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“Não dá mais para esperar. Cuide-se. O câncer não ficou em quarentena”, alerta campanha da SBCO

Com conteúdo qualificado nas mídias sociais e site oficial e ações ao longo do ano, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica mapeia os principais estudos do Brasil e do mundo sobre o impacto da pandemia no diagnóstico e tratamento do câncer e, com linguagem acessível e didática, alerta sobre prevenção e necessidade de retomada dos exames de rastreamento para redução dos casos, das descobertas em fase avançada e mortes por câncer

Antes da pandemia, o câncer já gerava preocupação em todo o mundo por conta de gargalos no diagnóstico, com altas taxas de tumores avançados até mesmo para tipos de câncer que possuem exames de rastreamento como mamografia, colonoscopia e Papanicolau. Além da descoberta tardia, que aumenta a complexidade do tratamento e custos e reduz as chances de cura, havia também a perspectiva do exponencial aumento da incidência da doença em duas décadas. Quando Covid-19 ainda não era pauta mundial, a projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) era de 19,3 milhões de casos em 2020 e um salto de 64,1% em 20 anos, ou seja, atingindo a marca de 30 milhões de novos casos em 2040 (1).

Paralelamente, no Brasil eram esperados que entre 2020 e 2022 houvesse cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano (2). Considerando uma média de 60% de aumento em duas décadas, chegaríamos à alarmante marca de 1 milhão de novos casos/ano em 2040 no país. Com a chegada da Covid-19, o câncer não deixou de existir. Pior que isso, a doença evoluiu em agressividade, pois houve uma drástica redução de exames e visitas /revisões com médicos e especialistas que poderiam diagnosticá-la precocemente. Diante deste cenário, com a proposta de conscientizar a população sobre a importância do cuidado com a saúde, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) lança a campanha Não dá para esperar. Cuide-se. O câncer não ficou de quarentena.

O cirurgião oncológico e presidente da SBCO, Héber Salvador, explica que a ação será um movimento permanente. “Vamos desenvolver inúmeras ações com o propósito de conscientizar a população a estar atenta aos sinais do corpo, aos exames indicados para sua faixa etária e, aos pacientes oncológicos, que não negligenciem o tratamento. Será um movimento permanente, que irá abraçar as demais campanhas que já são tradicionais ao abordar tipos específicos de câncer, como o Julho Verde, Agosto Branco, Setembro Lilás, Outubro Rosa, Novembro Azul e Dezembro Laranja. Além disso, temos também a tradicional Ação Nacional de Combate ao Câncer da SBCO também em novembro”, detalha Héber Salvador.

O impacto mundial da pandemia no câncer em números – A OMS, que havia projetado um aumento superior a 60% na carga de câncer em todo o mundo até 2040, alertou para o catastrófico impacto da pandemia nos últimos dois anos no diagnóstico de novos casos de câncer. Os dados apontam que durante os meses iniciais da pandemia, o diagnóstico de tumores invasivos caiu 44% na Bélgica; assim como na Itália, os exames colorretais diminuíram 46% entre 2019 e 2020, enquanto na Espanha o número de cânceres diagnosticados em 2020 foi 34% menor do que o esperado (3).

Em sua Pesquisa Global Pulse, a OMS indicou que no último trimestre de 2021 houve uma interrupção no cuidado do câncer (exames de rastreamento e tratamento) de 5% a 50% em todos os países do mundo. Esta situação (embora tenha melhorado desde o primeiro trimestre de 2021 – quando os serviços foram interrompidos em mais de 50% em 44% dos países e entre 5% a 50% no restante) refletirá negativamente por alguns anos. Estudo publicado na revista científica JAMA (Journal of The American Medical Association) evidenciou que a Holanda observou uma queda de até 40% na incidência semanal de câncer e o Reino Unido teve redução de 75% nos encaminhamentos por suspeita de câncer. Estes dados foram obtidos a partir dos registros de janeiro a abril de 2019 comparados com os mesmos meses de 2020 pela Quest Diagnostics, líder mundial em medicina diagnóstica. Foram identificadas quedas significativas nas neoplasias malignas, benignas, in situ e de comportamento não especificado (5).

Outro estudo, assinado por pesquisadores do Sidney Kimmel Cancer Center, da Filadélfia, nos Estados Unidos e do National Health Service (NHS), do Reino Unido, mostra redução de 89,2% no rastreamento de câncer de mama e de 85,5% dos exames de investigação de câncer colorretal. Os dados foram obtidos a partir dos registros de 278 mil pacientes, dentre eles mais de 20 mil do período de covid-19. A pesquisa foi publicada no JCO Clinical Cancer Informatics, revista científica da American Society of Clinical Oncology (ASCO).

Recente

Publicado em abril de 2022 na revista científica The American Surgeon – um estudo de coorte retrospectivo, que investigou o impacto da pandemia na triagem, diagnóstico e taxas de mortalidade das cinco principais causas de morte por câncer (pulmão/brônquios, cólon/reto, pâncreas, mama e próstata) mostra que as triagens diminuíram 24,98% para câncer colorretal e 16,01% para câncer de mama de 2019 a 2020. A mesma revista, também em abril, trouxe um estudo que mostrou redução de mamografias de rastreamento em 44% e de 21% de redução de mamografias de diagnóstico.

Os números do impacto no Brasil

O impacto da Covid-19 no controle do câncer no Brasil começou a ser quantificado já no início da pandemia. Nos primeiros quatro meses (março a junho de 2020) sete entre dez cirurgias oncológicas não foram realizadas, aponta a SBCO. Paralelamente, levantamento da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) mostrou que ao menos 70 mil brasileiros deixaram de receber o diagnóstico de câncer no mesmo período.

Outro levantamento feito pela SBCO, junto ao banco de dados do Datasus, aponta que ao menos 148 mil colonoscopias deixaram de ser realizados no Sistema Único de Saúde nos últimos dois anos. O sistema registra a realização de 347.098 colonoscopias em 2019. Em 2020, quando houve medidas mais restritivas para contenção da disseminação do SarsCov-2, o que incluiu o fechamento de serviços de colonoscopia, foram realizados 241.329 exames (redução de 30,4% no ano passado). Em 2021, foi registrada uma retomada na procura pelo exame, porém, observou-se ainda uma significativa redução (304.004 colonoscopias, um volume 12,4% menor em relação a 2019).

Outros números do país

=Redução de 47% na realização de mamografias no SUS de janeiro a julho de 2020 quando comparado ao mesmo período de 2019 – INCA.
=Redução de 46,3% dos diagnósticos de câncer colorretal (intestino grosso e reto) de janeiro a julho de 2020 quando comparado ao mesmo período de 2019 – SBCO e A.C.Camargo Cancer Center.
=61% dos serviços de Radioterapia tiveram mais de 20% de redução do movimento, sendo que 15% viram o número cair em mais de 50%. – Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

No Brasil, a média de deslocamento para um procedimento de Radioterapia é de 76 quilômetros. Por sua vez, a desigualdade de acesso escancara uma distância média que varia de 33 km no estado de São Paulo a 1605,5 km, que é a distância média que precisa ser percorrida por um paciente que reside em Roraima, estado que não possui qualquer serviço de Radioterapia. No Acre, que também não conta com Radioterapia, a distância ao serviço mais próximo é de 1487,3 km – Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

O reflexo na cirurgia oncológica

Até 2040, a demanda por cirurgias relacionadas ao câncer deve aumentar 52%, chegando a 13,8 milhões de procedimentos nos próximos 20 anos. Para dar conta desse cenário, estima-se que quase 200 mil cirurgiões e 87 mil anestesistas adicionais sejam necessários para cumprir o desafio. Além disso, também será preciso melhorar sistemas de saúde para evitar mortes decorrentes de complicações pós-operatórias. Estas previsões foram publicadas na revista científica The Lancet.

O impacto já é percebido na cirurgia oncológica no Brasil, pois os pacientes estão chegando com tumores maiores e mais agressivos, o que exige procedimentos mais extensos e qualificação profissional. Embora o panorama esteja melhorando, por conta da queda dos números da pandemia e avanço da imunização contra Covid-19, é missão da SBCO trabalhar pela retomada dos cuidados e exames periódicos e que a população tenha, em dia, a sua mamografia, toque retal, colonoscopia, dentre outros exames de rastreamento, assim como os meninos e meninas vacinados contra o vírus HPV.

Com a campanha 360º, que envolve conteúdo multimídia e qualificado nas mídias digitais e ações externas com a população, a campanha, além de conscientizar a população, visa engajar os mais de 1400 cirurgiões oncológicos membros da SBCO. Paralelamente, é essencial também a atuação multiprofissional. “Precisamos lutar pela maior oferta do ensino de Oncologia em todas as faculdades de Medicina do país e que esta disciplina também figure na grade curricular de outras áreas de saúde, essenciais para o cuidado multidisciplinar do paciente oncológico, como Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Enfermagem, dentre outras. Os médicos e os demais profissionais da saúde precisam aprender a pensar oncologicamente. Com isso, a população será mais bem assistida por eles em todas as etapas, da prevenção à reabilitação pós-tratamento”, vislumbra Héber Salvador.

Fonte: SBCO

Psicóloga e especialista do sono aponta 4 motivos que podem causar insônia

A insônia é um dos quadros mais graves do sono e que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. Apesar de não ser o único problema relacionado ao sono, é certamente um dos mais presentes na vida de quem não consegue dormir.

Para Laura Castro, psicóloga e sócia-fundadora da Vigilantes do Sono, primeiro programa digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I) no Brasil, noites de insônia podem ocorrer eventualmente e ter como causa motivos distintos. “Ter noites de insônia diante de acontecimentos que nos agitam é normal. A insônia é uma resposta comum ao estresse e ocorre quando ficamos em estado de alerta”, diz. A especialista aponta que a perda de sono também está bastante relacionada a certos hábitos, como exposição excessiva à luz ou irregularidade nos horários de dormir.

Mesmo com uma série de motivos que podem fazer com que o indivíduo não consiga dormir, Laura aponta que a insônia crônica deve ser encarada com mais atenção. “A insônia crônica, por outro lado, que consideramos clinicamente relevante, persiste por meses e a frequência com que ocorre também é um critério importante para o diagnóstico clínico”.

De acordo com a especialista, são diversos os motivos que podem levar ao quadro mais grave da insônia. De modo geral, entretanto, ainda que existam outras condições médicas envolvidas e desafiando o sono, como dores crônicas, estão em nossos hábitos as razões pelas quais os sintomas de insônia se perpetuam. Abaixo, ela destaca quatro dos principais fatores que podem causar a perda de sono.

Estresse

É uma das condições que mais afeta o sono e pode desencadear diversos problemas de saúde. Segundo Laura, questões como dificuldades no trabalho ou estudo, brigas ou problemas de relacionamento, acidentes ou traumas, o recebimento de um diagnóstico que ameaça a vida, a maternidade e a paternidade são todos acontecimentos comuns da vida que podem causar estresse que, por consequência, desencadeia problemas no sono. “Isso acontece porque ficamos em um estado de alerta, o corpo se prepara para responder com rapidez, liberando hormônios e substâncias que nos mantém acordados para pensar, repensar, planejar, ou que nos impede de chegar em certas fases do sono para encontrar memórias que nos assombram”, ressalta Laura.

Ansiedade

Bem como o estresse, a ansiedade coloca o indivíduo em uma situação de agitação que possivelmente afetará o sono. Isso acontece, inclusive, quando há expectativa para que algo bom ocorra, como a véspera de uma viagem ou a expectativa de promoção no trabalho.
“São coisas que, apesar de serem positivas, geram uma ansiedade para que o momento esperado chegue logo na maioria das vezes, mas tantas outras como receio pelo desconhecido. Isso costuma ser a causa de comportamentos e hábitos que atrapalham a higiene do sono e podem perpetuar quadros de insônia aguda”, aponta.

Obesidade

Há condições físicas e doenças que predispõem as pessoas a desenvolverem distúrbios do sono e, neste cenário, a obesidade é uma delas. A condição aumenta as chances de apneia do sono, que pode, posteriormente, causar insônia também. Laura ressalta a importância de exercícios físicos como forma de ajudar no combate tanto da obesidade como dos problemas de sono. “A atividade física pode operar milagres. É recomendável exercícios que fazem a gente suar a camisa e gastar bastante energia, assim como os que proporcionam relaxamento intenso, como os praticados na água. O cuidado importante, é não fazer atividade física próxima ao horário de dormir, principalmente para quem já sofre por insônia”, destaca.

Pandemia

Embora a insônia já fosse algo que atingia milhares de pessoas mesmo antes da pandemia, o cenário de incerteza que tem acompanhado a disseminação do vírus é, ainda, um catalisador para o problema. O momento atual, que impede o convívio social, trouxe instabilidade econômica para muitas famílias, além do luto para aqueles que perderam entes queridos, é único na história recente e tem impactado de forma significativa a qualidade do sono das pessoas. “Como já é sabido, a era em que vivemos impede que nos encontremos com amigos, nos deixa mais sedentários, uma vez que passamos a ficar mais tempo em casa, sem contar com o excesso de exposição às telas, o que para muitos é uma realidade. Todos esses pontos são prejudiciais não apenas para o sono, mas também para a qualidade de vida no geral. Precisamos nos observar em relação aos sintomas para que a insônia ou outros distúrbios do sono não prejudiquem o nosso dia a dia ou levem à doenças mais graves”, finaliza a psicóloga.

Fonte: Vigilantes do Sono

Gripe: tire suas dúvidas

Embora seja comum entre os meses de abril e agosto, um surto de gripe vem atingindo milhares de pessoas agora no verão. Por isso, o Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – Asbai preparou um tira-dúvidas para explicar o que é gripe, seus tipos e sintomas.

O que é gripe e quais os sintomas?

É uma doença viral aguda transmissível que afeta o trato respiratório superior e inferior causada pelo vírus influenza. Os sinais e sintomas da gripe em casos leves incluem tosse, febre, dor de garganta, mialgia, dor de cabeça, coriza e olhos congestionados. Cefaleia frontal ou retro-orbital é uma apresentação comum acompanhado por sintomas oculares como fotofobia e dor.

Na criança, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Os idosos quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos. Os sintomas agudos persistem por sete a dez dias.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de influenza pode ser feito clinicamente, especialmente durante a temporada de influenza. A maioria dos casos se recupera sem tratamento médico e não precisariam de um exame laboratorial para o diagnóstico. Os testes laboratoriais disponíveis para o diagnóstico de influenza são a detecção rápida de antígeno o teste de PCR em tempo real.

O que causa gripe?

-Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D.
-O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
-Tipo A – são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves.
-As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre.
-Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N).
-Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1) pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos.
-Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.
-Tipo B – infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.
-Tipo C – infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativa a saúde pública, não estando relacionado com epidemias.
-Em 2011 um novo tipo de vírus da gripe foi identificado. O vírus influenza D, o qual foi isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar ou causar a doença em humanos.

Como ocorre a transmissão da gripe?

Em geral, a transmissão ocorre dentro da mesma espécie, exceto entre os suínos, cujas células possuem receptores para os vírus humanos e aviários. A transmissão direta de pessoa a pessoa é mais comum. Acontece por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus ao falar, espirrar ou tossir. Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções de outros doentes. Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem a introdução de partículas virais diretamente nas mucosas oral, nasal e ocular. A eficiência da transmissão por essas vias depende da carga viral, contaminantes por fatores ambientais, como umidade e temperatura, e do tempo transcorrido entre a contaminação e o contato com a superfície contaminada.

Quais as principais complicações que a gripe pode causar?

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Pneumonia viral, pneumonia bacteriana secundária (agentes infecciosos bacterianos: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp e Haemophillus influenzae) à infecção viral, miosite, micocardite, insuficiência respiratória aguda e morte. Essas complicações graves podem se desenvolver em até 48 horas a partir do início dos sintomas. O vírus se replica nas vias respiratórias superiores e inferiores a partir do momento da inoculação e com pico após 48 horas, em média.

Os casos graves podem progredir para falta de ar, taquicardia, hipotensão e necessidade de intervenções respiratórias de suporte em até 48 horas.

Quem pode ser mais afetado pela gripe? Por quê?
Extremos de idade: crianças muito pequenas e idosos, pessoas não vacinadas, imunocomprometidos e portadores de doenças crônicas.

Grupos de risco e condições para complicações:
Grávidas em qualquer idade gestacional;
-Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
-Adultos ≥ 60 anos;
-Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade);
-População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
-Pneumopatias (incluindo asma);
-Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
-Nefropatias;
-Hepatopatias;
-Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
-Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
-Transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
-Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
-Obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC ≥ 40 em adultos);
-Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye).

Como se prevenir da gripe?

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe.

Devido a essa mudança dos vírus, é necessário a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo o ano, o Ministério da Saúde realizam a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. Além da vacinação orienta-se a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população. Medidas estas, comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus da gripe:

-Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
-Utilize lenço descartável para higiene nasal;
-Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
-Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
-Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
-Mantenha os ambientes bem ventilados;
-Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
-Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
-Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
-Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;

Importante: indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (podendo ser por até sete dias após o início dos sintomas). Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre sem a utilização de medicamento antitérmico.

Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

Diabetes cresce mais rapidamente entre mulheres, durante a pandemia

Sociedade Brasileira de Diabetes também alerta para o avanço da doença entre adultos jovens

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para o avanço do diabetes na população brasileira, sobretudo entre a parcela feminina. A recém-lançada edição da pesquisa Vigitel aponta um crescimento de 11,6% no conjunto da população adulta que referiram diagnóstico médico de diabetes, nas capitais brasileiras. Em 2019, a pesquisa apontou que 7,4% da população apresentava a doença. Em 2020, esse percentual subiu para 8,2%. Esse crescimento, contudo, não se mostrou equitativo.

Em meio à população masculina a doença aumentou 0,2% (de 7,1% em 2019 para 7,3% em 2020). Contudo, entre as mulheres, o avanço foi mais acelerado – saltou de 7,8% no primeiro ano para 9%, no segundo. Em todo o país, segundo o recém-lançado Atlas do Diabetes 2021 da IDF (sigla em inglês para Federação Internacional de Diabetes), 15,7 milhões de pessoas, de 20 a 79 anos, apresentam quadro de diabetes.

O endocrinologista Marcio Krakauer, coordenador do Departamento de Saúde Digital, Telemedicina e Tecnologia em Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes, aponta que apesar de, tradicionalmente, as mulheres apresentarem maior cultura de acompanhamento médico, o cenário de dificuldades sociais e econômicas, observado nos últimos anos, atingiu a população feminina com maior intensidade – com potencial impacto em suas condições para prevenção do diabetes, como acesso à alimentação de qualidade, rotina de atividades físicas e outros.

O especialista destaca ainda que os dados da pesquisa Vigitel revelaram que a velocidade de crescimento de novos diagnósticos mostrou-se mais expressiva entre adultos jovens. O percentual de mulheres de 25 a 34 anos que relataram diagnóstico da doença mais que dobrou de um ano para outro, passando de 1,3% para 2,9%. Entre os homens, essa velocidade ascendente foi observada na faixa de 18 a 24 anos.

Krakauer aponta que as facilidades cotidianas contribuem para o sedentarismo, visto que a demanda física tende a ser cada vez menor a execução das mesmas atividades. “Precisamos criar uma cultura ativa ligada ao bem-estar e saúde preventiva. A prática de atividades físicas e alimentação saudável podem se tornar elementos de prazer quando associados à rotina e preferência de cada pessoa. O que não podemos é normalizar esse contingente cada vez mais jovem de pessoas com diabetes. Hoje, a pessoa com diabetes pode ter uma vida completamente normal, quando a doença é bem monitorada. Mas por que não adotar essa rotina de autocuidado antes de desenvolver a doença e ficar suscetível a uma série de complicações?”

Fonte: SBD

Maquiagem em tempos de pandemia: especialista dá dicas do que usar

Desde o início da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar maquiagem, devido a frequente utilização de máscaras de proteção, ou têm dúvidas sobre como usar. Para quem acha não ser possível, a dica é usar make de qualidade sem abrir mão da máscara. “É possível usar make sim, sempre optando por produtos com acabamento mais sequinho (matte) para não transferir o cosmético para a máscara. Produtos de longa duração são uma ótima pedida”, explica a maquiadora profissional e influenciadora digital, Marina Guimarães ( @coolmarinaa ).

A boa escolha dos produtos é fundamental. “Hipoalergênicos são incríveis para quem tem alergia a alguns ingredientes específicos, eles não evitam, mas diminuem a possibilidade de alguma reação alérgica”, alerta Marina. Outra dica “Opte por máscaras descartáveis quando estiver maquiada, porque sempre se acaba transferindo um pouco do produto e manchando a máscara”, explica a especialista.

Vale lembrar que muita gente está em esquema de home office, e uma chamada de vídeo pode surgir a qualquer momento. As dicas valem também para quem gosta de estar preparada para estes momentos.

Marina apresenta cinco dicas para você voltar a usar maquiagem nesse momento de pandemia:

-Apostar na make dos olhos;
-Usar produtos com acabamento matte;
-Selar a pele com pó para fixar ainda mais a maquiagem;
-Se possível, evitar base e usar só o corretivo em locais específicos, assim vai diminuir a chance da sua make sair toda na máscara;
-Bruma fixadora na hora de finalizar a make, vai deixar o acabamento mais bonito e evitar que a maquiagem transfira”, conclui Marina.

Fonte: Marina Guimarães (@coolmarinaa) é maquiadora profissional e influenciadora digital. Bacharel em Relações Internacionais e possui formação também como maquiadora profissional e diversos cursos na área. Trabalha com o YouTube desde 2016, onde tem mais de 1.2 milhões de inscritos.

Herpes-Zóster: número de pessoas infectadas com a doença viral aumentou na pandemia

Médica da Família da Vibe Saúde, Fernanda Buonfiglio de Castro Monteiro, explica que a doença é mais conhecida como cobreiro e é causada pelo mesmo vírus da catapora

A Covid-19 tem tido grande destaque no cotidiano da saúde no mundo. Além dela, há diversas outras doenças virais que já existiam e também merecem atenção, como a herpes-zóster. A doença viral, popularmente conhecida como cobreiro, é ocasionada pelo vírus varicela-zoster (HHV-3), causador também da varicela, a famosa catapora. A Vibe Saúde, maior plataforma em saúde digital B2C no país, observou aumento na demanda por atendimentos de paciente com lesões suspeitas dessa doença, que não depende de exames complementares para diagnóstico e, por isso, pode ser reconhecida, tratada e acompanhada por telemedicina.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), desenvolveram o estudo “Increase in the number of Herpes Zoster cases in Brazil related to the Covid-19 pandemic” (Aumento no número de casos de herpes-zóster no Brasil relacionados à pandemia de Covid-19), comprovando essa impressão relatada por diversos serviços de saúde e atribui o fato as alterações de humor e de hábitos alimentares provocadas pelo isolamento, imposto pela pandemia, como possíveis colaboradoras para o aumento de casos de doenças autoimunes.

Fernanda Buonfiglio de Castro Monteiro, médica da família da Vibe Saúde, conta que a catapora é a fase aguda e primária da infecção pelo vírus HHV-3, que fica latente no organismo e, quando reativado, surge como a herpes-zóster, com manifestação na pele e, por isso, classificada como dermatose. “A infecção ocorre por meio da via inalatória ou por contato com as secreções das lesões da varicela ou herpes-zóster de outra pessoa”, explica.

A médica da família detalha que o vírus pode alcançar a pele e gânglios sensoriais e manifestar lesões do tipo bolhosas e que causam dor. “A dor persiste por muitas semanas e até meses, condição chamada nevralgia pós-herpética, e envolve uma recuperação desgastante com uso de medicamentos analgésicos potentes. A doença também pode provocar outras complicações mais raras, como afecções oculares – ceratite e uveíte, por exemplo, além de outras sequelas permanentes – e paralisia facial temporária, caso as lesões apareçam no rosto.”

Para a médica da healthtech, várias condições estão associadas ao aparecimento da herpes-zóster. “Têm mais probabilidade de se infectar com o vírus pessoas com baixa imunidade, câncer, trauma local, cirurgias da coluna, sinusite frontal, entre outras. Acomete, principalmente, indivíduos com faixa etária maior que 50 anos, especialmente idosos, que apresentam imunidade diminuída ao longo dos anos.”

Commons Wikimédia/Reprodução

A médica recomenda uma avaliação profissional para se obter o diagnóstico preciso. “O tratamento é medicamentoso e consiste em acelerar o processo de recuperação e em controlar a dor. A duração dependerá da persistência da dor, por isso cada caso deve ser tratado e acompanhado individualmente. Além disso, é importante uma ação preventiva. A vacina para herpes-zóster, disponível na rede privada, é indicada para adultos maiores de 50 anos, inclusive para aqueles que já manifestaram a doença. Imunizar as crianças com a vacina da varicela também pode atuar como prevenção de herpes-zóster na idade adulta.”

Fonte: ViBe Saúde

Profissionais alertam para o alto consumo de açúcar

Com mais tempo em casa e aumento de pedidos de refeições, ingestão de açúcar passou dos 68%

A pandemia de Covid-19 alterou vários hábitos entre os brasileiros. Muitas pessoas passaram a trabalhar na modalidade de home office, outras em modelos híbridos e tantas outras já retomaram suas atividades presenciais.

O fato é que com mais tempo em casa, muitas ações que faziam parte do dia a dia se transformaram, uma das consequências foi o elevado consumo de açúcar. A pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com as universidades de Minas Gerais (UFMG) e de Campinas (Unicamp), mostrou que praticamente a metade das mulheres, por exemplo, estão consumindo chocolates e doces em dois ou mais dias da semana.

O estudo realizado com mais de 40 mil brasileiros mostrou que esse aumento representa 7% a mais do que antes da pandemia. Outros 63% dos entrevistados afirmaram que consomem doces duas vezes por semana ou mais.

Para o endocrinologista credenciado da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Caoê Indio do Brasil Von Linsingen os açúcares são importantes para o bom equilíbrio do organismo, mas precisam de moderação. “Os açúcares são fontes importantes de energia e contribuem com a palatabilidade da dieta, mas moderação é fundamental. O excesso contribui para ganho de peso e pode também precipitar diabetes nas pessoas predispostas”, esclareceu.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda que no máximo 10% das calorias diárias devem vir do consumo de açúcar. Considerando uma média de 2.000 calorias ao dia, essa taxa equivale a 50 gramas de açúcar por dia (aproximadamente dez colheres de chá).

Outra pesquisa que tem chamado a atenção dos médicos foi publicada em setembro e realizada nos Estados Unidos. O estudo produzido pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA, com mais de 400 mil pacientes, mostrou uma elevada taxa de índice de massa corporal (IMC) das crianças e adolescentes durante a pandemia de Covid-19. Segundo o estudo, a proporção estimada de pessoas com obesidade aumentou de 19,3% em agosto de 2019 para 22,4% em agosto do ano passado.

Um dos fatores que levaram a esse aumento pode ser o maior período em casa e o aumento dos pedidos de comida por meio de aplicativos. “Geralmente, a pessoa pede a refeição e já coloca um refrigerante, um suco ou uma sobremesa já aproveitando o mesmo pedido. Há ainda locais que oferecem a bebida como combo da refeição. Outra possibilidade é que as pessoas podiam fazer um bolo para comer a tarde, por exemplo, fazer um docinho. Hábitos que antes não faziam parte do dia a dia do trabalho nas empresas e escritórios”, contou o médico.

Outro fator que pode ter contribuído para esse elevado consumo é a falta de atividade física, além das crises de ansiedade, estimuladas, muitas vezes, pelo longo período de distanciamento das pessoas e outras situações comportamentais.

É possível notar também esse consumo excessivo entre as crianças: “A interrupção das aulas pode ter contribuindo para essa situação. Os pesquisadores observaram que durante a pandemia as crianças provavelmente estavam longe de ambientes escolares estruturados e podem ter experimentado aumento do estresse, horários irregulares de refeições, menor acesso a alimentos nutritivos, aumento do consumo de ultraprocessados, aumento do tempo de tela e menos oportunidades de atividade física. Essas mudanças foram mais pronunciadas entre crianças do ensino fundamental de 6 a 11 anos, cuja taxa de mudança de IMC mais do que dobrou em comparação com a taxa pré-pandemia”, enfatizou Von Linsingen.

Cuidados redobrados

Foto meramente ilustrativa: Cait’s Place

Além da quantidade usual, é preciso que as pessoas que já possuam diabetes fiquem atentos a esses níveis, pois o consumo elevado de açúcares pode descompensar a doença. Engana-se quem acha que apenas os alimentos processados ou ultraprocessados possuem altas taxas de açúcar, já que fazem parte do grupo de alimentos chamado de carboidratos.

Dentro dessa grande classificação alimentar, os carboidratos são separados em simples e complexos. O primeiro de mais fácil digestibilidade está presente em produtos como pães, bolos, biscoitos, açúcar refinado, sucos e refrigerantes. Já os complexos têm absorção mais demorada pelo organismo, são mais saudáveis e estão presentes nos arrozes, massas integrais, aveias e outros.

Reeducação

Mesmo com os mais saudáveis é preciso ficar atento à quantidade. Para Von Linsingen, é importante reduzir o consumo e respeitar o corpo. “Reduzir essa porcentagem para 5% (25 gramas ou 5 colheres de chá) é ainda melhor para a saúde. Lembrando que essa quantidade abrange tanto os açúcares adicionados nos alimentos processados e ultraprocessados, quanto nos açucares naturalmente presentes nos alimentos. Um desafio e tanto para o momento em que vivemos, com alterações na rotina e consequente aumento na ansiedade. O doce acaba vindo como uma recompensa”, explicou.

Para a nutricionista credenciada pela Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Fernanda Gularte, a redução precisa ser lenta e gradativa para que o paciente não obtenha ainda mais vontade de consumir. “Muitas pessoas se empolgam no início da dieta e com o passar do tempo, começam a sofrer com essas substituições. Por isso, é preciso ir aos poucos, com paciência e criar um planejamento, para que assim, o objetivo seja alcançado”, enfatizou a profissional.

Para isso, a profissional separou algumas dicas:

-Reduza as bebida açucaradas
-Troque o tipo de chocolate para 60% cacau ou mais, e saiba o melhor horário de comer
-Reduza o açúcar do café

Fonte: Paraná Clínicas

Estudo mostra aumento de 40% nos transtornos alimentares com a pandemia

De acordo com a psicóloga Valeska Bassan, o “comer” passa a ser a única forma de controle em um cenário de descontrole

O aumento dos transtornos alimentares – principalmente entre adolescentes e jovens – tem sido um problema recorrente há mais de duas décadas, de acordo com estudos feitos em todo o mundo desde os anos 2000. No entanto, levantamento feito pela National Eating Disorders Association, ONG que ajuda indivíduos e famílias afetadas por transtornos alimentares mostrou um aumento de 40% nas ligações em sua linha de suporte desde março de 2020.

De um modo geral, a pandemia da Covid-19 criou situações que fragilizaram a saúde mental como isolamento social, mortes, preocupações em excesso, medo, falta de emprego, dinheiro e de perspectivas em geral, facilitando o aparecimento da ansiedade, depressão e transtornos alimentares.

Um segundo estudo realizado em 2020, com mil participantes diagnosticados com transtornos alimentares, nos EUA e na Holanda, descobriu que as pessoas que já possuem o diagnóstico de anorexia ficaram mais propensas a comer ainda menos refeições diárias, jejuar e ingerir alimentos de baixa caloria desde o surgimento da pandemia. Já pessoas com bulimia e transtorno da compulsão alimentar tiverem episódios mais frequentes e mais desejo de comer de maneira compulsiva.

Para a psicóloga e coordenadora do grupo de comer compulsivo do Ambulim (IPQ- USP), Valeska Bassan, escolher quando, como e quanto comer, oferece uma sensação de poder e controle diante de circunstâncias incontroláveis, especialmente nesse cenário que estamos vivendo. “Em momentos de estresse é bastante comum o ‘comer emocional´ que não e um estímulo de fome, e sim um gatilho emocional como resposta a uma situação adversa, não necessariamente negativa, por isso muita gente ganhou ou perdeu peso de forma significativa durante a pandemia”, comenta.

Outro ponto destacado pela especialista é que com o distanciamento social, grande parte das pessoas teve as atividades físicas limitadas ou paralisadas. Além disso, muitos recorreram às redes sociais como “substituta” dessa interação, o que é positivo do ponto de vista de conexão, mas bastante prejudicial no quesito percepção da autoimagem, o que pode gerar comportamentos mais negligentes em relação à alimentação.

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“Por isso, ficar atento aos sinais do corpo e da mente é fundamental, e o mais importante é se perceber. Se perguntar como estou hoje? Isso que estou sentindo é normal? Enfim, se ouvir e tentar perceber o que se passa com a gente. Isso já é o primeiro passo para a cura ou para a busca de um tratamento adequado”, finaliza Valeska.

Consumo de doces por adolescentes cresce 48% durante pandemia

Opções de alimentos e produtos que substituem a sacarose auxiliam no emagrecimento, regulam o humor e ajudam na prevenção de doenças

Diminuir a ingestão de açúcar não é uma tarefa fácil. Além do sabor considerado agradável, alimentos com alto teor de sacarose (popularmente conhecido como açúcar branco) funcionam como calmantes emocionais e, por isso, são consumidos em excesso durante momentos de tensão e preocupação, seja por crianças, jovens ou adultos.

A pandemia e as incertezas geradas por ela podem acentuar ainda mais o abuso do ingrediente. Segundo recente pesquisa publicada no periódico científico Nutrients, que contou com a participação da Fiocruz, a porcentagem de adolescentes que consomem doces diariamente cresceu de 14% para 20,7% durante o período de isolamento social – um aumento de 48%, aproximadamente.

Seja nesta fase da vida, na infância ou na fase adulta, uma dieta balanceada e que priorize a redução do consumo do açúcar branco pode trazer diversas vantagens para o organismo – entre elas a perda de peso, a regulação do humor e a prevenção de doenças, como hipertensão, problemas cardiovasculares, obesidade e diabetes. Além disso, a baixa ingestão de sacarose ainda auxilia na saúde da pele e ajuda no equilíbrio do sistema nervoso.

De acordo com a gerente de pesquisa e desenvolvimento da Jasmine Alimentos, Melissa Carpi, a busca por opções mais saudáveis já tem sido sentida pela indústria. “Em tempos como esse que estamos vivendo, as pessoas percebem a importância de adequar a alimentação. Então, cada vez mais, os alimentos saudáveis, orgânicos, integrais e com baixo teor de açúcar estão entrando na rotina das famílias que buscam a melhoria do bem-estar e o aumento da imunidade”, afirma.

A indústria de alimentos tem investido em soluções alternativas à sacarose, com opções naturais e até mesmo de produtos que não possuem origem animal. “Além da preocupação com a saúde, a proveniência da comida e sua sustentabilidade têm feito parte do debate sobre alimentação”, acrescenta Melissa.

Alternativa ao açúcar

Graças a esse cuidado com a origem dos alimentos, a Calda de Agave tem caído no gosto de consumidores e, principalmente, de nutricionistas e influencers de saúde, que trocaram até mesmo o mel (alternativa conhecida como ‘mais saudável’ ao açúcar branco) e tenham aderido ao adoçante natural de origem 100% vegetal.

“Por se tratar de um produto à base de frutose natural e com baixo teor de sacarose, a Calda de Agave se torna uma ótima escolha, por ser muito indicada para adoçar bebidas, cafés, sucos e vitaminas. O produto funciona ainda como ingrediente para preparações culinárias, como bolos e doces. Outra vantagem é a substituição do mel como adoçante natural, já que é o Agave proveniente de uma planta nativa do México e não agride o habitat das abelhas, tornando-se também uma opção viável para a comunidade vegana”, explica a nutricionista da E4 e consultora da Jasmine Alimentos, Karla Maciel.

A profissional ainda salienta que, além de alternativa ao açúcar e ao mel, a calda de Agave também combina com frutas, iogurtes e cereais no café da manhã. “O poder de adoçar desse ingrediente é até 1,5 vezes maior que a sacarose comum”, finaliza.

Linha Zero Açúcar

Além de possuir sua própria Calda de Agave Orgânico, prática, de fácil dissolução e pronta para o consumo, a Jasmine Alimentos também conta com uma linha completa de produtos zero açúcar para o consumidor brasileiro, como cookies, granolas, rosquinhas e Stevine Líquido.

Fonte: Jasmine

Brasil bate recorde de consumo de vinho em ano de pandemia

Pesquisa revela aumento histórico de mais de 30% no consumo de vinho

O brasileiro nunca consumiu tanto vinho como neste último ano de pandemia. Em média foi consumido 2,78 litros de vinho per capita, o que representa um aumento de mais de 30%.

É o que releva um estudo divulgado pela plataforma Cupom Válido que reuniu dados do Statista, Euromonitor e Nielsen, sobre o consumo de vinho no Brasil e no mundo. O consumo total foi de 501 milhões de litros (contra 383 milhões no ano anterior), um valor nunca atingido na história. Ao considerar todos os países da América Latina, o Brasil ficou só atrás da Argentina.

Do total de 83 milhões de consumidores de vinho no Brasil, 46% tomam vinho pelo menos uma vez por semana, e 53% pelo menos uma vez por mês.

Vinhos preferidos pelos brasileiros

O vinho tinto é o preferido dos brasileiros, com 55% da preferência. O vinho branco fica em segundo lugar, com 25%. E por fim, o vinho do tipo rosé está em terceiro lugar de preferência nacional, com 20% do total.

No caso vinho tinto, o tipo preferido dos brasileiros são os da uva Malbec, originária da França e com quase 59% do plantio mundial. Em sequência seguem os tipos Cabernet Sauvignon e Merlot, respectivamente.

Para os vinhos do tipo branco, a primeira opção é a do tipo Chardonnay, mais conhecida como a “Rainha das uvas brancas”. A uva do tipo Sauvignon Blanc e Moscato, seguem na segunda e terceira posição, respectivamente.

Aproximadamente 59% dos consumidores de vinhos no país tem mais de 35 anos. Além disso, 30% dos consumidores desta bebida, utilizam os canais digitais, como portais ou lojas online para comprar vinhos.

Os brasileiros também podem são considerados consumidores abertos à novas experiências, já que mais de 70% estão dispostos a provar novos tipos vinhos, não ficando preso só a uma marca ou subtipo de uva.

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Vinhos nacionais versus importados

Segundo a pesquisa, no Brasil, 69% do total de vinho consumido é nacional, contra 31% importado. A alta do dólar foi um dos principais contribuidores pela queda no consumo de vinhos importados em comparação com o ano anterior.

Mais de 42% de todos os vinhos importados, são provenientes do Chile. Seguido por vinhos importados da Argentina e Portugal, com 16% e 15%, respectivamente.O estado brasileiro que mais importou vinho, foi a Santa Catarina, com 30% da importação total. Seguindo por São Paulo em segundo, e Espírito Santo em terceiro.

Cenário mundial do consumo de vinho

O vinho mais vendido do mundo é o da marca Barefoot, dos Estados Unidos. O segundo mais vendido é a Concha y Tore, do Chile. E a marca Gallo, também dos Estados Unidos, segue em terceira posição.

Os Estados Unidos é o país que mais consome vinho do mundo, no total são mais de 33 milhões de hectolitros por ano, ou 13% do consumo mundial. A França e Itália seguem em segunda e terceira posição, respectivamente. Levando em consideração o consumo per capita, a ordem muda, e a França segue na liderança, seguido por Portugal na segunda posição.

Confira o infográfico completo abaixo: