverte.

Ainda segundo Akiyama, qualquer um dos lados que age desta forma, esquece que as crianças crescem e um dia se darão conta do que lhes foi imposto, criando assim uma enorme decepção, em especial, com relação ao genitor praticante dos atos alienantes. “Na internet podemos encontrar vídeos que descrevem este comportamento, depoimentos de pessoas que foram vítimas da alienação parental”, exemplifica.

O advogado orienta sempre seus clientes a agirem em consenso para manter a convivência presencial, prolongando os dias de visita estabelecidos, visto que as aulas não têm ocorrido de forma presencial e também é optativo para os pais que não desejam enviar seus filhos à escola por medo da pandemia. “Há casos em que recomendei ao invés de o genitor visitante pegar o filho na sexta-feira ou no sábado, buscar na quinta feira e em vez de devolver no domingo, retornar com a criança na segunda-feira. Em vários casos isto ocorreu com enorme sucesso, quando não há prática de alienação parental”, comemora.

Fonte: Paulo Akiyama é formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.

Filhos machistas – como lidar?*

Nós vivemos em uma sociedade patriarcal, ou seja, a organização social tem relações regidas por dois princípios: as mulheres são hierarquicamente subordinadas aos homens e os jovens estão subordinados hierarquicamente aos homens mais velhos, patriarcas da comunidade. Isso já explica muita coisa.

Mas não é porque crescemos assim que temos que continuar nessa cegueira. Claro que em muitos casos, nós temos mais atitudes reacionárias do que pensadas, mas a ciência explica que até o comportamento cerebral é diferente. Veja:

Publicado pelo site Scientific Reports (do grupo da revista Nature) há alguns anos, o neurocientista japonês da Universidade de Tokohu, Hikaru Takeuchi, desafiou 681 estudantes (306 mulheres), com idade média de 21 anos, a participar de um estudo que procurava perceber até que ponto a estrutura cerebral é diferente nas pessoas que discriminam uma às outras por conta do gênero.

Com a ajuda da ressonância magnética, o neurocientista descobriu que aqueles que manifestaram atitudes abertamente machistas tinham duas áreas cerebrais diferentes dos que acreditam na igualdade: mais densidade neuronal no córtex cingulado posterior e menor na amígdala direita.

A primeira está muito relacionada com as relações interpessoais e com a raiva, o medo e a dor. Ainda segundo o mesmo estudo, quem tinha um comportamento mais igualitário partilhava uma morfologia na amígdala direita, associada a uma menor predisposição ao medo ou ao ver o outro como rival.

Como perceber que o filho é machista?

Quando criança, se atente à forma com que ele trata as amigas, pergunte o que ele acha das amizades, abra sempre para o diálogo, deixe que ele fale, assim se houver qualquer comportamento em que as diminua, você perceberá.

Preste atenção nas amizades, para que ele não seja influenciado. Em qualquer sinal de brincadeira ofensiva, repreenda.

Perceba os comportamentos dentro de casa, se ele não quiser ajudar em alguma tarefa por “ser de menina”, inicie um diálogo e explique que as tarefas precisam ser divididas entre os moradores da casa.

Na distribuição de tarefas domésticas, as meninas representam 84,1%, com a função de arrumar a cama, contra 11,6% deles. Entre as meninas, 76,8% lavam a louça e 65,6% limpam a casa. Outra tarefa predominantemente destinada às meninas é a de cuidar dos seus irmãos: 34,6% são responsáveis por essa função, contra 10% dos meninos. São dados da ONG Plan Brasil, que realizou uma pesquisa com meninas de 6 a 14 anos em todas as regiões do país.

Como evitar ter um filho machista?

Em meus grupos de terapia, percebo que é difícil para a mulher assumir que muitas vezes quem ensina o machismo e a opressão de um gênero, é ela mesma, sem perceber. Por exemplo: Quando uma mãe acabou de jantar e pede à filha que a ajude na cozinha enquanto o filho pode ficar vendo televisão com o pai, se há uma constância nessa dinâmica familiar, ela está definindo os papéis de quem serve quem, que pode ter como consequência o machismo.

Quando uma mãe aceita que o companheiro grite com ela, duas mensagens são passadas por meio de uma dinâmica relacional:
Para os filhos:“Está tudo bem gritar com as mulheres”;
Para as filhas: “Está tudo bem se calar diante do abuso”.

É uma tarefa difícil entender e tomar a responsabilidade de que somos modelo para os nossos filhos, o primeiro passo é não aceitar isso conosco, assim conseguimos ensinar e quebrar esse padrão na sociedade, pois sabemos que muito do que as crianças absorvem é o comportamento dos pais.

Analise se o círculo de amizades, incluindo os adultos, não está replicando estereótipos machistas que podem influenciar na definição de personalidade das crianças.

O machismo é uma forma de opressão que mantém a superioridade do homem em relação à mulher. Como combater isso? Com muito diálogo!

Desde cedo converse com os filhos, dê exemplos do que está acontecendo no mundo, mostre o quanto é errado a repressão que acontece com as mulheres. Deixe claro que é inaceitável qualquer desrespeito e brincadeira ofensiva. Inspire-o, valorizando desde cedo as mulheres de sua convivência, as enalteça, elogie, pratique a sororidade. Sabemos que as crianças absorvem muito de nossas atitudes, então que essa mudança de sociedade e criação de meninos não machistas, comece por nós.

*Cris Linnares é psicóloga e terapeuta de mulheres há mais de 20 anos, palestrante internacional, mãe e autora da comédia feminina teatral e do best seller “Divas no Divã”. Após 15 anos, a autora volta a trabalhar no Brasil com sua nova obra “Doidas no Divã” – livro lançado durante a pandemia que aborda saúde mental por meio da fé, ‘loucura’ e vida da autora – a obra reverte parte da renda do livro à ONG Recomeçar, apoiando mulheres em situação de violência. É a única brasileira considerada pela revista Glamour americana uma das 50 heroínas dos Estados Unidos por seu trabalho com saúde mental e empoderamento feminino. Possui no currículo cursos de aprofundamento em Terapia Cognitiva pela Universidade de Harvard, e Estudo da Mulher pela Universidade da Califórnia.

Como evitar a alienação parental durante o divórcio, por Paulo Akiyama*

O processo de divórcio muitas vezes pode se tornar algo conflituosamente estressante e traumático para todos os membros da família, em especial para as crianças e adolescentes. É sempre bom lembrar aos pais para evitarem discussões e brigas na frente dos filhos, pois a ruptura conjugal por si só já traz grandes mudanças, e as eventuais brigas e discussões em frente aos filhos lhes proporcionarão lembranças emocionais prejudiciais ao desenvolvimento.

A separação do núcleo familiar pode ser agravada com a disputa da guarda dos filhos, questões financeiras e patrimoniais e sentimentos pessoais por parte dos envolvidos. Esse é o momento para os pais pensarem com calma ao tomarem novas decisões a fim de buscarem os meios de adaptação necessários tanto para os filhos quanto para si mesmos, principalmente por também estarem em um processo de transição de nova formatação de vida e convivência familiar.

A forma como os pais lidam com essas questões influenciam diretamente como os filhos se adaptarão a nova realidade familiar.

casal briga

Evitar envolver a prole nas disputas do casal é a melhor maneira de não prejudicá-los psicologicamente, em especial no desenvolvimento dos mesmos. Especialistas da psicologia ressaltam que o despreparo dos pais em situações como essa, principalmente se tratando de alienação parental, provoca graves consequências na formação emocional e social dos filhos.

A alienação parental encontra-se prevista na Lei n.º 12.318/2010, e descrito as formas de tal prática no parágrafo único do art. 2º, bem como no caput do mesmo artigo, considerado o ato de alienação parental como qualquer interferência na formação psicológica da criança ou adolescente promovido por um dos seus genitores, avós ou pelos que tenham sua guarda.

O comportamento dos pais, durante e após o divórcio, pode vir a trazer a total demolição do instituto família, influenciando na criação de uma nova programação psicológica nas crianças.

Estudos comprovam que as inquietações e insatisfações dos genitores acabam se projetando sobre os filhos, o que já se considera alienação parental.

Os pais devem se conscientizar que a parentalidade deve superar a ruptura conjugal. Seguindo este pensamento, o Brasil adotou a Oficina de Pais e Filhos, coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visando aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário. Em 2014, o órgão, recomendou aos Tribunais de Justiça dos Estados a adoção destas oficinas como política pública e prevenção de conflitos familiares, disponibilizando vídeos e apresentações no portal do CNJ.

As oficinas ocorrem uma ou duas vezes ao mês, com duração de quatro a seis horas, compostas por profissionais voluntários capacitados para atuar nas modalidades: pai, mãe, adolescentes e crianças, a fim de promover a reflexão acerca do divórcio e parentalidade aos participantes, explanando as mudanças da família.

Nossos legisladores também buscam a saúde psicológica e o desenvolvimento de filhos de pais separados, vindo a ser publicada a lei 13.058/2014, incluindo a guarda compartilhada como sendo o meio de convivência entre filhos e cônjuges, especialmente quando os pais não tenham consenso sobre a guarda dos filhos e ambos estão aptos a exerce-la.

Em 2010, entrou em vigor a Lei 12.318 – Alienação Parental – com o seguinte fundamento: “Inibir a alienação parental e atos que dificultem o convívio entre a criança e seus genitores”.

pais discussão separação casamento

Assim, concluímos que, os pais devem antes de mais nada, pensarem em seus filhos, pois o nosso ordenamento jurídico assim o faz, ou seja, o principio da proteção da criança e do adolescente para conviverem com ambos os genitores de maneira equilibrada. A ruptura conjugal não é sinônimo de ruptura parental.

*Paulo Eduardo Akiyama é advogado atuante no direito de família e direito empresarial, possui também formação em economia. É sócio-fundador do escritório Akiyama Advogados Associados, atuando há mais de 20 anos. 

Psicóloga dá dicas para lidar com as crianças durante a separação dos pais

Diálogo e sinceridade são essenciais para que os pequenos se sintam seguros nesta etapa

A separação é um momento difícil, principalmente se o casal tiver filhos. Não importa a idade, para eles é sempre complicado aceitar e entender a decisão dos pais de não viverem mais juntos. A psicóloga do Grupo São Cristóvão Saúde, Aline Cristina de Melo, sugere a melhor forma de abordar o assunto e ajudar as crianças a lidarem com o divórcio.

Para a profissional, o melhor momento para informar aos filhos é quando esta decisão está seguramente resolvida pelos pais. “Isso evita gerar angústias desnecessárias para a criança ou adolescente, caso eles mudem de ideia”.

Não existe receita, mas a especialista lembra que a adaptação do discurso para a realidade dos pequenos e a sinceridade são pontos que devem ser levados em conta. “Posicioná-los sobre a separação de forma clara, sincera e verdadeira, transparecendo tranquilidade e segurança, faz com que a criança identifique tais sentimentos e apazigue sua angústia por meio deste acolhimento”, diz.

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Ela explica que não há necessidade de expor os reais motivos do divórcio, porém é muito importante que fique claro para a criança que ela não teve qualquer culpa ou participação nesta decisão.

Paciência e sensibilidade também são muito importantes diante das dúvidas que surgirão no decorrer deste processo. Segundo a psicóloga, na maioria dos casos, a criança não absorve bem a notícia, pois tal aspecto implica no surgimento de muitas fantasias em suas mentes, que vão desde a culpa e a contribuição delas para a separação dos pais, até a possibilidade de o divórcio afetar o amor que sentem por ela. “Isso sem falar na angústia da ausência do cônjuge que sairá de casa”, complementa.

Aline ressalta que a rejeição da criança pode ser temporária. “Ela dura até que perceba que, embora sua rotina mude, o carinho e amor que recebe dos pais não mudará. Com o tempo, essa reação de rebeldia tende a se dissipar, conforme os filhos forem recuperando a segurança na família e nos laços afetivos”, acrescenta a psicóloga do São Cristóvão.

Em alguns casos, as crianças podem apresentar uma mudança no seu comportamento e no seu rendimento em algumas atividades, inclusive na escola. Quando isso acontece, Aline aponta que é importante que os pais, juntamente com seu filho, reflitam sobre o que pode estar interferindo.

Segundo ela, a falta de motivação para as atividades pode estar ligada a aspectos emocionais relacionados à dificuldade em compreender e aceitar o divórcio, “como também uma forma de chamar atenção, mesmo que seja por meio de um aspecto negativo e prejudicial”, diz.

A especialista aconselha que os pais conversem com os educadores sobre ao assunto. “Investiguem se a criança expõe suas insatisfações e angústias perante a separação dos pais em ambiente escolar. Essa é também uma forma de compreender melhor o que ocorre”, explica.

Para a psicóloga, evitar expor os filhos aos conflitos do casal deve ser a maior preocupação dos pais. “É importante tomar cuidado para não acabar usando os filhos para afetar o outro, isso poderá se refletir negativamente na criança”. Ela explica que um cônjuge não pode falar mal do outro para a criança, o ideal é que eles saibam separar a relação deles como casal da relação deles como pais.

A dica da profissional é que os pais mantenham um relacionamento saudável, ou pelo menos, tenham um diálogo cordial. “Ter um bom relacionamento é importante, pois eles precisam dialogar e se organizar quanto aos cuidados, atenção e rotina dos filhos”. Dessa forma, as crianças perceberão que sua família passou por uma grande mudança, mas que isso não afetou no carinho e amor dos pais.

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Foto: Educaloi

“Quando isso acontece, os filhos percebem que não há motivo para sentirem-se abandonados”, reforça. Em alguns casos a separação traz alívio, principalmente quando as situações de conflitos vivenciados pelo casal eram presenciadas pelos filhos.

“Muitos pais depois da separação conseguem até melhorar a convivência com as crianças, gerando uma relação ainda mais próxima”, diz a psicóloga. E, caso a criança tenha dificuldade em lidar com todas as mudanças causadas pela separação dos pais, a profissional explica que a psicoterapia pode ser um auxílio valioso na compreensão dos sentimentos e nas mudanças que serão enfrentadas.

Dia de Finados: como lidar com a perda dos pais?

Hoje, 2 de novembro, é celebrado o Dia de Finados, data em que, tradicionalmente, homenageamos nossos entes queridos falecidos. No entanto, os ocidentais ainda encaram a morte de uma forma muito dolorida.

“A morte mexe muito com o nosso sistema de crenças e escancara nossa impotência, humanidade e fragilidade. A dor da perda ainda é um dos nossos maiores medos, pois é quando perdemos também nossa segurança e estabilidade”, afirma Heloísa Capelas, especialista de inteligência emocional e diretora do Centro Hoffman.

Para Heloísa, a perda dos pais ou daqueles que nos criaram é uma das mais doloridas. Isso porque somos 100% identificáveis com eles por conta da infância. “Quando criança, precisamos do apoio de adultos para termos o nosso aprendizado e, até os 12 anos, estamos na fase de construção da capacidade intelectual, mental e neurológica”, explica.

Estes aspectos fazem com que – mesmo com as brigas na adolescência e até um distanciamento na vida adulta – criemos um amor incondicional por eles. “Com a morte dessas pessoas, é como se estivéssemos perdendo também um pedacinho de nós mesmos”, completa.

Quando a pessoa cria, ao longo do tempo, algum tipo de mágoa ou rancor com relação a seus pais, a perda desses entes pode ser ainda mais dolorida e carregada com uma grande dose de culpa. Diante disso, Heloísa separou alguns pontos a serem refletidos e que podem ajudar na superação deste tipo de sentimento. Veja abaixo:

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Entenda que a mágoa é algo que está em nosso interior: segundo Heloísa, a primeira coisa da qual precisamos ter consciência é de que a mágoa que eventualmente criamos em torno de nossos pais é um problema individual nosso e não deles – está em nosso coração. Como estamos falando de um sentimento interior, o perdão pode vir a qualquer momento – antes ou depois da morte destes familiares.

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Entenda que é possível perdoar, mesmo que as pessoas que nos fizeram mal já tenham partido: Heloísa afirma que é preciso olhar para dentro de si e fazer uma escolha – se eu quero levar adiante essa mágoa, que vai ficar dentro do meu coração, dificultando meu caminhar, me envelhecendo precocemente e trazendo doenças para o meu corpo físico, ou perdoar e me sentir mais livre. “Seja lá o que vivemos com nossos pais, nós podemos resolver com eles vivos ou mortos. Claro que, quando eles morrem, nossa culpa aumenta e alguns vivem paralisados por conta disso. Pensam que agora que seu pais faleceram, não há mais tempo – que não é mais possível perdoar. Mas isso não é verdade. Podemos perdoar a qualquer momento e a qualquer hora, basta saber que essa escolha existe”, diz.

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Entenda que, quando a pessoa decide não perdoar, existe uma grande possibilidade de se tornar reflexo de seus pais: quando atingimos a vida adulta e temos algum tipo de rancor ou mágoa dos nossos pais, a tendência é que lutemos ao máximo para sermos indivíduos completamente opostos a eles. No entanto, com a morte, a probabilidade de ficarmos extremamente parecidos com eles é muito grande, por conta da culpa inconsciente de não ter liberado essa raiva antes da morte deles. A liberação da culpa e o perdão nos ajudam a lidar melhor com este aspecto e permitem com que a vida siga em frente.

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Compreenda que o amor nunca pode nos prender: muita gente não guarda rancor de seus pais, muito pelo contrário: os admira tanto que suas mortes levam à uma profunda tristeza que pode acarretar também a uma não aceitação do ocorrido. “É preciso entender que isso não está dentro do nosso controle e que a tristeza pela morte gera um apego que não é saudável para ninguém. O amor incondicional, pelo contrário, liberta”, afirma Heloísa. Para ela, morrer faz parte da continuidade do meu amor.

Curso

Essas e outras estratégias de inteligência emocional serão apresentadas, em sete dias de treinamento intenso no curso do Processo Hoffman, que terá suas próximas edições realizadas em Cabreúva (SP) entre os dias 14 e 20 de novembro e, em Petrópolis (RJ), entre 26 de novembro a 4 de dezembro.

Considerado um curso intensivo de autoconhecimento e reeducação que proporciona amplo desenvolvimento das Inteligências Emocional e Comportamental, o Processo Hoffman fornece instrumentos para que cada um possa ampliar seu potencial e, ao mesmo tempo, eliminar barreiras que impedem seu crescimento, conduzindo ao encontro do ser humano consigo mesmo, com seu amor-próprio e sua autoliderança. Seus resultados foram comprovados cientificamente pela Universidade da Califórnia (EUA) e indicam aumento nos índices da Inteligência Emocional gerando, entre outros benefícios, empatia, liderança, perdão, espiritualidade, bem-estar, vitalidade e alta performance.

Curso Processo Hoffman

Cabreúva – SP: 14/11 a 20/11
Hotel Solar das Primaveras – Cabreúva (SP)
Av. Pascoal Santi, 285 – Jacaré do Bonfim – Cabreúva, SP

Petrópolis – RJ: 26/11 a 4/12
Hotel Pedra Bonita – Petrópolis (RJ)
Rodovia BR-040, Km 69,2, Fazenda Inglesa – Petrópolis, RJ

Informações: Centro Hoffman

 

Quem são os solteiros online, como se comportam e o que esperam do futuro

Estudo dos Solteiros 2018 entrevistou mais de 5.200 pessoas para determinar o perfil e o comportamento dos brasileiros que usam sites e apps de relacionamento

Você sabia que o companheirismo é o elemento mais procurado pelos solteiros em um relacionamento? E que beleza é o último critério para escolher um pretendente? Essas descobertas fazem parte do Estudo dos Solteiros 2018, realizado pelo Match Group LatAm – detentor dos principais aplicativos e sites de relacionamento da América Latina, como ParPerfeito, OurTime, Femme, Divino Amor, SingleParentMeet e G Encontros– que ouviu mais de 5.200 pessoas para entender como o solteiro brasileiro pensa, se comporta e o que espera para o futuro.

Entre os homens e mulheres entrevistados, 92% deles têm mais de 30 anos. Sendo que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Bahia são os estados com as maiores concentrações de solteiros no país. É interessante ressaltar que, com o avanço da tecnologia, o smartphone é o principal meio para encontrar uma nova paquera.

Segundo a pesquisa, os dispositivos mais utilizados para buscar um novo amor são: smartphones com sistema Android, notebook ou PC e iPhones. Além disso, os entrevistados ainda dizem que sexta (12%), sábado (31%) e domingo (34%) são os melhores dias para usar sites e apps de relacionamento.

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Quando questionados sobre as expectativas para um futuro relacionamento, 87% procuram por alguém que seja companheiro em todos os momentos. Além disso, os brasileiros também afirmam o que mais os atrai em um primeiro encontro: gentileza e educação (51%), interesses em comum (24%), bom humor (11%) e inteligência (10%).

“A pesquisa comprova que é possível ter êxito na paquera utilizando principalmente da gentileza e do bom humor. A aparência não é o mais importante para aqueles que estão em busca de um relacionamento sério”, analisa Marina Simas, consultora de relacionamento do Match Group LatAm.

Sites e apps de relacionamento já fazem parte do cotidiano dos solteiros brasileiros, já que 72% dos entrevistados acreditam que não há mais preconceito em usar esse recurso na busca por um novo amor. “Essa constatação remete ao aumento da conectividade dos brasileiros com a democratização da internet. Assim, cada vez mais ela é reconhecida como uma aliada para a busca de um novo amor, como já acontece em outros países, como Estados Unidos, há algum tempo”, complementa Marina.

LGBT

E tem mais revelações que mostram que não está fácil para ninguém! Segundo homens e mulheres homossexuais e bissexuais (48%), a maior dificuldade deles é encontrar alguém que queira um relacionamento sério. Outro dado curioso é a diferente forma de enxergar um (a) parceiro (a) bissexual: 76% delas se incomodam se a parceira for bissexual, enquanto 66% deles não se importam com isso.

50+

estudante laptop computador

Já os solteiros acima de 50 anos acreditam que estão na melhor fase para começar um novo relacionamento. De acordo com a pesquisa, 55% dos entrevistados consideram mais fácil encontrar um novo amor nessa fase da vida porque as pessoas já são mais maduras. Além disso, os solteiros dessa faixa etária não se importam com questões de idade e começariam um relacionamento com alguém mais novo, segundo 78% deles e delas.

“Nessa fase da vida as pessoas têm mais certeza do que desejam e do que esperam em um novo relacionamento. Com as expectativas alinhadas, a relação amadurece com mais qualidade”, explica a consultora de relacionamento do Match Group LatAm.

Solteiros com filhos

mulher celular café

Os pais e as mães também estão aproveitando os sites e apps de relacionamento para procurar um novo amor. Diante da rotina de trabalho e dedicação com os filhos, o universo online se torna uma ótima opção para quem está buscando um recomeço, mas a missão não é muito fácil. Segundo 64% das pessoas com filhos, a maior dificuldade é o medo de que o (a) parceiro (a) não goste e/ou não respeite os filhos. Encontrar alguém que aceite a sua rotina, segundo 30% dos entrevistados, é o segundo maior obstáculo para uma nova relação.

“Os pais e as mães enxergam a necessidade de preservar as relações com filhos para manter o equilíbrio e a segurança deles e consideram isso prioridade antes de engatar em um novo relacionamento. Por isso, buscam pessoas que tenham essa mesma realidade e os mesmos valores para uma relação”, comenta Marina.

Os dados completos do Estudo dos Solteiros podem ser conferidos aqui.

Fonte: Match Group LatAm

Um em cada três brasileiros está pessimista em relação ao futuro

Pesquisa da Vagas.com mostra que 34% dos respondentes acreditam que o mundo no futuro será pior ou muito pior

Um em cada três brasileiros está pessimista em relação ao futuro do planeta. É o que revela levantamento inédito sobre Cenários para o Século XXI realizado pela Vagas.com. De acordo com o estudo, 34% dos respondentes acreditam que no futuro o mundo será pior ou muito pior que hoje. Para 48%, será melhor ou muito melhor. Em 6% das respostas foi constatado que o futuro será igual e 12% informaram que não sabem.

O levantamento foi realizado de 27 a 30 de setembro deste ano por meio da base de currículos cadastrados no portal de carreira Vagas.com. A pesquisa contou com 2999 respondentes, sendo 57% homens e 43% mulheres, com idade média de 33 anos, 74% pertencentes à região Sudeste, 51% ocupando cargos operacionais e 59% com nível superior completo ou incompleto.

A pesquisa procurou saber em qual mundo os filhos viverão no futuro. Para entender melhor esse cenário, as respostas foram agrupadas em 12 temas: social, educação, tecnologia, mercado de trabalho, saúde, meio ambiente, família, política, segurança, economia, meios de comunicação e alimentação.

Os assuntos que mais receberam respostas foram: social (44%), educação (44%) e tecnologia (43%). Num segundo patamar, mercado de trabalho (39%), saúde (38%), meio ambiente (35%) e família (35%). Já as referências de política (21%), segurança (12%), economia (6%), meios de comunicação (6%) e alimentação (3%) tiveram poucas citações. Em cada tema, houve também a divisão entre referências negativas e positivas. Dos 12 temas avaliados, em sete prevaleceram as menções negativas enquanto nos outros cinco dominaram as positivas.

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Pixabay

Veja abaixo o percentual de referências negativas registradas em cada tema e assuntos mais mencionados pelos respondentes a partir da pergunta aberta e sem limitação de tamanho de texto: o meu filho viverá em um mundo:

– Segurança (90%) – mais violento e com falta de segurança

– Economia (85%) – com conflitos econômicos e custo de vida alto

– Política (80%) – com corrupção, falta de ética e políticos não comprometidos

– Meio Ambiente (64%) – com muita destruição ambiental e escassez de recursos naturais

– Social (64%) – individualista e com enorme índice de intolerância

– Mercado de Trabalho (60%) – com desemprego e trabalho escasso, e competitivo

– Saúde (57%) – com sistema de saúde decadente, caro e para poucos

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Ilustração: Geralt/Pixabay

Confira também os tópicos com predomínio de citações positivas e assuntos mais destacados:

– Meios de Comunicação (98%) – com acesso a muito mais informações e de qualquer tipo, avançado em termos de comunicação e digital

– Alimentação (95%) – com boa alimentação, com novas comidas e sem fome

– Tecnologia (76%) – mais tecnológico e novas tecnologias

– Família (73%) – com boa educação familiar

– Educação (53%) – com boa educação e acesso a todo tipo de conhecimento

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“As referências que mais se destacaram foram em relação ao crescimento tecnológicos e às novas tecnologias que estarão a serviço de todos. Se por um lado o avanço tecnológico trará progresso em vários setores, por outro os respondentes mostraram-se bastante preocupados com os efeitos colaterais deste avanço, como dependência tecnológica e maior distanciamento entre as pessoas. Outras preocupações com o futuro vão desde a uma maior exigência de conhecimentos específicos no mercado de trabalho até máquinas substituindo os homens e dominando o mercado, o que poderá causar desemprego”, explica Sylvia Fernandez, coordenadora da pesquisa na VAGAS.com.

E ela completa: “Apesar dos avanços da medicina, com novas descobertas e pesquisas, foi mencionado também o surgimento de novas doenças e uma preocupação com o sistema de saúde decadente e caro beneficiando poucos. Também há outras preocupações, principalmente com relação à destruição ambiental, escassez de recursos naturais e sistema de educação precário”,

Fonte: Vagas.com