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Reumatologista ou ortopedista: as principais diferenças e como saber qual médico consultar

É comum as pessoas ficarem na dúvida após notar alguma dor persistente se é melhor procurar um médico reumatologista ou um ortopedista, tendo em vista, que as duas especialidades são parecidas e em alguns casos até se complementam.

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Contudo, ambas as áreas possuem suas especificidades. O reumatologista, geralmente, trata de casos clínicos, além de ter como função diagnosticar, tratar e acompanhar inflamações e doenças autoimunes que atingem tecidos conjuntivos e parte do sistema musculoesquelético, como as articulações, músculos, ligamentos, tendões e ossos.

A reumatologista Cláudia Goldenstein Schainberg ressalta que as principais doenças tratadas por essa especialidade são “a artrose (desgaste da cartilagem), a fibromialgia (dores pelo corpo), a osteoporose (enfraquecimento dos ossos), a artrite reumatoide (juntas inflamadas, deformações e dificuldade de movimentos) e as tendinites (inflamação dos tendões), entre outras”.

Por outro lado, o ortopedista trata de casos cirúrgicos, além de diagnosticar e reabilitar distúrbios mecânicos, associados aos ossos. Os problemas que esse profissional atende pode estar relacionado com luxações, deformidades ósseas, lesões no ligamento, fraturas, etc.

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Uma maneira simplificada para entender qual especialidade procurar em um quadro de dor, vai depender dos sintomas e situações vividas pelo paciente. Quando os primeiros sintomas aparecem após um trauma, por exemplo, uma queda, batida ou torção, o ideal é procurar um ortopedista. Caso as dores sejam crônicas e surjam acompanhadas de dificuldade de movimentação, calor e vermelhidão, o paciente deve procurar um reumatologista, por poderem se tratar de alguma doença reumática.

Fonte: Cláudia Goldenstein Schainberg é especialista em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica. Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestrado e doutorado em Medicina (Reumatologia) pela Universidade de São Paulo, especialização nos EUA e Canadá. Atualmente é professora e mentora de novos profissionais na Universidade de São Paulo.

Planos de saúde: cirurgia endoscópica da coluna lombar e prótese discal da cervical passam a ter cobertura obrigatória

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) passou a incluir entre os procedimentos obrigatórios para cobertura dos planos de saúde a endoscopia da coluna vertebral para tratamento da hérnia de disco lombar e a artroplastia discal de coluna cervical. A atualização do rol foi feita em fevereiro e entrará em vigor a partir de hoje, 1º de abril.

A doença é caracterizada pelo desgaste dos discos intervertebrais, estruturas entre as vértebras que amortecem os impactos da coluna, que extravasam ou rompem e comprimem as terminações nervosas da medula espinhal. A compressão da estrutura neural causa dores, fraquezas e formigamentos nos membros. O desgaste é mais comum na região lombar, mas também pode afetar a cervical e, menos comum, a torácica.

Entenda a hérnia de disco

Segundo o médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Antônio Kriger, o desgaste dos discos faz parte do envelhecimento humano, um processo de degeneração natural dos discos, mas também pode afetar pacientes jovens devido sobrecarga realizada nas atividades diárias, má postura no dia a dia e no trabalho, falta de atividade física ou exercícios feitos com sobrecarga e de maneira incorreta.

De acordo com o especialista, o diagnóstico precoce e o tratamento conservador com a administração de remédios, repouso, fisioterapia, acupuntura, prática de atividades físicas e fortalecimento muscular são eficientes para oito em cada dez pacientes.

“Uma cirurgia só será indicada em situações específicas, como a dor intratável, o déficit neurológico e falha no tratamento conservador sem melhora significativa dos sintomas após no mínimo oito semanas”, explica Krieger.

Endoscopia da coluna lombar

Ilustração: Riwospine

A cirurgia endoscópica da coluna lombar que foi aprovada pela ANS é também conhecida como cirurgia minimamente invasiva e é indicada quando o tratamento conservador falha. Durante a cirurgia, com o uso do endoscópio associado a uma câmera, o cirurgião acessa e remove a hérnia de disco com dano mínimo às estruturas da coluna e musculatura através de uma incisão de 0,8 a 1 cm, que é fechada com um ponto e que recebe um pequeno curativo.

“A inclusão da cirurgia endoscópica da coluna no rol da ANS é uma vitória para os pacientes que vão ser beneficiados com uma técnica cirúrgica moderna, menos invasiva e que é considerada hoje o padrão ouro do tratamento das hérnias discais lombares. É uma cirurgia com menos tempo de internamento, que pode ser feita até com anestesia local e que normalmente os pacientes podem ir pra casa no mesmo dia sem precisar de internamento. Além disso, ela diminui a lesão na musculatura e o sangramento comparada com a cirurgia aberta”, explica o cirurgião.

Artroplastia discal da coluna cervical

A cirurgia tem como critério de indicação a hérnia de disco e a discopatia degenerativa (o desgaste do disco). Como a região exige mobilidade e flexibilidade, o tratamento envolve a substituição do disco por uma prótese modular.

Por meio de uma incisão na parte anterior do pescoço, o cirurgião remove todo o material cartilaginoso do disco degenerado e insere uma prótese de metal e polietileno de alta densidade. Este disco artificial permite que o segmento volte a realizar movimentos dentro dos limites normais.

“Ela irá trazer um grande benefício principalmente para os pacientes jovens, porque até então só havia a liberação dos convênios da cirurgia de artrodese, com placas e parafusos, o que causava rigidez do segmento operado e risco de Síndrome do Nível Adjacente que é o desgaste precoce do disco superior ao operado com a artrodese. A prótese discal modular permite continuar com mobilidade e diminui o risco dos discos adjacentes”, finaliza Krieger.

Casos reais

Dr. Antònio Krieger durante cirurgia

Segundo o empresário Rodrigo Andruszewicz, a inclusão das cirurgias nos planos de saúde irá colaborar para a qualidade de vida principalmente daqueles que não têm condições de acesso aos procedimentos no particular.

“Eu entrei no centro cirúrgico às 17h e às 23h já estava indo para casa. Cinco dias depois eu estava jogando futebol. Eu acredito que essa seja uma das melhores cirurgias por vídeo. Na época, não existia a cobertura do plano de saúde e eu tive que pagar no particular. Com a inclusão nos planos, isso irá ajudar muitas pessoas que não tem condições de ter acesso a essa cirurgia”, afirma.

Obesidade pode levar à incapacidade funcional dos pés e tornozelos

ABTPé lista principais problemas que excesso de peso pode causar aos membros inferiores

Uma análise dos dados de mortalidade da Covid-19 feita pela Federação Mundial de Obesidade divulgada neste mês (marcado pelo Dia Mundial da Obesidade, celebrado em 4 de março), apontou que as taxas de mortalidade foram dez vezes maiores em países onde mais de 50% da população está acima do peso.

A obesidade é uma doença crônica que aumenta o risco para o desenvolvimento de diversos problemas sistêmicos, incluindo nos membros inferiores. “A obesidade pode levar a incapacidade funcional dos pés e tornozelos, pois pela sua posição anatômica, eles sustentam praticamente todo o peso do corpo e, no caso de obesidade, a sobrecarga é muito maior”, pontua o presidente da Associação Brasileira de Cirurgia e Medicina do Tornozelo e Pé (ABTPé), José Antônio Veiga Sanhudo.

O especialista fala que não é raro as pessoas obesas apresentarem problemas nos pés por lesões decorrentes da sobrecarga. As queixas mais comuns são dores e limitações das atividades esportivas ou mesmo cotidianas, o que leva ao sedentarismo e dificulta a perda de peso. “A obesidade e os problemas ortopédicos acabam criando um ciclo vicioso”, salienta.

O excesso de peso é uma das principais causas de fascite plantar, um processo inflamatório ou degenerativo que afeta uma membrana de tecido conjuntivo fibroso na planta do pé. “Dor intensa no calcanhar é o principal sinal da fascite plantar e tipicamente ela é mais intensa nos primeiros passos pela manhã, ou após ficar algum tempo em repouso. Pela sua posição anatômica e pela alta demanda desta estrutura durante a marcha, a recuperação desta lesão costuma ser lenta”, explica Sanhudo.

O excesso de peso está associado também à degeneração acelerada da cartilagem articular, a chamada artrose, que é nos obesos habitualmente mais comum nos membros inferiores que sustentam o peso do corpo, explica o médico. Doenças inflamatórias ou degenerativas dos tendões dos membros inferiores também são mais comuns em pacientes com sobrepeso, pois o esforço destas estruturas é muito maior.

“Por isso, é importante tentar equilibrar a balança, seja para facilitar o tratamento quando o problema já se instalou, seja para prevenção”, aconselha o médico.

Fonte: ABTPé

Chip neuromodulador é opção para alívio da dor crônica na coluna

Equipamentos estão cada vez mais modernos, imperceptíveis e com baterias de longa duração

Pacientes que sofrem com dores crônicas na coluna, em casos que persistem principalmente após uma ou mais cirurgias na região podem contar com uma opção de tratamento cada vez mais acessível: o chip neuromodulador. O aparelho é composto por eletrodos com fios e ligados a um pequeno gerador, implantado na coluna do paciente em um procedimento minimamente invasivo.

“O chip é pré-programado para atender às necessidades do paciente e introduzido na coluna, emitindo sinais de estímulo para a região afetada, bloqueando os sinais de dor”, explica Juliano Fratezi, médico ortopedista especialista em coluna e dor.

O especialista afirma que não há restrições para esse tipo de procedimento. “No caso de pacientes que não estão aptos a realização de uma cirurgia maior, por exemplo, é possível a implantação do chip a partir de uma pequena incisão”, esclarece Fratezi. Para aqueles em melhores condições clínicas, a opção é por uma abordagem minimamente invasiva para a inserção de eletrodos mais específicos no combate à dor.

“É um procedimento revolucionário, pois age em casos específicos onde nós não tínhamos muitas opções de tratamento, às vezes os remédios não faziam muito efeito ou novas abordagens cirúrgicas não auxiliava o paciente”, completa.

A tecnologia destes chips também apresenta evoluções ao longo dos anos. “Eles são imperceptíveis, ninguém sabe que o paciente utiliza o neuromodulador”, ressalta o especialista em coluna e dor. “Além disso, os modelos estão cada vez mais leves, finos e menores”, pontua. O médico também esclarece que as baterias têm longa duração, evitando que o paciente passe pelo procedimento diversas vezes.

“Há casos em que a bateria chega a durar de 15 a 20 anos tranquilamente”, explica o médico. Outra vantagem é que o chip é um tratamento reversível. “Caso o paciente não se adapte à tecnologia, é possível desligá-lo e retirá-lo em um novo procedimento minimamente invasivo”.

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O paciente leva uma vida normal após a implantação do neuromodulador. Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, a recuperação é breve. “O paciente retoma suas atividades normalmente”, salienta o médico. Um documento válido em todo o mundo é entregue a ele no momento do procedimento para evitar situações inconvenientes ao paciente, como ser parado em detectores de metais e portas giratórias de instituições financeiras, por exemplo.

Fonte: Juliano Fratezi, médico ortopedista especialista em coluna e pós-graduado em dor pelo IEP – Hospital Sírio Libanês, membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)

Dores no corpo aumentam no inverno

No inverno nota-se um aumento no número de pessoas que vai ao hospital com dores musculares. Esses indivíduos chegam ao pronto-socorro se queixando, principalmente, de dores no pescoço, nas pernas e nas costas.

dor nas costas
Ilustração: Typography Images/Pixabay

Pessoas idosas, com doenças degenerativas como artrite e artrose, problemas na coluna, fraturas e recém-operadas acabam sentindo mais dor nesta época do ano devido às mudanças na temperatura ambiente.

Isso acontece porque nos dias frios há uma tendência maior a contrair os músculos do corpo, se encolher e se movimentar menos, o que causa maior rigidez muscular e, consequentemente, dor.

Segundo o coordenador da área de ortopedia do Hospital Santa Paula, Gilberto Anauate, mesmo os idosos que não têm problemas de saúde sofrem nesta época do ano. “O segredo é sempre se movimentar. Isso estimula a produção de líquido sinovial, responsável pela lubrificação das articulações” comenta o especialista.

Para se prevenir das dores nos dias mais frios, o ortopedista aconselha:

– Mantenha o corpo aquecido, em especial as extremidades e o pescoço, pois a friagem pode causar torcicolo e provocar contrações musculares.

pele  inverno

– Exercite-se. Em todas as épocas do ano é necessário praticar atividades físicas, mas, no inverno, é ainda mais primordial. Alongar-se antes e depois das atividades ativa a circulação e diminui o frio. O melhor exercício para quem tem problemas de artrite, artrose, problemas na coluna, entre outros, é a hidroginástica. Outras opções são caminhadas, passeios de bicicleta e exercícios na academia.

treino corrida inverno

– Proteja-se da umidade, pois ataca as articulações, causando dores. O dormitório deve ser seco e claro.

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Foto: Pixabay

– Aposte nos chás termogênicos para se aquecer e evite comidas cruas, bebidas geladas e laticínios. Sopas e caldos também são indicados, mas cuidado com o excesso de calorias que podem fazer engordar nesta época do ano.

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Foto: Pixabay

– Se a dor for frequente, fale com seu médico. Ele pode indicar um anti-inflamatório, um relaxante muscular e, em alguns casos, um tratamento com RPG (reeducação da postura global) e fisioterapia.

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Fonte: Gilberto Anauate é formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia de Traumatologia e coordenador do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Santa Paula

 

Como cuidar do pet após uma cirurgia ortopédica?

Atenção ao comportamento e adequações da casa colaboram com a recuperação

Certas raças de cães e gatos são mais propensas a desenvolverem doenças nas articulações e ortopédicas, especialmente quando chegam à velhice. Por isso, há sempre aquela preocupação sobre os cuidados necessários para colaborar com a sua recuperação. Algumas das doenças ortopédicas conhecidas são artrites e artroses, comuns em pets com idade mais avançada.

Há também casos de displasia* coxofemoral (doença que apresenta alteração no desenvolvimento da articulação do quadril) que ocorre com mais frequência em cães de raças grandes, mas pode acometer gatos grandes como os Maine Coon e Ragdoll. Já os cachorros de raças pequenas como Maltês, Yorkshire e Poodle são predispostos à luxação de patela (também conhecida como rótula, esse osso auxilia nos movimentos e protege a articulação do joelho).

Segundo Karin Botteon, médica veterinária, membro da COMAC (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), e coordenadora técnica da Agener, “algumas dessas doenças podem predispor às fraturas ósseas e rupturas de ligamentos, geralmente como consequência de acidentes ou esforço em articulações já doentes”. Por isso, o cuidado tem que ser sempre redobrado.

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Como detectar o problema?

Infelizmente, as mascotes não conseguem se comunicar verbalmente com seus tutores para sinalizar que sofrem de dores ou incômodos. Por isso, é muito importante manter o olhar atento à falta de atividade, alimentação ou distúrbios de eliminação, ou seja, dificuldades em evacuar, urinar ou fazer isso em locais não usuais. Na presença desses ou mais sintomas, a avaliação do médico veterinário, através de exames clínicos e ortopédicos adequados, é fundamental para revelar o que impede o pet de viver normalmente.

Reabilitação pós-cirúrgico

Animais com doenças nas articulações e ortopédicas podem ser submetidos à cirurgia e retornam para a casa exigindo cuidados especiais que vão além de observar mudanças físicas como inchaços. Veja como colaborar com a sua recuperação:

Ambientes: se a casa tem pisos lisos, o recomendado é utilizar tapetes emborrachados para diminuir o atrito e evitar movimentos brutos como subir em camas, sofá e escadas para não forçar o membro debilitado. Adaptar o acesso com rampas ajuda muito.

Alimentação: animais obesos tendem a desenvolver mais doenças desse tipo, assim é muito importante uma dieta indicada pelo veterinário. A falta de apetite também deve ser observada, pois pode indicar que algo não anda bem.

Exercícios: dependendo do problema, não é recomendada a prática de exercícios por um tempo, pois isso pode sobrecarregar o membro em recuperação. Há casos em que são indicadas sessões de fisioterapia aplicadas pelo veterinário especializado. Somente ele pode indicar os exercícios corretos para se aplicar em casa.

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Um animal com boa rotina de exercícios, caminhadas e brincadeiras, não necessariamente irá desenvolver doenças ortopédicas. “Desde que não haja esforço maior do que aquele demandado para seu peso, idade e raça, os animais que praticam exercícios tendem a ter força na musculatura que pode ajudar na recuperação”, alerta Karin.

*Termo usado para determinar alteração do desenvolvimento de um órgão ou tecido do corpo animal e humano.

Fonte: COMAC (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal),

Ortopedista do HCor alerta para o aumento de lesões no joelho durante o outono e inverno

Neste período, são atendidos de 15 a 20 pacientes por semana com queixas de dores e lesões no joelho, decorrentes da prática de atividade física sem aquecimento e alongamento prévio

Durante o outono e inverno, o aumento de lesões nos músculos e articulações é bastante frequente, isto porque a atividade física aliada às súbitas mudanças de temperatura e à preparação inadequada pode causar dores, além de lesões, principalmente durante esta época do ano.

De acordo com o ortopedista e responsável pelo Instituto do Joelho do HCor (Hospital do Coração), Rene Abdalla, durante o outono e inverno aumenta o número de pacientes que aparecem nos consultórios do HCor com lesões leves de joelho em decorrência de atividade física. Neste período, são atendidos de 15 a 20 pacientes por semana com queixas de dores e lesões no joelho, decorrentes da prática de atividade física. Já no verão este número é de seis pacientes por semana.

Nesta época do ano a falta de aquecimento aumenta ainda mais os riscos de lesões. “O número de casos de estiramento muscular é maior no frio, principalmente pela manhã, quando as pessoas realizam as atividades com pressa porque tem compromisso depois e querem terminar tudo rápido”, enfatiza Abdalla.

Quando o corpo está em repouso, o fluxo de sangue para os músculos é baixo, entre 15% e 20%. Durante um exercício, porém, esse fluxo pode atingir índices de 70% a 90%. “Um músculo só consegue ter desempenho máximo e otimizado quando a circulação sanguínea local está plenamente ativada”, esclarece o ortopedista.

Além dos joelhos, os músculos mais afetados pela síndrome das baixas temperaturas são os posteriores da coxa e os da panturrilha. E a recuperação leva um tempo, pois é preciso se afastar da atividade física por mais de 15 dias. O tratamento consiste em fisioterapia e uso de anti-inflamatórios.

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Imagem: HCor

Segundo o ortopedista do Instituto do Joelho HCor, muitos praticantes de atividade física preferem buscar na farmácia a solução para o desconforto, ao invés de recorrer a um médico. Muitas vezes, a alternativa mais corriqueira é a aquisição de acessórios tensores disponíveis para os joelhos e coxas. Feitos de elástico ou borracha, eles prometem acabar com o incômodo, prevenir o agravamento ou ainda a ocorrência de novas lesões. Porém, é exatamente no uso destes acessórios sem orientação que mora o perigo.

Alongamento e aquecimento é fundamental: as lesões causadas por exercícios durante o outono e o inverno podem ser consequência de treinamentos inadequados ou irregulares, preparo físico ruim, fragilidade dos músculos, tendões ou ligamentos ou até mesmo decorrentes de problemas estruturais naturais que podem forçar determinadas partes do corpo. Para preveni-las, a etapa do aquecimento antes de qualquer atividade física é fundamental.

A atividade física que causa dor deve ser evitada até que a recuperação seja completa. “O exercício deve ser interrompido quando existir dor em qualquer parte do corpo, para não provocar mais danos à área afetada”, esclarece Abdalla.

Dicas do ortopedista do HCor para evitar lesões nos joelhos durante a atividade física:

-Pense no conforto: use calçados com mais amortecimento e, de preferência, específicos para o seu tipo de pisada. Com o impacto mais suave e a melhor distribuição de peso durante cada passo, os joelhos não precisam de um esforço excessivo desnecessário;

-Escolha o melhor caminho: procure por terrenos menos duros e com mais nivelamento. Correr subindo ladeiras ou na areia demanda mais resistência, mas é interessante para os níveis intermediários e avançados de corredores;

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Foto: Gabor / Morguefile

-Respeite os limites do seu corpo: o esforço de tentar superar os próprios limites é válido, mas, quando o cansaço chegar, não exagere! O descanso é tão importante quanto a atividade física em si. Se um dia todo de pausa parece exagero, opte por exercícios com movimentos leves;

-Cuidado com os joelhos: pessoas com problemas como a condromalácia patelar, que acontece quando há degeneração da cartilagem, precisam interromper a rotina de atividades até garantirem que é seguro recomeçar. O retorno deve ser gradual e o aumento da intensidade do exercício só é recomendável após a recuperação total;

-Não esqueça do alongamento: realize-o para manter a saúde das articulações, ampliar a elasticidade dos músculos e tornar os movimentos melhores e mais amplos.

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Foto: Morguefile/Bonnie Henderson

Instituto do Joelho HCor: com o objetivo de aperfeiçoar e atualizar técnicas cirúrgicas e de reabilitação (fisioterapia), o Instituto do Joelho propõe um atendimento de alto nível à esportistas de todos as modalidades, bem como de doenças da cartilagem articular (artrose). Por meio de consultas e avaliações realizadas por uma equipe multiprofissional, o Instituto do Joelho define o melhor tratamento com resultado final no mais curto espaço de tempo.

Aliado aos mais altos padrões de tecnologia para o tratamento das lesões do joelho, o Instituto disponibiliza de máquina de isocinético para avaliação computadorizada da musculatura ao redor do joelho, Balance System, que tem a finalidade de mensuração e treinamento da agilidade da articulação. Além disso, o Instituto conta também com o SportsMetric™, que tem como objetivo a prevenção de lesões bem como a avaliação de retorno ao esporte.

Fonte: Centro de Ortopedia e Reabilitação no Esporte do HCor: considerado um dos mais importantes centros nacionais da especialidade, o Centro de Medicina Esportiva do HCor reúne uma equipe altamente especializada com os mais modernos recursos tecnológicos para dar assistência a todas as patologias ortopédicas.

Atividade física: tênis adequado evita torções, dores nos pés, joelhos, quadril e coluna

Muitas pessoas que praticam esporte ou algum tipo de atividade física, em algum momento, reclamam de dor. Em muitos casos, essa dor é causada pelo uso do tênis inadequado ao tipo de atividade. Afinal, os pés sustentam o corpo todo (que dependo do exercício o peso é multiplicado por 4) e é o tênis que vai dar segurança para evitar torções, dores nos joelhos, no quadril, nos pés e na coluna.

Cada modelo de calçado traz uma tecnologia agregada para atender às necessidades da atividade que vai praticar e, ainda, de acordo com o tipo de pisada. Assim, além da segurança, pode garantir conforto, flexibilidade, equilíbrio, respirabilidade, amortecimento, durabilidade evita ferimentos e ainda ajuda na performance. Mas as pessoas ainda estão ligadas apenas à estética e à moda.

Desde uma “simples” caminhada até os esportes mais sofisticados. Seja obesa ou não, todos precisam de um tênis que seja adequado à atividade que pratica.

Saber o tipo de pisada é um bom começo. E é o médico ortopedista quem vai dar esse “diagnóstico”. Assim, fica mais fácil escolher o modelo adequado.

São muitas curiosidades que podem ser abordadas nessa pauta. Entre elas:

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1.Tipo de pisada: neutra, pronada, supinada. Explicar as diferenças e o que os tênis têm de diferente para corrigí-las.

2.Explicar a diferença entre os tênis fabricados para quem pratica corrida, futebol de salão, basquete, tênis, vôlei ou que queira usar na academia; além das opções para o uso do dia a dia.

3.Quando usa o tênis errado, tem uma dor localizada. E é possível identificar a dor analisando a pisada e o tênis errado.

Fonte: Authentic Feet 

Ortopedista dá dicas de como prevenir e tratar a osteoporose

A osteoporose é uma doença caracterizada pelo aumento da fragilidade dos ossos, com prejuízo da sua capacidade de sustentar a estrutura do nosso corpo. O osso, na verdade, é um tecido vivo, como a pele, diz o ortopedista do Centro de Qualidade de Vida, Marco Otani. “Ele se renova constantemente e, por meio de suas células, mantém o equilíbrio da quantidade de cálcio no organismo. Pode-se dizer que o osso é o banco de cálcio do organismo.”

Entre os 30 e 35 anos de idade, a massa óssea do homem e da mulher alcança o limite máximo. Por isso, é importante compreender o que vai acontecer daí por diante. Após essa idade, começa a perda da massa óssea de forma lenta e gradual, para ambos os sexos. Esse processo, entretanto, é acelerado quando a mulher chega à menopausa. Nos cinco a seis anos seguintes à menopausa, as mulheres perdem o dobro de massa óssea (3% a 4% ao ano) em comparação aos homens da mesma idade (1% a 2% ao ano).

A prevenção é uma arma poderosa ao combate à osteoporose. Ela pode começar com exames simples e rápidos, como a densitometria óssea, que registra a densidade de massa óssea. Os valores obtidos são comparados aos valores normais. A necessidade de prevenção é reforçada quando o médico identifica fatores de risco para osteoporose durante uma consulta, quais sejam:

Diminuição de hormônios: quando diminui a produção de hormônios, começa a perda da massa óssea, portanto, quanto mais cedo ocorrer a menopausa, maior o risco de osteoporose.

Sedentarismo: mulheres com pouca ou nenhuma atividade física regular, tal como caminhar ou praticar exercícios supervisionados.

Nutrição inadequada: o consumo insuficiente de alimentos ricos em cálcio desde a infância até a idade adulta compromete a renovação da massa óssea.

Fumo, álcool e café em excesso.

Após a identificação dos principais fatores de risco e da avaliação dos exames de rotina, cabe ao médico indicar o tratamento e fazer o acompanhamento da paciente ao longo dos anos. “Esse é um dos segredos para evitar a osteoporose. Ela é a principal causa das microfraturas de coluna vertebral, de fraturas de bacia, cólo do fêmur e punhos, podendo causar dores constantes, imobilização forçada no leito, e como consequência, má qualidade de vida”, reforça o ortopedista.

Tratamento

São quatro os principais tratamentos: medicação, alimentação, exposição solar e exercício físico supervisionado. Quanto às medicações, pode se fazer o uso de comprimidos ou substâncias de infusão. Já a alimentação deverá ser rica em leites e queijos. No quesito exposição solar, o período mais adequado para fazê-lo é das 8 às 10 horas da manhã, mas o ideal é conversar com um dermatologista.

Somada a tudo isso, a atividade física supervisionada é fundamental para se ter o estímulo de produção de massa óssea, além de todos os outros benefícios que os exercícios bem aplicados trazem ao organismo.

Fonte: CQV