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Síndrome de final de ano: transtornos mentais podem piorar perto do Natal e virada de ano

Aumento da ansiedade e da depressão na época das festividades é notável; especialista comenta o que pode causar esses sentimentos

Falar em festa de fim de ano é o mesmo que falar de uma época em que familiares se reúnem, no entanto, para aquelas pessoas que perderam entes queridos, isso pode ser muito dolorido. O período de fim de ano, regado por festas e comemorações, pode ser uma época de muita alegria para muitos, mas certamente não para todos. Um dos primeiros estudos realizados sobre a piora dos transtornos mentais nessa época foi publicado há 40 anos, em 1982, pela Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos.

A pesquisa em questão nomeou essa condição como “Síndrome de depressão natalina”. A princípio, um dos motivos para que essa época sirva de “gatilho” para algumas pessoas é a suposta necessidade socialmente imposta de se sentir feliz nesta fase do ano. Além disso, o período do Natal e do Ano Novo é marcado por reencontros familiares, o que pode ser estressante ou entristecedor para algumas pessoas por diferentes motivos. “Isso pode acontecer pela má relação com parentes ou pela perda de algum ente querido, que não está mais presente na data, por exemplo”, explica o médico psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica, Ariel Lipman.

Saudade daqueles que já se foram “A saudade pode apertar no final de ano e, com ela, vem a melancolia. Por isso, muitas pessoas acabam por se entristecer mais do que se alegrar nessa época, pois lembram de pessoas que já se foram, é como reviver o luto”, comenta o psiquiatra. “A situação certamente será ainda pior quando é o primeiro Natal ou virada de ano em que uma pessoa passa sem alguém querido que já morreu, o que é natural”, complementa ele. Além disso, pessoas que não mantêm boas relações com suas famílias também podem sofrer nesse período e, consequentemente, sentir mais solidão.

Sensação de solidão pode se agravar

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A solidão pode se manifestar em pessoas que vivem sozinhas e não têm contato com familiares, por exemplo. Segundo Lipman, muitas vezes elas vivem bem, mesmo sozinhas, mas durante as festas ficam mais deprimidas. Entretanto, a solidão pode aparecer de diversas formas e não somente em pessoas que vivem sozinhas, uma vez que , apesar da proximidade física, tem gente que pode sentir-se emocionalmente distante dos demais.

“O sentimento de solidão não é incomum no final do ano e, ao contrário do que as pessoas possam pensar, não se sente assim só quem vive sozinho ou não tem familiares próximos, pois pessoas com famílias aparentemente bem estruturadas também podem ser atingidos por essa sensação”, explica o psiquiatra.

Necessidade de se sentir feliz e grato o tempo todo

A chamada “positividade tóxica” pode ser muito observada nessa época do ano. Ela é, resumidamente, uma postura assumida por algumas pessoas, a qual consiste em escapar ou silenciar qualquer tipo de sensação negativa. Sendo assim, no fim do ano, é possível testemunhar esse tipo de comportamento por parte de alguns, afinal, é socialmente imposto que a época das festas é necessariamente um tempo feliz para todos.

Porém, sabe-se que isso não é verdade, visto que nem todas as pessoas têm condições de comemorar ou motivos para celebrar. “Essa obrigação de se sentir feliz no fim do ano é algo que pode causar ansiedade em muitos. A pessoa que não compartilha desse espírito de comemoração pode se sentir desconcertada ou como se tivesse algo de errado com ela, mas é preciso entender que não é um dever comemorar ou estar bem no fim do ano e que cada pessoa é uma pessoa e está tudo bem não compartilhar das festividades alheias”, esclarece o médico.

“É importante dizer também que quando pensamos em festa de final de ano, estamos pensando também em um ciclo que se encerra, ou seja, é normal ficar ansioso pelas promessas do ano que está chegando e até triste por não ter conseguido cumprir tudo o que queria no ano que está acabando”, finaliza Lipman.

Sobre a SIG

Fundada em 2011, no Rio de Janeiro, a Sig Residência Terapêutica, surgiu com o propósito de trazer um novo olhar em transtornos de saúde mental, com um tratamento humanizado, inclusivo e visando a ressocialização do paciente. Conta com 3 unidades, sendo duas na cidade do Rio de Janeiro e uma em São Paulo. Atualmente é gerida pelos sócios Ariel Lipman, Flávia Schueler, Anna Simões, Elmar Martins e Roberto Szterenzejer.

Saúde mental na menopausa: sintomas e como amenizá-los

O fim do ciclo menstrual feminino pode ser marcado por efeitos negativos sobre o bem-estar das mulheres; especialista explica como aliviar esses distúrbios

Os sintomas da menopausa estão atrelados, em sua maioria, a questões físicas que acometem as mulheres durante o período que marca o último ciclo menstrual de suas vidas. No entanto, pouco se fala sobre como o climatério pode afetar a saúde mental, já que um dos principais sintomas apresentados neste período é a depressão, de acordo com Sérgio Rocha, médico psiquiatra e diretor da Clínica Revitalis, referência em tratamento psicológico.

O bem-estar mental das mulheres está, desde a primeira menstruação, relacionado ao ciclo menstrual devido às variações hormonais provocadas por ele. Por vezes, acabam sofrendo de transtornos mentais específicos, como a disforia pré-menstrual e a depressão perinatal, entre outros. Por isso, não é diferente na menopausa, a qual é marcada por manifestações como a diminuição da libido, depressão e a “névoa mental”, podendo ser caracterizada por mudanças cognitivas e confusão mental e é causada pela baixa nos níveis de estrogênio no corpo.

Uma pesquisa realizada pela Newson Health Research and Education, mostrou que 99% das mulheres considera que o declínio na saúde mental a prejudica profissionalmente. Portanto, é importante entender que sintomas são esses e se há maneiras de aliviá-los.

Como a menopausa impacta a saúde mental das mulheres?

Além dos sintomas da depressão, a redução da libido e a névoa mental, a menopausa também pode ser marcada pela irritabilidade, principalmente causada pelos sintomas físicos típicos do climatério, como é chamada a transição fisiológica do período reprodutivo para o não reprodutivo na mulher. “A mulher pode acabar se sentindo irritada mais frequentemente conforme os sintomas do climatério aparecem, entre eles as ondas de calor, tonturas, suores noturnos que prejudicam inclusive a qualidade do sono”, explica o psiquiatra.

Aliviando os sintomas

Felizmente, há formas de aliviar esses sintomas. Uma delas é manter uma alimentação regrada e nutritiva. Nesse caso, é importante o acompanhamento nutricional.

A saúde mental pode ser muito beneficiada por uma alimentação rica em nutrientes como os antioxidantes, apontou um estudo realizado na Universidade de Caxias do Sul. Segundo a pesquisa, mulheres com menor consumo de polifenóis e de vitaminas como a A, a B6 e a C apresentaram maior predominância de depressão. A explicação para isso é que os antioxidantes combatem o processo oxidativo do organismo, o qual está ligado ao estresse e à depressão.

Além da dieta, é recomendável fazer acompanhamento psicológico, garante o Dr. Sérgio. “Por se tratar de uma transição importante na vida da mulher e por estar comumente conjugada com outros transtornos mentais”, afirma o psiquiatra.

Não só, manter uma rotina regular de exercícios físicos pode ajudar no alívio do estresse e, por provocar a liberação de dopamina e serotonina, combate a depressão. “Movimentar o corpo pode ser o maior aliado da mulher no que diz respeito ao combate dos sentimentos indesejados que podem surgir durante a menopausa”, reitera o psiquiatra.

Fontes
Sérgio Rocha é médico especialista em psiquiatria, é mestre em Neurociências pela IAEU, BAR — Espanha (2015), especialista em Dependência Química pela UNIFESP (2017) e pós graduado em Psicopatologia Fenomenologica pela Santa Case de São Paulo (2019).
Clínica Revitalis

Zolpidem: o excesso no uso de medicamentos como reflexo de uma sociedade doente mentalmente*

Psicanalista alerta que automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros e, em excesso, pode causar sérios riscos à saúde

As mídias em geral, destacaram nos últimos dias os riscos do excesso no uso de uma medicação muito utilizada como indutor de sono: o Zolpidem. O alerta gira em torno do uso prolongado ou sem indicação médica, provocando tolerância, dependência, surtos de alucinação ou sonambulismo.

Além deste medicamento, temos uma cesta vasta de hipnóticos, ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos, estabilizadores de humor, entre outros, com utilização banalizada pelo ser humano, para o tratamento de diversos quadros e sintomas psicoemocionais.

Porém, a ideia não é levantar uma bandeira de que os medicamentos são vilões, de forma alguma. Não são. Pelo contrário, são muito importantes no sucesso do combate à doenças, sejam elas físicas ou mentais.

A grande questão é: o excesso e prolongamento deste uso, além da automedicação. Se faz urgente a promoção do uso racional de medicamentos, uma vez que, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros e, em excesso, pode causar sérios riscos à saúde, como dependência química, intoxicação e até levar à morte.

Além disso, o uso indiscriminado de medicamentos pode dificultar um diagnóstico, mascarar sintomas das doenças e criar resistência às bactérias, por exemplo. Por isso, fica o alerta: sempre que precisar, procure um médico, antes de recorrer a indicação de amigos, pesquisas no Google ou à sua caixinha de remédios favorita.

Outro fator importante, desnudado após as discussões envolvendo o uso excessivo de Zolpidem e suas consequências, é de que muitos outros remédios estão se tornando ícones de uma sociedade psiquicamente doente.

Pesquisas demonstram que, durante e após a pandemia, o consumo medicamentoso aumentou em mais de 20% em relação aos 12 meses anteriores ao período pandêmico. São milhões de caixas de remédio consumidas para dormir, acordar, emagrecer, sorrir e ficar feliz, diminuir a ansiedade, melhorar o humor, aumentar a libido, dentre outros objetivos.

E o mais assustador dos dados: o número de crianças e jovens fazendo uso regular e contínuo de medicações psiquiátricas, triplicou nos últimos dois anos. É incontestável a importância dos remédios para cura e controle do sofrimento psíquico e das doenças. Porém, tudo isso nos leva a refletir sobre os nossos limites. Afinal, todo excesso reflete uma falta. Onde estão nossas faltas e quais são elas, que precisam ser “preenchidas” apenas com medicamentos, transformando-os em muletas de apoio?

Enfim, cada indivíduo é único e, portanto, reage de maneira diferenciada aos desafios que a vida lhe apresenta. Mas cabe buscar ajuda de um profissional de saúde mental para que possa entender o que realmente está despertando gatilhos que estejam afetando seu sono, seu apetite, alterando seu humor, dificultando sua interação social, retirando seu foco e atenção, já que muitas podem ser as respostas para suas dores.

Mas, somente por meio de uma avaliação minuciosa, será capaz definir se, além de um acompanhamento psicoterápico, também será preciso administrar medicamentos específicos ao diagnóstico.

Mas tudo sempre com orientação médica e psicoterápica adequada para auxiliar na busca por hábitos mais saudáveis e na utilização racional dos fármacos. O assunto em questão deve ser levado a sério e é preciso se preservar quando a questão gira em torno dos excessos do ser humano ou, do contrário, as consequências podem ser ainda mais desastrosas.

*Andréa Ladislau é psicanalista, psicopedagoga, palestrante, administradora hospitalar, gestora comercial e membro da Academia Fluminense de Letras.

Somatização: transtorno mental pode ser confundido com doença patológica

De acordo com Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica, algumas pessoas podem atribuir problemas da mente à doenças e dores físicas; entenda

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 1 bilhão de pessoas convivem com algum tipo de transtorno mental no mundo. Entre os mais comuns, podemos destacar a depressão e a ansiedade, mas são muitas as doenças que podem afetar a mente dos seres humanos, entre elas, a somatização, que segundo Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica, é a tendência em atribuir problemas da mente, por meio de pensamentos e do estado emocional, a doenças e dores físicas.

Uma situação comum de uma pessoa que somatiza é procurar médicos para alguma dor que esteja sentindo. Com a realização de exames, no entanto, o profissional vê que não existe nenhuma doença física. Mas aquela dor ainda está lá e o paciente passa a ficar confuso e até mesmo ouvir que “isso é coisa da sua cabeça”. E realmente é, o que não torna o problema menos grave.

“Um exemplo muito claro do que é a somatização é a alteração do ritmo cardíaco por conta da ansiedade, falta de ar, dores de cabeça, nos ombros e nas costas, entre outros sintomas, ou seja, é como se o nosso corpo estivesse respondendo os nossos conflitos mentais”, explica o psiquiatra.

Ainda segundo Lipman, o transtorno de somatização está cada vez mais presente no dia a dia, já que vivemos em um mundo em que cada vez mais as pessoas estão ansiosas, preocupadas, com medo e até mesmo deprimidas. “Uma coisa pode levar a outra, mas é sempre importante procurar um especialista tanto para cuidar da saúde mental, quanto para descartar que a dor ou doença sejam de origem patológicas.”

Nosso corpo e nossa mente caminham lado a lado e quando algo está desequilibrado, sintomas físicos aparecem. “A somatização pode gerar, entre outras questões , problemas articulares, sensação de enrijecimento, queda de imunidade, insônia, zumbidos, enjoos e problemas digestivos e até surgimento de doenças dermatológicas”, explica o médico.

Como evitar a somatização?

Ilustração: Serena Wong/Pixabay

Diversas são as formas de cuidar da saúde mental: exercício físico diário, uma alimentação equilibrada e boa qualidade de sono. Além disso, as pessoas buscam alternativas para se sentirem menos ansiosas e preocupadas. “É sempre bom procurar uma atividade que dê prazer, socializar com colegas e amigos e ter uma vida equilibrada para tentar evitar transtornos mentais e, além disso, fazer terapia é essencial”, comenta Lipman.

É claro que, assim como qualquer outro tipo de transtorno mental, os tratamentos variam muito. “Dependendo do nível em que a pessoa tenha episódios de somatização e o quanto isso atrapalha a sua rotina, é indicado procurar um psiquiatra tanto para controle, como para evitar uma piora no quadro”, completa.

fundada em 2011, no Rio de Janeiro, a Sig Residência Terapêutica, surgiu com o propósito de trazer um novo olhar em transtornos de saúde mental, com um tratamento humanizado, inclusivo e visando a ressocialização do paciente. Conta com três unidades, sendo duas na cidade do Rio de Janeiro e uma em São Paulo. Atualmente é gerida pelos sócios Ariel Lipman, Flávia Schueler, Anna Simões, Elmar Martins e Roberto Szterenzejer.

5 dicas valiosas para equilibrar a saúde mental

Sérgio Rocha, psiquiatra e Diretor Técnico da Clínica Revitalis, listou atitudes simples do nosso dia a dia que podem contribuir para uma saúde mental forte, além de prevenir transtornos mais sérios

Diversos fatores do dia a dia afetam o nosso humor, e algumas atitudes relativamente simples podem contribuir para o equilíbrio da saúde mental. Uma pessoa que pratica atividades físicas regulares, por exemplo, está prevenindo desde o mau humor até o surgimento de doenças mais sérias, como a depressão, que atinge mais de 20 milhões de pessoas só no Brasil, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), e aumenta a cada ano.

De acordo com Sérgio Rocha, psiquiatra e Diretor Técnico da Clínica Revitalis, uma pessoa pode prevenir alguns tipos de transtornos inserindo algumas atividades na rotina, como caminhar, se alimentar bem e dormir. “É claro que é uma forma de prevenção, e isso significa diminuir as chances de desenvolver quadros psíquicos, mas existem outros fatores que podem desencadear esses transtornos”, afirma ele.

Pensando nisso, o psiquiatra listou cinco dicas que podem contribuir para o bem-estar, proporcionando o equilíbrio da saúde mental e, consequentemente, prevenindo problemas maiores e de mais difícil tratamento no futuro. Confira:

Terapia

Fazer psicoterapia é uma “arma” muito importante quando falamos de saúde mental. A grande questão é que a maioria das pessoas só procura ajuda quando já têm um problema, e isso fica claro com o resultado de uma pesquisa recente do Instituto FSB, encomendada pela SulAmérica, que indica que 60% dos brasileiros que fazem terapia começaram durante a pandemia – ou seja, quando se viram diante de uma situação desafiadora para todos.

De acordo com Rocha, cuidar da saúde mental antes de ter algum transtorno, como forma preventiva, é o ideal. “O tratamento de saúde mental não é limitado a um evento, é um trabalho contínuo, e equilibrá-la durante a vida pode fazer diferença lá na frente”, recomenda o especialista.

Atividade física

Cada vez está mais claro que a prática regular de exercícios físicos contribui para uma vida mais saudável, de diversas formas. As pessoas que se exercitam têm menos chances de desenvolver, por exemplo, a depressão e transtornos de ansiedade, que são os mais comuns na atualidade.

“O hábito de realizar atividades físicas – como caminhar, correr ou diversos outros esportes – é fundamental para equilibrar a saúde mental, além de ser também muito importante para o bem estar de maneira geral”, comenta o especialista. “Muito se fala sobre os riscos do sedentarismo para o desenvolvimento de hipertensão, diabetes e doenças do coração, mas é importante ter em mente que os riscos para o desenvolvimento de doenças mentais também existem”, alerta Rocha.

Alimentação

Gordon Johnson/Pixabay

Comer bem e equilibrar suas refeições ao longo do dia também é uma maneira de cuidar da saúde mental. Uma pessoa que se alimenta mal não está contribuindo para a saúde de uma forma geral. Aliar uma boa alimentação com outros fatores, tais como exercício, aumenta a sensação de bem-estar. “A alimentação está totalmente ligada a outros hábitos saudáveis, como a própria qualidade do sono, a ingestão de água, etc. Os cuidados nunca são únicos, são em várias frentes, por isso a abordagem deve ser integrada”, recomenda o psiquiatra.

Meditação

Os benefícios da meditação são inúmeros: redução de estresse, diminuição de sintomas depressivos e ansiosos, melhoria da memória e da qualidade do sono, redução de vícios e compulsões, além de benefícios em relação a doenças crônicas. “Tudo isso está direta ou indiretamente ligado à saúde mental e, por isso, a prática da meditação é uma ótima alternativa para o bem-estar”, afirma Rocha.

Descanso

Tanto a insônia quanto o excesso de sono podem contribuir para o surgimento de algum tipo de doença psíquica, como a ansiedade e até mesmo transtornos por abuso de alguma substância. “A boa saúde depende diretamente do sono de qualidade, e é por isso que é necessário descansar. Dormir muito ou ter insônia com muita frequência vai diminuir o bem-estar da pessoa, além de poder ser um sinal de que a pessoa esteja com algum transtorno”, afirma o psiquiatra. Segundo ele, dormir uma média de 8 horas por noite é o ideal para que a pessoa acorde disposta para realizar todas as suas tarefas do dia, e tenha boa qualidade de vida, em todos os aspectos.

Fonte: Clínica Revitalis

1 em cada 3 cuidadores de familiares com Alzheimer apresenta sintomas persistentes de depressão*

Mais de 60% dos cuidadores familiares de indivíduos com doença de Alzheimer (DA) apresentavam pelo menos sintomas depressivos leves já no momento em que o indivíduo com DA foi diagnosticado. Em um terço deles, os sintomas depressivos pioraram durante um seguimento de cinco anos.

O estudo realizado na Universidade da Finlândia Oriental incluiu 226 cuidadores familiares de indivíduos com DA. Os sintomas depressivos vivenciados pelos cuidadores foram acompanhados por cinco anos, a partir do diagnóstico do indivíduo com DA. 61,5% dos cuidadores apresentavam sintomas depressivos no momento em que o indivíduo com DA foi diagnosticado.

Pixabay

Em mais da metade deles, os sintomas depressivos permaneceram leves durante o acompanhamento e até diminuíram em alguns casos, mas um terço experimentou um aumento nos sintomas depressivos. Nos cuidadores cujos sintomas depressivos pioraram durante o seguimento, os sintomas aumentaram principalmente no terceiro e quinto ano após o diagnóstico do indivíduo com DA.

Os cuidadores cujos sintomas pioraram eram tipicamente mulheres que cuidavam do cônjuge, enquanto o cônjuge apresentava mais sintomas neuropsiquiátricos. No entanto, a capacidade funcional do indivíduo com DA, ou a gravidade de sua doença, não foram associadas aos sintomas depressivos dos cuidadores familiares.

Os sintomas depressivos fragilizam, por sua vez, a saúde dos cuidadores. A saúde e o bem-estar dos cuidadores também devem ser monitorados.

“De acordo com este estudo, cerca de um terço dos cuidadores experimentam depressão persistente ao cuidar do familiar portador de Alzheimer. Parece que a gravidade ou progressão do distúrbio de memória não explica os sintomas dos cuidadores, mas estão relacionados aos antecedentes individuais”, diz a professora adjunta Tarja Välimäki, do Departamento de Ciências da Enfermagem da Universidade da Finlândia Oriental. “Os cuidadores entram na situação de cuidar, que pode durar muitos anos”, acrescenta.

Os resultados corroboram os achados anteriores do estudo Alsova, sugerindo que seria possível identificar os cuidadores familiares que acumulam vários fatores de tensão durante os anos de prestação de cuidados.

“É importante considerar a saúde do cuidador já ao olhar para a situação do indivíduo com DA. A avaliação e o acompanhamento contínuo da saúde e bem-estar dos cuidadores familiares devem ser incluídos no tratamento dos distúrbios de memória”, diz Välimäki.

Foto: Meetcaregivers

O estudo, publicado na Clinical Gerontologist, foi realizado como parte do estudo ALSOVA da Universidade da Finlândia Oriental, que realizou um acompanhamento de cinco anos de indivíduos com DA recentemente diagnosticada e seus cuidadores familiares. O estudo multidisciplinar combina conhecimentos médicos, terapêuticos, econômicos, farmacológicos e psicológicos. Todos os participantes do estudo diagnosticados com DA foram examinados e tratados de acordo com as diretrizes atuais de cuidados para a doença de Alzheimer.

*Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Fontes: Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná / Tarja Välimäki et al, Different Trajectories of Depressive Symptoms in Alzheimer’s Disease Caregivers—5-Year Follow-Up, Clinical Gerontologist (2022).

Dia da Saúde Mental: 7 hábitos práticos para melhorar o seu bem-estar, segundo psicólogo

Hoje, 10 de outubro, é comemorado o Dia Internacional da Saúde Mental, data reservada para informar e conscientizar sobre a importância do equilíbrio psicológico para o bem-estar. “As pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a importância da saúde mental e já sabem que essa é uma atitude que pode mudar o dia a dia de qualquer pessoa, não apenas de quem tem algum transtorno psiquiátrico”, diz Filipe Colombini, psicólogo e fundador da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico.

Veja, a seguir, sete dicas do psicólogo para você melhorar sua saúde mental com atitudes práticas no dia a dia.

Saúde física e mental em equilíbrio: “A divisão entre saúde mental e saúde física é meramente didática e problemas em uma dessas áreas acabam se manifestando na outra. Por isso, é importante manter um equilíbrio entre corpo e mente”, afirma Colombini.
Mantenha-se produtivo: a produtividade é importante para gerar o sentimento de autoeficácia, ou seja, se sentir capaz de realizar tarefas. “Nesse caso, é importante salientar que a saúde mental deve ser sempre priorizada. Focar no desempenho a qualquer custo, sem reservar um tempo para o lazer, pode prejudicar o seu equilíbrio mental e, com o tempo, diminuir a sua produtividade”, aconselha o psicólogo.
Não tenha uma única motivação: “É importante ter mais de um estímulo reforçador em sua vida, ou seja, algo que te incentiva a continuar ativo, podendo ser a família, o trabalho, amigos e/ou o lazer. Assim, você não torna sua felicidade dependente de só um aspecto”, diz o especialista.

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Tenha uma rede de apoio: é essencial criar relações saudáveis que ofereçam suporte social, ou seja, apoio emocional e instrumental no dia a dia. “Existe uma máxima de que a família oferece a rede de apoio de que todo mundo precisa, porém, isso não é uma regra. Muitas vezes, familiares podem não oferecer a ajuda que um amigo vai te dar, por exemplo”, explica Filipe Colombini.
Acostume-se com altos e baixos: mudar comportamentos e adotar novos hábitos pode não ser tão simples, mas é importante entender que esses percalços são naturais e fazem parte do processo de desenvolvimento. “Altos e baixos fazem da mudança comportamental, por isso é importante que exista engajamento e motivação para manter hábitos saudáveis mesmo quando acontecem recaídas”, diz o psicólogo.
Organize sua rotina: organizar a rotina de forma que você possa reservar um tempo do seu dia para fazer o que você gosta e estar com quem você ama é de extrema importância para a saúde mental. “Ter uma boa capacidade de planejamento e organização é a melhor forma de saber impor limites e encontrar um equilíbrio entre todas as tarefas do dia a dia”, esclarece Colombini.

Foto: Shutterstock


Caso necessário, busque ajuda: “Muitas pessoas só procuram um profissional da saúde mental quando já existe um caso mais sério. Pedir ajuda o mais cedo possível é um ato de coragem e a melhor forma de prevenção contra quadros clínicos graves”, recomenda o especialista.

Fonte: Filipe Colombini é psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP).

Colorir pode ser muito eficiente para sua saúde mental

Promover a atenção plena e aliviar o estresse são alguns aspectos promovidos pelo ato de colorir

Se mostrando uma ótima prática de boa saúde mental, o ato de colorir deixou de ser conhecida apenas como uma atividade simples e divertida para crianças, e passou a ser uma ferramenta bastante popular entre os adultos.

Enquanto os livros para colorir infantis contêm ilustrações simples e de personagens de desenhos, os para adultos têm padrões detalhados de flores, artes, mandalas ou animais. Eles estão disponíveis para compra e também é possível imprimir páginas para colorir gratuitamente por meio da Internet. Para as pessoas que preferem uma versão digital, muitos aplicativos com essa atividade estão disponíveis para dispositivos móveis.

Mas o que faz com que as atividades de colorir sejam tão populares entre os adultos? O profissional da Mayo Clinic Joel Bobby  licenciado em psiquiatria e psicologia aponta os motivos:

Colorir pode melhorar a saúde ao:

Foto: SelfSetFreeLiving

Promover a atenção plena

Colorir pode ajudar a ser mais atento. A atenção plena é a habilidade de se concentrar e permanecer no momento. Por exemplo, ao se concentrar na escolha da cor e em ficar dentro das linhas, você está pensando apenas agora. Você pode silenciar os ruídos ao seu redor e dar à sua mente o presente de se concentrar apenas nos movimentos, sensações e emoções do momento atual.

Pratique não pensar demais e realizar a tarefa sem criar expectativas, apenas vivenciando o momento. Se a sua mente divagar, o que é normal, volte suavemente para o que está fazendo. Ao colorir, você usa partes do cérebro que melhoram o foco e a concentração. O que torna a atividade uma oportunidade para você se desconectar de pensamentos estressantes.

Aliviar o estresse

Colorir é uma forma saudável de aliviar o estresse. Ela acalma o cérebro e ajuda a relaxar o corpo. Isso pode melhorar o sono e a fadiga e diminuir dores no corpo, frequência cardíaca, respiração e sentimentos de depressão e ansiedade.

Embora colorir não seja a cura definitiva para o estresse e a ansiedade, sentar-se para colorir por um longo tempo tem grande valor. Ao colorir, preste atenção ao ritmo da sua respiração, respire de forma firme e completa usando o diafragma e observe sua frequência cardíaca periodicamente, se puder.

Aceitar a imperfeição

Não há maneira certa ou errada de colorir, pois não se trata de uma atividade competitiva, então não há pressão para “aumentar o nível”, ganhar um prêmio ou melhorar seu tempo. Você pode colorir pelo tempo que quiser. Você não precisa terminar um desenho de uma vez só.

Tente se livrar dos julgamentos ou expectativas e curtir a beleza simples de colorir. Não importa se o seu desenho está organizado ou bagunçado. A única coisa que importa é que você se divirta e relaxe enquanto estiver colorindo.

Outras formas de aliviar o estresse

Algumas pessoas não acham que colorir é relaxante ou agradável, especialmente aquelas que não gostavam dessa atividade quando eram crianças e não há o menor problema nisso.

Outras formas divertidas de aliviar o estresse incluem:

  • Passar um tempo com um amigo de quatro patas.

Não é nenhum segredo que os animais de estimação nos alegram. Eles têm amor incondicional, estão sempre felizes em nos ver e são adoráveis. Passe um tempo de qualidade com um animal de estimação, ou seja voluntário em um abrigo para animais, caso você não tenha um.

  • Mergulhe em um livro.

Ler é uma ótima forma de relaxar. Assim como colorir, ler ajuda a se conectar no momento presente e a esquecer o trabalho ou outros fatores estressantes.

  • Massagear os lóbulos das orelhas.

Fazem massagem em pontos de pressão nos lóbulos das orelhas produz uma sensação calmante e relaxante sobre o corpo. Faça isso por alguns minutos e você pode começar a sentir um pouco de alívio.

  • Movimentar-se.

Executar seus melhores passos de dança junto com a sua música favorita pode ser terapêutico para muitas pessoas. Se você dançar durante a maior parte do tempo da música, também pode dizer que praticou um pouco de exercício físico.

  • Respirar profundamente.

Respirar profundamente é uma ótima forma de reduzir a resposta do seu corpo à percepção de ameaças. Inspire pelo nariz por cinco segundos e expire por dois segundos. Em seguida, solte a respiração pela boca por cinco segundos.

Sobre a Mayo Clinic

A Mayo Clinic é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a inovação na prática clínica, educação e pesquisa, fornecendo compaixão, conhecimento e respostas para todos que precisam de cura. Visite a Rede de Notícias da Mayo Clinic para obter outras notícias da Mayo Clinic.

Benefícios e importância do abraço para nossa saúde mental

Psicanalista afirma que o toque é uma impressão favorável e amigável de atitudes altruístas que pode, inclusive, salvar vidas

Um abraço de saudade, de amor, de carinho, de amizade ou de acolhimento pode parecer apenas uma simples atitude de gratidão ou uma demonstração de afeto corriqueiro. No entanto, esse comportamento quase automático que passa desapercebido na correria do nosso dia a dia, pode beneficiar relações e privilegiar nosso equilíbrio emocional.

Já dizia Gilberto Gil em sua canção de 1969: “Aquele Abraço”, o quanto um abraço é bom. Muitas vezes, estar perdido em um abraço nos faz sentir aquecidos, acolhidos e pode aplacar medos e insegurança. Esse poder do abraço desperta positividade que acessa nossas emoções de maneira terapêutica.

Trazendo esse carinho para o início de nossa caminhada enquanto seres humanos, podemos avaliar a essencialidade do carinho desde criança. Os bebês precisam do abraço e aconchego das mães para se encaixarem em um crescimento saudável. Porém, estudos evidenciam que crianças que não receberam esse afeto constante, desenvolveram distúrbios psicológicos consideráveis e que carregaram para a vida adulta muitos complexos e gatilhos negativos, principalmente no âmbito da construção de suas relações interpessoais.

Neste sentido, são inúmeros os benefícios do abraço mapeados psiquicamente para o indivíduo: a promoção do bem estar; a instalação de uma linguagem comunicativa para as emoções internas; protege; acolhe; demonstra afeto, carinho e amor; diminui o estresse; alivia a ansiedade; previne a depressão e o pânico; estimula o aumento da imunidade fortalecendo o sistema imunológico, reduzindo os riscos de doenças físicas e emocionais, uma vez que o hábito de receber ou dar um abraço provoca a liberação do hormônio oxitocina (hormônio do amor e do bem estar físico e emocional), diminuindo os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no organismo; induz a paciência; libera dopamina que é responsável pelo bom humor e motivação. Ou seja, os estados de ansiedade e depressão tendem a ser reduzidos por um abraço caloroso recebido com mais frequência, transmitindo confiança e carinho.

O fato é que cultivar abraços, bons relacionamentos, segurança e afeto sempre será bom para a saúde de todo e qualquer indivíduo, independente da idade ou fase da vida. Visto que, essa comunicação de carinho não precisa de palavras.

Quantas vezes você já não recebeu um abraço que disse muito mais que mil palavras? O toque é uma impressão favorável e amigável de atitudes altruístas e intensas que podem, inclusive, salvar vidas. Resgatar a autoestima de pessoas que estão tristes, perdidas e sem qualquer perspectiva de futuro, talvez pensando até em eliminar sua dor interna através de atitudes definitivas como a retirada da vida.

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Enfim, dentro de um abraço despretensioso cabe muito amor e muitos benefícios importantes para nossa saúde física e mental. Quando abraçamos alguém estamos falando, verbalizando um desejo ou um querer sem pronunciar uma só palavra.

E quem recebe esse toque vai ressignificar internamente de acordo com o que possa estar vivenciando naquele momento. Portanto, ofereça o seu abraço. Quanto mais, melhor, e o encare como um remédio perfeito contra as dores da alma e do corpo.

Fonte: Andréa Ladislau / Psicanalista

Setembro Amarelo: 53% dos brasileiros já tiveram a saúde mental afetada por problemas financeiros

Dentre os principais sintomas relatados estão ansiedade, insônia e depressão

A saúde mental tem ganhado cada vez mais destaque e relevância para a medicina e para as empresas. Porém, mais do que tratamentos e formas de prevenção, é preciso entender os gatilhos que fazem com que a população desenvolva doenças da mente. Para entender melhor como o dinheiro pode afetar a saúde mental dos brasileiros, a Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada, fez uma pesquisa que constatou que os problemas financeiros podem, sim, desenvolver ou agravar doenças de ordem psíquica.

A pesquisa, que ouviu 3.172 respondentes de todo o Brasil, aponta que a falta de dinheiro já afetou a saúde mental de 53% dos brasileiros. Em seguida, aparecem os problemas de relacionamento com parceiro (a) e/ou familiares (21%) e, em terceiro lugar, a saúde física, com 15%.

Ao serem questionados sobre os sintomas mentais que os problemas financeiros trouxeram, 62% dos respondentes alegaram ansiedade, 51% relataram insônia e 28% desenvolveram quadros depressivos. Além disso, 10% confessaram terem tido episódios de síndrome do pânico.

Com tantas sensações ruins relacionadas ao dinheiro, 61% dos entrevistados preferem nem falar sobre. E quando questionados sobre os sentimentos que brotam quando pensam no assunto, 48% disseram que se sentem preocupados e ansiosos e 18% ficam tristes e desanimados.

O principal motivo apontado para os sentimentos ruins foi a falta de perspectiva na realização de sonhos e objetivos (38%), seguida pela diminuição do poder de compra pela alta da inflação (28%). Em terceiro lugar, aparecem as dívidas, com 27% das respostas, e em quarto lugar vêm as despesas maiores que a renda, com 26% dos entrevistados.

“Sabemos que o estresse financeiro é uma realidade constante para os brasileiros. Além de prejudicar a produtividade na vida profissional e gerar conflitos comportamentais, a falta de recursos pode causar inúmeros problemas de saúde. Não à toa, 19% dos entrevistados afirmaram que precisaram passar no psiquiatra e fazer uso de medicamentos e 14% começaram a fazer terapia por conta de problemas financeiros”, explica Samuel Torres, consultor financeiro da Onze.

Saúde física também é afetada

Sabemos que a saúde mental e a saúde física estão diretamente ligadas e que sintomas de ordem mental podem desencadear doenças como gastrite, enxaqueca, entre outras. Dentre os entrevistados, os principais sintomas apontados foram dores crônicas em decorrência do estresse (48%); problemas digestivos (23%); e problemas relacionados à saúde do coração, como pressão alta (21%). Além disso, 6% dos respondentes afirmaram que passaram a ter hábitos ruins, como tabagismo.

Para Samuel Torres, a saúde mental e a saúde financeira estão diretamente ligadas e o primeiro passo para combater essa realidade é investir em educação financeira em todos os âmbitos: na escola, em casa e, claro, no trabalho.

“Educação financeira não se trata apenas de questões matemáticas e econômicas, mas de hábitos e costumes gerais, que acabam envolvendo finanças pessoais. A partir do momento em que esse tema passa a ser discutido com naturalidade dentro e fora das empresas, podemos ajudar as pessoas que estão passando por problemas financeiros a se recuperarem, diminuindo índices de endividamento, estresse e ansiedade”, conclui.

Fonte: Onze