Pesquisa da Global Industry Analysts mostra que o mercado mundial de alimentos e bebidas naturais deve atingir US$ 496 bilhões até 2027. O dado reforça informações da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), que indicou que o setor deve render R$ 7 bilhões em 2023 apenas no Brasil. Sendo assim, a busca por alimentos naturais e menos processados, além de uma variedade de opções de pratos, deve aumentar nos próximos meses.
A preocupação com a saúde e o bem-estar tem sido uma crescente nos últimos anos. Em 2021 o relatório da Euromonitor International mostrou que o interesse por alimentos saudáveis está aumentando pelo mundo todo e a tendência é de que essa busca se intensifique. Os consumidores estão cada vez mais interessados em ingredientes naturais e menos industrializados, e valorizam alimentos livres de conservantes e aditivos químicos. Essa mudança de hábitos alimentares traz uma nova perspectiva de alimentação, que busca unir o prazer de comer com a saúde e o cuidado com o corpo.
O DeliRec traz como tendência para 2023 a procura de um cardápio equilibrado, com diversificação de alimentos como frutas e legumes. Os consumidores devem ir em busca de refeições com mais nutrientes, resultando em refeições caseiras e evitando os alimentos industrializados, com foco na saúde e bem-estar.
O hábito de cozinhar em casa, adquirido por boa parte dos brasileiros durante a pandemia, segue crescendo. Uma pesquisa realizada pela Fispal Food Service em dezembro de 2021, em parceria com a FGV Júnior, mostrou que mais de 40% dos entrevistados têm o interesse de continuar preparando as suas próprias refeições.
As bebidas com baixo teor alcoólico ou sem álcool também estão se tornando cada vez mais populares e devem ser tendência para 2023. Coquetéis elaborados em versões não alcoólicas de bebidas tradicionais como gim, vinho e cerveja podem ser uma resposta a esse crescente movimento de consumidores. Como resultado, bares, restaurantes e lojas especializadas devem oferecer cada vez mais opções de drinques sem álcool. No DeliRec, já há opções: Kombucha, hibisco e frutas e morango e manga.
Em resumo, as tendências gastronômicas apontam para uma alimentação mais saudável, natural e equilibrada, sem abrir mão do sabor e da diversidade culinária. Com clientes mais preocupados com a sustentabilidade e em busca de uma experiência culinária confortável, o setor de gastronomia deve se inovar, mais uma vez, neste ano.
Sobre o DeliRec
O DeliRec é uma rede social para os apaixonados por gastronomia. Gratuito, o aplicativo é perfeito para quem gosta de cozinhar, comer, compartilhar suas receitas e ainda aprender com a experiência dos cozinheiros da plataforma. Além disso, no DeliRec é possível encontrar três opções de cardápios semanais elaborados por nutricionistas, sendo a versão Prática, Econômica e Saudável, todas com opção vegetariana.
O público que utiliza a plataforma se divide em dois: os criadores de conteúdo, que armazenam as próprias receitas, com descrição passo a passo, fotos e vídeos com qualidade e podem ser remunerados por isso e o usuário que gosta de comer bem, salvar receitas, seguir seus cozinheiros preferidos e conhecer novos pratos todos os dias. Criado em 2021, o DeliRec já conta com mais de 1,6 milhão de usuários mensais que consomem diariamente receitas, mais de 8 mil criadores de conteúdo e mais de 60 mil receitas na plataforma.
Com tantas opções nas prateleiras fica difícil escolher a bebida mais saudável. Para auxiliar neste processo, a Campo Largo, marca referência no mercado de sucos, chás e água de coco, conta como escolher a melhor opção. Confira.
Alimentar-se de uma forma saudável também inclui ingerir bebidas que ajudam a fortalecer o corpo naturalmente, como os sucos integrais. Entretanto, algumas confusões acontecem na hora do consumidor escolher o produto correto nas prateleiras. Comumente, a bebida à base de frutas é chamada de suco, mas esse termo nem sempre está correto. A confusão acontece nas sessões de bebidas quando os consumidores se deparam com as palavras suco integral, suco, néctar de frutas e refresco nas embalagens.
Embora os termos se pareçam, são coisas diferentes, e apresentam características próprias. O principal atributo que diferencia os produtos está na quantidade de fruta existente em cada opção. Mas é preciso ter atenção redobrada principalmente nas embalagens para evitar confusões na hora da compra. Confira as principais diferenças:
Sucos integrais e demais sucos
Os sucos integrais são as opções mais saudáveis para o consumo por serem 100% fruta e conterem grande parte dos nutrientes e fibras existente na fruta in natura. “A Campo Largo possui três sabores de sucos integrais (uva, maçã e laranja), produzidos apenas com a fruta madura”, conta a marca. Além dos sucos integrais, existem no mercado os sucos concentrados, reconstituídos ou mistos e em sua produção é proibido a adição de aromas e corantes artificiais. Podem ter adição de açúcar, desde que utilizem o termo “adoçado” em seu rótulo e não passe do percentual de 10% permitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Néctar
O néctar é um dos tipos de bebida mais comuns encontrados no mercado e, muitas vezes, é facilmente confundindo com opções mais saudáveis. Apesar de possuir suco da fruta, entre 30 e 50%, não é o mais recomendado. É uma bebida feita através da dissolução em água potável da parte comestível da fruta e açúcares. É mais doce do que o suco e pode conter adoçantes, corantes, conservantes e outros aditivos. Para diferenciá-lo é preciso mais uma vez estar atento a embalagem.
Refrescos
Em contrapartida, dos sucos e néctares, os refrescos são feitos a partir da diluição do suco da fruta, polpa ou extrato vegetal. Em comparação ao suco e ao néctar, é o que apresenta menos quantidade de extrato de matéria-prima, o que o torna a pouco saudável e não recomendada em relação às outras. O produto é o famoso “suco de pozinho”. Normalmente a quantidade de fruta encontrada nesse tipo é de até 10%, sem contar os corantes, conservantes e açúcar.
Com bolos feitos com frutas específicas da época, a Casa de Bolos sugere sabores que não podem faltar na mesa durante a estação
O outono é a época que marca a mudança de temperatura em todas as regiões do país, com uma redução das máximas que antecedem a chegada do frio. Para deixar o clima mais ameno, nada melhor do que degustar um bolo com aquele gostinho caseiro, feito na hora, como os da Casa de Bolos, maior rede de franquias de bolos do Brasil e pioneira no segmento. Com uma variedade de sabores de frutas dessa estação, como limão, goiaba, maçã, banana e laranja, a franquia selecionou receitas com cada uma dessas delícias para deixar a época ainda mais gostosa. Confira:
Maçã com Castanha: feito com pedacinhos de maçã combinado com o gostinho crocante da castanha-do-pará, a receita é um dos sucessos da marca.
Fubá com Goiabada: uma combinação que agrada a todos os gostos é a goiabada e o fubá. Essa combinação pode ser encontrada na versão clássica e também nas versões Bolo Piscina Romeu e Julieta e Bolo Caseiro no Pote.
Bolo Caseiro no Pote de Limão: levando uma fruta típica da época, o bolo, em porção individual, possui limão na composição e na cobertura. Além desta delícia, a linha conta com mais de 15 sabores disponíveis para agradar a todos os tipos de gostos.
Banana com Canela: receita clássica da casa, a combinação desses ingredientes agrada qualquer um que experimenta. O ingrediente também está disponível na versão Cuca, Torta e Bolo Caseiro no Pote.
Fofinho de Fubá com Laranja: para conquistar todos os paladares, além do bolo clássico, a combinação de fubá e laranja também está presente no sabor Crocante de Fubá com Laranja, em que é crocante por fora e fofinho por dentro.
São mais de 430 lojas da rede em todo o Brasil e, para maior comodidade dos clientes, além de estar presente nas principais plataformas de delivery, a Casa de Bolos conta com aplicativo de delivery próprio que pode ser baixado gratuitamente no site.
Farmacêutico especialista em cosmetologia aponta os frutos que, segundo estudos, possuem propriedades benéficas para a pele
Tanto a indústria farmacêutica quanto a indústria cosmética estudam constantemente os ativos químicos dos alimentos para descobrir novos benefícios ou possíveis fórmulas que podem ser feitas no desenvolvimento de medicamentos e dermocosméticos.
Alimentos naturais, como as frutas, são conhecidos por oferecerem diversos benefícios à nossa saúde e ao nosso corpo. Por isso, estudos em universidades e centros médicos de todo o mundo investem milhões em pesquisas para descobrir como as frutas podem ser ainda mais aproveitadas pelo ser humano, seja por seu consumo oral, seja pelo extrato dessas frutas na utilização de dermocosméticos.
E para esclarecer este tema, Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia, traz mais informações sobre diversos frutos e quais os benefícios de cada um para a saúde da pele.
Fruchthandel_Magazin/Pixabay
Romã “Romã é uma fruta que traz diversos benefícios para a pele, principalmente, para o rejuvenescimento dela. Mas atenção: a fruta deve ser consumida e nunca ser utilizada diretamente na pele (somente em casos de uso tópico com produtos que sejam feitos com o extrato da romã). Ao comer uma romã por dia, ou tomar apenas um copo de suco de romã diariamente, já é o suficiente para rejuvenescer a pele. Isso acontece, pois a romã é muito rica em antioxidantes, o que contribui com a renovação da nossa pele”, explica. “Ao ingerir esses antioxidantes, eles irão combater os radicais livres, ou seja, eles vão para a pele e, desta forma, ajudam a reduzir as rugas, a flacidez e a perda de elasticidade, retardando o envelhecimento precoce. Além disso, o consumo de romã também é muito benéfico para o clareamento de manchas de pele, inclusive, o melasma”, ressalta o especialista. O farmacêutico ainda explica que a romã é rica em vitamina A, ou seja, mais um reforço na renovação celular. “Este é um importante nutriente na produção do colágeno da pele e, desta forma, com a união dos antioxidantes e a vitamina A, a romã é uma fonte riquíssima no combate ao envelhecimento precoce”, afirma.
Casca de banana “A casca da banana é rica em minerais, como o zinco e o magnésio, além de vitaminas, como a vitamina A e o complexo B. Desta forma, se utilizada em um dermocosmético, de forma tópica, como um creme, por exemplo, o extrato concentrado da casca da banana pode trazer benefícios para a pele, como propriedades anti-inflamatórias”, explica o farmacêutico. “Porém, é importante também fazer um alerta para os adeptos de receitas caseiras para que a casca da banana, ou demais frutas, nunca sejam utilizadas desta forma, aplicadas diretamente na pele. Temos relatos de diversos casos de queimadura grave por pessoas que passaram a fruta diretamente na pele e, depois, saíram no sol. Além de não promover o efeito desejado, receitas caseiras com o uso de frutas podem causar sérios problemas na derme”, ressalta o especialista.
Semente de uva “Conhecida como um dos alimentos mais saudáveis do mundo, a semente da uva possui efeitos protetores contra danos induzidos pelo sol (quando seu uso é tópico por meio de dermocosméticos com este ativo). Além disso, o extrato da semente atenua o estresse oxidativo (que seria o desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do organismo em neutralizá-las), ou seja, possui propriedades antioxidantes e, também, anti-inflamatórias”, explica Pupo.
Freepik
Cacau “Por ser uma fruta associada ao chocolate, o cacau acaba sempre sendo um tema controverso. Porém, pesquisas clínicas e de laboratórios realizadas pela Universidade de Molise, na Itália, forneceram evidências científicas para o uso de substâncias naturais derivadas do cacau como uma forma eficaz de proteger a pele”, diz o especialista. “Isso porque, o cacau é uma rica fonte de compostos polifenólicos (e os polifenóis são compostos bioativos presentes em plantas que apresentam uma ampla variedade de benefícios à saúde) e, também com grande quantidade de flavonoides (polifenol encontrado em vegetais), além de ser fonte de minerais essenciais, como o magnésio, o cobre e o ferro”, ressalta. “Ou seja, o consumo do cacau melhora o fluxo sanguíneo da pele e aumenta a fotoproteção, contribuindo para a manutenção e aparência da pele. Além disso, o cacau também possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Quando utilizado de forma tópica em dermocosméticos com polifenóis do cacau, é possível aumentar a elasticidade da pele, prevenir e reduzir rugas e, também, diminuir a sensibilidade da pele à luz ultravioleta”, explica.
Silverstylus/Pixabay
Abacate Segundo o especialista, o abacate é rico em ácidos graxos monoinsaturados, que são gorduras presentes em alimentos, mas que são benéficas à saúde. “Segundo estudos realizados em Los Angeles, nos EUA, o consumo de um abacate por dia (em testes realizados por 8 semanas) trouxe benefícios à pele como elasticidade, firmeza, hidratação e pigmentação. Outra curiosidade deste estudo, é que mulheres com circunferência abdominal aumentada e IMC elevado, tiveram também um aumento na resistência UVB”, diz o farmacêutico. “Quando o óleo do abacate é utilizado de forma tópica por meio de dermocosméticos, é possível notar também melhora da elasticidade da pele, porém, sem mudanças significativas na hidratação ou na formação de sebo. Além disso, também não há evidências de melhora na resistência aos raios UV quando o óleo do abacate é aplicado de forma tópica”, ressalta.
Camu-Camu “Fruta nativa da floresta amazônica, porém pouco utilizada no Brasil, o camu-camu é amplamente estudado no exterior, principalmente na Europa e na Coreia do Sul, por conta de suas propriedades antioxidantes. Além disso, este fruto possui alto teor de vitamina C, polifenóis promissores, como ácido gálico (antioxidante que ajuda a proteger a pele contra o estresse oxidativo, anti-inflamatório e antimicrobiano) e quercetina (antioxidante anti-inflamatório que previne o aparecimento de condições clínicas relacionadas ao envelhecimento da pele)”. Desta forma, o farmacêutico explica que, ao ser consumido oralmente, o fruto do camu-camu pode atuar como anti-inflamatório para a pele e, também, prevenir o estresse oxidativo.
Abóbora A abóbora é conhecida por ter muitos benefícios para a saúde e para a pele, com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antifadiga. “Além desses benefícios, segundo estudos, a aplicação tópica do extrato de abóbora pode ser benéfica para feridas cutâneas, redução da inflamação e alterações oxidativas da pele, além de aliviar os sintomas da dermatite de contato”, diz o especialista.
Framboesa vermelha “As frutas silvestres possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e, também, anticâncer, pois contam com uma grande quantidade de flavonoides. Desta forma, segundo estudo realizado em 2019, na China Medical Univesity Hospital, o extrato etanólico da framboesa vermelha pode diminuir a morte celular causada pela exposição aos raios solares, além de ser capaz de prevenir lesões dos raios UVB na pele e, também, diminuir o fotoenvelhecimento da pele”, ressalta.
Pupo ainda reforça que, para que essas frutas sejam benéficas à pele, é importante sempre estar atento ao tipo de consumo indicado e nunca aplicá-las diretamente na pele por meio de receitas caseiras. “Vimos aqui que, em alguns casos, o consumo oral da fruta pode beneficiar a pele, mas, em outros casos, os benefícios só acontecem quando o fruto é utilizado de forma tópica. Porém, para que esse benefício realmente aconteça, existem muitos estudos por trás para desenvolver fórmulas com os extratos desses frutos e com a concentração correta desses extratos para que as propriedades de cada um promovam o efeito desejado. Ainda não temos, no Brasil, dermocosméticos com todas essas opções, mas com os estudos avançando cada vez mais, acredito que em poucos anos o público brasileiro terá acesso ao uso tópico de produtos formulados com estes frutos”, finaliza o farmacêutico.
Fonte: Maurizio Pupo é farmacêutico ítalo-brasileiro, pesquisador e professor especialista em cosmetologia. É autor de vários livros na área cosmética como: Tratado de Fotoproteção, Luz Azul | Luz Visível e Impactos na Dermatologia, Difendiox OPP’s Antioxidantes Biologicamente Ativos e Estabilizados em Sistema Hydromicelar, entre outros. Além disso, é CEO e responsável pelo desenvolvimento dos produtos marca de dermocosméticos Ada Tina.
Pode ser sopa, frutas ou até salada, se não forem bem escolhidas, podem ser verdadeiras ciladas para quem está de dieta. A médica nutróloga Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento da capital paulista, explica por quê.
“A perda de peso saudável precisa ser planejada de acordo com as atividades diárias e as necessidades de cada organismo e essa é a maior queixa de quem consegue comer de maneira saudável, mas mesmo assim não consegue perder peso”, alerta a médica nutróloga.
Foto: Ceeline/Pixabay
Frutas As frutas possuem alto índice glicêmico e altas doses de frutose (um açúcar monossacarídeo natural, presente nas frutas, no mel e em alguns vegetais) por isso são mais doces e podem esconder altas calorias. “Abacate, banana, caqui e coco estão entre as mais calóricas, podem então serem utilizadas para sanar a vontade de doce em uma dieta restritiva, mas não devem ser as escolhas de quem está buscando perder peso”, diz. Entre as menos calóricas, Ana destaca morango, maçã, pera ou kiwi e ainda alerta para que se as opções ainda forem as frutas secas é preciso compreender que mesmo desidratadas elas continuam contendo a frutose.
Saladas Mesmo que sejam absolutamente saudáveis, as saladas também precisam ser bem escolhidas. Não adianta um prato todo colorido, predominantemente verde, mas que seja regado a molhos gordurosos a base de queijos, adocicados ou feitos com creme de leite, por exemplo. “Nessas situações, é melhor até optar por carboidratos do que por saladas cheias de gorduras”, alerta a médica.
Barrinhas de cereal O cereal já é um ingrediente mais calórico e que possui carboidrato. “As barrinhas que são adoçadas com mel ou contém alguma dose de açúcar pode trazer muitas calorias, principalmente as que são combinadas com chocolate. A melhor opção são as versões feitas com proteínas e mesmo assim a atenção deve ser bem importante na rotulagem”, avisa a médica.
Pinterest
Sopas Se as sopas, queridinhas dos dias mais frios, forem a base de batata, mandioquinha, batata doce ou cenoura, por exemplo, a médica afirma que podem ser bastante calóricas. “A dica é engrossar a sopa com um caldo batido com couve-flor, por exemplo, que faz as vezes do creme de leite e da batata e assim, continuam sendo nutritivas, mas com menor quantidade de calorias”, ensina.
Para finalizar, a médica avisa que é importante priorizar sempre baixas quantidades na hora de consumir qualquer alimento e buscar sempre ajuda para que o emagrecimento seja assistido por um especialista, que vai saber as reais necessidades de cada pessoa sem faltar e nem sobrar nada no prato.
Fonte: Ana Luisa Vilela é graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá — MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto Ganep de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo — HCFMUSP. Atualmente, está à frente da sua clínica especializada em emagrecimento, para melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde. @draanaluisavilela
Essa estação do ano é conhecida por ser o período das colheitas, com destaque para a grande variedade de frutas
O outono no Brasil começa sempre entre 20 ou 21 de março e termina entre 20 ou 21 de junho. É marcado pela redução gradual das temperaturas e diminuição do tempo de luz diária, além de ser a estação que dá início a queda das folhas e dos frutos, sendo conhecido como o período das colheitas. Maçã, laranja, uva, banana, kiwi, goiaba, caqui entre outras, são algumas das frutas que se encontram em safra durante essa época e a importância do consumo se dá pelo alto índice nutricional desses alimentos que são ricos, principalmente, em vitamina A e C, minerais e fibras, trazendo diversos benefícios à saúde e ajudando na prevenção de doenças.
Frutas
As mudanças de temperatura e na umidade relativa do ar durante essa estação ocorrem devido a localização do Brasil entre a zona do Trópico de Capricórnio ao sul e pela linha do Equador ao norte. As condições de umidade, temperatura e precipitação são responsáveis por guiar as escolhas de espécies e sementes adequadas para cada ambiente, e é um dos fatores principais para o desenvolvimento das plantações, determinando o crescimento, a qualidade e a produtividade de cada espécie.
Em relação aos benefícios trazidos por essas frutas, a professora do curso de Nutrição da Uninassau Paulista, Jussara Maria, afirma que as vitaminas presentes nelas ajudam a fortalecer as defesas naturais do corpo pois combatem os radicais livres, que são prejudiciais para o organismo quando estão em excesso porque podem facilitar o surgimento de algumas doenças.
Manga é uma das frutas com mais vitamina A – Foto: Steve Buissinne/Pixabay
“A vitamina C, por exemplo, deve ser consumida regularmente pois facilita a absorção do ferro, sendo inclusive indicada no tratamento contra anemia, ela também melhora a circulação do sangue e facilita o processo de cicatrização da pele. Já a vitamina A é famosa por agir diretamente na saúde da nossa visão, além de também renovar as células que compõem o tecido do corpo humano, ajudando a retardar o envelhecimento”, explica.
Sobre o porquê de ser interessante investir em frutas que se adaptam melhor durante determinadas estações do ano a nutricionista pontua que além de adquirir um alimento com grande valor nutricional, as pessoas também podem encontrá-los com um preço bem mais atrativo do que quando estão fora do período de colheita.
Botswanayouth
“Ou seja, consumir frutas da estação é bom tanto para a saúde quanto para o lado financeiro. Além disso, é importante salientar que os frutos em safra são mais frescos e orgânicos, pois dispensam o uso de agrotóxicos e fertilizantes, produtos muito utilizados para cultivar os que são fora da época”, comenta.
Conheça os tipos de alimentos que ajudam durante o processo de repouso
Fazer uma boa alimentação antes de dormir proporciona estímulos saudáveis para o organismo. Os benefícios influenciam no controle metabólico e peso do corpo, no aumento da capacidade cognitiva e no estado emocional ao produzir hormônios do humor que liberam aquela sensação de bem-estar ao acordar. Apesar do sono ser um processo multifatorial e complexo, estudos mostram que manter uma boa qualidade dos hábitos alimentares influenciam na qualidade do descanso.
A comunidade médica-nutricional recomenda ingerir comidas leves até 2h antes de deitar com descanso entre 6h e 8h ininterruptas por dia. Um estudo sobre os efeitos da privação do sono na ingestão alimentar, feito pela Universidade do Porto em 2017, aponta que as mudanças abruptas no horário de dormir interferem nas funções biológicas, sendo acompanhadas por queixas de sonolência, déficit de atenção e dificuldade de concentração.
Segundo Marilia Zagato, nutricionista do Comitê Umami – grupo responsável por disseminar informações sobre o umami, conhecido como o quinto gosto básico do paladar -, manter uma dieta equilibrada ajuda a melhorar o repouso. “Adicionar folhas verdes escuras como espinafre e couve ao jantar pode ser uma grande vantagem, pois contêm magnésio e potássio, ambos nutrientes que podem contribuir positivamente com o sono”, explica.
Consumir peixes, como salmão e atum, contribui com vitamina D, ácidos graxos e ômega-3, além de proteínas essenciais para o corpo. “Esses alimentos ajudam a proporcionar um descanso sadio e conferem o gosto umami, um poderoso aliado na aceitação alimentar de, principalmente, crianças e idosos”, completa Marilia.
Para entender a influência da alimentação no sono, conheça quatro tipos de alimentos que ajudam na qualidade do sono.
•Verduras e legumes Fazer uma refeição com uma salada à base de verduras e legumes ajuda a saciar a fome de uma forma leve. Procure misturar diferentes cores no prato, como cenoura e beterraba, além dos vegetais verdes escuros, proporcionando assim um mix de nutrientes que contribuem com o sono.
•Oleaginosas (pistache, avelãs, amêndoas) As oleaginosas como pistache, avelãs e amêndoas são fontes de fitomelatonina, substâncias com impacto positivo no sono.
•Frutas As frutas contêm nutrientes que podem ajudar a ter uma noite tranquila. Frutas vermelhas como morango, uvas e cereja possuem melatonina, substância também produzida por nosso organismo e responsável pelo nosso sono e processo de descanso.
•Peixes, ovos e laticínios Estes alimentos possuem triptofano, um aminoácido precursor da serotonina e melatonina, conhecidos também como hormônios da felicidade. O leite, por exemplo, pode auxiliar na hora de dormir, além de aliviar o estresse. Outro laticínio é o iogurte, em especial, aqueles que contêm probióticos, pois também ajudam na microbiota intestinal. Para aqueles que preferem um jantar, a recomendação é optar por alimentos mais leves, como peixe ou ovo que, além do triptofano, também contêm melatonina.
Umami
Portal Umami
É o quinto gosto básico do paladar humano, descoberto em 1908 pelo cientista japonês Kikunae Ikeda. Foi reconhecido cientificamente no ano 2000, quando pesquisadores da Universidade de Miami constataram a existência de receptores específicos para este gosto nas papilas gustativas. O aminoácido ácido glutâmico e os nucleotídeos inosinato e guanilato são as principais substâncias umami. As duas principais características do umami são o aumento da salivação e a continuidade do gosto por alguns minutos após a ingestão do alimento.
As estimativas apontam que apenas um em cada três brasileiros consome frutas e vegetais regularmente. Esse é um número baixo. Mas ainda há aquelas pessoas que não comem esses alimentos de jeito nenhum, o que pode ser extremamente perigoso.
“Frutas e vegetais contêm importantes compostos bioativos que demonstraram ter efeitos benéficos na saúde humana. Eles são fontes e ricos em vitaminas A, C, E e K e minerais como potássio, magnésio e cálcio. Além disso, também são uma boa fonte de fibras alimentares e possuem propriedades antioxidantes, além de fornecer também macronutrientes, como proteínas, carboidratos e gorduras boas”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Health Care
Um estudo publicado em julho de 2022 no Journal of Renal Nutrition mostrou que pessoas com doença renal comem menos frutas e vegetais. “Embora o estudo não tenha mostrado que a baixa ingestão é um fator de risco ou resposta à doença renal crônica, o baixo consumo de frutas e vegetais foi mais comum em pacientes com a doença. Mas sabemos que uma alimentação com mais frutas e vegetais está associada à diminuição de fatores de risco relacionados à doença renal. Isso acontece porque há um maior aporte de fibras e antioxidantes na dieta. Esses nutrientes ajudam o corpo contra componentes inflamatórios e o estresse oxidativo”, destaca a médica nefrologista Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Segundo a médica nefrologista, a doença, que afeta cerca de 37 milhões de adultos nos Estados Unidos e 10 milhões no Brasil, deixa os rins menos capazes de filtrar os resíduos do sangue e pode levar à pressão alta, doenças cardíacas e derrame.
“Após contabilizar fatores como tamanho da cintura, diabetes e pressão alta, os pesquisadores descobriram que aqueles com doença renal crônica eram consistentemente mais propensos a praticar um padrão alimentar que incluía menos frutas e vegetais do que pessoas sem a doença. São necessárias mais pesquisas para descobrir se o baixo consumo de frutas e vegetais contribui ou resulta da doença renal crônica e quais outros fatores podem estar envolvidos. Os médicos às vezes aconselham os pacientes com a doença a reduzir o consumo de potássio, um mineral comumente encontrado em frutas e vegetais”, explica Caroline.
Mas também existe um contraponto a essa recomendação. Isso porque consumir mais vegetais e frutas é interessante, segundo a nefrologista, para que esses pacientes com doença renal crônica combatam alterações na microbiota que implicam em várias mudanças na fermentação bacteriana e na geração de proteínas tóxicas.
“Estas proteínas tóxicas se acumulam no plasma dos pacientes, contribuindo para a síndrome urêmica, e como efeito na progressão da doença renal, em mediadores pró-inflamatórios e estresse oxidativo, no risco cardiovascular e na resistência insulínica. Foi demonstrado que a produção desses solutos é influenciada por modificações nos hábitos alimentares, uma vez que dietas ricas em fibras não digeríveis podem reduzir em cerca de 60% a excreção urinária dessas proteínas tóxicas”, explica a médica.
“Vale destacar também que pacientes com doença renal crônica são inflamados cronicamente. O consumo maior de fibras e os antioxidantes presentes em frutas e vegetais agem de forma importante para melhora da microbiota intestinal com efeito antioxidante e anti-inflamatório”, acrescenta a médica. “Sabemos que o estresse oxidativo está relacionado à progressão da lesão renal, das complicações cardiovasculares e das maiores taxas de mortalidade. Consumir esses alimentos pode representar, a longo prazo, melhor status antioxidante, já que contam como fitoquímicos, poderosos antioxidantes, impedindo a geração de radicais livres”, destaca Caroline.
Segundo a médica nutróloga, uma dieta rica em frutas e vegetais reduz também o risco de problemas cardiovasculares e complicações futuras. “Estima-se que o risco de doenças cardíacas entre os indivíduos que ingerem mais de cinco porções de frutas e vegetais por dia seja reduzido em 20%, em comparação com aqueles que comem menos de três porções por dia”, afirma a médica.
De acordo com a revisão Effects of Vegetables on Cardiovascular Diseases and Related Mechanisms, o consumo de vegetais está inversamente correlacionado ao risco de doenças cardiovasculares. “Pesquisas de vários estudos epidemiológicos mostram que vegetais como aspargos, aipo, alface, brócolis, cebola, tomate, batata, soja e gergelim têm grande potencial na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. Esses vegetais apresentam ação protetora do coração principalmente por seus efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e antiplaquetários”, diz a médica nutróloga.
“Frutas e vegetais ajudam a regular a pressão arterial e a glicose no sangue; eles também têm um efeito favorável no perfil lipídico. Além disso, previnem danos ao miocárdio, modulam as atividades enzimáticas, regulam a expressão gênica e as vias de sinalização associadas a doenças cardiovasculares”, conta a médica. “Com esses benefícios, eles ajudam a prevenir problemas nos rins”, finaliza a médica nefrologista.
Fontes: *Caroline Reigada é médica nefrologista, especialista em Medicina Interna pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. Instagram: @dracaroline.reigada.nefro *Marcella Garcez é médica nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da Abran. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez
Nutricionista do São Cristóvão Saúde explica como hábitos simples podem contribuir para o bem-estar físico das pessoas
Como é do saber de muitos, o consumo de líquidos é fundamental para uma rotina saudável, de modo a manter o corpo hidratado, principalmente em dias mais quentes. Porém, outros hábitos , nem sempre implementados na rotina, são essenciais para evitar os desagradáveis excessos. Eliminar as toxinas também depende de bons costumes alimentares e, nessa questão, os alimentos diuréticos são bons aliados para limpar as toxinas nocivas, de forma segura e controlada, deixando o organismo equilibrado e com a quantidade de água corporal correta.
“Alimentos como frutas, verduras, legumes, ervas e temperos são considerados diuréticos, pois ajudam o bom funcionamento dos rins, facilitando a filtragem que esse órgão faz. Ou seja, limpam as toxinas do organismo através da urina”, comenta a coordenadora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi.
A especialista traz algumas propriedades conhecidas, de frutas acessíveis. Acompanhe na lista abaixo:
Pixabay
•Abacaxi: rico em nutrientes que auxiliam no combate à retenção de líquidos, além de possuir muitas fibras que melhoram o funcionamento intestinal, diminuindo o inchaço abdominal. Possui também uma enzima chamada bromelina, que auxilia na digestão.
•Coco: sua água possui alta quantidade de potássio e magnésio, o que auxilia na eliminação de líquidos.
Pixabay
•Limão: é outra opção de fruta rica em potássio, além de fibras e manganês. Conhecido por reforçar o sistema imunológico graças à quantidade de vitamina C.
•Maçã: diurética natural, graças à boa quantidade de potássio e vitamina B6, além de possuir pectina, que melhora o funcionamento intestinal.
•Melancia: com alto teor de água, essa é uma fruta aliada da hidratação. Além do poder diurético, possui licopeno, uma substância que auxilia na prevenção contra o câncer, especialmente de próstata e mama, e de doenças do coração.
•Melão: diurético, possui ainda propriedades antioxidantes, que combatem os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento. Pelo alto teor de potássio, possui também ação cardioprotetora, ajudando a equilibrar os níveis de pressão arterial, e fibras, que auxiliam na regulação do intestino, melhorando também o desconforto causado pela constipação.
•Pera: além de auxiliar na eliminação de líquidos, possui pectina, uma fibra também relacionada ao melhor funcionamento intestinal e que está envolvida no controle glicêmico e do colesterol.
Desse modo, deve-se investir em hábitos saudáveis, a começar pela alimentação equilibrada. Não importa a época do ano, há sempre opções agradáveis ao paladar e de fácil implementação no dia a dia, para contribuir com a saúde de seu organismo.
Está comprovado: alguns alimentos têm o poder de aumentar os níveis de serotonina e vitamina B no organismo e melhorar o humor. Saiba quais são e invista neles
Muitas pessoas não sabem, mas uma dieta rica em doces, gordura saturada, cereais refinados, ou seja, alimentos preparados com farinha branca margarina, possuem um grande potencial de serem pró-inflamatórios – ou seja aumentam a probabilidade de o organismo desenvolver doenças inflamatórias. Mas não é só isso. A ciência também explica que esses alimentos são associados à piora de sintomas depressivos e de ansiedade. Logo, para manter a saúde em dia, a dieta tem que ser justamente contrária a isso.
“O ideal é investir numa alimentação com um perfil anti-inflamatório, bastante frutas, legumes, verduras, cereais integrais, azeite de oliva, carnes magras, e em especial peixes de águas frias, como salmão, atum e sardinha”, afirma a nutricionista Carolina de Quadros Camargo, mestre e doutora em Nutrição pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professora do curso de Nutrição na Universidade Positivo (UP).
Ela sugere uma dieta parecida com a mediterrânea, só que, neste caso, acrescentam-se também alimentos como cacau, chá verde, gengibre, cúrcuma e alecrim. “Todos eles têm um potencial de melhorar transtornos depressivos e de ansiedade e podem fazer parte do cardápio, seja na forma de temperos ou como o chá verde, que pode ser tomado ao longo do dia, entre as refeições, menos no período noturno, por conter cafeína”, explica.
A professora Carolina também cita a importância dos alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3 na alimentação. “Eles teriam uma potencialidade de melhorar os aspectos cognitivos e transtornos de humor. São encontrados no salmão, na sardinha e no atum”, orienta. Segundo ela, a vitamina B12 também não pode ficar fora dessa lista de nutrientes, já que, como o ômega 3, podem trazer benefícios cognitivos. “Eles estão presentes nos alimentos de origem animal, mas deve-se dar preferência ao menor teor de gordura, como leite e derivados desnatados e carnes magras.”
Quanto mais frutas no prato, menor risco de depressão
Depositphotos
O fato de boa parte dos alimentos que dão a sensação de felicidade vir das frutas tem uma base científica. Um estudo publicado no British Journal of Nutritionentrevistou 428 adultos e analisou a relação entre o consumo de frutas, legumes, lanches doces e salgados e a saúde psicológica. A pesquisa mostrou que quanto mais frequente o consumo de frutas, menor o risco de depressão.
As descobertas dos pesquisadores sugerem que a frequência com que se come frutas é mais importante para a saúde psicológica que a quantidade total que é consumida durante uma semana típica. O estudo também descobriu que as pessoas que comem lanches salgados, como batatas fritas, que são pobres em nutrientes e ricos em gorduras saturadas, são mais propensas a relatar maiores níveis de ansiedade. Depois de levar em consideração fatores demográficos e de estilo de vida, como idade, saúde geral e exercícios, a pesquisa descobriu que tanto frutas ricas em nutrientes quanto lanches salgados pobres em nutrientes pareciam estar ligados à saúde psicológica.
Eles também descobriram que não havia associação direta entre comer vegetais e saúde psicológica. “A verdade é que os nutrientes encontrados em alimentos saudáveis trabalham para fazer com que o cérebro produza serotonina, conhecido como o hormônio do bem-estar. O triptofano, aminoácido essencial para a síntese de serotonina, está presente em muitos alimentos, entre eles nas frutas como a banana, o abacate e o coco”, explica a professora.
Precursores da felicidade
Mas não só essas frutas estão ligadas à felicidade. Outros produtos muito apreciados e conhecidos dos brasileiros como o cacau, o café e os alimentos fermentados atuam no nosso humor. Veja abaixo o porquê de cada um deles, de acordo com os estudos publicados pelo site americano CTNET e validados pela professora de nutrição da Universidade Positivo, Carolina de Quadros Camargo:
Abacate: fruta cremosa, de sabor suave, é rica em gordura monoinsaturada, que tem um potencial anti-inflamatório e repleta de nutrientes, incluindo a colina, que o organismo usa para regular o sistema nervoso e o humor. Um estudo de 2020 descobriu que as gorduras saudáveis do abacate estão associadas à diminuição da ansiedade nas mulheres. Outro grande motivo é que ele é rico em vitamina B, que tem sido associada a níveis mais baixos de estresse.
Alimentos fermentados: kefir, kombucha, iogurte, ajudam a manter um intestino saudável e podem ajudar a melhorar o humor. O processo de fermentação cria probióticos, que, por sua vez, sustentam bactérias saudáveis no intestino. Até 90% da serotonina produzida pelo organismo é criada a partir de células intestinais. Logo, consumir alimentos fermentados promove uma melhor produção de serotonina.
Banana: ela sozinha não tem uma quantidade suficiente de triptofano capaz de produzir a quantidade de serotonina adequada no cérebro a ponto de atravessar a barreira hematoencefálica. Mas pode desempenhar um papel crucial na regulação do humor de maneira mais indireta, já que o organismo precisa de vitamina B6 para criar serotonina – e as bananas são especialmente ricas nesse nutriente. Uma banana média contém 0,4mg de vitamina B6, ou seja, 25% da ingestão diária recomendada.
Café: uma meta-análise de 2016 concluiu que o consumo de café, com moderação, está significativamente associado à diminuição do risco de depressão. Um estudo do National Institute of Health (EUA) avaliou que quem toma 4 xícaras de café diariamente – tanto com cafeína quanto descafeinado – tem 10% menos chance de sofrer de depressão.
Chocolate amargo: de preferência acima de 70% de cacau, tem um perfil anti-inflamatório. Mas uma revisão sistemática descobriu que o chocolate também pode atuar positivamente no humor. E existem três componentes principais encontrados nele que estão associados à sensação de felicidade: triptofano, teobromina e feniletilamina. O primeiro, o triptofano é um aminoácido que o cérebro usa para produzir serotonina; a teobromina é um estimulante que pode melhorar o humor; e a feniletilamina é outro aminoácido usado pelo organismo para produzir dopamina, atuando como antidepressivo.
Coco: é uma fruta rica em gorduras monoinsaturadas, chamadas de triglicerídeos de cadeia média, que podem ajudar a aumentar a energia ao mesmo tempo que auxiliam no controle do colesterol. Um estudo de 2017 em animais descobriu ainda que os triglicerídeos de cadeia média do leite de coco poderiam reduzir a ansiedade.
Pinterest
Frutas vermelhas: as famosas berries são ricas em antioxidantes, mais especificamente em flavonoides, que podem reduzir os sintomas de depressão. Um estudo em que os participantes receberam suco de mirtilo mostrou resultados promissores que também vincularam a ingestão da fruta ao declínio cognitivo mais lento associado ao envelhecimento.