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Conhecimento e cuidado precoce proporcionam qualidade de vida para as mulheres no climatério

Mais de 1 bilhão de mulheres em todo o planeta estão passando pelo o climatério e menopausa

Segundo pesquisas realizadas, mais de 1 bilhão de mulheres no planeta (ou seja, uma média de 12% da população) estão passando pelo climatério e menopausa. E, mesmo assim, esta temática importante é um tabu para a maioria delas.

O desconforto causado pelo climatério e menopausa é um processo natural do corpo humano. Mas, a grande maioria desconhece o assunto, e acreditam em mentiras contadas repetidamente, que refletem no medo de atravessar os dois momentos. E levam estas mentalidades até o final de suas vidas.

A médica ginecologista e especialista em menopausa, climatério, reprodução humana e longevidade da medicina Beatriz Tupinambá, vem ganhando cada vez mais força em seus canais digitais por produzir informações importantes, diariamente, as suas mais de 400 mil inscrições em redes sociais. Isso mostra, que além da falta de conhecimento, as mulheres enxergam a menopausa como um período muito temido, e sem solução.

A médica acredita que estas podem ser ‘a melhor fase da mulher’, sem anular nenhum sintoma, ou desconforto. Por meio do conhecimento aliado à ação, as pessoas podem deter grandes complicações. Isso foi comprovado em suas mais de 10 mil pacientes e alunas, que buscavam por ajuda nos temas.

”A menopausa é um processo biológico e natural. Ela acontece quando os ovários deixam de produzir o estrogênio e a progesterona, resultando na suspensão da menstruação. Mas a grande questão, e o erro, é achar que todos os desconfortos passarão por conta própria. Não dá para entender, porque mulheres esperam tanto tempo para terem qualidade de vida. E antes de falar de menopausa, vamos entender o que vem antes, que é o climatério”, explica Beatriz.

O climatério é a fase pré menopausa. Só se identifica o fim desta fase, quando está há um ano sem menstruar. Mas, e quando a mulher entra no climatério?

Para começar, fisiologicamente, a partir dos 30 anos de idade, a produção hormonal já começa a diminuir. O processo de envelhecimento já começa a acelerar, e é difícil para a mulher perceber ou a relacionar suas queixas ao período de climatério. Mas, a especialista detalha, a importância de acompanhar o ciclo menstrual e suas mudanças notórias. Por conta da queda da progesterona, o aumento da TPM, irritabilidade e encurtamento do ciclo menstrual, são alguns dos principais sintomas. Mas, a grande maioria das mulheres só associam a relação com a menopausa, quando o encurtamento do ciclo dura meses.

Se o ciclo mudou é um fator importante para identificar os períodos. Buscar um ginecologista logo no início dos sintomas como mudanças de humor, alteração do sono, pele envelhecendo mais rápida, podem ser fatores que apontam para o início do climatério, mas quase nunca são associados ao tema, e sim, ao estresse do dia a dia, excesso de trabalho, entre outras desculpas.

”Se a mulher não faz nada a respeito enquanto há tempo, ela envelhece muito mais rápido, e isso acontece no corpo inteiro, não só na pele, mas o aumento do cansaço, a perda da jovialidade e disposição, e até quadros depressivos. O nosso corpo não perdoa, a gente precisa viver com a fisiologia hormonal em dia, que é o básico para o nosso organismo funcionar corretamente. Só o conhecimento sobre si e sobre os temas combate os desconfortos. Quanto antes agir, mais qualidade de vida a mulher terá”, revela Beatriz.

Confira 3 vertentes importantes que impactam diretamente no climatério e menopausa:

1 – Sono e intestino:
Quando nos alimentamos bem, nós automaticamente desinchamos, principalmente, se diminuímos ou cortamos alimentos e ingredientes inflamatórios. Automaticamente, todos os receptores hormonais desinflamam também, e a ação deles melhoram, e isso reflete diretamente no sono. A alimentação ruim acelera a menopausa, e os outros dois fatores importantes dentro deste cenário, é evitar dormir pouco e também comer antes de ir dormir. A boa noite de sono permite que a melatonina faça uma varredura de células ruins e as renove. Este hormônio é um dos antioxidantes mais potentes que nós temos, e ajuda muito a diminuir a incidência de câncer.

”Além de anticancerígena e antioxidante, a melatonina é essencial para ser mantida como prioridade na nossa saúde. Se ela estiver desequilibrada, vai interferir na produção de hormônios da tireoide, e consequentemente, isso impacta no ovário, que resultará na diminuição de progesterona. Os três pilares (melatonina, tireoide e ovários) estão interligados diretamente, e uma prejudica a outra como um efeito cascata”, complementa Beatriz.

2 – Estresse
Não é natural ser estressada. É normal existir o estresse, e saber lidar com ele. Estes dois comportamentos são divisores de águas para evitar doenças muito severas. E, claro, o estresse também acelera a menopausa.

3 – Suplementação
Os hormônios são produzidos a partir de matéria-prima, que são as vitaminas e nutrientes. A nossa alimentação hoje em dia, não tem o aporte de nutrientes necessários para o corpo humano funcionar como deveria. Mesmo pessoas que se alimentam de forma correta não estão dentro da taxa ideal, e isso inclui até os que dão preferência aos orgânicos. Entrar com uma suplementação bem feita significa que você está ajustando suas engrenagens, e o corpo funciona muito melhor. “Fazendo uma analogia, um carro bem cuidado, com revisões periódicas, lubrificado, aparafusado, demora muito mais tempo para dar defeito. Mas um carro, por mais que seja novo, mal cuidado, quebra mais rápido e apresenta problemas constantes”. afirma a médica.

Ela acrescenta que a própria progesterona, não deve ser dada só quando você está para entrar na menopausa. “Precisa regular, com acompanhamento, para manter os mesmos níveis de quando somos mais novas. E quando não há produção suficiente, o SHBG aumenta (é uma espécie de ‘detector’), e ele está relacionado diretamente a doenças inflamatórias, qualquer uma que seja. E isso é um alerta, a base, para mais para frente ocorrer um problema cardiovascular”.

Mulheres 50+ encontram oportunidades de emprego no mercado de marketing digital

Para a especialista em mídias sociais Rejane Toigo, mulheres nessa faixa etária são muito necessárias à profissão pois enriquecem o setor com sua bagagem de vida e conhecimento prévio sobre a sua área de atuação profissional

Mulheres costumam ter menos oportunidades de emprego que os homens, isso é público e notório. Como também o é o fato de que as chances no mercado de trabalho diminuem para pessoas com mais idade. Quem une essas duas características, ou seja, é mulher e tem 50 anos ou mais, por exemplo, não raramente vê as suas opções caírem drasticamente. Não obstante, o segmento do marketing digital vem se abrindo cada vez mais para que muitas mulheres nessa faixa etária possam alcançar uma recolocação profissional.

Para a produtora de conteúdo, especialista em mídias sociais e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo, mulheres com 50 anos ou mais são muito necessárias à profissão do criador de conteúdo para marketing digital. “Isto porque enriquecem o setor com bagagem de vida e conhecimento prévio sobre a área de atuação profissional”, diz. Nesse sentido, segundo Rejane, as mulheres nessa faixa etária podem aproveitar o tempo de vivência atuando em alguma área específica para produzir conteúdo sobre este segmento. “Por exemplo, um arquiteta que queira ou precise mudar de área pode se especializar em produção de conteúdo para arquitetura”, diz

“A experiência é sempre muito bem-vinda”, afirma a especialista em mídias sociais, ressaltando que a chave para o sucesso na profissão não é tanto saber como utilizar as inúmeras ferramentas digitais disponíveis, mas o conhecimento específico sobre algum assunto. “E isso essas mulheres costumam ter bastante, o que não raramente as leva a posições de liderança”, diz. Conforme a fundadora da Like Marketing. Em razão de profundo conhecimento sobre uma área profissional, normalmente na qual atuava previamente, mulheres com 50 anos ou mais são ótimas para exercer o papel de estrategista de conteúdo, gerenciando pessoas mais jovens, que por suas vezes apresentam um domínio maior das ferramentas.

Contribui ainda para que mulheres com 50 anos ou mais possam se adaptar bem à área de marketing digital, conforme Rejane, o fato de elas terem mais experiência, não apenas profissional, mas de vida como um todo. “Essa bagagem, geralmente, traz uma compreensão mais aguda do ser humano, o que é essencial para atuar na área, pois fazer marketing é entender o ser humano”, afirma.

Uma série de relatos de pessoas que fizeram os cursos digitais promovidos por Rejane Toigo no segmento de produção de conteúdo para marketing digital comprovam como a área costuma acolher bem mulheres com 50 anos ou mais e que decidiram dar uma guinada em suas carreiras. Deia Dariva, de 50 anos, por exemplo, decidiu em 2019 estudar marketing digital, pois enxergou na área uma oportunidade para mudar o rumo de sua vida profissional. Durante muitos anos havia se dedicado às atividades do lar, cuidando de seus filhos. A partir do momento que cresceram, Deia tornou-se consultora de beleza e posteriormente diretora em uma multinacional de cosméticos. “Gostava de ser empreendedora, aprendi bastante profissionalmente, mas senti a necessidade de novos desafios” diz.

Depois de muito estudar, Deia fez uma parceria com uma amiga dentista para desenvolver os conteúdos de suas redes sociais. “No começo atuava quase de maneira gratuita, com o objetivo maior de aprender e aprimorar minhas habilidades enquanto praticava”, conta. Experiência muito bem recompensada. Deia especializou-se em traçar a estratégia de conteúdo para mídias sociais de médicos. “Eu simplesmente me apaixonei em produzir conteúdo relacionado à área de medicina”, relata Deia, ressaltando que hoje alcançou o reconhecimento profissional.

Silene Morikawa, por sua vez, já atuava com marketing quando precisou se reinventar. “Em 2017, aos 48 anos, foi demitida da empresa onde trabalhava como coordenadora de marketing”, conta. Silene relembra que ao voltar para casa naquele mesmo dia, em meio a emoções e pensamentos, experimentou uma sensação de alívio que há tempos não sentia. “Finalmente, abria-se a possibilidade de trabalhar em regime home office, com horários mais flexíveis para me dedicar mais ao meu filho e a mim mesma”, diz.

O caminho escolhido para concretizar essa vontade foi trabalhar com marketing digital, pois já contava com a formação e a experiência necessárias. “Foi muito difícil no começo. Nessa época eu tive que lutar contra a minha frustração, baixa autoestima e problemas financeiros”, conta Andreia. Mas, após oito meses de iniciar sua transição de carreira, conseguiu sua primeira oportunidade. “Foi como se tivesse ganhado na loteria. Esse cliente me deu forças para seguir em frente. Desde então nunca faltou trabalho e muitas chances apareceram. Hoje, além de atuar como social media prestando serviço a diversas empresas, sou professora universitária e consultora”, relata.

Designer gráfico de formação e encadernadora de ofício, Monica Campos, de 52 anos, dava aulas de encadernação presenciais até o início da pandemia. Por causa do isolamento social começou a realizar seus cursos de maneira online. A fim de melhorar sua presença digital, para conseguir vender mais cursos, Monica passou a estudar marketing digital. “Foi então que sem perceber comecei a minha transição de carreira”, diz. Hoje, Monica é social media designer.

Segundo Monica, empreender digitalmente trouxe muitos ganhos à sua vida, tais como liberdade geográfica e liberdade de tempo, para cuidar mais de sua saúde e de seus relacionamentos. “Atuar como social media permitiu que eu conseguisse voltar à minha cidade natal para ficar perto da minha família”, relata Monica, que tem a certeza que a profissão nova proporcionará muito mais benefícios, além da tão sonhada estabilidade financeira.

4 dicas de corridas para mulheres com seios grandes

O assunto é importante para mulheres que correm e que buscam por equipamentos de performance acessíveis
Escolher um bom top para a prática esportiva vai além do estilo, uma vez que o assunto envolve a saúde da mulher e em algumas situações o tamanho dos seios interfere diretamente na vontade das mulheres em se exercitarem. Um estudo publicado pelo Journal of Science and Medicine in Sports, feito pela Universidade de Wollongong, na Austrália, mostrou que conforme o tamanho do sutiã aumenta, a participação das mulheres em atividades físicas diminui.   Exercícios físicos de impacto como a corrida, em que o movimento é constante, é desafiador para as mulheres. Por isso, a Authen, a primeira empresa no Brasil a produzir uma linha de equipamentos de performance acessível para corredoras, separou 4 dicas, importantes, de corridas para mulheres com seios grandes.
Confira abaixo:  
Diferença entre sustentação e compressão Sim, são coisas diferentes. Os tops de sustentação dão suporte aos seios, mas no ponto certo para evitar o balanço excessivo. São mais indicados para corridas de distâncias moderadas, de até 10 km, e não são recomendados para mulheres com seios grandes. Já os tops de compressão têm como função principal comprimir os seios contra o tórax, reduzindo ao máximo o movimento destes. São mais indicados para corridas de longas distâncias.   Importante: todo top de compressão sustenta, mas nem todo top de sustentação comprime. Na hora de escolher os tops, mesmo sendo de sustentação ou de compressão, é preciso ficar atenta na classificação dos níveis de suporte: leve, médio e alto.  
Alças mais robustas Tops em que os modelos possuem alças mais grossas e robustas, mantém os seios estáveis e para cima durante a corrida. Com o uso de modelos de alto suporte é possível melhorar a capacidade do corpo permanecer ereto, melhorando assim a performance da atividade física e reduzindo ao máximo dores e lesões.
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O fortalecimento é essencial
O fortalecimento muscular é fundamental para quem corre. No caso das mulheres com seios maiores, exercícios para a parte superior e inferior das costas podem ajudar a evitar a fadiga na região e a má postura.   Além disso, fortalecer o core, que inclui toda região do tronco e média das costas, pode ajudar a estabilizar sua coluna.  
Saiba o tamanho na hora de comprar
Dica de ouro: conheça as medidas do seu corpo. Ter sempre em mãos o tamanho certo ajuda na hora de encontrar a peça perfeita para o que precisa.   Há diversos produtos para mulheres com busto grande, mas para que o equipamento seja efetivo, você precisa conhecer bem o seu corpo. Cadê a sua fita métrica? 
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Sobre a Authen
Criada em 2015 pelo norte-americano Christopher Spikes, a Authen é a primeira empresa no Brasil a produzir uma linha de roupas de performance acessível para corredoras brasileiras, tornando a marca referência em inovação no seu setor. Ao unir engenharia americana, design thinking e a alma da mulher brasileira, a marca desenvolve produtos que atendem as necessidades das brasileiras, sejam iniciantes ou profissionais. Além de oferecer uma ampla diversidade de medidas, a Authen desenvolve linhas específicas como o Marathon Cycle em que cada produto cumpre um propósito, seja evitar desgaste e lesões ou dar sustentação, entre outras funções.  

Dia Internacional da Mulher: alimentação é a receita para todas as fases da vida

A mulher tem mais características do que as que conhecemos historicamente, é uma complexa máquina que funciona perfeitamente, tendo em vista a influência do meio em que vive. Mas, o que seria a mulher biologicamente falando? Homens e mulheres possuem diferenças bem marcantes, tanto anatomicamente quanto fisiológica e geneticamente, o que caracteriza o “dimorfismo sexual”.

Segundo a nutricionista Fernanda Larralde, especializada em Nutrição Esportiva, Saúde da Mulher e Fitoterapia, formada em Coaching Nutricional e  palestrante, parceira da Bio Mundo, que é uma rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva, referência em oferecer saúde e bem-estar, há muitas peculiaridades relevantes nas mulheres.

“As mulheres possuem o coração menor, veias e artérias com calibres menores, maior percentual de gordura, que se explica pela necessidade da produção de hormônios sexuais para que a mulher consiga gestar um bebê. Enfim, uma infinidade de particularidades que se explicam facilmente quando analisamos um pouco o passar dos anos e as fases da vida de uma mulher,” reitera Larralde.

Analisando todas as etapas da vida da mulher é possível perceber que a alimentação e o estilo de vida contribuem significativamente para o aparecimento de doenças, infertilidade, intercorrências, e também, quanto ao bem-estar e a qualidade de vida, muito mais do que nos homens.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a adolescência, uma das fases mais importantes na vida da mulher, é o período que vai  dos dez aos 19 anos. Nessa fase, com a puberdade, o crescimento e a maturação óssea e sexual tornam-se acelerados, junto à chegada da menarca (primeira menstruação). Com a influência da alimentação e o estilo de vida, essa fase pode ser antecipada em até três a quatro anos.

“Manter uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos regulares desde jovem, aliada ao sono adequado, traz benefícios à saúde a longo prazo. Todos os grupos alimentares devem ser contemplados no cardápio, ou seja, o consumo de legumes, verduras, frutas, leguminosas, cereais, carnes, ovos, leite e derivados, além da adequada ingestão de água diária devem ser incentivados. Também é indicado o consumo moderado dos alimentos processados e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados”, diz Fernanda.

“Em contrapartida, é necessário atentar-se para o aumento da necessidade energética do cardápio, ao aporte adequado de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras, com maior destaque para as insaturadas) e dos seguintes micronutrientes: cálcio, vitamina D, ferro, zinco, vitamina C, vitamina A e vitaminas do complexo B para um bom funcionamento do organismo e desenvolvimento”, completa Fernanda.

Na fase adulta, dos 20 aos 59 anos, cuidados com a alimentação saudável e outros hábitos adequados de vida devem ser mantidos e aperfeiçoados de acordo com o acompanhamento médico e nutricional, a fim de garantir a manutenção da saúde tanto nesta quanto para a próxima fase da vida, além de colaborar e facilitar o processo se o desejo for engravidar.

Algumas mulheres em idade reprodutiva enfrentam algumas dificuldades ao tentarem ser mães. Fatores ambientais, como deficiências nutricionais e ingestão de xenobióticos (como pesticidas, inseticidas, metais pesados, alumínio, aditivos alimentares e plásticos), bem como sedentarismo, peso corporal extremo (abaixo do peso e sobrepeso/obesidade), estresse psicológico e hormônios desequilibrados podem ter um grande impacto na fertilidade.

“Vemos o quanto os hábitos podem ser ainda mais delicados nesse momento da vida. Em uma gravidez, a rotina irá definir se será uma gestação mais ou menos segura. Quanto ao bebê, esses mesmos hábitos irão influenciar se ele terá ou não predisposição para desenvolver alguma doença associada à alimentação e ao estilo de vida da mãe,” informa a nutricionista.

Alguns nutrientes são fundamentais nessa etapa da vida, entre eles: metilfolato, coenzima Q10, vitamina D, vitaminas do complexo B, ferro, magnésio, ômega-3, vitamina E, zinco e selênio. Além disso, atentar-se para a saúde intestinal, que é de suma importância para a absorção de todos esses nutrientes descritos e consumidos no dia a dia.

Agora, quando a mulher entra na fase do climatério — fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo —, por volta dos 40 anos e que se estende até os 65 anos, a atenção precisa ser redobrada para o alívio dos sintomas e na prevenção de outras doenças. Nessa fase, a produção dos hormônios ovarianos (principalmente estrogênio e progesterona) diminui gradativamente, levando a alterações físicas e psicológicas que afetam a qualidade de vida da mulher.

Um estudo da Universidade de Leeds, publicado em maio de 2018 no Journal of Epidemiology and Community Health, relaciona o consumo de certos alimentos a um atraso no início da menopausa. Os pesquisadores observaram que as mulheres que comiam mais peixes gordurosos, como salmão, sardinha e atum, apresentavam um atraso de 3,3 anos na cessação definitiva da menstruação. As que comiam mais fontes de vitamina B6 (batata, feijão, milho) e zinco (peixe, camarão, carne, leguminosas e oleaginosas) também demoraram um pouco mais para chegar à menopausa.

No mesmo estudo da Universidade de Leeds, as mulheres que consumiam quantidades acima da média de massas e grãos refinados tendiam a chegar a esse estágio um ano e meio antes das demais participantes.

Fernanda afirma que, uma dieta balanceada anti-inflamatória, antioxidante e rica em gorduras boas (mono e poli-insaturadas) ajuda as mulheres a passarem melhor a fase da menopausa. “A taxa de perda óssea nesse momento é relativamente rápida, o que se deve à diminuição do estrogênio e ao aumento da idade, por isso a  atenção especial deve ser dada à ingestão de cálcio, fósforo e vitamina D, nutrientes relacionados à prevenção da osteoporose”, acrescenta ela.

Ao longo de toda a vida, o corpo exige cuidados que por muitas vezes a alimentação disposta diariamente não é suficiente. Por isso, a Bio Mundo,  focada em produtos naturais, nutrição esportiva e suplementação surge para acompanhar e facilitar a rotina. Nela é possível encontrar desde os itens mais básicos para uma alimentação diária até produtos mais específicos para suplementação, itens livres de lactose, sem gordura, veganos, diet, light, integrais, sem glúten, funcionais, vegetarianos, que somam em média 3.000 produtos em prateleira e mais de 300 opções de produtos à granel. Todos esses produtos contribuem para uma dieta rica em vitaminas e nutrientes para o corpo, principalmente quando se trata do organismo feminino.

Outro ponto importante que muito se ouve falar recentemente é sobre a suplementação, segundo a pesquisa de mercado “Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares”, realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), mostra um alto índice de adoção da prática, desde o primeiro recorte etário da pesquisa, entre mulheres de 17 e 24 anos, em que 72% afirmam utilizar a suplementação como complemento aos seus cuidados com a saúde. E o índice segue aumentando conforme a idade. Entre aquelas com 25 a 30 anos, o percentual sobe para 78%; entre 31 e 40, 82%; entre 41 e 50, 89%; entre 51 e 60, 90%; chegando ao ápice de 95% entre aquelas com 61 anos ou mais.

“Suplementação existe para ser a “cereja do bolo”. O mesmo seria plantar uma semente maravilhosa em um solo infértil, fraco e pobre em nutrientes. Antes de pensar na suplementação é necessário ajustar todo o organismo, a alimentação, quadros inflamatórios crônicos que possam existir, tudo para que entre em perfeita harmonia, e assim ser potencializado,” conclui a nutricionista.

O objetivo da suplementação é complementar a dieta, fornecendo proteínas, carboidratos, aminoácidos, antioxidantes, colágeno, nutrientes  e vitaminas ao corpo, um importante aliado de uma rotina e alimentação saudável. Atualmente os suplementos mais consumidos entre as mulheres estão as vitaminas (multivitamínicos e vitamina C), minerais (Cálcio); e proteínas (Whey Protein e colágeno).

Por fim, é fato que bons hábitos adquiridos desde jovem e mantidos ao longo dos anos tem uma grande influência na saúde do corpo, por isso é importante que a mulher esteja sempre em dia com a saúde através de exames laboratoriais, acompanhamento médico, uma rotina de sono reparadora, se hidrate adequadamente, se utilize de uma suplementação antioxidante e anti inflamatória, o que pode  auxiliar em uma proteção e longevidade para essa mulher.

Fonte: Bio Mundo

Incidência de câncer no intestino aumenta cerca de 12% em mulheres

A cantora Preta Gil anunciou diagnóstico de câncer. Especialista explica como identificar os sintomas ainda no início da doença e dá dicas de hábitos saudáveis para evitar os casos

Na última terça-feira (10), a cantora Preta Gil anunciou em suas redes sociais a confirmação de um câncer no intestino, após dias internada para identificar problemas de saúde. O câncer de intestino é o terceiro tipo mais frequente entre homens e mulheres, ficando atrás apenas dos de mama e próstata. A cor verde do mês de setembro é usada para chamar atenção para prevenção e rastreamento da doença, uma vez que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê para os próximos três anos um aumento na taxa de incidência no número casos de câncer de cólon e reto, em 10,19% em homens e 12,64% a mais em mulheres.

O médico oncologista e professor do curso de Medicina da Unic, Marcelo Bumlai, explica que além de detectar a doença ainda em estágio inicial, muitas vezes é possível evitá-la. “Hábitos não saudáveis contribuem para o aumento da incidência. O câncer surge a partir de mutações genéticas, no entanto, pesquisas demonstram que em mais de 70% dos casos de câncer de intestino, essas mutações são ocasionadas por rotinas que não fazem bem a saúde, como no hábito de fumar ou beber, além de dietas desequilibradas com elevados níveis de gordura animal e poucas fibras”, afirma.

Bumlai diz que a população deve ficar atenta aos sinais do corpo, com o intuito de realizar a investigação adequada, conforme orientação médica. Porém ressalta que todas as pessoas, mesmo que não tenham qualquer queixa relacionada ao aparelho digestivo, devem realizar colonoscopia preventiva a partir dos 45 anos de idade. “Esse exame possibilita a identificação de pólipos que geram a maior parte dos casos de câncer colorretal; que devem ser retiradas para evitar o desenvolvimento de um câncer no futuro”, complementa.

Sintomas que parecem simples também merecem atenção, como alterações intestinais (diarreia ou prisão de ventre), dores ou desconforto abdominal, perda de peso sem causa aparente, fraqueza ou anemia e alteração no formato das fezes.

No câncer de intestino o diagnóstico é feito geralmente através do exame histopatológico realizado no material retirado através da biópsia do tumor via exame de colonoscopia. “Após confirmado o diagnóstico procedesse ao chamado estadiamento, quando outros exames serão realizados (tomografias, exames de sangue), e que de acordo com os achados o tratamento será determinado. O tratamento varia de cirurgia a quimioterapia, ou uma associação de ambos”, menciona o médico e destaca ainda que, normalmente, o processo é definido por uma equipe médica composta por vários especialistas, dentre cirurgiões, oncologistas clínicos, patologistas (entre outros). Ele destaca que cada caso é de uma complexidade diferente e caberá ao time de especialistas escolhido definir a melhor programação terapêutica.

Conforme destaca o professor de Medicina da Unic, a prevenção é a peça fundamental. Para que isso aconteça, ele dá algumas dicas de hábitos saudáveis que devem ser adotados no dia a dia. Os dados do Inca indicam que a adoção das práticas pode evitar até 37% dos casos. Confira:

Foto: Emilysimagery/Morguefile

-Evite bebidas alcoólicas;
-Tenha uma alimentação rica em vegetais;


-Diminua o consumo de carnes vermelhas;
-Busque por um peso corporal saudável;
-Mantenha uma vida ativa, executando atividades físicas;


-Evite carnes processadas.

Fonte: Unic 

Cabelo natural é o predileto entre as mulheres negras

O cabelo natural é o predileto entre as mulheres negras brasileiras, revela o Tudo pra Cabelo, hub de conteúdo da Unilever. Pesquisa feita pelo site, juntamente com a empresa de pesquisas Opinion Box, mostra as atitudes perante os estilos mais populares e opinião sobre disponibilidade de produtos para cabelos crespos. O estilo natural saiu à frente entre as mulheres. Ele é usado por 63% delas no momento. Já o segundo colocado, o curto, foi dito por 6%.  Por sua vez, entre os homens, o estilo curto é o mais popular, adotado por 69% deles.  Outros estilos também vieram bem atrás, como o moicano, o preferido de 11% dos homens brasileiros.

“O cabelo natural atualmente é uma grande tendência. É um estilo que mostra a identidade particular e a beleza individual de cada mulher que o adota. Já entre os homens, creio que por motivos culturais e de aceitação, o cabelo curto prevalece”, opina Emanoel Reis, cabeleireiro do Glória Casa de Beleza, salão especializado em cabelos naturais. Ele também aponta que atualmente o cabelo natural feminino com franja é um dos mais pedidos. 

Pixabay

Em relação a periodicidade de mudança de estilo, a pesquisa detectou que 33% das pessoas usam o mesmo estilo de cabelo há mais de um ano.  Analisando por gênero, os homens se mostram mais apegados já que 36% deles disse que usa o mesmo estilo há mais de um ano enquanto 31% das mulheres dizem fazer o mesmo. No entanto, 19% dos homens afirmam mudar o estilo uma vez por mês. E somente 6% das mulheres afirma realizar o mesmo em um mês. 

“Os homens cortam o cabelo com mais frequência. Isso explica a maior ida a salões em curto período de tempo. Na verdade, eles geralmente não vão ao salão mudar o estilo, mas para renovar o corte existente. Já as mulheres vão com menos frequência, mas são mais abertas as alterações, seja de estilo, comprimentos e texturas”, explica Reis. 

Foto: Tubarones-Photography/Pixels

Mercado

O estudo aponta uma ótima notícia quando o assunto é o mercado. Nove em cada dez pessoas acham que a variedade de produtos para cabelos cacheados/crespos existente hoje no mercado é maior do que há 5 anos, mostrando a percepção de evolução desse mercado.

E oito em cada dez participantes da pesquisa acham que existem produtos suficientes no mercado para cabelos cacheado/crespo. Entretanto, 24% dos respondentes acreditam que o mercado poderia oferecer mais produtos para esses tipos de cabelo. Entre os produtos mais citados estão os modeladores de cacho, reparadores de ponta e os protetores solar capilar. 

Metodologia: pesquisa feita entre 20 e 31 de outubro de 2022 entre a população brasileira, de diversas regiões e estratos sociais, que se declara parda e preta (IBGE). Foram entrevistadas 514 pessoas, de 18 a 39 anos. 

Fonte: Tudo Pra Cabelo

A cada 10 mortes por infarto no Brasil, seis são de mulheres

O público feminino morre mais de doenças coronárias do que de câncer de mama e de útero

As doenças cardiovasculares são responsáveis por um terço dos óbitos femininos globais, superando em letalidade enfermidades como o câncer de mama e de útero. Segundo dados da SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia, além das mulheres com mais de 40 anos e na menopausa, é crescente o número de mortes em jovens, na faixa de 25 a 29 anos. Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.

Embora os dados sejam alarmantes, 90% destas mortes podem ser evitadas com a adoção de práticas simples. Para estimular a criação de novos hábitos e do autocuidado, a Fundación Mapfre realiza a campanha Mulheres pelo Coração que terá a participação das embaixadoras Astrid Fontenelle, Bruna Lombardi e Tia Má. Entre os dias 7 e 12 de novembro, serão realizadas diversas ações na cidade de São Paulo – nos parques Do Carmo e Villa-Lobos e nas linhas amarela e esmeralda do metrô – visando estimular a adoção de boas práticas de vida pelo público feminino.

Além disso, também será realizada uma campanha nas redes sociais com objetivo de reforçar a importância dos cuidados com o coração. Para sedimentar a ação, a Fundación lança o Guia de Pequenos Hábitos para a Saúde do Coração, um e-book com informações de atividades, exercícios de reflexão e desafios para serem realizados em casa, como um aprofundamento do conteúdo presente no guia impresso que será distribuído nas ações presenciais.

Haverá avaliação gratuita nutricional, profissional e de hábitos do público feminino presente nas estações Paulista, Oscar Freire, Vila Sônia, Pinheiros e Santo Amaro entre os dias 7 e 11 de novembro, com distribuição de kit de cuidados. Já no dia 12 de novembro, as mulheres poderão realizar atividades no Parque do Carmo e no Parque Villa-Lobos, no evento Virada do Coração, com aulas de yoga e caminhadas guiadas no circuito aberto dos locais.

A médica cardiologista da Sociedade Brasileira de Cardiologistas (SBC), Glaucia Maria Moraes, reforça que mulheres devem ter cuidados específicos, já que são as mais afetadas por doenças cardiovasculares. “É importante que as mulheres tenham cuidado com a sua saúde física, já que entre os fatores de risco para doenças cardiovasculares em brasileiras, destacam-se a hipertensão arterial, maus hábitos alimentares, obesidade, gordura no sangue e aumento da glicemia. Além disso, as mulheres possuem características específicas que aumentam os riscos de prevalência e mortalidade por doenças cardiovasculares como a menopausa, a diminuição do estrogênio e a diabetes gestacional, por exemplo”.

Cronograma da Campanha das ações dos parques e metrôs

Haverá avaliação gratuita nutricional, profissional e de hábitos do público feminino presente nas estações Paulista, Oscar Freire, Vila Sônia, Pinheiros e Santo Amaro entre os dias 7 e 11 de novembro, com distribuição de kit de cuidados, das 8h às 20h.

Já no dia 12 de novembro, as mulheres poderão realizar atividades no Parque do Carmo e no Parque Villa-Lobos, no evento Virada do Coração, a partir das 10h30, com aulas de yoga e caminhadas guiadas no circuito aberto dos locais.

Confira a agenda das ações presenciais:  

De 7 a 11 de novembro   
Das 8h às 20h 
Ações informativas nos metrôs de SP 
 
Linhas Amarelas – Estações Paulista, Oscar Freire e Vila Sônia 
 
Linha Esmeralda – Estações Pinheiros e Santo Amaro 


Orientação profissional 
 
Atendimento nutricional para a avaliação dos hábitos das mulheres 
 
Distribuição de Kits 
 
Guia de 21 dias 
Caderninho de hábitos 
Fruta 
12 de novembro   
a partir das 10h30   
Virada pelo Coração 
 
Ações presenciais nos parques do Carmo e Villa Lobos 
2 aulões de yoga 
5 caminhadas orientadas com circuitos de 1.400 a 2.100 metros 
Distribuição de Kits 

AVC: uma em cada cinco mulheres sofre acidente vascular cerebral; confira os sintomas

No último sábado, 29 de outubro, foi lembrado o Dia Mundial do AVC. Alterações hormonais que ocorrem nas mulheres desde o início da menstruação até a menopausa, passando por gestações, são complicadores

A dona de casa Adriana Ozório, 47 anos, estava em um momento descontraído de confraternização com a família, quando levantou para passar um café e ficou paralisada diante da pia. A suspeita inicial foi de crise de ansiedade, mas ela foi levada imediatamente para o hospital e recebeu o diagnóstico: AVC isquêmico. Adriana foi então encaminhada direto para o centro cirúrgico e, após três tentativas, a artéria cerebral que tinha um coágulo foi desobstruída.

Adriana Ozório – Arquivo Pessoal

Nos sete dias de internação, teve que reaprender a falar, segurar objetos, andar. Saiu do hospital com o lado direito parcialmente paralisado e, há pouco mais de um ano, conta com a ajuda de uma equipe formada por fonoaudióloga, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional para recuperar os movimentos perdidos. “Como minha neurologista sempre fala, desse processo ficará apenas a cicatriz da cirurgia, a marca da guerra que travei pela vida e venci”, afirma.

O AVC é hoje em dia a principal causa de morte no Brasil, e a segunda no mundo. E as mulheres são mais propensas a fazer parte dessa estatística devido à variação hormonal sofrida ao longo da vida, com a menstruação, gestação e menopausa. Uma pesquisa americana publicada no American Heart Association indica que todos os anos são registrados 55 mil casos de AVC a mais em mulheres, se comparado aos homens nos Estados Unidos. Isso é o mesmo que dizer que uma em cada cinco mulheres sofrerá acidente cerebral vascular em algum momento da sua vida.

“Homens e mulheres têm os mesmos fatores de risco, mas a exposição a eles é mais nociva para nós”, explica a neurocirurgiã do Hospital Marcelino Champagnat, Luana Gatto. “Como a mulher vive mais, o tempo de exposição a esses fatores é maior. Além disso, as questões ligadas aos hormônios são específicas para elas: o período que envolve a gestação e o pós-parto, o uso de anticoncepcionais e também a terapia de reposição hormonal na menopausa aumentam os riscos de ter AVC.”, complementa.

Os fatores de risco tradicionais para o AVC são a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, doenças cardíacas, colesterol alto, etilismo, obesidade, dieta não saudável, sedentarismo e doença renal crônica. “Nas mulheres, além dessas doenças, destacamos como fator de risco importante a gravidez. As gestantes possuem três vezes mais chances de ter um derrame do que as mulheres não grávidas da mesma idade. Quando a gravidez complica com eclâmpsia ou pré-eclâmpsia, essa condição perigosa de pressão alta durante a gravidez dobra o risco de derrame mais tarde na vida.”, conta a médica.

Sintomas
No momento em que a pessoa está sofrendo um AVC, é comum que alguns sintomas surjam de maneira súbita como paralisia no braço, perna ou rosto – todos em um lado do corpo – , e também, a alteração da sensibilidade ao tato. A dificuldade de se comunicar, pela fala enrolada, linguagem que não sai ou dificuldade em entender o que o outro diz, são mais sinais de alerta. Alteração na visão, dor de cabeça violenta ou na nuca, crise convulsiva, tontura, vertigem e forte perda do equilíbrio também não podem ser descartados. “A pessoa não precisa estar em um momento de estresse ou sobrecarregada para ter esses sintomas. E qualquer suspeita de AVC é essencial procurar ajuda médica o mais rápido possível. Nesses casos, cada minuto conta”, enfatiza a neurocirurgiã.

Prevenção
A prevenção e os cuidados para diminuir os riscos de AVC são os mesmos para homens e mulheres e incluem hábitos saudáveis, como não fumar, não consumir álcool em excesso ou drogas ilícitas, ter uma alimentação sem muitos alimentos processados, manter o peso ideal, tomar bastante água, realizar atividade física e visitar seu médico regularmente.

InRad alerta sobre a importância do reconhecimento dos sinais de AVC

De acordo com o Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte, incapacidade adquirida e internações em todo o mundo. Segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, o AVC foi a principal causa da morte este ano: 56.320 somente no primeiro semestre.

“Os dados são alarmantes e, para que tenhamos ações efetivas, é necessário aumentar a conscientização da população sobre o que é a doença e os seus impactos negativos para os pacientes e toda a sociedade.” – explica José Guilherme Caldas, neurorradiologista e Diretor Clínico do InRad.

A campanha do Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado no dia 29 de outubro, propõe aumentar a conscientização sobre os sinais de reconhecimento da doença e os benefícios do acesso oportuno a cuidados médicos de emergência. “O tratamento do AVC requer a ida ao hospital, o mais rápido possível, reduzindo as chances de danos e mortes. Apenas uma equipe multidisciplinar, composta por um grupo de médicos, de enfermeiros, paramédicos, etc pode realizar o diagnóstico correto e o tratamento adequado ao paciente” – reforça Caldas.

O que é AVC?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central.

Existem dois tipos de AVC: o AVC Isquêmico, que é a obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, geralmente por um coágulo, causando falta de circulação no seu território vascular e o AVC Hemorrágico, que consiste na ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóidea).

Como reconhecer os sinais do AVC?

O tempo é o principal determinante do sucesso do tratamento do AVC, portanto reconhecer precocemente os sinais do AVC é uma forma de minimizar os riscos que ele causa. “Além do reconhecimento, é fundamental a realização de rápida avaliação neurológica e de um exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética). Após a realização do exame de imagem é possível definir se o paciente está apresentando um AVC isquêmico ou hemorrágico e trata-lo de forma adequada.” – explica o especialista.

Uma boa forma de saber se uma pessoa está a ter um AVC é utilizar a sigla SAMU que todos sabem ser o serviço de ambulâncias de urgência do SUS.
S – Peça para a pessoa dar um sorriso. Se a pessoa tiver a boca torta ou não atender ao comando chame o SAMU
A – Peça para a pessoa abraçar. Se não conseguir levantar os braços ou tiver um desequilíbrio ou tontura chame o SAMU
M – Peça para soletrar uma música ou frase. Se não conseguir ou trocar palavras ou falar errado chame o SAMU
U – As situações acima são uma urgência chame o SAMU o paciente tem de chegar ao hospital o mais rápido possível.

Como diminuir o risco de ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC)?

Alguns fatores de risco que contribuem para a ocorrência do AVC não podem ser modificados, como idade (incidência cresce com o envelhecimento) e gênero (maior tendência entre os homens). Quando se fala em prevenção, alguns fatores podem ser evitados ou controlados por meio da mudança no estilo de vida – eliminar o tabaco, o álcool em excesso e o consumo inadequado de gorduras, óleos e açúcar associado a alguma atividade física – e fazendo o tratamento de problemas de saúde associados (altas taxas de colesterol no sangue, diabetes, pressão alta e doenças cardíacas). Tudo isso, reduz o risco de um derrame cerebral, mas principalmente melhora a qualidade de vida.

“Há um aumento de 50% a 54% no risco de AVC se você tem hipertensão. Então, veja o tamanho do benefício de o paciente controlar a pressão, por exemplo. Devemos nos atentar em especial aos fatores evitáveis e, para isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com equipes da Atenção Primária à Saúde, que desenvolvem ações de promoção e prevenção, divulgando para a população hábitos de vida saudáveis, que ajudam a evitar o AVC.” – conclui Caldas.

Como saber se estou tendo um AVC? Neurologista explica quais os principais sinais de alerta

Conhecido também como derrame cerebral, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) provoca a morte de mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil, sendo a maioria homens, de acordo com o Ministério da Saúde.

O AVC acontece quando os vasos que levam sangue para o cérebro entopem (AVC isquêmico) ou se rompem (AVC hemorrágico), provocando paralisia da área que ficou sem circulação sanguínea.

Apesar de estar entre as causas mais frequentes de morte da população brasileira, muitas pessoas não sabem identificar os sinais que indicam um AVC.

O neurologista João Carlos Lobato, que atua na Clínica Censo, referência na saúde do trabalhador no município de Parauapebas (PA), explica como saber quando uma pessoa está sofrendo um AVC.

“O corpo dá sinais de que algo não vai bem, então é possível identificar a doença nos momentos iniciais e buscar atendimento médico com urgência. Quanto mais rápido for a descoberta e o tratamento, maiores as chances de sobrevivência e de recuperação completa, sem sequelas”, antecipa o médico.

Sinais de alerta do AVC
-fraqueza, dormência ou formigamento em um lado do corpo ou em partes específicas, como face, pernas ou braço;
-confusão mental;
-sorriso torto e dificuldade para engolir;
-dificuldade de falar ou compreender o que os outros falam;
-alteração na visão (em um ou nos dois olhos);
-tontura, desequilíbrio ou dificuldade de se movimentar;
-dor de cabeça muito forte, súbita, e acompanhada de vômitos.

Como reduzir os riscos?

Stefan Obermeir/Getty Images

O neurologista explica que existem vários fatores que aumentam as chances de uma pessoa sofrer AVC. Os principais são colesterol alto, hipertensão, diabetes, sobrepeso, tabagismo, uso excessivo de álcool, ser idoso, sedentarismo, uso de drogas, histórico na família e ser homem.

“Alguns desses fatores não podem ser mudados, outros dependem dos hábitos da pessoa, e são esses que precisam ser modificados para aumentar as chances de não ter a doença”, explica o profissional.

O médico acrescentou que “é orientação geral para evitar AVC e outras doenças crônicas como câncer e diabetes não fumar, não consumir bebidas alcoólicas, ter uma alimentação saudável, manter o peso ideal e a pressão sob controle, além de ingerir bastante água”, recomendou o neurologista.

Outubro Rosa: 43% das brasileiras não sabem fazer o autoexame das mamas, diz estudo

Especialmente na faixa etária que compreende dos 18 aos 24 anos, com 57% das entrevistadas

Já conhecido pela campanha Outubro Rosa, o mês de outubro está acabando, mas o que não pode acabar mesmo é a conscientização sobre o câncer de mama. A doença é caracterizada pelo crescimento de células cancerígenas nessa região e, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o segundo tumor mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele, e o primeiro em letalidade.

Nesse contexto, algo fundamental é conhecer o próprio corpo para notar possíveis mudanças que indiquem que algo está errado. Todavia, segundo constatou o mais recente estudo da Famivita, 43% das mulheres não sabem fazer o autoexame das mamas, ou seja, proceder com a observação em frente ao espelho, palpando, de pé, a mama e repetindo, deitada, a palpação. Isso acontece especialmente quando se fala das mulheres na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, com 57% respondendo negativamente.

O estudo revelou, também, que 28% das mulheres desconhecem a referida orientação do Inca. Além disso, 28% delas não sabem identificar nenhum sintoma de câncer de mama. Ainda de acordo com o estudo, entre as mulheres que estão tentando engravidar, pelo menos 36% não têm ciência sobre como se realiza o autoexame.

Os dados por estado demonstraram que no Amapá é onde a maioria das entrevistadas sabe fazer o exame das mamas e que as mulheres devem proceder com a mamografia a partir dos 50 anos, a cada dois anos, conforme preconizado pelo Inca. No Distrito Federal e em São Paulo, 61% e 62% das participantes, respectivamente, sabem efetuar o autoexame das mamas. Já no Rio de Janeiro e em Alagoas, 70% e 69%, respectivamente, afirmaram ter ciência que a mamografia precisa ser feita a partir dos 50 anos, como exame de rotina.

Vamos falar sobre câncer?

Um artigo científico publicado em setembro na revista Public Health in Pratice, intitulado Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), apontou os resultados da campanha de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho revelou que o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e permanece em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro), corroborando que as campanhas deveriam ser mais constantes, especialmente em nosso país, onde 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.

É, de fato, muito importante falar sobre o câncer, especialmente se lembrarmos que no Brasil de 20 anos atrás, por exemplo, muita gente nem pronunciava essa palavra, tal era o medo que existia ao redor da doença. Por todo preconceito que envolve a enfermidade, mesmo nos dias atuais, ainda há quem prefira esconder que tem, o que pode atrapalhar bastante o tratamento. Assim, iniciativas como o Outubro Rosa vêm ajudar, trazendo informações de qualidade para desmistificar a doença, afinal a taxa de cura chega a 95% se descoberto em estágio inicial.

Fonte: Famivita

Câncer de mama responde por 1 entre 4 tumores malignos em mulheres

Morrem anualmente por câncer de mama mais de 600 mil mulheres no mundo, incluindo 17 mil brasileiras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê um aumento superior a 40% na incidência e mortalidade pela doença até 2040. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica recomenda a prevenção, diagnóstico precoce e assertivo, com acesso à medicina de precisão para diminuir o número de casos avançados e olhar especial também para as mulheres com câncer de mama metastático, para aumentar as chances de cura e qualidade de vida das pacientes

Com mais de 2 milhões de novos casos anuais, o câncer de mama é, depois dos tumores malignos de pele não-melanoma, o câncer mais comum entre as mulheres e a quinta maior causa de morte no mundo entre todos os tipos de câncer. São registrados 626 mil óbitos/ano, segundo o IARC, braço de pesquisa do câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o cenário é semelhante. A estimativa para 2022 é de 66 mil novos casos de câncer de mama no país, representando 29% de todos os tumores malignos no sexo feminino. É um número de casos superior à soma da incidência entre as mulheres de câncer de pulmão, colo do útero, colorretal e tireoide.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, em alusão ao Outubro Rosa – mês de conscientização mundial sobre câncer de mama – chama a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce e assertivo de cada subtipo desta doença, que poderá ter um aumento exponencial de novos casos nos próximos anos por conta de casos represados durante a pandemia de Covid-19. Uma ferramenta do IARC/OMS, que leva em conta mudanças demográficas e perfil da doença para avaliar a incidência de câncer e carga de mortalidade em todo o mundo, prevê que no ano de 2040 a incidência de novos casos/ano de câncer de mama ultrapasse a marca de 3 milhões e o número de mortes salte dos cerca de 600 mil para quase 1 milhão.

Embora o câncer de mama não seja uma exclusividade do sexo feminino – ocorre 1 caso em homens para cada 100 em mulheres4 – o maior risco para desenvolver câncer de mama, portanto, é ser mulher. Uma análise da American Cancer Society mostra que as mulheres têm um risco médio de 12% de receber o diagnóstico da doença ao longo da vida.

COMO SURGIU O OUTUBRO ROSA?

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A história do Outubro Rosa remete ao ano de 1980, quando Nancy G. Brinker prometeu à sua irmã Susan Komen, então diagnosticada com câncer de mama, que se dedicaria integralmente a promover a conscientização da sociedade sobre os temas relacionados à doença. Em 1982, Brinker lançou a Susan G. Komen, organização que, em 1990, promoveria a Corrida pela Cura, evento que se tornou o marco que deu início ao Outubro Rosa. No Brasil, a campanha Outubro Rosa teve uma primeira sinalização em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado de cor de rosa. Seis anos depois, o movimento se fortaleceu no país, atingindo diferentes cidades brasileiras, com múltiplas ações.

CIRURGIA EM CÂNCER DE MAMA

A indicação de cirurgia do câncer de mama depende do estágio em que a doença foi detectada. De maneira geral, a maioria das mulheres diagnosticadas passam por esse procedimento, ainda que com objetivos distintos. Essa definição com relação ao procedimento mais indicado fica a cargo do cirurgião oncológico e de sua equipe, que avaliam cuidadosamente a extensão da doença e quais as medidas de tratamento a serem adotadas. É importante contar com o acompanhamento de profissionais qualificados, em centros oncológicos de referência para o tratamento do câncer de mama.

Viviane Rezende de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) na Regional Brasília, explica que há diferentes tipos de cirurgia do câncer de mama. A definição ocorre de acordo com o objetivo do procedimento e com as condições — tanto da paciente quanto do tumor —, haverá uma cirurgia mais adequada.

Cirurgia conservadora da mama: este procedimento é conhecido como mastectomia parcial ou segmentar, mas também é chamada de lumpectomia ou quadrantectomia. A quantidade de tecido mamário removido varia de acordo com o tamanho e localização do tumor, além de outros fatores, como a probabilidade de dissipação de células tumorais. Na prática, se dá pela retirada do segmento ou o setor da mama onde está localizado o tumor. Neste caso, o cirurgião oncológico deve extrair o tumor com uma porção de tecido saudável adjacente, como margem de segurança.

Mastectomia: neste procedimento é feita a retirada completa da mama, incluindo todo o tecido mamário. No caso da chamada mastectomia radical, podem ser removidos outros tecidos próximos como os músculos que se localizam abaixo da mama com os gânglios axilares – geralmente indicada para grandes tumores em que já há ínguas comprometidas ou o risco de disseminação é elevado.

Há, ainda, a chamada Mastectomia Total com utilização da pesquisa de linfonodo sentinela (a íngua que inicialmente drena estes tumores). Este procedimento é indicado, muitas vezes, para poupar a paciente de tratamentos complementares como a Radioterapia. O objetivo é minimizar os efeitos colaterais do tratamento oncológico.

Mastectomia preventiva

Esse procedimento, chamado de mastectomia profilática, ganhou mais visibilidade na última década, depois de adotada por algumas celebridades. O procedimento cirúrgico é indicado basicamente em duas situações:
Alto risco de câncer de mama: mulheres com predisposição hereditária ao câncer de mama (alterações nos genes BRCA1 e BRCA2) podem fazer a remoção profilática para evitar ou minimizar os riscos de desenvolvimento de tumores.
Pacientes já diagnosticadas: mulheres com diagnóstico de câncer em uma das mamas —com tumores específicos que apresentem risco de bilateralidade, como o carcinoma lobular — podem optar, caso haja concordância médica, pela remoção dupla para reduzir as chances de ser acometida pela doença.

É importante ter em mente que, para pessoas sem histórico familiar de câncer nem mutação genética, detectada por rastreamento, ainda não existem estudos conclusivos sobre o benefício da mastectomia preventiva. Antes de passar pelo procedimento, é fundamental ser avaliada por um especialista em cirurgia oncológica e, ainda, estar ciente dos efeitos colaterais dessa intervenção.

Como são os cuidados antes e depois da cirurgia? O tratamento do câncer de mama não se restringe à cirurgia e envolve aspectos emocionais muito fortes, com abalo significativo da autoestima. Por esse motivo, a atenção em todos os momentos do processo de cura é realizada por uma equipe multidisciplinar.
Antes da cirurgia: é importante realizar todos os exames solicitados e conversar com os profissionais envolvidos no tratamento (de enfermeiros a psicólogos) sobre suas apreensões e dúvidas. Essa fase de esclarecimentos é essencial para passar pelo procedimento com mais tranquilidade.
Pós-cirúrgico: a recuperação da cirurgia de câncer de mama segue o padrão de boa parte dos pós-operatórios. Quando o procedimento transcorre normalmente, é comum que a paciente já possa retomar suas atividades normais no prazo de duas semanas.
Dependendo de cada caso, podem ser iniciadas terapias complementares, como radioterapia e/ou quimioterapia.

OS DIFERENTES TIPOS DE CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama não é único. Existem diferentes tipos da doença e são as características específicas de cada um, juntamente com o perfil de cada paciente, que determinam o tipo de tratamento mais adequado e a provável evolução em cada caso. O carcinoma de mama é dividido em “in situ” e invasivo. O carcinoma “in situ” tem origem dentro do ducto/lóbulo mamário e não ultrapassa a sua parede, não invadindo o estroma da mama e, por isso, não tem a capacidade de disseminar para outros órgãos e estruturas (não origina metástases). São categorizados em carcinoma ductal in situ (mais comum) e carcinoma lobular in situ, com taxa de cura em torno de 95%.

Outro grupo é o dos carcinomas invasivos, que também se originam nos ductos/lóbulos. Porém, esses invadem o estroma mamário e podem se disseminar para outros órgãos (metástases). A grande maioria dos casos de carcinomas invasivos da mama são representados pelo carcinoma invasivo tipo não-especial (também denominado carcinoma ductal invasivo), seguido pelo carcinoma lobular invasivo. Além desses, existem alguns outros tipos histológicos de carcinomas que são menos comuns: carcinoma tubular, carcinoma cribriforme, carcinoma metaplásico, carcinoma micropapilar, carcinoma adenoide cístico, entre outros. Cada um desses tipos de câncer de mama apresenta aspectos clínicos, morfológicos, moleculares e evolutivos distintos, impactando na decisão terapêutica.

POR QUE A QUESTÃO HORMONAL É IMPORTANTE?

As mamas são glândulas que se desenvolvem de forma mais proeminente na adolescência (puberdade). São altamente sensíveis ao estímulo hormonal, principalmente do estrógeno, um hormônio que, embora presente nos homens, tem uma produção que se dá principalmente pelos ovários, sendo assim predominantemente feminino. O fato de 99% dos tumores de mama acometer as mulheres aponta que estes hormônios atuam no processo de desenvolvimento da doença.

Os fatores endócrinos e história reprodutiva estão associados sobretudo ao estímulo estrogênico, endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Tanto o estrógeno quanto a progesterona atuam no parênquima mamário, ligando-se a moléculas situadas nas células, conhecidas como receptores. Esses receptores têm o papel de controlar a multiplicação celular, mas, com a interferência hormonal, além de outros fatores, podem gerar uma multiplicação desordenada. Além dos tumores que são positivos para receptores de estrógeno e progesterona, há também os casos HER2-positivos e os triplo-negativos (que são negativos para receptor de estrógeno, receptor de progesterona e HER-2).

Dentre os subtipos de carcinomas invasivos da mama há, portanto, uma subdivisão relacionada ao perfil molecular do tumor, ou seja, baseada na expressão de genes e proteínas pela neoplasia. Os principais grupos moleculares de câncer de mama são: luminal A, luminal B, superexpressor de HER2 e triplo-negativo. A identificação de cada subtipo molecular pode ser determinada pela expressão de quatro marcadores: receptor de estrógeno, receptor de progesterona, HER2 e o Ki-67, um marcador de proliferação celular. Tal estudo é realizado através da imuno-histoquímica, técnica aplicada no tecido da mama. Enquanto pacientes com tumores luminais A e B são tratadas com hormonioterapia, aquelas com carcinomas superexpressores de HER2 receberão drogas bloqueadoras direcionadas especificamente contra essa molécula (terapia anti-HER2).

MEDICINA DE PRECISÃO

O melhor entendimento dos diferentes perfis moleculares de câncer de mama faz parte do contexto do que chamamos de “medicina de precisão”, que tem o potencial de oferecer tratamentos mais específicos, menos invasivos e de menor toxidade. Desta forma, auxilia na redução das taxas de mortalidade e melhora a qualidade de vida das pacientes. Saber sobre qual tumor se está falando, em cada caso, é primordial para se oferecer a melhor forma de tratamento. Além disso, é essencial haver acesso a estas terapias, tanto no SUS quanto na Saúde Suplementar. As principais modalidades terapêuticas preconizadas para câncer de mama, cuja indicação é feita caso a caso, são cirurgia, radioterapia, incluindo a radioterapia intraoperatória e tratamento sistêmico (hormonioterapia, quimioterapia, terapias-alvo e imunoterapia).

COMO PREVENIR O CÂNCER DE MAMA

Quando o assunto é prevenção do câncer de mama vale diferenciar entre fatores modificáveis e não-modificáveis. Identificar cada um deles é importante para conduzir as pacientes para a prevenção primária e secundária8.

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

A prevenção primária consiste em intervir nos fatores modificáveis, capazes de reduzir o risco da doença se desenvolver:

  • Praticar atividade física. Mulheres sedentárias têm maior risco.
  • Ter níveis de IMC dentro da normalidade (peso/altura). Estar acima do peso ou obesa após a menopausa aumenta o risco em relação às mulheres com peso adequado. É recomendável seguir uma dieta equilibrada, que inclua frutas e hortaliças.
  • Não fazer terapia hormonal sem indicação médica. Algumas formas de terapia de reposição hormonal – TRH (aquelas que incluem estrogênio e progesterona) tomadas durante a menopausa podem aumentar o risco de câncer de mama quando feitas por mais de cinco anos. Já o uso de pílulas anticoncepcionais também aumenta o risco de câncer de mama em relação as mulheres que nunca usaram, porém este risco é menor quando comparado ao da TRH, e tal risco volta ao normal após a interrupção do uso dos contraceptivos.
  • Ao ter filhos, amamentar. As mulheres que já tiveram filhos, principalmente com a primeira gravidez antes dos 30 anos, têm menor risco quando comparado as mulheres nulíparas (que não tiveram filhos). Ao gerar um filho, é recomendável amamentar, pois o aleitamento também é redutor de risco de câncer de mama.
  • Não beber em excesso. O risco de uma mulher desenvolver câncer de mama aumenta conforme a quantidade de bebida alcoólica que ela ingere.
  • Não fumar. Embora o cigarro e outras formas de tabagismo sejam a principal causa de câncer, principalmente de pulmão, não há evidência de sua ligação com o desenvolvimento de câncer de mama.

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA

O exame mais indicado para prevenção secundária (diagnóstico precoce) do câncer de mama, é a mamografia, que, segundo as Sociedades Brasileira de Cirurgia Oncológica e Sociedade Brasileira de Mastologia, deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos em todas as mulheres. Ao contrário do exame físico e do autoexame, a mamografia é capaz de detectar lesões ainda não palpáveis.

Como alguns fatores de risco não são modificáveis, é importante que se promova a prevenção secundária. Esses fatores, segundo o CDC, são:
Envelhecimento – o risco de câncer de mama aumenta com a idade. A maioria dos cânceres de mama é diagnosticada após os 50 anos.
História pessoal de câncer de mama – Mulheres que tiveram câncer de mama são mais propensas a ter câncer de mama pela segunda vez (recidiva). Algumas doenças pré-malignas da mama, como as hiperplasias atípicas, também estão associadas a um maior risco de câncer de mama.
História familiar e Hereditariedade – cerca de 30% das pacientes com câncer de mama tem história familiar de um ou mais parentes de primeiro grau com a mesma neoplasia. Todo câncer é genético (células que se multiplicam de forma desordenada), mas em 5% a 10% dos casos o carcinoma mamário está associado com alterações genéticas que foram herdadas (mutações germinativas), como as encontradas em genes como o BRCA1 e BRCA2. Mulheres com vários casos de câncer de mama ou de ovário na família, particularmente em idade jovem e sobretudo na mãe, irmãs, filhas ou homens, podem ter predisposição genética ao câncer de mama e serem portadoras da Síndrome de Câncer de Mama e Ovário Hereditário, entre outras.
História reprodutiva – a menarca precoce (menstruação antes dos 12 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade e menopausa tardia (fim do ciclo de menstruação após os 55 anos) expõem as mulheres a hormônios por mais tempo, aumentando o risco de ter câncer de mama.
Mamas densas – algumas mulheres têm nas mamas mais parênquima glandular e tecido conjuntivo do que tecido adiposo, o que às vezes dificulta a visualização de tumores em uma mamografia. É recomendável associar outros exames, como a ressonância magnética e o ultrassom.
Radioterapia prévia – mulheres que receberam radioterapia no tórax (como no tratamento do linfoma de Hodgkin) antes dos 30 anos de idade têm um risco maior de desenvolver câncer de mama ao longo da vida.

ATENÇÃO AOS SINTOMAS

Os sintomas do câncer de mama variam de pessoa para pessoa, porém a manifestação mais comum é o achado de um “caroço” (nódulo ou massa) no local. Além disso, muitos carcinomas mamários são encontrados através da mamografia antes que qualquer sintoma apareça ou seja palpável. Outros sinais menos frequentes incluem alterações da pele da mama (áreas de retração, vermelhidão, feridas ou inchaço) e do mamilo (inversão, erosão, ulceração, secreção). Por isso, é recomendado que a mulher se familiarize com suas mamas para que saiba como é a aparência e a sensação “normais”. Se notar alguma modificação, é importante procurar o médico. Os principais sintomas do câncer de mama são11:

  • Nódulo único endurecido.
  • Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.
  • Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).
  • Edema (inchaço) da pele.
  • Eritema (vermelhidão) na pele.
  • Inversão do mamilo.
  • Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas.
  • Sensação de nódulo aumentado na axila.
  • Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.
  • Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.
  • Inchaço do braço.
  • Dor na mama ou mamilo

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica