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Vai à praia ? Médica ensina a prevenir e tratar quadros de intoxicação alimentar

Alergista explica como prevenir e tratar quadros de intoxicação causados por bactérias, fungos, vírus e suas toxinas, presentes em alimentos preparados sem os devidos cuidados

A intoxicação alimentar, como explica a médica alergista e imunologista Brianna Nicoletti, formada pela Universidade de São Paulo (USP): “é uma doença causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, parasitas, por fungos ou toxinas. A contaminação ocorre durante a manipulação, preparo, conservação e/ou o armazenamento da água ou dos alimentos”.

No verão e na praia, é difícil resistir à tentação: pastéis, espetinhos, porções fritas e salgadinhos vendidos por ambulantes e quiosques. Todo esse cenário pode colocar a saúde digestiva em risco, já que o consumo em excesso desses alimentos pode agredir a mucosa do estômago e as bebidas alcoólicas aumentam o nível de acidez do suco gástrico -podendo provocar gastrite e, em casos mais graves, úlcera.

A forma com que são servidos e expostos deixam esses alimentos facilmente contamináveis; sem a refrigeração necessária, como em buffets; manipulação e armazenamento de forma inadequada esses são os principais fatores para intoxicação alimentar.

Sintomas e ações a tomar

Foto: MD-Health

Os primeiros sintomas podem surgir poucas horas após a ingestão de algo contaminado, variando de acordo com o micro-organismo causador. “O intervalo, no geral, vai de duas a 72 horas para o início dos sintomas”, explica a médica. Porém, os sintomas sempre são parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas e mal-estar. “Nos quadros mais graves, ocorrem queda da pressão arterial, desidratação e perda de peso”, enumera.

O primeiro passo, ao sentir um dos sintomas, é fazer repouso e ingerir muito líquido (principalmente água, água de coco e isotônicos, e evitar bebidas gaseificadas com excesso de sódio. “Quando há risco de desidratação (com vômitos e diarreia), há medicamentos para controlar as náuseas e é necessário procurar ajuda médica para repor líquidos e sais por via endovenosa”, indica Brianna.

A boa notícia é que a grande maioria das intoxicações são consideradas leves e duram poucos dias. “As infecções bacterianas com colites e desidratação podem durar mais tempo. E, eventualmente, poderá ser necessário tratamento mais prolongado com antibiótico”, indica a médica. Daí a importância de consultar um médico para avaliar a gravidade e a necessidade do uso de medicamento.

Os vilões e como prevenir a doença

Peixe e frutos do mar, processados e embutidos (por exemplo, o presunto), legumes e frutas lavados com água contaminada costumam ser os causadores mais comuns da intoxicação alimentar.

O primeiro ponto determinante para evitar as contaminações está no cuidado com a água. “A prevenção das intoxicações está diretamente associada ao saneamento básico, ou seja, à boa qualidade da água para o preparo dos alimentos; aos cuidados ao cozinhar e armazenar, isto é, o modo de embalar e conservar em freezer ou geladeira; e a medidas básicas de higiene de quem os consome, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro”, explica a especialista. Outra dica é nunca consumir alimentos em conserva com embalagens estufadas ou amassadas”.

Diferença entre intoxicação e alergia alimentares

Imagem: emedicinehealth

Vale distinguir a diferença que existe entre a alergia alimentar e a intoxicação alimentar. “A alergia ocorre quando nosso sistema imunológico passa a entender uma parte da estrutura do alimento como ‘alergênica’ e estranha, e responde com a produção de anticorpos (chamado de IgE) ou células, gerando um processo inflamatório”, explica a médica.

A alergista detalha ainda que uma vez sensibilizado o organismo, o risco de uma reação alérgica mais grave, em um contato futuro existe, inclusive ao ter contato com uma mínima quantidade daquele alimento. “Mas, da mesma forma, as transformações frequentes do sistema imunológico podem trazer novas sensibilizações ao longo da vida, e pode também acontecer o que chamamos de ‘tolerância’ e, assim, depois de algum tempo, deixar de ter a alergia daquele alimento”. Os que mais causam alergias em adultos são: camarão, frutos do mar, amendoim, castanhas; nas crianças, são leite, ovo, soja, milho e trigo.

Fonte: Brianna Nicoletti é médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Residência médica em Medicina Interna pela Universidade Estadual de Campinas. Residência médica em Alergia e Imunologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Médica Especialista em Alergia e Imunologia do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

Confira 10 dicas de saúde para o verão

O verão chegou, com seus dias ensolarados e de muito calor. Para curtir com saúde e responsabilidade a estação mais quente do ano, é importante adotar alguns cuidados básicos, já que algumas infecções, queimaduras e outras doenças se tornam mais frequentes.

“Um dos itens prioritários da lista é a pele, que fica mais exposta aos raios solares, UVA e UVB, principalmente no período festivo e de férias, onde as praias, piscinas e rios ficam lotados. Além das queimaduras momentâneas, que podem estragar o seu momento de lazer, há ainda o risco do câncer de pele, tipo mais frequente da doença no Brasil”, alerta Gisele Abud, médica e diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA) Zona Leste, em Santos.  

A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, está localizada na região litorânea do estado de São Paulo e atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.  

Os raios UVA, que respondem por cerca de 95% da radiação emitida pelo sol, são os mais preocupantes para a saúde, pois estão presentes todos os dias e atingem camadas profundas da pele. Já o UVB, é comum nas estações mais quentes, como o verão, e atinge camadas superficiais da pele, causando vermelhidão e queimaduras.   “A diferença entre eles está, principalmente, na profundidade dos danos causados por cada um na pele. É muito importante usar protetor solar com fator de proteção e quantidade adequadas, evitar os horários de maior incidência do sol e utilizar roupas e acessórios para complementar a proteção”, orienta a profissional.  

Outro ponto de atenção é em relação à alimentação. “Qualquer alimento preparado com muita antecedência e não armazenado de forma apropriada, ou sem os cuidados de higiene adequados, pode servir como meio de cultura para as bactérias, ocasionando quadros de intoxicação alimentar”, explica Gisele. “Por isso, nesta época de altas temperaturas é necessário ter uma atenção redobrada com a higienização, o preparo e o armazenamento dos alimentos”, complementa.  

A intoxicação alimentar pode apresentar desde sintomas leves e moderados, que variam entre dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia – ocasionando desidratação –, até casos mais extremos, com quadros abdominais graves com risco de paralisia muscular, com consequente parada respiratória.   É essencial ter atenção aos alimentos consumidos, dando prioridade para os ricos em água – para favorecer a hidratação – , e de fácil digestão, como as frutas, legumes e verduras. “Evite os alimentos com alta densidade calórica ou muito gordurosos, como frituras, já que são mais difíceis de serem digeridos e por isso podem causar desconforto e mal-estar”, enfatiza a diretora da UPA.  

Para se manter hidratado, o recomendado é ingerir, pelo menos, dois litros de água diariamente. Temperatura, exposição solar e atividade física são os fatores mais comuns que aumentam o volume de água necessária a ser reposta no organismo. “É importante lembrar ainda que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas também favorece a desidratação, por isso, além de beber moderadamente, é importante intercalar com o consumo de água”, orienta Gisele.  

Em regiões litorâneas como a Baixada Santista, vale ainda o alerta em relação aos afogamentos. “A maioria das mortes ocorre porque as pessoas ignoram os riscos, não respeitam seus limites pessoais e não sabem como agir nessas situações”, lembra a médica. No Brasil, as principais causas de afogamento nas praias são a ingestão de bebidas alcoólicas, correntes de retorno, depressão no fundo das praias e o impacto das ondas, que arremessa o banhista para baixo.  


Confira as dez principais orientações para curtir o verão com responsabilidade e cuidar da saúde:  
– Use e abuse do protetor solar, com atenção à quantidade e fator de proteção;
– Complemente a proteção com acessórios como guarda-sol, chapéus, bonés e óculos de sol;
– Mantenha a pele limpa e seca, retirando o excesso de sal e areia, para evitar reações alérgicas e infecções; – Consuma bastante água e mantenha-se hidratado;
– Cuidado com alimentos calóricos e gordurosos, que podem ser de difícil digestão;
– Dê preferência para comidas mais leves e ricas em nutrientes e sais minerais, como frutas e legumes;
– Cuidado com o manuseio e armazenamento de alimentos, mantendo a refrigeração necessária;
– Não entre no mar/piscina logo após comer;
– Atenção ao consumo de bebidas alcoólicas, além da saúde, isso é essencial para evitar acidentes;
– Cuidado ao entrar em mar, piscina ou rios. Mesmo sabendo nadar, siga sempre as orientações dos guarda-vidas e placas de sinalização.

Fonte: Comunicação – Pró-Saúde

Verão: como manter hidratação de mãos, pés e unhas após exposição ao sol

O verão é uma das melhores épocas do ano para aproveitar os passeios e atividades ao ar livre. Praia, piscina, sol, areia, sal, a união desses fatores ou alguns deles, são um grande convite para o que a vida reserva de melhor, entretanto, a exposição contínua pode provocar o ressecamento e o surgimento de manchas, principalmente na pele e extremidades das mãos, pés e unhas.

Para evitar esse incômodo e manter a boa aparência dessas regiões, apostar em soluções de tratamento, ricas em agentes hidratantes e regenerativos, pode ser uma boa opção. Nessa linha, a marca suíça Mavala se destaca com um portfólio completo de produtos, especialmente desenvolvidos para esses cuidados específicos.

Entre as soluções apresentadas pela marca, o Anti-Spot Cream é um creme para as mãos que clareia manchas, reduzindo seu tamanho e intensidade, impedindo que novas pigmentações apareçam. A solução promove a renovação celular, protege contra os efeitos dos raios UV, amacia, rejuvenesce e agrega flexibilidade à pele. Sua composição conta com um complexo botânico de sete plantas orgânicas certificadas dos Alpes Suíços, derivados de vitamina C, betaína, manteiga de karité e colágeno marinho.  

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Outro destaque da Mavala é o Revitalizing Hand Milk, um creme revitalizante para mãos debilitadas e levemente secas. Ideal para o uso diário, o hidratante apresenta uma textura fina, suave e que ajuda a evitar o ressecamento antes, durante e após as exposições aos fatores externos. Sua fórmula é composta por aminoácidos de seda, aloe vera, extrato de pepino, hamamélis e glicoproteínas, que hidrata, amacia, tonifica e ainda estimula a renovação celular.

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Para os cuidados e beleza dos pés, a marca traz o Hydro-Repairing Foot Care, ideal para nutrir, hidratar e amaciar a pele seca e com rachaduras. Sua concentração de 5% de ureia, extrato de polpa de damasco e complexo hidro-regulador ajudam a tratar os pés extremamente secos e danificados, devolvendo sua boa aparência, conforto, flexibilidade e maciez.

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E como não poderia faltar, a líder mundial em cuidados para as unhas, apresenta também soluções específicas para essas extremidades como o Mava-Flex, um sérum para unhas secas e duras. Voltado para unhas das mãos e dos pés, o concentrado balanceado de ureia, sacarídeos, cálcio, óleo essencial de limão e vitamina B5, hidrata, fortifica, amacia e dá brilho, garantindo unhas mais saudáveis e bonitas.

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Outra solução nesse sentido é o Nailactan, um creme nutritivo para todos os tipos de unha, mas em especial, para unhas secas e danificadas. Composto por aminoácidos essenciais, lipídios e vitaminas, ajuda a nutrir a raiz das unhas, neutraliza o ressecamento e restaura a elasticidade. Como resultado, o Nailactan garante unhas mais brilhantes, flexíveis e uniformes.

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Lembrando também das cutículas, que sofrem igualmente com as longas exposições, o Cuticle Cream é ideal para cutículas duras e danificadas. A solução reduz a pele, permitindo que seja removida da placa da unha e empurrada cuidadosamente para trás. Essa versão em creme permite melhor absorção e conta com ingredientes como lanolina e vaselina, juntos em uma mistura oleosa e hidratante.

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Verão: cuidados com Covid-19 e prevenção ao câncer de pele devem andar lado a lado

Além do uso do álcool em gel, máscaras e respeito ao distanciamento, população deve adotar hábitos de fotoproteção para garantir sua saúde de modo pleno, informa a Sociedade Brasileira de Dermatologia

Neste verão, vamos conjugar prevenção ao coronavírus com cuidados para reduzir as chances de casos de câncer de pele? Esta é a proposta da campanha do Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2021. A intenção é dar início ao esforço de mobilização no período que abriga o Natal e estendê-lo pelos meses seguintes. Nos alertas, a SBD quer deixar claro que o atual momento pede que junto com o uso do álcool gel, máscaras e distanciamento, os brasileiros cultivem as práticas de fotoproteção.

Com a queda nos indicadores de morbidade e de mortalidade relacionados à covid-19, estima-se que neste verão as praias e os espaços abertos voltarão a ser ocupados com muito mais intensidade. No entanto, alertam os especialistas da SBD, a retomada da normalidade não deve ser feita sem atenção às recomendações das autoridades sanitárias, ainda atentas à possibilidade de aumento dos casos de contaminação pelo coronavírus. Além desse cuidado, afirmam, a população deve agregar à sua rotina as medidas de prevenção contra o câncer de pele.

“Adicione mais fator de proteção ao seu verão”: esta é mensagem central da campanha do Dezembro Laranja 2021. Esse mote estará presente em uma série de conteúdos desenvolvidos pela SBD especialmente para a ação. Serão peças para redes sociais, com dicas de cuidados; vídeos com orientações de médicos dermatologistas; e gravações feitas por personalidades estimulando os brasileiros à aderirem aos cuidados preconizados; entre outras abordagens que buscam a conscientização.

Adesão

Em 2021, entre as celebridades que participam voluntariamente da iniciativa estão os atores Tony Ramos e Carmo Dalla Vecchia, as cantoras Kelly Key e Karol Conká, a modelo Claúdia Liz, e os jornalistas Tom Borges (TV Record) e Eliane Cantanhede (TV Globo). Além deles, dezenas de outras artistas, intelectuais e influenciadores também aderiram à iniciativa, assim como instituições públicas e privadas, como o Congresso Nacional, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e inúmeros governos estaduais e prefeituras.

Todas as entidades ajudaram a montar uma rede nacional de apoio à causa. Isso ocorreu de duas formas: com a iluminação de sedes e monumentos na cor laranja e com a replicação em seus canais de comunicação do material produzido pela SBD incentivando a população a incorporar à sua rotina alguns cuidados. Dentre as recomendações, estão: cultivar hábitos de fotoproteção, que incluem o uso de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus; optar pela sombra; evitar a exposição ao sol entre 9h e 16h; e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando-o a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

Diagnóstico precoce

Em caso de surgimento de sinais e sintomas suspeitos, o médico dermatologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico precoce do quadro. Se for constatada uma lesão cancerosa, ele orientará o início do tratamento. É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. A rotina do autoexame facilita o reconhecimento dos casos.

A SBD ressalta ainda que a exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao seu surgimento. Neste grupo, estão os que têm a pele, cabelos e olhos claros; aqueles com histórico familiar dessa doença; os portadores de múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. A SBD ressalta que os que apresentam estas características precisam de maior cuidado com a pele e passar por avaliação frequente com um médico dermatologista.

Tumores

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem em torno de 8,5 mil casos novos por período. A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.

Há oito anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o #DezembroLaranja, sempre com grande engajamento da população e de outras instituições e entidades. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) contará com o apoio das seguintes hashtags: #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele # Maisprotecaonoverao #CampanhaCancerdePele2021.

Doença

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade. Por sua vez, o carcinoma espinocelular surge como o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Podem causar dor e produzirem sangramentos.

Metástase

Já o melanoma, apesar de corresponder apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave deles, pois quadros avançados podem provocar metástases (espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano) e levar à morte. Este tipo é geralmente constituído de pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato gradativamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

Desde 2014, a SBD promove o Dezembro Laranja, iniciativa que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento. O câncer da pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

Fonte: SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para a presença de caravelas no mar do sudeste brasileiro

Brasil vive surto de caravelas há quase 30 anos

Lindas, porém, venenosas, as caravelas-portuguesas, animais parecidos com as águas-vivas, estão cada vez mais presentes no litoral sudeste do Brasil, principalmente no estado de São Paulo. Embora estes bichos sejam comuns no Nordeste do Brasil, estão aparecendo às centenas de maneira brusca no verão paulista.

A aproximação dos animais se dá pelo vento, pelo clima e para a reprodução, o que faz crescer o número de acidentes envolvendo os banhistas. O perigo acontece por conta da liberação de um veneno que é produzido em uma célula – o nematocisto.

SMarques251/Pixabay

De acordo com Vidal Haddad, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia,“não é necessário deixar de frequentar as praias: “No entanto, é preciso tomar cuidado e se afastar dos animais, já que o contato com seus enormes tentáculos causa dor instantânea e violenta, além da vermelhidão”.

Muito raramente, pode haver comprometimento cardíaco e pulmonar, o que torna os acidentes muito graves. O dermatologista reforça: “Se automedicar também não é indicado e pode causar complicações. Urina é folclore, assim como Coca-Cola e remédios de inspiração popular”.

Primeiros socorros:

Healthline

1) Faça compressas de água do mar gelada e aplique vinagre de cozinha para aliviar a dor e retirar parte do veneno do ferimento.

2)Se os tentáculos se fixarem na pele, retire-os com um palito e não com as mãos.

3)Não lave o ferimento com água doce, pois piora o envenenamento.

4)Não toque nos tentáculos das caravelas sem luvas adequadas.

Se realizar os primeiros socorros e os sintomas persistirem ou se sentir falta de ar, taquicardia ou perda dos sentidos, busque atendimento médico rapidamente para tratamento adequado.

E atenção: converse com a criançada sobre nunca tocar em animais marinhos que estejam na areia. “No caso das caravelas, por exemplo, seu veneno fica ativo por horas mesmo no animal já morto”, alerta Haddad. As “bexiguinhas azuis” atraem a atenção das crianças e causam acidentes ao serem manipuladas.

Sobre as caravelas-portuguesas

Alicia CampbellPixabay

São animais marinhos muito confundidos com águas-vivas. São aparentadas e a característica principal é apresentar um balão flutuador roxo ou avermelhado, muito visível e que fica cima da linha d’água. Aparecem com frequência nas regiões Norte e Nordeste, mas também podem surgir em grande número em intervalos de tempos pequenos nas regiões Sul e Sudeste. No litoral de São Paulo, por exemplo, esses animais surgem sazonalmente, no verão, na época de reprodução.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

Conheça os seis perigos da praia

Para aproveitar o verão, as férias e feriados, não há melhor lugar do que a praia, mas é importante tomar alguns cuidados para que os dias de lazer na areia não deixem a saúde comprometida. O farmacêutico Adriano Ribeiro, da rede de farmácias Extrafarma, aponta os principais riscos para a saúde para quem quer passar os dias de calor aproveitando o mar e o sol.

Areia

pés na areia

Quando contaminada por fezes de cães ou gatos, a areia pode abrigar a larva migrans, causadora da doença conhecida como Bicho Geográfico. As larvas penetram na pele e por onde passam deixam um rastro com lesões avermelhadas visíveis, formando uma espécie de “mapa” (daí o nome), e causando coceira intensa. O parasita costuma se alojar nos pés, mas pode atingir qualquer parte do corpo que entre em contato com a areia contaminada.

bicho geografico larva migrans

“Em casos mais simples, o tratamento é feito com o uso de pomadas, mas, se a doença tiver se espalhado por muitas áreas, pode haver necessidade de medicamentos ingeridos por via oral. Por isso, é necessária a avaliação de um médico para decidir a melhor forma de tratamento”, diz o farmacêutico.

Sol

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Para se bronzear sem arriscar a saúde da pele, evite expor-se diretamente ao sol entre 10 e 16 horas e, em qualquer horário, use sempre filtro solar. “Para que a pele esteja bem protegida, é recomendável a reposição a cada 2 horas e um fator de proteção solar acima de 30. Caso queira se proteger também dos mosquitos, o filtro solar deve ser aplicado sempre antes do repelente, para que ambos os produtos tenham a máxima eficácia possível”, diz Ribeiro.

A não proteção adequada ao sol pode trazer à saúde e à pele inúmeros riscos, a começar pela vermelhidão indesejada, passando pela insolação e, ao longo praz, o câncer de pele. “Com a pele ardendo e avermelhada, o melhor a fazer é tomar um banho com sabonete suave ao sair da praia ou piscina, enxugar-se com delicadeza numa toalha macia e aplicar hidratante.”, destaca o farmacêutico.

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Quando ficamos muito tempo em um calor forte, como praia com sol quente, a temperatura do nosso corpo sobe, os poros se abrem e começamos a suar. A insolação ocorre quando o corpo esquenta muito e esse mecanismo não dá conta de abaixar a temperatura. Entre os sintomas estão pele avermelhada, quente e seca, aumento de batimentos cardíacos, respiração acelerada, boca e olhos secos, náusea, vômito e até perda de consciência.

“Para prevenir-se da insolação, é importante proteger-se do sol, usar protetor solar e ingerir líquidos regularmente, para manter o organismo hidratado. Água mineral e água de coco são boas opções. Já a bebida alcoólica potencializa o processo de insolação, pois em excesso causa desidratação.”, afirma o farmacêutico.

Biquíni molhado

praia

Refrescar-se com mergulhos no mar é ótimo, mas passar muito tempo com a roupa de praia molhada traz riscos para a saúde, principalmente na forma de infecções. O problema mais comum é a candidíase, que durante o verão chega a afetar cerca de 75% da população feminina. A umidade e o calor criam um ambiente mais favorável à proliferação de germes e fungos, como é o caso do causador da candidíase. Os principais sintomas são coceira, ardência, vermelhidão e secreção vaginal. “Em caso de ocorrência de um ou mais desses sintomas, é importante consultar um médico para iniciar o tratamento adequado. Para prevenir o problema, o ideal é trocar o biquíni molhado por uma roupa seca o mais breve possível após o mergulho”, diz Ribeiro.

Comida de praia

mulher praia comendo shutterstock
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Diarreia, febre, vômito e desidratação são alguns dos sintomas de intoxicação causada pelo consumo de alimentos contaminados por bactérias. Caso não seja possível verificar as condições de higiene dos alimentos na praia, o ideal é levar petiscos e lanches de casa, acondicionados em bolsas térmicas, para que sejam conservados por mais tempo. Em caso de intoxicação alimentar, a primeira medida a ser tomada é hidratar o organismo, com água, sucos e água de coco. Se o problema persistir ou os sintomas piorarem, é preciso procurar um médico.

Cadeira de praia

verão praia mar

A falta de higiene das cadeiras pode aumentar o risco de contágio por fungos e bactérias causadores de micoses, como o “pano branco”. Também conhecida como micose de praia ou pitiríase versicolor, é uma doença de pele causada pelo fungo Malassezia furfur, que impede a pele de produzir melanina quando exposta ao sol, causando manchas brancas na área afetada. “O tratamento é feito com pomadas antifúngicas, que devem ser prescritas por um dermatologista”, orienta Ribeiro. Para se proteger das micoses, recomenda-se higienizar as cadeiras com álcool em gel antes de sentar-se ou forrá-las com uma toalha grossa.

Mar

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Pixabay

Nadar em praias consideradas impróprias para banho deixa o organismo suscetível a doenças e infecções. O contato com águas contaminadas pode causar infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta e doenças como a gastroenterite, cujos sintomas são enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre. Em águas muito contaminadas, os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, como disenteria, hepatite A, cólera e febre tifoide. Crianças, idosos ou pessoas com baixa resistência imunológica são as mais vulneráveis. Para se proteger, verifique sempre a balneabilidade, que é a condição de qualidade das praias que pretende visitar, determinada a partir da quantidade de bactérias do grupo coliforme presentes na água.

Fonte: Extrafarma

Aprenda a escolher um bom protetor solar

As farmácias, mercados e lojas na internet estão cheias de opções de proteção contra o sol. Na temporada mais leve e livre do ano em que as pessoas estão de férias, praticam corrida, caminhada, andam de bicicleta, skate, patinete, fazem passeios no parque, tomam banho de piscina e praia é preciso ficar muito atento à exposição da pele aos raios solares.

Os raios UVA e UVB produzidos pelo sol representam 95% da radiação que atingem o corpo e penetram profundamente na pele. O efeito cumulativo dessa radiação provoca o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e até tumores benignos ou malignos. Para evitar tais problemas, o ideal é se proteger com um bom protetor solar. Você já escolheu o seu?

Simone Neri, dermatologista, tira algumas dúvidas e dá dicas de como escolher um protetor para aproveitar o sol de verão com alegria e segurança. Confiram:

– Quais os benefícios de usar protetor solar?

mulher protetor solar

Os protetores solares ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar. A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e os raios solares penetram profundamente na pele, podendo provocar diversas alterações, como o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas.

– Como funciona um protetor solar?

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Foto: Wikimedia

Ele impede que os raios ultravioletas emitidos pelo sol penetrem nas camadas mais profundas da pele. Os chamados filtros físicos fazem com que a pele não absorva os raios porque contêm substâncias refletoras. Já nas formulações químicas, a atuação dos ingredientes é mais complexa. Quando os raios atingem o corpo, encontram moléculas do produto que absorvem a energia do Sol. A absorção agita as moléculas, que ficam em estado de excitação, voltando em seguida ao estado natural, o que faz com que a pele receba uma fração de energia solar menos agressiva e reflita o restante.

— Qual o fator mínimo recomendado de filtro solar?

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Foto: Pedro J. Perez/MorgueFile

Existem dois fatores de medição de proteção solar: FPS e PPD. O FPS diz respeito ao filtro dos raios ultravioleta do tipo B, que são os raios que o sol emite e que causam aquela aparência avermelhada na pele e queimaduras solares. Já o PPD, é o fator de medição da proteção contra os raios ultravioleta A, que são os raios emitidos pelo sol e que penetram profundamente na pele, além de causarem um dano progressivo, também, são os maiores responsáveis aos danos a longo prazo nas células e ao temido câncer de pele. Portanto, quando você for escolher um filtro solar, você deve observar os dois fatores: FPS e PPD.

– Mas como escolher?

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É aconselhável que os filtros solares tenham no mínimo FPS 30 e PPD mínimo de 1/3 desse valor, segundo o Consenso Brasileiro de Fotoproteção. Porém, se for uma pele clara, dê preferência aos filtros com FPS de no mínimo 60 e PPD de 20, que certamente a pele estará mais protegida.

– Qual a maneira correta de usar protetor solar?

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O produto deve ser aplicado ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada duas horas. É necessário aplicar uma boa quantidade do produto, equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo, espalhar uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área desprotegida. O filtro solar deve ser usado todos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens. É importante lembrar que usar apenas filtro solar não basta. É preciso complementar as estratégias de foto proteção como, por exemplo, ao sair ao ar livre, procurar ficar na sombra, evitar o sol entre 10 e 16 horas, quando a radiação UVB é mais intensa, usar roupas, chapéus e óculos apropriados, e sempre ter a mão um protetor solar com fator de proteção solar de no mínimo (FPS) 30.

– Quanto tempo dura o efeito do protetor solar?

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda reaplicação de filtros solares a cada duas horas ou após longos períodos de imersão. Intervalos específicos de aplicação podem ser sugeridos pelo fabricante desde que comprovados por estudos específicos.

– Podemos usar o mesmo protetor solar do corpo no rosto?

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Sim, porém, como a pele do corpo geralmente é mais seca que a do rosto, dê preferência por filtros em loção, que podem ajudar a hidratar a pele.

– Qual o melhor fator de protetor solar para o rosto?

mulher usando protetor solar

O fator de proteção solar (FPS) é a principal medida de eficácia de um protetor solar, quantificando o quanto o produto é capaz de ampliar a proteção contra a queimadura solar. Dessa forma, um hipotético filtro solar com FPS 30 seria capaz de evitar que o usuário se exponha ao sol sem ser atingido por queimadura, 30 vezes mais do que sem o uso do produto.

– Protetores em produtos como, por exemplo, cremes, bases, pó compacto têm o mesmo efeito que um protetor solar não combinado a esses produtos?

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Sim, todos eles têm o mesmo efeito.

– Quantas vezes por dia devo aplicar o protetor solar?

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Depende, se estiver em ambientes fechados e não estiver transpirando muito, os filtros podem ser reaplicados a cada 4 horas. Em ambientes abertos e com transpiração, aplique a cada duas horas. Se estiver se banhando na piscina ou mar, reaplique o protetor sempre que sair da água.

Fonte: Simone Neri é dermatologista graduada em Medicina pela Universidade de Santo Amaro Unisa, possui residência em Clínica Médica e em Dermatologia e é ex-preceptora do Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Unisa, médica plantonista do Pronto Socorro do Hospital São Luiz, ex-coordenadora médica do Pronto Socorro do Hospital São Luiz Anália Franco. Possui consultório no bairro de Higienópolis, em São Paulo.

Dermatologista dá dicas para cuidar dos cabelos durante o verão

Banho de piscina, de mar, de sol… Delícias do verão, mas que podem prejudicar os cabelos, uma vez que agridem os fios. Para amenizar o problema, a dermatologista Andrea Frange, da Clínica Luciana Garbelini, de São Paulo, dá algumas recomendações importantes:

trança cabelos loiros

1. Quando for à praia ou piscina, é bom prender os cabelos. Isso ajuda a minimizar a exposição ao vento e o contato com o suor do corpo. “Mas nada de prender rabos de cavalos apertados. O melhor é fazer tranças ou coques frouxos, pois a tração excessiva também é prejudicial aos fios”, diz Andrea.

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Foto: Dissolve

2. Após entrar na água do mar ou na piscina, lavar os fios com água doce fresca para remover o excesso do sal e do cloro.

mulher meia idade praia chapeu

3. Importante: aplicar produtos com filtro solar e também usar bonés e chapéus. “Estudos mostram que a radiação UVA, UVB e luz visível causam alterações na cor e perda proteica da fibra capilar. Portanto, essas medidas são aconselháveis”, afirma a médica.

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Foto: All4Women

4. Cabelos com química, como luzes ou progressiva, demandam cuidados redobrados, por serem fios mais fragilizados, que foram submetidos à perda de proteínas e pontes estruturais da fibra capilar. Necessitam repor mais queratina, proteína que compõe os fios, com uso de máscaras específicas em casa ou procedimentos nos salões como a cauterização capilar.

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5. Cabelos cacheados são naturalmente mais secos pois o formato em espiral dificulta a chegada dos óleos, produzidos no couro cabeludo. Portanto, é bom usar cremes mais hidratantes antes e após a exposição solar.

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6. Cabelos oleosos também pioram no verão. “Isso ocorre porque as glândulas sebáceas, que produzem os óleos e as glândulas sudoríparas, estão mais ativas e acumulam mais secreções”, ensina a médica. Ela aconselha utilizar xampus mais adstringentes ou aumentar a frequência das lavagens para uma limpeza mais profunda do couro cabeludo.

secando cabelo toalha

7. Para qualquer tipo de cabelo, a aplicação dos xampus deve ser realizada apenas no couro cabeludo e do condicionador apenas no comprimento dos fios (da altura da orelha para baixo). Isso ajuda a prevenir a oleosidade da raiz e o ressecamento das pontas.

cabelo molhado

8. A aplicação de cremes sem enxágue com protetores térmicos após as lavagens, para quem utiliza secadores de cabelo, chapinhas ou babyliss, ajuda a proteger os fios contra o calor excessivo. “Mas deixá-los secar naturalmente ainda é a melhor opção”, afirma  Andrea.

Fonte: Andrea Frange é dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Especialização em Tricologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal. Atende na Clínica Luciana Garbelini, em São Paulo

 

Cuidados com a alimentação no verão

Buscar pelo bronzeado perfeito, recorrer às praias e piscinas e até aquelas tentações das comidas de rua, tudo vale a pena para tentar amenizar o calor tropical. Porém, há outro quesito importante quando o assunto é aproveitar o verão da melhor maneira possível: uma alimentação leve.

Se no inverno a culinária é marcada por tentações calóricas, nos dias mais quentes os pratos refrescantes não podem ficar fora do cardápio, tanto para o bem-estar do estômago quanto para evitar a desidratação, problema típico dessa época do ano.

Devido ao calor e ao tempo seco, o nosso organismo tende a eliminar quantidades consideráveis de água e sais minerais. Por isso, o verão exige uma série de cuidados e adaptações, a começar pela adoção de uma dieta equilibrada e o aumento da ingestão de líquidos para repor as proteínas perdidas.

praia comida

“Além do constante consumo de líquido, uma boa pedida é sempre optar por alimentos frescos, principalmente àqueles que já possuem bastante água na sua composição, como as frutas, que ajudam na hidratação e são de fácil digestão. Verduras, saladas e grãos também compõem uma alimentação saudável, já que possuem proteínas vegetais e fibras e não tem tanta gordura”, explica Debora Poli, gastroenterologista do Hospital São Luiz Itaim.

Para curtir o verão sem contratempos também é preciso dobrar a atenção e consumir apenas alimentos de procedência confiável para que não haja desconfortos estomacais. Segundo a especialista, a alta temperatura gera condições propícias para a proliferação de bactérias e os alimentos tendem a estragar com mais facilidade e, quando ingeridos nessas condições, podem desencadear inflamações intestinais como a gastroenterite.

“Comida crua e frutos do mar, por exemplo, são comuns nesta época, porém são mais propícios a causar inflamações, pois não foram cozidos. Outro alerta vale para passeios em praias e piscinas, pois os alimentos podem ficar horas no sol, aumentando o risco de bactérias. É recomendável conservar os alimentos sempre bem refrigerados”, esclarece.

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Além dos cuidados com a alimentação, a gastroenterologista recomenda evitar o excesso de consumo de bebidas alcoólicas, principalmente com a chegada das festas de final de ano, pois ele ajuda na desidratação. O álcool acelera a eliminação de água do corpo e também bloqueia a absorção de novos componentes, causando a famosa ressaca.

Para a médica, estar hidratado e bem alimentado antes de iniciar as festividades é muito importante, pois o organismo vai estar mais preparado para minimizar os efeitos negativos do álcool no dia seguinte.

Fonte: Hospital e Maternidade São Luiz Unidade Itaim

Especialista dá dicas de como cuidar da saúde dos olhos durante o verão

Óculos de sol, viseiras e lubrificantes oculares são importantes para evitar o ressecamento dos olhos e o contato direto com o Sol

O Verão é uma das épocas mais esperadas pelos brasileiros, mas também uma das mais perigosas para nossa saúde, já que a exposição solar excessiva pode provocar queimaduras de pele, por isso, todo cuidado é pouco, inclusive com a saúde dos olhos.

Ione Alexim, coordenadora do Serviço de Oftalmologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta para o uso de lentes de contato em dias de praia e piscinas, por exemplo. Por se tratar de um produto de base aquosa e muito sensível, as lentes de contato estão facilmente suscetíveis a contaminações por bactérias, como a Pseudomonas aeruginosa.

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Foto: J. Durham/MorgueFile

“Esse tipo de bactéria é geralmente encontrada na água do mar e piscinas e pode causar úlceras de córnea”, diz a especialista. Cerca de 50% dos pacientes que apresentam algum tipo de infecção bactéria na córnea, pode acabar com algum tipo de sequela. “As bactérias e a areia impregnam as lentes e, mesmo descartando o material após o uso, o contato com os olhos e a exposição às bactérias já aconteceu”.

A médica também ressalta que um diagnóstico muito comum é a conjuntivite química causada pelo cloro da piscina, inclusive em pacientes que não têm nenhum tipo de problema oftalmológico, uma vez que a exposição pode ocorrer com qualquer pessoa. Alguns cuidados, como não compartilhar toalhas, travesseiros e óculos escuros e ter o hábito de sempre lavar as mãos pode ajudar na prevenção de doenças oculares.

Como evitar o desconforto do tempo seco?

olho lacrimejando

O tempo seco comum nos dias de altas temperaturas também é um problema, já que isso aumenta o ressecamento dos olhos. Uma forma de evitar o desconforto é o uso frequente de lubrificantes oculares, com preferência para os sem conservantes. “A tendência é que as lágrimas naturais evaporem ainda mais rápido durante o calor, causando a sensação do olho seco ou a piora da queixa”, comenta.

A especialista explica que isso acontece muito no dia a dia, principalmente, para quem trabalha ou passa muito tempo conectado aos eletrônicos, pois piscamos com menos frequência nesses períodos. “O ideal é fazer pausas ao longo do dia para lubrificar os olhos e evitar exposição direta a saídas de fluxo do ar nos aparelhos de ar condicionado”, ressalta. A oleosidade da pele também ajuda no ressecamento dos olhos. “Nesses casos, é recomendável lavar a região dos olhos com xampu neutro”.

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Segundo a médica, o uso de óculos de sol e de viseiras é essencial para evitar o contato direto com o Sol e o ressecamento dos olhos. Outro ponto que a especialista destaca, é a importância de checar a qualidade e a autenticidade das lentes dos óculos de sol. “Não podemos afirmar que os óculos vendidos nas ruas ou até mesmo por ambulantes na praia têm proteção ultravioleta,” diz a médica. A preferência deve ser sempre por produtos adquiridos em lojas que ofereçam certificados de garantia para o produto.

Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz