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Reconheça sinais que indicam que sua visão não está bem

Acompanhamento médico é essencial para tratar precocemente doenças silenciosas como glaucoma

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO-2019), cerca de 34% dos brasileiros nunca frequentaram um consultório oftalmológico. Isso significa que uma considerável parcela da população procura o especialista somente quando o incômodo chega. Uma ardência nos olhos, vermelhidão e manchas podem indicar que algo está errado com a saúde dos olhos.

Segundo o médico oftalmologista e professor de Medicina da Unime Lauro de Freitas, algumas enfermidades podem se instalar de maneira silenciosa e os primeiros sintomas surgem quando o quadro está mais avançado, o que pode dificultar o tratamento. “O glaucoma, por exemplo, está associado a pressão elevada do olho. Esta elevação danifica as fibras ópticas e o paciente, progressivamente, perde o campo visual. Na fase inicial da doença, alguns pacientes não sentem nada, o que caracteriza o glaucoma como uma doença perigosa. Muitas pessoas recebem o diagnóstico quando já está no processo de deterioração da visão”, explica Roberto Lauande.

Para evitar complicações e um diagnóstico tardio, o aconselhável é consultar um oftalmologista uma vez por ano. Entretanto, para quem já realiza tratamentos, principalmente em casos de enfermidades progressivas, o correto é ir às consultas em períodos mais curtos, alerta Lauande. “O diagnóstico precoce do glaucoma pode evitar a cegueira, porque esta doença pode ser assintomática, principalmente nas fases iniciais, daí a importância dos exames de rotina.

As pessoas que têm histórico familiar devem realizar acompanhamento semestralmente”.

Lauande cita alguns sinais de alerta que indicam a necessidade de uma consulta.

Foto: J. Durham/MorgueFile

=Manchas no campo de visão: esporadicamente, é normal aparecer manchas ou flashes de luz na visão, porém, se ocorrer com frequência é um indicativo para realizar uma investigação clínica;

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=Sensação de que uma cortina escura está à sua frente, impedindo uma imagem nítida dos objetos no seu campo visual;

Foto: Optix

=Dor súbita nos olhos: a dor, vermelhidão ou lacrimejamento são indícios de inflamação ou olho seco, mas também podem também indicar o glaucoma.

Fonte: Kroton

Você sabia que a alimentação pode interferir na saúde dos olhos?

Especialista explica como uma dieta equilibrada é capaz de cuidar da nossa visão

Muito se fala a respeito de doenças cardiovasculares e diabetes, entre outros diagnósticos mais populares, que podem ser prevenidos com a adoção de hábitos saudáveis e uma boa alimentação. Mas você sabia que a inserção de uma dieta equilibrada no dia a dia é capaz de cuidar também da saúde dos olhos, prevenindo catarata, cegueira noturna, síndrome do olho seco, entre outros sintomas?

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil, mais de 35 milhões de pessoas, ou 19% da população, sofrem com algum problema de visão. Para não fazer parte ou contribuir para o aumento desta estatística é importante que as pessoas passem a compreender o real valor nutricional de tudo o que consomem.

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Ana Carolina Pallottini, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), explica que as vitaminas A e C ajudam a fornecer nutrientes para o bom funcionamento das células dos nossos olhos.

MANGA FRUTA Steve Buissinne por Pixabay
Steve Buissinne/Pixabay

“Presentes em alimentos com coloração alaranjada, como mamão, manga e cenoura, a vitamina A auxilia na proteção da retina dos olhos”, destaca. Quando o organismo está com deficiência desta vitamina, a chamada cegueira noturna, que é a diminuição da visão em locais com menos luz, pode aparecer.

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Já os alimentos com coloração verde-escura são ricos em vitamina C. “Brócolis, couve e espinafre, por exemplo, são ótimos antioxidantes naturais, que facilitam a visão à distância e melhoram a percepção de brilho, além de estimular a produção de sangue aumentando a quantidade de oxigênio recebido pelas células dos olhos”, completa Ana Carolina.

Diabetes também podem levar a cegueira. Pessoas com diabetes precisam se atentar ao índice glicêmico dos alimentos, medida que representa o quão rapidamente os carboidratos são absorvidos pelo organismo.

PAO INTEGRAL klacomas por Pixabay
Klacomas/Pixabay

“Optar pela versão integral de massas, pães e biscoitos, por exemplo, é uma ótima ideia. Ainda mais quando estão aliados a molhos e acompanhamentos ricos nas vitaminas que mencionamos acima, bem como em ômega 3, que ajuda a lubrificar os olhos e mantém a integridade das células da retina, zinco, indicado para a prevenção de cegueira noturna, e cobre, que evita degeneração macular. Por isso, a escolha do cardápio deve ser balanceada, com todos os grupos alimentares”, finaliza.

Fonte: Abimapi

Especialista dá dicas de como cuidar da saúde dos olhos durante o verão

Óculos de sol, viseiras e lubrificantes oculares são importantes para evitar o ressecamento dos olhos e o contato direto com o Sol

O Verão é uma das épocas mais esperadas pelos brasileiros, mas também uma das mais perigosas para nossa saúde, já que a exposição solar excessiva pode provocar queimaduras de pele, por isso, todo cuidado é pouco, inclusive com a saúde dos olhos.

Ione Alexim, coordenadora do Serviço de Oftalmologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta para o uso de lentes de contato em dias de praia e piscinas, por exemplo. Por se tratar de um produto de base aquosa e muito sensível, as lentes de contato estão facilmente suscetíveis a contaminações por bactérias, como a Pseudomonas aeruginosa.

lentes de contato - Foto J. Durham
Foto: J. Durham/MorgueFile

“Esse tipo de bactéria é geralmente encontrada na água do mar e piscinas e pode causar úlceras de córnea”, diz a especialista. Cerca de 50% dos pacientes que apresentam algum tipo de infecção bactéria na córnea, pode acabar com algum tipo de sequela. “As bactérias e a areia impregnam as lentes e, mesmo descartando o material após o uso, o contato com os olhos e a exposição às bactérias já aconteceu”.

A médica também ressalta que um diagnóstico muito comum é a conjuntivite química causada pelo cloro da piscina, inclusive em pacientes que não têm nenhum tipo de problema oftalmológico, uma vez que a exposição pode ocorrer com qualquer pessoa. Alguns cuidados, como não compartilhar toalhas, travesseiros e óculos escuros e ter o hábito de sempre lavar as mãos pode ajudar na prevenção de doenças oculares.

Como evitar o desconforto do tempo seco?

olho lacrimejando

O tempo seco comum nos dias de altas temperaturas também é um problema, já que isso aumenta o ressecamento dos olhos. Uma forma de evitar o desconforto é o uso frequente de lubrificantes oculares, com preferência para os sem conservantes. “A tendência é que as lágrimas naturais evaporem ainda mais rápido durante o calor, causando a sensação do olho seco ou a piora da queixa”, comenta.

A especialista explica que isso acontece muito no dia a dia, principalmente, para quem trabalha ou passa muito tempo conectado aos eletrônicos, pois piscamos com menos frequência nesses períodos. “O ideal é fazer pausas ao longo do dia para lubrificar os olhos e evitar exposição direta a saídas de fluxo do ar nos aparelhos de ar condicionado”, ressalta. A oleosidade da pele também ajuda no ressecamento dos olhos. “Nesses casos, é recomendável lavar a região dos olhos com xampu neutro”.

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Shutterstock

Segundo a médica, o uso de óculos de sol e de viseiras é essencial para evitar o contato direto com o Sol e o ressecamento dos olhos. Outro ponto que a especialista destaca, é a importância de checar a qualidade e a autenticidade das lentes dos óculos de sol. “Não podemos afirmar que os óculos vendidos nas ruas ou até mesmo por ambulantes na praia têm proteção ultravioleta,” diz a médica. A preferência deve ser sempre por produtos adquiridos em lojas que ofereçam certificados de garantia para o produto.

Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Dieta equilibrada faz bem aos olhos e evita doenças

Há uma relação intrínseca entre alimentação e saúde. Uma dieta rica e bem dosada contribui para uma vida mais saudável, organismo equilibrado e maior disposição no dia a dia. Como partes fundamentais do corpo, os olhos seguem a mesma regra e podem ser beneficiados por uma série de nutrientes.

Alimentos que contêm vitaminas A, C e E, ômega 3, zinco, entre outros, devem fazer parte das refeições. A frequência, contudo, vai depender da substância e do tipo de deficiência que o indivíduo possui. “É importante ressaltar que, em determinadas condições, a quantidade de nutrientes necessários pode ser elevada. Nestes casos, é recomendado o uso de suplementação com comprimidos”, explica Ibraim Vieira, oftalmologista do H.Olhos – Hospital de Olhos.

Abaixo, o médico traz uma lista dos principais nutrientes e de suas fontes alimentícias.

Retinol ou vitamina A – trata-se do nutriente mais importante para a visão. É essencial no ciclo dos fotorreceptores, células da retina que possibilitam a visão. Sua deficiência no organismo pode levar à xeroftalmia (olho seco), redução da visão no escuro e, nos piores casos, à cegueira.

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Onde encontrar: cenoura, abóbora, ovos, damasco e fígado.

Carotenoides (zeaxantina e luteína) – são as substâncias responsáveis pelos tons entre amarelados e avermelhados na natureza. “Primos” da vitamina A, sua ausência aumenta o risco de DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), doença que ocorre em uma parte da retina chamada mácula e que leva à perda progressiva da visão central.

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Onde encontrar: milho, pequi, couve e na maioria dos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes.

Ômega 3 – o aumento do consumo deste tipo de gordura pode ajudar nos sintomas de olhos seco e blefarite (inflamação da parte externa das pálpebras).

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Onde encontrar: salmão, sardinha, atum, linhaça e chia.

Vitaminas C e E – sua ingestão também reduz o risco de DMRI.

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Onde encontrar: limão, laranja, goiaba, brócolis (vitamina C); vegetais verde-escuros, castanhas, amêndoas, gema de ovo e fígado (vitamina E).

Zinco – mais uma substância que reduz o risco de DMRI.

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Onde encontrar: carne de vaca, frango, peixes, feijão, grão-de-bico e castanhas.

O outro lado

Por outro lado, existem dietas que podem prejudicar a saúde dos olhos, sobretudo quando associadas à ingestão em exagero ou em pacientes com doenças prévias.

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Segundo Vieira, a retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira no mundo. O desenvolvimento da doença está intimamente ligado ao consumo de determinados alimentos: “Para pessoas com diabetes, a ingestão de açúcares e carboidratos em grandes quantidades tende a gerar alterações retinianas que, em longo prazo, podem prejudicar a visão e até cegar”.

O consumo de álcool em excesso também pode levar a problemas oftalmológicos, como a neuropatia tóxica, que ataca os nervos periféricos. A subnutrição, presente em muitos casos de alcoolismo, também aumenta o risco de doenças na retina. O abuso de bebidas alcoólicas durante a gravidez coloca em risco a formação dos olhos do bebê.

“A ingestão exagerada de algumas vitaminas e suplementos também está relacionada ao aumento de patologias. Por isso, deve-se priorizar uma dieta sensata. Em caso de dúvidas ou de deficiência de nutrientes, a melhor solução é sempre conversar com um médico ou nutricionista”, adverte.

Fonte: Grupo H.Olhos

Mais sobre olho seco: fatores de risco e como prevenir

Mais algumas informações sobre olho seco:

beautiful_colored_eye_free_vector_47736Fatores de risco para o olho seco:
– Idade: pessoas com mais de 40 anos são mais propensas ao problema, já que com o passar do tempo a produção de lágrimas diminuem e as células que produzem seus componentes também envelhecem;
– Sexo: mulheres são mais propensas a ter olhos secos do que os homens, devido a alterações hormonais comuns na menopausa;
– Uso de anticoncepcionais: como as pílulas alteram os hormônios femininos e seu uso também pode tornar a mulher mais propensa a ficar com os olhos secos;
– Uso de lentes de contato: quem usa lentes pode sentir os olhos secos devido ao acúmulo de proteína na lente de contato, além da possibilidade de “perda” de conteúdo líquido da lagrima para a própria lente de contato, em alguns casos.
– Clima seco: quanto o tempo está mais seco, é mais fácil a lágrima evaporar, principalmente quando se trabalha diante do computador por muitas horas, o que reduz o número de piscadas e a renovação da lágrima;
– Não limpar a pele perto dos olhos: excesso de oleosidade ou mesmo resíduos de maquiagem na região dos olhos podem entrar em contato com a lágrima, alterando sua composição e resultando e olho seco.
– Uso de medicamentos como anti-histamínicos, diuréticos, antidepressivos, alguns remédios para a acne e descongestionantes;
– Carência de vitamina A;
– Doenças da tireóide;
– Parkinson;
– Doenças sistêmicas ou autoimunes: como artrite, lúpus, síndrome de Sjögren, Síndrome de Steven Johnson.

Prevenção
– Descanse os olhos com freqüência
– Piscar
– O uso de celulares, tablets e computadores causa uma tensão visual constante, pois a pessoa passa mais tempo com o olho fixo prestando atenção em um texto ou uma tela. Esse esforço visual constante faz com que a pessoa pisque menos do que deveria, prejudicando a lubrificação ocular e favorecendo a evaporação das lágrimas com mais rapidez.
– Outra forma de descansar melhor os olhos é mudar a posição do computador. O ideal é que ele esteja um pouco abaixo dos olhos, tendo a superfície da tela no seu campo de visão. Os olhos voltados para baixo ficam mais relaxados e também a pálpebra protege uma região maior deles, reduzindo a chances de olhos secos.
– Hidrate-se. A ingestão de líquidos, principalmente de água, é muito importante.
– Tome os cuidados adequados com sua lente de contato.

Convivendo com/prognóstico

Cuidados em casa são essenciais para o tratamento dos olhos secos:
– Descanse os olhos: usar o computador ou ler por muito tempo força a vista e reduz o número de piscadas. A cada 50 minutos com olhar fixo no computador, faça um pequeno intervalo direcionando os olhos para um ponto distante; além de auxiliar na Síndrome do Olho Seco, também ajuda relaxar a musculatura responsável pelo foco de perto.
– Acertar a altura da tela do computador: o ideal é que ele fique um pouco mais baixo do que a sua linha do olhar, em um campo em que o topo da tela está em seu campo de visão, assim você fica com os olhos um pouco mais voltados para baixo;
– Pisque com mais frequência: quando estamos diante de telas ou atividades que necessitam do olhar fixo, piscamos menos do que o necessário, o que prejudica a lubrificação da córnea;
– Beba bastante líquido: assim como os lábios e a pele se desidratam quando ficamos sem beber água, o mesmo acontece com os olhos.
– Umidifique o ambiente: ar seco ou com ar condicionado prejudicam os olhos secos, aumentando a sensação de olhos irritados;
– Use óculos de sol: eles protegem os olhos de irritantes como os raios UVB e ventos, que também podem irritar os olhos desprotegidos sem as lágrimas;
– Evite cigarros: a fumaça do tabaco pode piorar os sintomas de olhos secos, por isso o ideal é parar de fumar, no caso dos tabagistas, e também ficam longe de quem fuma;
– Higienize bem os olhos: retirando a oleosidade da pele e resquícios da maquiagem, você evita a danificação da lágrima ou entupimento das glândulas lacrimais;
– Complementação com ômega 3: esse ácido graxo ajuda na composição da camada mais oleosa da lágrima, importante para evitar que ela evapore facilmente.

Tratamento:
O colírio de lágrima artificial é a primeira escolha utilizada quando alguém apresenta olhos secos.
Existem basicamente dois tipos de colírios lubrificantes: os com conservante e os sem conservante. Os primeiros têm uma maior chance de irritar os olhos, mas vale consultar um oftalmologista para saber qual deles é mais indicado para você.

Fonte: Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco (APOS)

Mais sobre o assunto: Uso incorreto de maquiagem pode contribuir para a síndrome do olhos seco

Uso incorreto de maquiagem pode contribuir para a síndrome do olho seco

beautiful_colored_eye_free_vector_47736A síndrome do olho seco chega a atingir 10% das mulheres acima dos 50 anos

O uso incorreto de cosméticos como máscaras, lápis e delineadores podem agravar a síndrome do olho seco, caracterizada pela diminuição da produção ou evaporação excessiva da lágrima, situação que costuma ser ainda pior no inverno. Alguns cuidados simples, contudo, podem ajudar a prevenir o problema e a evitar sintomas incômodos, como coceira, ardor, vermelhidão e secura na superfície ocular.

“Utilizar máscara junto à raiz dos cílios ou, ainda, lápis e delineador na borda interna dos olhos, não remover a maquiagem antes de dormir, nem higienizar adequadamente a região são hábitos que favorecem o entupimento das glândulas que produzem a gordura necessária para evitar a rápida evaporação da lágrima”, explica a oftalmologista Ruth Santo, coordenadora do Grupo de Estudos em Superfície Ocular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Os cílios são protetores naturais contra poeira, luz e microrganismos. Resíduos nessa região favorecem o crescimento de bactérias e parasitas dentro do folículo piloso (estrutura que origina os pelos), o que pode causar irritação e alergia. “Além de usar demaquilantes específicos para os olhos, lavar os cílios durante o banho com uma pequena quantidade de espuma feita com xampu infantil é um bom hábito”, recomenda Ruth.

Outras dicas para evitar a síndrome do olho seco são ingerir líquidos, sobretudo quando o tempo estiver mais seco, e fazer pequenos intervalos nas atividades que demandam esforço visual contínuo, como a leitura em computadores, o que faz o indivíduo piscar menos. Além disso, é possível utilizar as lágrimas artificiais e lubrificantes oculares, quando prescritos pelo médico.

De acordo com a médica, a síndrome do olho seco chega a atingir 10% das mulheres acima dos 50 anos, faixa etária em que os sintomas são mais frequentes em função de fatores hormonais que diminuem a produção das lágrimas. Já em mulheres mais jovens, a síndrome do olho seco está relacionada principalmente com a evaporação excessiva da lágrima, favorecida pelos ambientes climatizados, pela falta de higienização adequada dos cílios, o que inclui os resíduos de maquiagem, e pelo excesso de esforço visual durante o uso de computadores, tablets e celulares.

Medicamentos amplamente usados no país, como antidepressivos e anti-hipertensivos, também podem afetar a produção lacrimal, assim como algumas condições clínicas, a exemplo da diabete. “É fundamental buscar um oftalmologista para que se investigue as causas do olho seco e se avalie, assim, a necessidade de um tratamento adequado”, enfatiza Ruth.

Em alguns casos, os pacientes podem se beneficiar do uso de medicações para melhorar a produção aquosa pela glândula lacrimal. “Também há medicações que melhoram a produção de gordura pelas glândulas palpebrais, produtoras do componente oleoso da lágrima que é importante para evitar a evaporação excessiva”, detalha a médica.

Hylo-Comod (hialuronato de sódio 0,1%) e Hylo-Gel (hialuronato de sódio 0,2%), da Pfizer, estão entre as opções de tratamento para a síndrome do olho seco. De fácil aplicação, esses lubrificantes oculares são comercializados em frascos com uma tecnologia exclusiva, que dispensa o uso de conservantes e impede a entrada de ar. Com isso, é liberada a dose exata por aplicação, evitando superdosagem, contaminação e desperdício.

Fonte: Pfizer

Olhos também sofrem nesta época do ano

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Com este tempo seco típico do inverno e as mudanças bruscas na temperatura, lembramos de cuidar da pele, do cabelo e de nos hidratar. Ao sair de casa, tentamos evitar lugares muito cheios e horários em que a umidade relativa do ar não esteja tão baixa. Porém, quase todos se esquecem dos olhos, que são muito afetados pelo clima.

O oftalmologista Kleyton Barella explica que o inverno é caracterizado pelo clima frio e a queda da temperatura, e que isso pode levar o aumento da incidência de doenças oculares como a conjuntivite, blefarite, olho seco e alergias, conhecidas como doenças na superfície ocular. “O ideal é que façamos a prevenção para cada uma das doenças mais comuns nessa época do ano”, explica.

Para prevenir as doenças oculares típicas do inverno, confira as dicas a seguir:
Conjuntivite: inflamação na conjuntiva (membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra). Para preveni-la é importante manter as janelas abertas e as mãos sempre higienizadas, não compartilhar toalhas ou outros itens que possam ser colocados nos olhos e evitar a manipulação ocular desnecessária (ou seja, coçar demais os olhos), explica Barella.
Blefarite: inflamação não contagiosa na região das pálpebras que se caracteriza pelo excesso de um óleo produzido por uma glândula localizada na pálpebra, o que cria uma condição favorável para o aparecimento e crescimento de bactérias. Para evitar a produção excessiva desse óleo, o ideal é ter uma dieta balanceada, sem excesso de gorduras, alimentos condimentados, enlatados e álcool. Além disso, é importante higienizar diariamente os olhos com produtos indicados pelo seu oftalmologista.
Síndrome dos olhos secos: anomalia na produção e qualidade da lágrima, pode provocar o ressecamento da córnea, conjuntiva e superfície dos olhos. Para prevenir esse quadro, é sempre importante usar óculos em ambientes de sol ou vento (com proteção UVA e UVB), além de lubrificantes oculares, caso seja receitado pelo seu médico.
Alergias: um dos grandes vilões dos alérgicos é o ácaro. Por isso, antes da chegada do inverno, lave e seque roupas e acessórios que ficaram muito tempo guardados, como blusas, casacos, cachecóis entre outros. Além disso, evite coçar os olhos e mantenha as janelas abertas o máximo que conseguir. O importante é que, ao apresentar sintomas de alguma dessas doenças, como ardência, coceira, sensação de corpo estranho ou areia nos olhos, o paciente procure um médico oftalmologista, para que se inicie o tratamento correto. “O importante é que as pessoas procurem atendimento especializado e não se automediquem ou utilizem colírios sem prescrição médica, o que pode comprometer o quadro clínico e dificultar o tratamento como um todo”, finaliza o médico.

Fonte: Hatsu