A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem entre suas atribuições catalogar as doenças na chamada Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). O CID é um manual que tem muitas funções, entre elas, o reconhecimento público de que uma determinada condição exige tratamento médico. Periodicamente, a OMS revisita esse catálogo, e algumas doenças são incluídas; outras excluídas.
No caso de uma exclusão do CID, o sentido da mudança é: aquela condição deixou de ser considerada como doença. Um dos maiores exemplos disso é a homossexualidade, que até a nona versão, em 1990, constava na listagem. A próxima versão da classificação, a décima-primeira, que será lançada em 2022, está gerando um debate acirrado entre as sociedades de saúde mundo afora pela razão oposta, isto é: por uma inclusão. A partir do próximo ano, o envelhecimento passará a constar no manual.
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A razão alegada pela OMS para a decisão é que a inclusão serve para reconhecer que as pessoas podem morrer de velhice. Um exemplo famoso dessa aplicação foi a morte do Príncipe Philip, aos 99 anos. O atestado de óbito do esposo da rainha da Inglaterra decretou: “morte por idade avançada”. Olhando por esse ângulo, parece fazer sentido, mas há algo a mais por trás dessa decisão.
Normalmente, as alterações no CID ocorrem por sugestão (ou pressão) de entidades médicas. No caso da “doença velhice”, a origem da mudança vem de organizações como a Biogerontology Research Foundation e International Longevity Alliance. O interesse destas organizações é aumentar o acesso ao financiamento de suas pesquisas. Tradicionalmente, os recursos de fomento à busca da cura de doenças são decididos em função do volume de suas estatísticas. Em outras palavras, quanto maior o número de casos, maior a chance de haver dinheiro para pesquisas.
Até aí, podemos considerar como uma competição própria à dinâmica científica. Se é assim, por que há tanta resistência à decisão? A questão está nos efeitos sociais. Pensemos no caso do Príncipe Philip, considerando a decisão da OMS e a idade que ele tinha ao falecer, podemos considerar que o monarca já estava “doente de velhice”? E se é assim, poderemos dizer que todos que são velhos estão doentes? Faria sentido concluir que sim.
Seguindo o raciocínio, tendo em conta a atual população de idosos brasileiros, são subitamente 33 milhões de pessoas acometidas pela nova enfermidade no país. E todo novo indivíduo que faz 60 anos (idade com a qual uma pessoa se torna idosa), passa automaticamente à condição de doente. Essas são conclusões absurdas, que podem trazer consequências indesejadas. Particularmente, chamamos a atenção para o reforço de estereótipos negativos que tornam automática a associação entre velhice e adoecimento, uma vez que nem todo idoso é doente ou incapaz. Esse pensamento, frequentemente implícito, está por trás de uma das mais cruéis formas de preconceito do nosso tempo: o etarismo.
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O etarismo limita a participação ativa e produtiva das pessoas na sociedade, muitas vezes antes mesmo de a pessoa ter 60 anos, um exemplo é o mercado de trabalho que trata como “velhos” profissionais de 45 anos. Os maus-tratos psicológicos estão entre as formas mais frequentes de violência contra idosos e as empresas perdem oportunidades ao oferecer produtos e serviços inadequados às necessidades e vontades de clientes seniores. O etarismo deve ser combatido em um mundo que envelhece rapidamente, e a decisão da OMS pode justamente reforçá-lo.
Entendemos que as consequências da decisão podem gerar mais efeito negativos que positivos e é preciso se posicionar contrariamente ao tratamento do envelhecimento como doença.
*Por Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade MAG
O idoso ficou mais vulnerável psicológica e socialmente durante a pandemia. Por ser do grupo de risco, essa parte da população sofreu forte impacto na saúde mental ao se ver mais sozinha e sem interação social ou contato com parentes e amigos. Mas, segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, uma parcela dessa população está buscando e encontrando formas criativas de se adaptar à nova realidade.
“Tenho acompanhado diariamente cerca de 20 nonagenários que tiveram muita dificuldade no início da pandemia. Agora, estão buscando formas criativas de se adaptar à nova realidade. Eles se sentem úteis, importantes e fazendo algo de significativo, mesmo dentro de suas casas”, comenta a antropóloga.
Apesar desse cenário, a pesquisadora afirma que a grande maioria dos idosos está sofrendo violência física, verbal, psicológica, abuso financeiro e xingamentos durante a quarentena: “A velhofobia se tornou uma realidade cruel ainda maior nesta pandemia”.
Doutora em Antropologia Social, Mirian Goldenberg fará na próxima quinta, dia 22, a partir das 19 horas, a palestra online da Casa do Saber Rio “A invenção de uma bela velhice: projetos de vida e busca de significado”. Aqui, ela analisa o tema. Confira:
Quando se fica velho? Mirian: Culturalmente, ficamos velhos muito cedo no Brasil, principalmente as mulheres. Com 30 anos, minhas pesquisadas já estão em pânico com as rugas, cabelos brancos, dificuldade para emagrecer. Começam a ter medo de não casarem e não terem filhos. Subjetivamente, envelhecemos muito cedo aqui porque existe uma velhofobia no Brasil: preconceitos e violências contra os mais velhos, dentro e fora de nossas casas. Ficamos velhos aqui porque o pânico de envelhecer é enorme. Em outras culturas não é assim.
É mais fácil envelhecer hoje que no tempo dos nossos avós? O que mudou?
Mirian: É um paradoxo: é mais fácil e mais difícil. Mais fácil porque temos exemplos de muitos homens e mulheres que têm mais de 90 e são produtivos, ativos, independentes. Mais difícil porque a cultura da juventude, da beleza e do corpo perfeito, é cada vez mais disseminada no país.
É possível a eterna juventude, não na questão física, mas do ponto de vista emocional?
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Mirian: Não acredito que ser jovem é melhor do que ser velho, pois como digo em todos os meus cursos, palestras e textos: todos nós somos velhos, hoje ou amanhã. Falar de ser eternamente jovem é alimentar a ideia de que a juventude é melhor do que a velhice, mais bela, mais produtiva, mais rica. Acho exatamente o contrário: só acreditando que todos são velhos, inclusive os jovens, iremos mudar a nossa representação sobre a velhice. Então, em vez de eterna juventude, não seria melhor falar de eterna velhice?
Em tempos de pandemia, em que os idosos, por serem grupo de risco, precisam ficar em casa, com pouco contato com o mundo externo, envelhecer está mais difícil?
Mirian: Tenho acompanhado diariamente cerca de 20 nonagenários, que tiveram muita dificuldade no início da pandemia. Agora, estão buscando formas criativas de se adaptar à nova realidade. Juntos, estamos fazendo uma série de atividades: grupo de estudos sobre “Os Lusíadas” de Camões, jogos de palavras, lives, tocando piano, leitura de autores como Clarice Lispector e Fernando Pessoa, por exemplo. Eles se sentem úteis, importantes e fazendo algo de significativo, mesmo dentro de suas casas. Mas a grande maioria dos velhos está sofrendo violência física, verbal, psicológica, abuso financeiro, xingamentos. A velhofobia se tornou uma realidade cruel ainda maior nesta pandemia.
Como cuidar da saúde mental dos mais velhos para não surtarem durante o isolamento social e continuarem se reinventando?
Mirian: Escutando, conversando, estando junto deles – mesmo que não fisicamente -, compartilhando atividades, respeitando seus desejos e limites. É o que tenho feito 24 horas do meu dia, desde 15 de março. Nunca estive tão próxima deles, nunca senti e recebi tanto amor como agora.
Como as mulheres têm encarado o envelhecimento nos dias de hoje? A sociedade ainda impõe a elas uma cobrança maior que aos homens?
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Mirian: Em todos os países em que estive, são as mulheres as maiores responsáveis por cuidar de todos na família, da casa, no trabalho, dos amigos. As mulheres cuidam de todos, mas não têm tempo para cuidar delas mesmas. Elas se sentem exaustas, deprimidas, insatisfeitas, frustradas por não terem tempo para elas. O fato de cuidarem de todos e não terem tempo para elas faz com que se sintam invisíveis, transparentes, sem o reconhecimento que elas tanto desejam. Elas dedicam todo o tempo para cuidar dos outros e não recebem o menor reconhecimento ou agradecimento por isso. É como se fosse apenas uma obrigação que elas devem cumprir por serem mulheres. Elas não cuidam de si mesmas, não têm tempo para si, não têm liberdade para serem elas mesmas. Liberdade social e liberdade interior. As mulheres são cobradas para terem uma vida muito mais controlada sexualmente, amorosamente, profissionalmente e em todas as áreas da vida. Por isso elas invejam tanto a liberdade dos homens. Elas querem ser mais livres em todos os sentidos, inclusive livres para poderem realizar todo o seu potencial amoroso, sexual, criativo, produtivo. As mulheres não são livres para serem elas mesmas.
O que é velhofobia? Acha que ela aumentou em tempos de pandemia?
Mirian: A calamidade que estamos enfrentando evidenciou a face mais perversa de alguns políticos e empresários: a velhofobia. Estamos assistindo horrorizados a discursos sórdidos, recheados de estigmas, preconceitos e violências contra os mais velhos. “Vamos todos nos contaminar para criar imunidade e esta epidemia acabar logo. Só irão morrer alguns velhinhos doentes”. “Deixem os jovens trabalharem. Não vamos parar a economia para salvar a vida de velhinhos”. “Só velhinhos irão morrer, eles iriam morrer mesmo, mais cedo ou mais tarde”.
Esse tipo de discurso revela uma situação dramática que já existia antes da pandemia. Os velhos são considerados inúteis, desnecessários e invisíveis. Homens e mulheres mais velhos, que já experimentam uma espécie de morte simbólica, ficam desesperados ao constatar que são considerados um peso para a sociedade. No entanto, a forte reação contra esses sociopatas prova que os mais velhos são muito valiosos e importantes para os brasileiros. Faremos tudo o que for necessário para demonstrar que os nossos velhos não são um peso, muito pelo contrário. São eles que estão nos ajudando a encontrar força e coragem para sobreviver física e mentalmente. São eles que estão nos ensinando a ser pessoas mais amorosas e generosas. São eles que estão cuidando de nós, como fizeram durante toda a vida.
Muitos dos que disseminam o discurso de ódio e de extermínio dos mais velhos já passaram dos 60 anos. É urgente que eles aprendam uma lição importante: a única categoria social que une todo mundo é o ser velho. A criança e o jovem de hoje serão os velhos de amanhã. Os velhofóbicos estão construindo o seu próprio destino como velhos, e também o destino dos seus filhos e netos: os velhos de amanhã. Será que estes genocidas serão tão amados e protegidos como são os nossos velhos ou serão tratados como “velhinhos descartáveis”?
Como manter a saúde cerebral durante a pandemia, especialmente no caso de idosos e pacientes com doenças neurológicas
Mudar um hábito não é fácil. É preciso muito esforço, determinação e, acima de tudo, uma motivação forte. É o caso da população brasileira: para evitar a proliferação do novo coronavírus, as pessoas se viram obrigadas a reorganizarem suas vidas em prol do isolamento social. Nesse processo, uma das principais dificuldades é adaptar-se e manter o cérebro ativo durante todo o confinamento.
“A quarentena é muito importante. A orientação é a de ficar em casa, recluso, evitando o contato social direto e reduzindo o risco de transmissão”, ressalta Rubens Gagliardi, presidente da Associação Paulista de Neurologia (APAN). Para manter as funções cerebrais em pleno funcionamento, a indicação do neurologista é realizar atividades físicas e intelectuais.
Andar pela casa, fazer alongamentos, realizar levantamentos de peso (com pacotes de arroz ou feijão, por exemplo), além de ler, estudar e se atualizar são as principais recomendações. “É muito importante não parar. Temos que manter o cérebro ativo, senão ‘enferruja’”, explica o especialista.
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Estudar um assunto do interesse do indivíduo ajuda a exercitar a memória, a concentração e o foco. Se a pessoa gosta de números, estudar matemática pode ser estimulante. Já se ela se interessa por literatura ou artes, o interessante é ler sobre esse tema. Aprender uma nova língua, seja ela qual for, também tem impactos muito positivos para o intelecto humano. “Nesses casos, a internet é uma aliada. Uma ferramenta que, quando bem utilizada, propicia uma boa maneira de manter o cérebro ativo”, pontua Gagliardi.
Pacientes com doenças neurológicas: o que fazer?
Alzheimer, Parkinson, AVC e outras complicações neurológicas podem causar limitações motoras, sequelas, a necessidade de cuidadores e até mesmo, deixar o paciente de cama. Nessas situações, os riscos durante a quarentena são maiores, mas os cuidados são os mesmos. “A atenção deve ser redobrada, mas a base é exatamente a mesma”, diz o neurologista.
A preocupação maior é com a imunidade: manter uma alimentação saudável e correta, dormir bem e estar descansado, manter atividades físicas, intelectuais e sociais (mesmo que a distância) ajudam no fortalecimento da defesa do organismo e no combate à doença.
Convívio com os idosos durante o isolamento
Já os idosos, aqueles acima de 60 anos, estão no grupo de risco do contágio. Eles são mais propensos a contrair a doença e desenvolver sintomas mais graves, portanto, necessitam seguir a quarentena à risca. “É um grupo que deve fazer zoneamento restrito, bem como evitar contato com pessoas com suspeita de infecção”, destaca Gagliardi.
Porém, mesmo isolados, devem motivar-se a não parar e manter uma rotina diária de atividades físicas e intelectuais, assim como o resto da população. Os familiares, ainda que a distância, devem apoiar, incentivar e prestigiar essas atividades. Consultar médicos sobre os exercícios mais indicados para os idosos além de motivar o estudo e a leitura são fundamentais no cuidado com a terceira idade.
Para aqueles que moram sozinhos, há ainda a preocupação psíquica, já que o isolamento poderá afetá-los de diferentes maneiras. A sensibilidade dos netos, filhos e sobrinhos em manter a comunicação social por telefone ou até mesmo pela internet é imprescindível para o convívio e a demonstração de afeto para com essa geração.
Atividades podem render recordações e lições para todos
Para a prevenção do contágio da covid-19 estão todos em casa e muito se fala em opções para entreter as crianças que estão sem escola, quase uma fase de férias antecipadas, com o agravante de não poder nem descer para o parquinho do condomínio. Com idosos, a rotina precisa ainda de mais reforço para que eles se mantenham ativos e saudáveis.
Neste momento de isolamento, o que fazer para que esses idosos não se sintam tão sós? A enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, Marcella dos Santos, dá dicas de como manter essas pessoas saudáveis e em movimento tanto mentalmente quanto fisicamente.
1. Exercícios físicos
Manter a atividade física, por meio de alguns exercícios simples que podem ser feitos em casa. Alongamentos e pequenos pesos caseiros como sacos de feijão, por exemplo, ajudam a manter a rotina.
2. Contação de histórias
Para idosos também é interessante o estímulo à leitura. Pode ler um livro em conjunto e ir interagindo sobre a leitura. Também pode ser interessante usar álbuns de fotografias para estimular a partilha de memórias. Este momento pode ser muito rico para a família toda. Pode incluir também integrantes que estão em suas casas, por vídeochamada. É um lindo momento para os avós contarem histórias para a geração mais nova.
“Outra sugestão é a de escrever, em conjunto, a biografia do idoso, contando sua própria história. Isso estimula a memória também, além de ser um registro lindo para se guardar”, explica Santos.
3. Ajudar na cozinha
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Para aqueles que ainda têm independência para cozinhar ou ajudar na cozinha, essa pode ser uma atividade muito interessante. Fazer bolos e tortas com receitas antigas da época do idoso, resgatar as receitas de família e até fazer um caderno organizando essas preciosidades para passar adiante. “É importante sempre tomar cuidado com objetos cortantes e com o fogo para aqueles com a motricidade reduzida, mas a atividade não deixa de ser interessante para eles também”, alerta a enfermeira chefe.
4. Jogar um dos seus jogos favoritos
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Geralmente jogos como o dominó, cartas e tabuleiro fazem sucesso. Palavras cruzadas também são sempre bem aceitas. A dica é fazer desafios, placares para que seja estimulante jogar.
5. Estimular a criatividade
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A pintura é uma atividade usada muitas vezes para ajudar a relaxar. Podem ser livros de pintura ou em telas, dependendo a cognição do idoso. Criar um álbum ou uma caixa de memórias, onde são colocados vários objetos ou fotos que tenham um significado especial para a pessoa e que possa ser acessado facilmente, também é uma ideia que pode estimular a busca por esses objetos.
6. Música e dança
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Ouvir músicas que remetem às memórias pessoais. Pode convidá-los a dançar, caso seja possível. Essa prática é interessante tanto para uma atividade cognitiva quanto física. Conversar sobre a música, ver vídeos do artista preferido. Com a internet, é possível trazer memórias da época dos shows e do rádio.
7. Filmes
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Outra atividade interessante é propor uma sessão de cinema. Depois de fazer aquele bolo ou torta, tomar o lanche da tarde assistindo um bom filme pode render bons momentos. Ainda é possível aproveitar para comentar. Os clássicos mais antigos trazem vestimentas, músicas e artistas que podem ser tema da conversa.
8. Jardinagem
Caso tenha jardim em casa, pode pedir para o idoso aguar as plantas. Se morar em apartamento, deixe alguns vasos para que eles consigam cuidar. Toda atividade que envolva cuidar das plantas, montar uma mini-horta, pode ser muito benéfico.
9. Conversar
O diálogo é muito importante. Procure sempre conversar com o idoso, explicar o que está a acontecendo e escutar suas angústias. Pode ser útil pegar um artigo de jornal ou revista e discuti-lo. Lembre-se de mudar o foco de assuntos negativos.
10. Religião/espiritualidade
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É essencial manter o máximo dos rituais religiosos a que estão acostumados. Existem canais de TV específicos e podemos oferecer para que acompanhem as missas, orações e cultos. Alguns líderes religiosos adotaram transmissões on-line.
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“A tecnologia pode ser uma grande aliada nessa fase, mas alguns não aceitam muito bem, então o conselho é que seu uso seja sempre supervisionado. Promova encontros virtuais com outros familiares para diminuir o isolamento social. Também existem aplicativos para treinamento do cérebro direcionado para idosos. O importante é mantê-los em movimento”, finaliza Marcella.
Um dos temperos mais utilizados em todo o mundo, o sal também é um dos principais agentes causadores de alguns problemas de saúde. Por isso, há sempre campanhas de conscientização de consumo com moderação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é que a ingestão de sódio por dia não ultrapasse 2g (uma colher de café rasa). No Brasil, a média é mais do que o dobro: 4,7g/dia.
“O paladar do brasileiro já é tendencioso para comidas mais salgadas. Só que, com o tempo, os prejuízos do grande consumo de sódio são diagnosticados, como pressão alta e problemas renais, que afetam, principalmente, os idosos”, explica Milena Maffei Volpini, coordenadora de nutrição da Cora Residencial Senior.
O estudo “Heart Disease and Stroke Statistics” (Estatísticas sobre Doenças Cardíacas e Infartos), da American Heart Association, apontou que durante os anos de 2001 e 2011, a taxa de morte por hipertensão, aumentou 13,2% nos mais de 190 países pesquisados. O consumo excessivo de sal é prejudicial em qualquer idade, mas os riscos são maiores nas pessoas idosas, pois se trata da faixa etária em que há um número maior de doenças clínicas. Segundo a OMS, a hipertensão arterial atinge 30% da população adulta brasileira. Na terceira idade, este número passa para 50%.
Conscientização
De acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), pouco mais de 20% dos hipertensos controlam adequadamente a hipertensão arterial. E este controle, de acordo com Milena, não deve ser apenas com medicações, mas também a conscientização do uso adequado do sal e uma alimentação correta ajudam a amenizar os índices de pressão.
“O aumento do consumo de sal na terceira idade é compreensível, já que, ao passar dos anos, perdemos a sensibilidade aos sabores. Para dar mais gosto a comida sem aumentar o sal, o ideal é preparar temperos naturais”, afirma Milena.
Na Cora, além das famílias já terem indicações médicas sobre o consumo de sal, as nutricionistas sempre acompanham as refeições oferecidas e, por meio das avaliações nutricionais que são feitas, realizam orientações nutricionais individuais de acordo com a necessidade de cada residente. Outra estratégia da Cora é não disponibilizar saleiros nas mesas, assim, não incentiva os residentes a adicionarem mais sal nas preparações.
Existem alguns temperos que podem substituir o sal, como pimenta, orégano, noz moscada, louro, limão, gengibre, coentro, cebolinha, cominho, canela, alecrim e alho, mas é preciso ficar atento, já que alguns destes condimentos podem trazer outros problemas para saúde.
“Se o idoso apresentar gastrite, por exemplo, pode haver uma irritação no trato gastrointestinal. E sempre há o risco de algum tipo de alergia. Por isso, é preciso sempre verificar qual tipo de tempero que pode ser utilizado em cada refeição”, alerta Milena.
Dicas da nutricionista
· Nunca deixar o saleiro a mesa; · Utilizar temperos naturais e ervas secas e frescas para temperar; · Fazer sal de ervas; · Evitar produtos enlatados e embutidos; · Preferir o consumo de queijos brancos aos amarelos.
Bouquet garni (conjunto de ervas aromáticas para temperar pratos e molhos)
Foto: HGTV
Ingredientes:
1 folha de alho-poró
1 folha de louro
1 ramo de alecrim
1 ramo de tomilho
5 ramos de salsinha
Modo de preparo:
Enrole a folha de alho-poró ao redor do louro, do alecrim, do tomilho e dos ramos de salsinha. Amarre com um barbante culinário, formando um bouquet, e acrescente em sua preparação. Após o término do cozimento, retire o bouquet.
Sal de ervas
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Ingredientes:
10 g de alecrim
25 g de manjericão
15 g de orégano
10 g de salsinha
100 g de sal marinho
Modo de preparo:
Bata os ingredientes no liquidificador. Guarde em pote de vidro bem fechado. Utilize no lugar do sal comum.
Em parceria com o Projeto 50 Mais e a Cobasi, marca realizará entregas especiais em São Paulo, até o final de outubro, no lançamento de Dog Chow Adulto 7+
Nestlé Purina acredita que pessoas e pets vivem melhor juntos e compartilha o compromisso em proporcionar uma vida longa e saudável aos pets. Com isso, Purina Dog Chow, marca de alimentos premium para cães lança uma ação especial, em São Paulo, apoiando o Projeto 50 Mais, que proporciona oportunidades de remuneração por meio de entregas para aposentados acima dos cinquenta anos, em parceria com a Cobasi.
A ação possibilita que as vendas do lançamento de Dog Chow Adulto 7+, realizadas pelo site da Cobasi, até o final de outubro, sejam entregues por um motorista sênior, do Projeto 50 Mais. O consumidor que participar da ação ganhará um colchonete exclusivo para o seu cão e será surpreendido por uma carta com a foto e relato de quem realizou a entrega.
“Queremos chamar a atenção para a qualidade de vida na idade sênior, transformando histórias e famílias que acompanham de perto as necessidades nessa fase de vida que é compartilhada entre pessoas e seus pets. Purina Dog Chow sabe que o cão é parte da família e entende que essa fase especial exige ainda mais cuidado, carinho e nutrição e por isso buscamos essa parceria”, conta Christiane Amorim, diretora de marketing da Nestlé Purina no Brasil.
Depois dos sete anos, o cachorro precisa receber alimentação apropriada à sua idade para viver saudável e ativo. Dog Chow Adulto 7+ é especialmente formulado com ingredientes e nutrientes de alta qualidade, que ajudam a digestão, mantêm a condição corporal ideal e dentes e ossos fortes, proporcionando mais saúde e vitalidade aos cães por mais tempo.
50 Mais
O Projeto 50 Mais é uma plataforma de entrega formada por aposentados que utilizam de sua sabedoria, dedicação e seriedade como uma oportunidade de remuneração no mercado atual. Com auxílio de tecnologia móvel, cada courrier entrega as encomendas nos bairros em que residem, levando o sorriso de sua experiência a cada entrega realizada.
Atualmente, o Brasil conta com cerca de 30,2 milhões de idosos. Em dez anos, a previsão é de que chegará a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até 2060, um quarto da população deverá ter mais de 65 anos.
As informações vão de acordo com as Tábuas de Mortalidade, também divulgadas pelo IBGE, já que ao longo do tempo a expectativa do brasileiro vem aumentando: a pessoa que nascia em 1940 vivia, em média, 45,5 anos; em 1970, 57,6 anos, chegando a mais de 75 anos a partir de 2015.
Embora o brasileiro esteja vivendo mais, isso não quer dizer que esses anos serão vividos de forma saudável. Dados do Estudo Sabe, pesquisa sobre Saúde, Bem-estar e Envelhecimento, 60% dos idosos possuem alguma doença crônica e 46% apresentam dificuldade para alguma atividade instrumental da vida diária (fazer compras, cozinhar, gerenciamento financeiro etc) e perto de 30% para atividades simples de autocuidado.
“Com o aumento da longevidade, as famílias e a sociedade devem se planejar para o momento em que os idosos precisarem de auxílio. Naturalmente, com o avanço da idade, as limitações para as atividades do dia a dia aparecem, ainda mais se entendermos que as pessoas estão vivendo 80, 90 e até mesmo 100 anos.”, explica Monica Perracini, especialista e pesquisadora na área de Gerontologia e uma das fundadoras da plataforma Plug and Care, especializada no acolhimento de familiares cuidadores e idosos.
Rede de cuidado ao idoso
É importante destacar que há uma preocupação em todo o mundo sobre o impacto dos anos vividos com limitações e com doenças crônicas sobre a qualidade de vida dos idosos e sobre o impacto nos custos com a saúde. Dessa maneira, chama a atenção entre os dados recentes que os brasileiros entre 65 e 69 anos, considerados idosos mais jovens, também enfrentam sérias dificuldades: apenas cerca de 40% não se encontram em situação de fragilidade, ou seja, uma condição que engloba a baixa atividade física, lentidão para caminhar, emagrecimento, redução da força, além de fadiga.
“Esse dado pode significar que parte destes idosos vai precisar de ajuda por mais tempo e os familiares são os principais cuidadores. Cuidar de quem cuida, entender suas necessidades e oferecer soluções é primordial. A rede do cuidado deve ser ainda mais fortalecida para atender essa nova realidade”, conclui Monica.
Levantamentos demográficos são de extrema importância para compreender que a saúde e o bem estar de pessoas idosas passa pela forma como planejamos os cuidados ao longo da vida e particularmente na velhice. O envelhecimento populacional e seus desafios já são uma realidade e novas tecnologias foram criadas para acolher e auxiliar no cuidado ao idoso e de sua família.
“Atentos às necessidades que enfrentamos, desenvolvemos uma plataforma para conectar pessoas que dedicam seu tempo ao bem estar do idoso, aliando informação, produtos e ferramentas que otimizam o planejamento na rotina de cuidados. Afinal, sabemos que é necessária uma visão integral no cuidar, englobando as necessidades do idoso e de seu familiar cuidador”, acrescenta a especialista.
Plug and Care
A Plug and Care foi criada por experientes profissionais da área de Gerontologia para solucionar as necessidades dos familiares cuidadores de idosos. É uma plataforma inovadora que conecta, em rede, todos os envolvidos na promoção do bem estar e da saúde dos idosos, e também proporciona acolhimento aos seus familiares. A Plug and Care desenvolve conteúdos qualificados, disponibiliza um e-commerce totalmente voltado ao cuidado e oferece um aplicativo exclusivo para planejar, dividir tarefas e garantir excelência no tratamento do idoso. Em 2018, foi selecionada pela Aging 2.0 como uma das 10 startups inovadoras na Chamada de Negócios da Longevidade.
Para algumas pessoas, a morte de um animal de estimação pode ser mais difícil do que a perda de um parente. Aqui está o porquê.
Quem disse que os diamantes são o melhor amigo de uma garota nunca possuiu um cachorro ou gato. Se você já perdeu um amado animal de estimação, sabe o quanto esse velho ditado é verdadeiro.
De cães a gatos, de canários a lagartos, nós humanos formamos ligações inquebráveis com nossos amigos peludos, emplumados e escamados. De certa forma, quase todos os pets são animais de terapia. Eles podem não ter certificados ou usar coletes especiais que lhes dão status de assento autorizado em aviões, mas eles melhoram muito nossas vidas de várias maneiras.
Numerosos estudos mostraram evidências de que os animais de estimação não apenas proporcionam companhia e trazem alegria, mas também ajudam as pessoas a se recuperarem ou lidarem melhor com uma ampla gama de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, câncer e distúrbios mentais.
E quando um animal de estimação morre, pode ser uma experiência emocionalmente devastadora que pode ter um impacto negativo em nossa saúde mental e física.
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Na verdade, o New England Journal of Medicine relata que uma mulher de 61 anos começou a sentir fortes dores no peito após a morte de seu cão. Ela foi internada no pronto-socorro, onde os médicos a diagnosticaram com Cardiomiopatia Takotsubo – também conhecida como “síndrome do coração partido” – uma condição com sintomas que imitam um ataque cardíaco.
Depois de ser tratada com medicamentos, ela finalmente se recuperou, mas a morte de seu Yorkshire Terrier literalmente quebrou seu coração. A perda de um animal de estimação pode ser tão difícil quanto perder uma pessoa – ou, em alguns casos, até pior.
Pesquisadores descobriram que o apoio social é essencial para a recuperação durante o processo de luto. No entanto, enquanto outros são rápidos em ajudar a confortar uma pessoa que está sofrendo com a perda de outra pessoa, a atitude da sociedade em relação à perda de pet é muito diferente.
As pessoas geralmente não recebem apoio suficiente após a morte de um animal de estimação, o que pode aumentar o sofrimento emocional e levar a sentimentos de vergonha e isolamento. Isso pode ser particularmente difícil para as crianças que estão experimentando a perda de um animal de estimação pela primeira vez.
A perda de animais de estimação pode ser especialmente difícil para as crianças
Leah Carson, agora uma jovem adulta, lembra seu primeiro animal de estimação. Era uma cachorra mix de Golden Retriever chamada Sandy.
“Nós crescemos juntas e ela fez tudo com a nossa família. Lembro-me de brincar na neve, fazer caminhadas e [momentos doces como] Sandy me seguindo até o meu quarto quando cheguei da escola ”, diz Leah. “Quando eu tinha 11 anos de idade, Sandy teve câncer e nós tivemos que colocá-la para dormir. Eu chorei uma tonelada. Eu estava tão triste e confusa. Foi a primeira vez que perdi alguém que amava. Depois, houve muito silêncio em sua ausência”.
As memórias que Leah tem de Sandy são ao mesmo tempo animadoras e dolorosas, especialmente para aqueles que experimentaram pessoalmente uma perda semelhante em uma idade jovem.
Roxanne Hawn, autora de “Heart Dog: Surviving the Loss of Your Canine Soul Mate” (coração de cachorro: sobrevivendo à perda de sua alma gêmea canina, em tradução livre) entende que as crianças são especialmente vulneráveis a mal-entendidos e luto após a morte de um animal de estimação. Ela aponta que há uma variedade de maneiras pelas quais pais e adultos podem ajudar as crianças durante o processo de luto.
“Eu sugiro participar de projetos memoriais para focar sua dor e a tristeza de seus filhos de maneiras produtivas”, diz ela, acrescentando: “É melhor abraçar a dor por meio da ação do que ignorá-la.”
Roxanne diz que o luto como família pode ajudar as crianças a processar melhor a perda, e sugere atividades nas quais cada membro da família pode participar quando sentir a necessidade.
“Peça a todos que escrevam quantas lembranças felizes puderem em pedaços coloridos de papel e coloquem todos esses bons pensamentos em uma tigela bonita”, diz ela, oferecendo um exemplo. “Sempre que alguém experimentar um surto de pesar, pode pegar um desses pedaços de papel e, pelo menos por um instante, lembrar de um momento mais feliz. As crianças que ainda não sabem escrever ou soletrar podem contribuir com desenhos de seus animais de estimação. ”
Ela também sugere permitir que as crianças mantenham alguma lembrança de um animal de estimação com elas, como uma coleira ou um brinquedo favorito – especialmente durante os dias imediatamente após a perda -, pois isso pode ajudar.
A idade não facilita
Com uma vida inteira de experiências, os idosos podem parecer estar melhor equipados para lidar com a perda de um animal de estimação, mas o oposto geralmente é verdadeiro.
“Perder um animal de estimação é extremamente difícil para os idosos. É mais do que o sofrimento normal ”, diz Lisa Frankel, PhD, psicoterapeuta de Los Angeles. “Os idosos já lidaram com tantas perdas: amigos, família, estrutura de vida, esperança, contato físico, comunidade”.
Ela acrescenta: “Animais de estimação, especialmente cães, dão a eles um propósito, companheirismo, uma razão para se exercitar e socializar. Quando um cachorro morre, tudo isso se vai”.
Na prática, Lisa trabalha com muitos pacientes que estão sofrendo de profunda tristeza pela perda de um animal de estimação. Ela aponta como sentimentos de culpa e vergonha muitas vezes podem complicar o processo de luto. Ela cita exemplos de pessoas que perderam seu animal de estimação quando atacaram coiotes ou porque foram atropelados por um carro, elas dizem que sentem que poderiam ter feito mais para salvar seu animal de estimação. Além disso, ela aponta outros que tomaram a difícil decisão de sacrificar o animal de estimação e que são assombrados pela decisão.
Ela insiste que as pessoas que perderam um animal de estimação nessas circunstâncias sejam compassivas e perdoem a si mesmas, além de passar tempo com outras pessoas que entendam seus sentimentos. Ela também sugere organizações como grupos de apoio a luto de animais de estimação, o que pode ser um grande conforto para alguns.
“A terapia individual pode ser útil também”, diz Lisa. “Muitas pessoas têm dificuldade em se abrir em grupos e se saem melhor com o aconselhamento individual. Se a terapia desencadear outras perdas ou traumas, essas perdas também podem ter que ser analisadas. O sofrimento que é realmente debilitante ou dura excepcionalmente por muito tempo pode ser complicado pela associação a outras perdas e traumas. A terapia individual pode ser realmente importante para entender essa conexão e trabalhar com ela.”
Como lidar
Ilustração: LoveThisPic
Embora nenhuma abordagem ao enfrentamento funcione para todas as pessoas que perderam um animal de estimação, há muitas opções e recursos disponíveis para ajudar.
Além das sugestões oferecidas por Lisa, ela também recomenda dois livros, “How to ROAR: Pet Loss Grief Recovery” (como rugir: a recuperação do sofrimento da perda do animal de estimação) de Robin Jean Brown, e “The Loss of a Pet: A Guide to Coping with the Grieving Process When a Pet Dies” (a perda de um animal de estimação: um guia para lidar com o processo de luto quando um animal de estimação morre”) por Wallace Sife, fundador da Association for Pet Loss and Bereavement. Nenhum deles publicado no Brasil.
O blog Pet Loss Help publicou uma extensa lista de recursos de luto que inclui várias linhas diretas de suporte para perda de animais de estimação e informações sobre grupos de apoio em diferentes estados nos Estados Unidos, além de recursos online adicionais.
Você deveria adotar outro animal de estimação?
Foto: Hamia
Nunca haverá outro animal de estimação como o que você perdeu, e o pensamento de adotar outro pode parecer desleal, mas não é. Animais de estimação enriquecem nossas vidas e nós, por outro lado, enriquecemos às deles.
Há muito a ganhar permitindo-se amar novamente e os tutores de animais de estimação têm muito amor para dar. Adotar um novo animal de estimação pode ser exatamente o que o médico pediu para ajudar a consertar um coração partido.
Docentes e alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Medicina Veterinária darão orientações aos proprietários de cães com mais de oito anos de idade
A Universidade de Franca (Unifran) realiza no sábado, dia 25 de agosto, das 9 às 12 horas, o 4º Dia do Cão Idoso. A ação oferece orientação e avaliação gratuita em cães com mais de oito anos, independente da raça, a fim de detectar possíveis alterações cardiológicas, oftalmológicas, nefrológicas, dermatológicas e odontológicas, comuns em cães nessa faixa etária.
Os atendimentos serão realizados por docentes e alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e do curso de Medicina Veterinária, os quais orientarão os proprietários a respeito das alterações que acometem os idosos e as características inerentes à idade, além disso os cães em que se detectarem alterações terão seus proprietários orientados a procurarem auxílio veterinário.
A partir das 8h30 serão distribuídas 50 senhas para o atendimento gratuito. Apenas cães acima de oito anos terão direito às triagens básicas e aos exames oferecidos no local:
Cardiologia: ausculta cardíaca, eletrocardiograma e orientações sobre as cardiopatias nos cães idosos;
Dermatologia: inspeção geral, avaliação da qualidade do pelame e pele e orientações básicas;
Nefrologia: realização de urinálise e orientação sobre as nefropatias;
Oftalmologia: mensuração da produção lacrimal e da pressão intraocular e orientação sobre cuidados e principais doenças oculares;
Odontologia: avaliação da qualidade dentária dos cães e orientação sobre forma e frequência de escovação dos dentes dos cães e sobre os hábitos alimentares e tipos de dietas;
Doenças infecciosas: avaliação da presença de ectoparasitas, coleta de sangue para hemograma e orientação da importância de prevenção de pulgas e carrapatos.
4º Dia do Cão Idoso Dia: 25 de agosto (sábado) – das 9h às 12h Valor: Gratuito Vagas: 50 – senhas distribuídas por ordem de chegada, a partir das 8h30 Pré-requisitos: Serão avaliados cães a partir de oito anos, independente de raça Local de atendimento: Hospital Veterinário da Universidade de Franca (Unifran) Endereço: Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201. Pq. Universitário – Franca/SP Informações: (16) 3711-8783
Bruno Topis, clínico geral do Hospital Villa-Lobos, da Rede D’Or São Luiz, explica a importância da alimentação, prática de atividades físicas, vacinação e outros pontos que merecem destaque nesta época do ano
Uma alimentação balanceada é fundamental independente da estação. Porém, é comum no inverno o aumento da ingestão de carboidratos e bebidas alcoólicas. De acordo com Bruno Topis, clínico geral do Hospital Villa-Lobos, da Rede D’Or São Luiz, o equilíbrio de nutrientes garante um sistema imune para combater infecções. O especialista respondeu cinco questões sobre os pontos importantes como vacinação, hipotermia e prática de atividades físicas especialmente para idosos.
Quais precauções os idosos devem tomar com o inverno?
Durante o inverno, é necessário ter uma atenção especial com a alimentação, que tende a manter o seu sistema imune preparado para combater as infecções mais comuns desta época do ano, e manter a prática de atividades físicas que, desde que não haja contraindicação, vai ajudar a evitar atrofia muscular e complicações de doenças. É muito importante também se proteger contra a hipotermia, uma situação potencialmente fatal principalmente em idosos que tendem a ter uma baixa reserva funcional para se manter aquecidos espontaneamente. Além disso, é fundamental manter o calendário de vacinas atualizado. A vacinação é o modo mais eficaz e comprovado cientificamente de proteger-se contra algumas doenças.
A vacina da gripe é importante? Todos devem tomar?
Sim, extremamente importante. Todas as pessoas podem tomar a vacina, exceto aquelas que possuem contraindicações, como reações alérgicas. Os grupos prioritários têm distribuição gratuita garantida pelo SUS: crianças de 6 meses a 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, gestante, mulheres que deram a luz nos últimos 45 dias, profissionais de saúde, população indígena, portadores de doenças crônicas como diabetes, asma e artrite reumatoide, indivíduos imunossuprimidos, portadores de trissomias com síndrome de down e klinefelter, pessoas privadas de liberdade.
Como deve ser a alimentação neste período?
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Um erro muito comum em idosos neste período é exagerar na quantidade de carboidratos (pães, doces) e bebidas alcoólicas ocasionando todos os efeitos deletérios desta dieta inadequada.
Quais sintomas indicam a necessidade da ida ao pronto-socorro?
Geralmente, resfriados com febre baixa podem ser tratados em casa, e casos mais brandos de gripe podem ser observados antes da ida ao pronto-socorro. Porém, quando os sintomas são mais fortes, como febre alta persistente, tosse aguda, falta de ar ou dor torácica, é importante passar pela avaliação de um médico com a finalidade de excluir doenças graves ou que demandem algum medicamento específico como antibióticos. Casos mais graves podem demandar internação.
É necessário repor alguma vitamina?
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Não é necessária nenhuma suplementação adicional neste período. Se a pessoa possui uma alimentação saudável, e seus estoques de vitaminas (identificados em exames de sangue) estiverem bons, não há nenhuma conduta adicional a ser tomada pelo fato de estarmos no inverno.