Já se sentiu com pouco desejo sexual ou seu desempenho sexual está aquém do desejado? A libido sofre interferência de uma série de fatores, entre eles a alimentação. Determinados alimentos, aumentam a produção de neurotransmissores e hormônios relacionados à sensação de bem-estar e prazer, melhoram a circulação e são aliados na produção de testosterona, já outros fazem o efeito contrário.
“A alimentação interfere diretamente na fertilidade, no desempenho sexual e na libido. Determinados alimentos atuam na produção de neurotransmissores e hormônios relacionados à sensação de bem-estar e prazer, além de influenciarem no bom funcionamento dos órgãos genitais”, explica o nutricionista Lucas de Albú.
O profissional listou alimentos que interferem positivamente na libido e no desempenho sexual, confira:
Silverstylus/Pixabay
Abacate: rico em potássio, vitamina B6 e gorduras monoinsaturadas, que são aliadas na saúde do coração e contribuem para uma boa circulação. Homens com doenças cardíacas são duas vezes mais propensos a ter disfunção erétil.
Amendoim: alimento altamente energético, fonte de gorduras boas e rico em vitaminas do complexo B, principalmente a B3 e a niacina, que colabora para a vasodilatação sanguínea, o que aumenta a libido pela lubrificação das mucosas. Também é uma importante fonte de argilina, que é um aminoácido que aumenta o óxido nítrico, responsável por aumentar o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais.
Frutos do mar: diversos, como camarão, ostras, lagosta e lula, contém nutrientes importantes, como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas do complexo B e o zinco, que podem estar relacionados à disposição sexual e produção de hormônios como a testosterona.
Chocolate (no mínimo 70% de cacau): auxilia na produção de serotonina, neurotransmissor que é responsável pela sensação do prazer. O alimento também contém cafeína e teobromina, um derivado da cafeína presente no cacau com efeito estimulante, o que dará mais pique no sexo, além de aumentar a libido, através da excitação do corpo.
Foto: Ronnie B/Morguefile
Melancia: rica em citrulina, que aumenta o óxido nítrico. Esta substância que promove uma maior circulação sanguínea nas regiões genitais, seja no pênis ou clitóris. Devido a isso,proporciona relaxamento dos vasos sanguíneos e garante um alto desempenho sexual, quase agindo como um viagra natural.
Mamão: rico em estrogênico, ou seja, tem compostos que agem como o hormônio feminino. Logo, pode ser usado para aumentar a libido da mulher.
Lucas também elencou alimentos que devem ser evitados para ter uma boa saúde sexual:
Foto: Mel Schmitz
Comida gordurosa: gordura em excesso nunca é bom. Esse tipo de alimentação pode causar aterosclerose, ou seja, o acúmulo de gordura e outras substâncias nas artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo. Sem receber sangue suficiente, o pênis não obterá uma ereção satisfatória. Além disso, são alimentos de difícil digestão, fazendo grande parte do sangue ir para o estômago.
Doces: alimentos ricos em açúcar, no geral, alteram a glicose no sangue, o que provoca diminuição no desejo sexual. O açúcar refinado em excesso é frequentemente associado ao aumento dos níveis de ansiedade e depressão, o que prejudica a libido.
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Enlatados: são ricos em sódio, que em excesso pode elevar a pressão arterial e diminuir o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais.
Soja: contém fitoestrogênio (composto derivado de plantas) que pode ocasionar o desbalanceamento hormonal caso seja consumida em excesso.
O profissional diz que alguns fitoterápicos que podem ajudar a ter uma vida sexual mais ativa e satisfatória, como maca peruana, Tribulus terrestris, ginseng, extratos secos. “Mas é importante procurar o auxílio de um profissional adequado para a prescrição”, completa.
“Além de uma alimentação equilibrada, incluindo certos alimentos na dieta, é recomendado atividade física regular, que melhora a autoestima, questões circulatórias e liberam endorfina”, finaliza.
Ato proporciona melhora geral na qualidade de vida, na circulação e no equilíbrio de hormônios
Falar sobre sexo ainda é um tabu coberto de censuras, que deveriam ser deixadas de lado, já que a prática pode oferecer diversos benefícios à saúde. E o Dia do Sexo surgiu justamente de uma brincadeira, para dar mais leveza ao tema. A data ganhou o imaginário brasileiro e se popularizou pelo “trocadilho numérico”, de duplo sentido, que envolve o “seis de setembro”: 6/9 remete a uma posição sexual, popularmente conhecida como “69”.
A celebração, lembrada anualmente de forma simbólica, surgiu em 1999, após a campanha publicitária de uma marca de preservativos, cujo intuito era o de promover produtos adultos e ações relacionadas ao assunto. Segundo Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital, ao chegar ao auge sexual, o corpo humano libera endorfinas, que dão sensação de bem-estar, ativam a circulação sanguínea e proporcionam relaxamento, equilíbrio dos hormônios, alívio de dores e estresse, melhora da qualidade de vida, do sono, do sistema imunológico e ainda queima calorias.
“O orgasmo leva a uma descarga repentina da tensão sexual e, nesse momento, inúmeras áreas do cérebro são ativadas. Os níveis de oxigenação e do fluxo de sangue aumentam consideravelmente, melhorando a circulação no coração e no cérebro. O prazer sexual proporciona muitos benefícios, como reduzir o estresse e a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar devido à liberação de ocitocina (o hormônio da felicidade), além de favorecer a saúde mental das mulheres”, enumera.
Outro fator apontado pela ciência como motivador sexual é o instinto biológico de procriação. “A teoria é a de que o prazer é uma recompensa tão agradável que aguça o engajamento no sexo e a procriar. Sem essa ‘recompensa’, talvez o ser humano não se interessasse por sexo e nossa espécie poderia ser extinta”.
Entretanto, atingir o clímax não é tão fácil, segundo pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que ouviu três mil participantes, com idade entre 18 e 70 anos: metade das pessoas relatou não ter orgasmo nas relações sexuais; 55,6% das mulheres têm dificuldade para chegar ao orgasmo, sendo que 67% têm dificuldade para se excitar, e outras 59,7% têm dor na relação.
Outro estudo, realizado pelo Standford University Medical Center, diz que a maioria das mulheres jovens e saudáveis que reclama de não atingir o orgasmo descobre que isso tem mais relação com fatores psicológicos do que físicos. “A mulher acaba vítima da vida corrida, do serviço extenuante, de longas jornadas de trabalho, do cansaço, da vergonha do corpo, de opressões da sociedade. Essas queixas se tornaram frequentes na prática clínica nos últimos anos em razão da pandemia”, conta a especialista.
Segundo a ginecologista, a relação sexual é muito mais do que o orgasmo e não pode (e nem deve) estar condicionada apenas ao ato da penetração. “As preliminares, os momentos com o parceiro ou a parceira e a excitação devem ser curtidos sem pressa. Sexualidade é autoconhecimento. Nós mulheres somos as únicas na face da terra a ter um órgão dedicado exclusivamente ao prazer. Que possamos usá-lo sem culpa, no nosso ritmo e do nosso jeito. A dica é aproveitar mais a experiência do sexo como um todo e não focar apenas no orgasmo”, conclui.
Quando éramos crianças pessoas com 30, 40 anos ou mais eram consideradas velhas. Era quase inconcebível que pessoas com mais de 40 ou 50 anos pudessem encontrar um novo relacionamento amoroso.
Com a medicina moderna nos trazendo a longevidade, a expectativa de vida nos trouxe novos desafios, afinal, o ser humano nunca viveu tanto como nos dias de hoje. Em 1900, a expectativa de vida era de 47 anos e agora é de 78 para homens e de 80 para mulheres. Então, se falarmos que uma mulher de 40 anos começou um novo relacionamento, estamos falando que ela ainda pode ter um relacionamento de 40 anos ou mais. Isto é simplesmente maravilhoso!
Um artigo publicado recentemente no The New York Times apontou que a indústria dos sites de relacionamento está crescendo assustadoramente nos Estados Unidos. Pesquisas apontam que pessoas com mais de 50 anos estão visitando os sites de relacionamento mais do que qualquer outra faixa etária e que o segundo maior grupo a usar esse canal é o de pessoas entre 45 e 50 anos.
Encontrar o amor pela segunda, terceira vez ou mais, é diferente de como foi na primeira vez. Existem quatro áreas especificamente importantes para que este processo tenha sucesso. Nestas áreas o foco é diferente do que quando tínhamos 20 anos. Nesta idade nossa história estava apenas começando. Completamos nossos estudos, trabalhamos, nos casamos, construímos uma família e assumimos muitas responsabilidades. Fizemos uma história, tivemos obrigações com muitas coisas para gerenciar e também experiências com decepções e mais pessoas para doar o nosso amor, incondicional ou não. Então a primeira área é:
Deixe o passado mais equilibrado possível para que o futuro entre em um ambiente saudável e receptivo. A – Faça o possível para manter seus relacionamentos do passado em equilíbrio. Cuide de ressentimentos, mágoas, raiva. Trabalhe estas áreas da sua vida para eliminar cada um destes bloqueios. Se não conseguir sozinha, procure um profissional que lhe ajude a sanar estas feridas. B – Saiba que tipo de pessoa você procura. – Seja a pessoa que você tanto quer para amar. – Lembre dos seus acordos ditos e não ditos no passado. Por exemplo: “Eu vou te amar para sempre” ou “Eu nunca mais vou me machucar me relacionando com alguém”. Os acordos que fizemos quando estávamos apaixonados ou mesmo machucados têm que ser lembrados e quebrados porque são uma energia viva que pode ser um dos bloqueios para o amor chegar novamente. São barreiras extremamente limitadoras que precisam ser trabalhadas.
A madura habilidade de amar e ser amado
O amor depois dos 40 anos requer muito mais maturidade emocional do que quando somos mais jovens. Nos relacionarmos com alguém agora não significa somente nos relacionarmos com a pessoa em si, mas com tudo o que ela construiu até aqui, com a sua história de vida, com filhos e, às vezes, até netos, carreira, obrigações, enfim, com a vida do outro. É preciso estar consciente e preparado para abraçar as causas de uma história que você não ajudou a construir. É um momento em que não estamos mais preocupados em justificar nossos atos para os nossos pais, pois o que importa é a pessoa com quem estamos pois, afinal, agora somos só nós. Hoje somos maduros o suficiente para criar uma relação não mais de codependência, mas sim de interdependência.
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Se amar
Outro ponto extremamente importante é aprender a amar sem abandonar a nós mesmos. É a habilidade de saber o que queremos e falar a nossa verdade para o outro, sem medo das consequências. Quando somos codependentes nem sempre falamos a verdade por medo que o outro nos deixe. Então, o que aprendemos com a idade? Que conseguimos sobreviver sós e que vamos confiar em nós mesmos para escolher alguém para amar pois, se amar significa se conhecer para poder construir uma relação equilibrada e saudável. Em um primeiro relacionamento o que muitas vezes nos mantém nele pode ser insegurança, filhos, família, estrutura de vida, mas, agora, o que vai manter a sua relação é a aliança de amor, confiança e companheirismo que construirão juntos e isso só depende de vocês.
Dividir os mesmos propósitos de vida
Quando adultos estamos muito mais preocupados em viver pensando naquilo que deixaremos como legado do que viver uma vida autêntica, com significado e propósito. Esta autenticidade está ligada a viver uma vida separada do clã familiar de origem, do meio social, voltada para os seus objetivos. Não significa a necessidade de nos desligarmos do nosso passado, mas sim a possibilidade de termos uma vida alinhada com a nossa verdade. Precisamos ter coragem de nos arriscar e até mesmo de até desapontar algumas pessoas para viver aquilo que acreditamos. Não devemos nos preocupar com que os outros irão pensar ou o quanto de satisfação devemos dar para a sociedade. O importante é saber se os propósitos desta pessoa estão alinhados aos seus e que vocês terão que olhar para o mesmo horizonte e seguir juntos. A vida amorosa depois dos 40 pode ser muito melhor do que nas décadas anteriores baseada em nossa maturidade, segurança, na diminuição da ansiedade e em muitos outros fatores. Alguém para amar será um dos maiores presentes que você já recebeu para poder dividir e compartilhar uma das melhores fases da sua vida em que o que você plantou está crescendo e, com a maturidade, florescerá ainda mais com a chegada de cada nova primavera.
Fonte: Margareth Signorelli, profissional com formação internacional,fundadra do ILE – Instituto de Liberação Emocional. Pós-graduada em Sexualidade e terapia sexual – Prosex- FMUSP. Método Gottman de Terapia de Casal – Level I e II. Certificada Leader do Método Gottman “Os 7 Princípios para um Relacionamento Saudável”. Certificada Especialista em Relacionamento e Sexualidade – Abrap e Centro Metamorfose, entre outros.
Alcançar um orgasmo faz mais do que apenas aumentar o prazer sexual. Também pode fortalecer o assoalho pélvico e até melhorar o sono. Qualquer que seja o nome – pico, clímax ou gozo – ter um orgasmo consigo mesma ou com um(a) parceiro(a) pode aumentar o prazer sexual e pode ter alguns benefícios adicionais à saúde, como aliviar estresse ou dor.
No entanto, pesquisas sobre as vantagens do orgasmo são limitadas, especialmente porque a experiência é diferente para cada pessoa. Algumas têm orgasmo várias vezes, algumas uma vez e outras nenhuma, e isso é totalmente normal, segundo Rosara Torrisi, terapeuta sexual certificada e diretora fundadora do Instituto de Terapia Sexual de Long Island.
Com isso em mente, os sete benefícios a seguir não são de forma alguma uma lista abrangente ou uma garantia para todas. Mas podem trazer a você alguns impulsos surpreendentes para a mente e o corpo que vão muito além do quarto.
Orgasmo melhora o humor
Ter um orgasmo libera uma inundação de hormônios de bem-estar na corrente sanguínea, o que pode fazer você se sentir mais feliz, mais calma e menos estressada. De acordo com especialistas, esses hormônios incluem:
Oxitocina: também conhecida como “hormônio do amor”, facilita os sentimentos de amor e apego. Também é liberada durante o trabalho de parto para ajudar no vínculo com o bebê.
Dopamina: desencadeia sentimentos intensos de recompensa, desejo e prazer.
Endorfina: “opiáceo natural” que induz uma sensação de euforia e reduz o estresse.
Serotonina: ajuda a regular o humor, o apetite e o sono.
Prolactina: o principal produto químico que inicia a produção de leite após a gravidez e desempenha um papel na formação de vínculos, também nos faz sentir satisfeitas após o orgasmo.
Atingir o clímax também pode fazer você se sentir mais confiante, o que pode melhorar ainda mais o seu humor. Uma coisa a saber, porém, é que não está claro por quanto tempo esses benefícios para aumentar o humor podem durar devido à falta de pesquisas.
Ajuda a se conectar com seu corpo
Young woman sleeping on bed
Ter orgasmos, especialmente por meio da masturbação, pode revelar o que é normal e o que não é no que diz respeito à sua saúde sexual. “É uma das poucas vezes que as pessoas, especialmente aquelas com vulvas, se permitem tocar nos órgãos genitais”, afirma Rosara.
Pense em atingir o pico como uma oportunidade de se conectar com seu corpo, de modo que você identifique quaisquer alterações que possam indicar uma condição médica, como uma IST ou infecção por fungos. É muito útil saber como o seu corpo se sente, parece e até cheira, porque se você não sabe qual é a norma para o seu corpo, é realmente difícil identificar quando algo está errado.
Ter orgasmos também cria um nível de conforto com seu corpo e, sem esse nível de conforto, você pode hesitar em compartilhar informações de saúde com médicos. Quando alguém não está familiarizado ou se sente desconfortável com seus órgãos genitais, isso pode fazer com que tenha medo de exames pélvicos ou evite que exponha preocupações aos profissionais de saúde, potencialmente atrasando cuidados essenciais e tratamento.
E para pacientes com doenças crônicas, Rosara diz que o clímax tem um bônus adicional: oferece a eles a garantia de que seu corpo é capaz de dar-lhes prazer.
Ensina o que é bom para você
Sem sentir orgasmos, você não será capaz de explorar totalmente o que a excita – potencialmente enganando-a quanto ao prazer sexual que você merece. Muitas pessoas desejam ter orgasmos consistentes com a penetração, e a verdade é que algumas podem gozar consistentemente dessa forma, mas a maioria não consegue, segundo especialistas. Se isso lhe parece familiar, chegar ao clímax por meio da masturbação pode lhe dar uma ideia mais clara do tipo de estímulo de que você precisa para chegar ao grande O.
Médicos recomendam experimentar brinquedos sexuais ou se tocar de maneiras diferentes até saber o que é bom para você – e comunicar o que gosta ou não gosta quando está com um(a) parceiro(a). Entender que seu corpo tem a capacidade inata para o prazer e não depende de um(a) parceiro(a) é fortalecedor. Saiba que você não precisa depender de outra pessoa para se tornar um ser sexual ou para se sentir de uma determinada maneira.
Fortalece relacionamentos
Além de construir o relacionamento que você tem consigo mesma, os orgasmos também podem prendê-la mais e mais perto de um(a) parceiro(a). Uma revisão de 2016 publicada na Socioaffective Neuroscience & Psychology descobriu que as concentrações dos neurotransmissores oxitocina e prolactina – que são considerados facilitadores da ligação – aumentam durante o orgasmo. Por causa disso, os autores do estudo acreditam que pode haver uma ligação entre o clímax e a conexão com o(a) parceiro(a) sexual.
Claro, isso não significa que, se você não atingir o pico com outra pessoa, seu relacionamento não seja forte. Mas se o(a) parceiro(a) sexual é particularmente bom(boa) em fazer você gozar, é provável que você queira vê-lo(a) novamente, o que aumenta a chance de investimento nesse relacionamento. Além disso, saber que ele(a) pode lhe dar prazer também pode aumentar sua confiança e satisfação.
Melhora o sono
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Se você estiver tendo problemas para adormecer, considere ter mais orgasmos. Muitas pessoas acham que orgasmos as deixa sonolentas, e é por isso que podem ser um ótimo complemento para o seu comportamento na hora de dormir. Como os orgasmos induzem a sonolência? Pode ser devido aos hormônios relaxantes que circulam em seu sistema depois que você atinge o pico.
Ou pode ser porque o orgasmo é semelhante ao relaxamento muscular progressivo, segundo Rosara. O relaxamento muscular progressivo é uma técnica de relaxamento que envolve contrair um grupo de músculos o mais firmemente possível e, em seguida, soltá-los. Abandonar a tensão pode ajudar as pessoas a adormecer, da mesma forma que os músculos se contraem e depois relaxam durante o clímax.
Ou pode ser simplesmente condicional. “Algumas pessoas também desenvolvem o hábito de ter orgasmo antes de dormir, então isso faz parte de sua rotina de sono”, explica Rosara. “Portanto, seu corpo meio que sabe que isso significa dormir”, completa.
Mantém os músculos do assoalho pélvico
Um orgasmo é uma série de contrações musculares e essas contrações podem ajudar a manter ou fortalecer o assoalho pélvico, dizem os ginecologistas. As contrações são as mesmas que acontecem durante os exercícios de Kegel: quando você contrai intencionalmente os músculos do assoalho pélvico, segure por 3 a 10 segundos e depois solte.
Orgasmos também melhoram a saúde do assoalho pélvico ao aumentar o fluxo sanguíneo para a região pélvica, que suporta o crescimento muscular. Flexionar regularmente os músculos do assoalho pélvico pode levar a um sexo melhor, aumentando a lubrificação vaginal, reduzindo a dor da penetração e fortalecendo a intensidade do orgasmo. Isso porque um assoalho pélvico mais forte melhora o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e pode levar a uma pegada mais firme durante a penetração.
Alivia a dor
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Como se a melhora do humor e do sono não fossem benefícios suficientes, os hormônios induzidos pelo orgasmo, como a oxitocina e as endorfinas, parecem agir como analgésicos naturais. Essas sensações de prazer tendem a entorpecer as sensações de dor. Pode ser por isso que algumas pessoas acham que o orgasmo alivia as cólicas menstruais.
No entanto, para outras, gozar pode realmente aumentar a dor menstrual, segundo Rosara. Isso ocorre porque o orgasmo desencadeia contrações uterinas, piorando as que a pessoa já está sentindo graças à menstruação.
Sinta-se à vontade para experimentar o clímax como uma forma de aliviar as dores relacionadas ao período menstrual – ou qualquer outra dor que você esteja sentindo. Só não espere que funcione como uma varinha de condão, já que cada corpo é diferente.
Acredite, há até um efeito anti-idade quando a prática sexual é realizada com frequência
Ter uma rotina skincare, proteger a pele com filtro solar e fazer procedimentos estéticos são ações que, definitivamente, vão beneficiar sua pele, mas os hábitos de vida também contam muito nessa jornada. E, dentro desses hábitos, a atividade sexual deve ser levada em consideração.
“Isso porque durante o sexo são liberados hormônios e substâncias, como o estrogênio e a testosterona, que estão diretamente envolvidos na manutenção da saúde da pele”, destaca a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “A melhora da circulação sanguínea proveniente da atividade sexual é capaz de diminuir o nível de cortisol, melhorando a elasticidade, controle de acne e oleosidade, além de aumentarmos a própria barreira de proteção da pele”, acrescenta a cirurgiã vascular Aline Lamaita, médica atuante em Medicina do Estilo de Vida e membro do American College of Lifestyle Medicine.
Segundo Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, o acúmulo de radicais livres nos tecidos é um dos fatores que levam ao envelhecimento. “A atividade sexual consome energia e consegue, com isso, neutralizar esses radicais, melhorando o que chamamos de estresse oxidativo. A produção de colágeno melhora, a circulação na pele fica melhor. O sexo acelera o metabolismo de todo o organismo, as células são estimuladas a absorverem mais nutrientes, e secretar toxinas de maneira mais eficiente”.
“Durante a atividade sexual, toda a nossa circulação fica mais solicitada. O sistema arterial (sangue que “alimenta” os músculos em movimento, por exemplo) aumenta seu fluxo, e consequentemente, o aporte de nutrientes e oxigênio para todos os tecidos, inclusive a pele. Isso se reverte na pele deixando-a mais hidratada, corada e mais viçosa”, explica Aline. “Também temos aumento de antioxidantes endógenos, que combatem os radicais livres; isso leva ao retardamento do envelhecimento, com efeito antiaging”, completa. Dessa forma, nosso corpo tem uma melhor resposta antioxidante com a prática regular do sexo.
Assim como um exercício físico, durante o sexo, o fluxo sanguíneo aumenta, passando a levar oxigênio e nutrientes de forma mais eficaz para os tecidos, incluindo a pele. “Com isso, o sistema linfático passa a trabalhar em maior velocidade, desintoxicando o organismo e diminuindo a retenção de líquidos. Como resultado, a pele ganha um aspecto mais saudável, tornando-se hidratada, corada e viçosa”, diz Paola.
Com relação à ação anti-idade, a prática sexual promove o estímulo da produção das fibras de colágeno e elastinas, que são responsáveis por conferir sustentação e elasticidade ao tecido cutâneo, segundo a dermatologista. “Logo, há um risco menor da pele tornar-se flácida ou apresentar rugas e linhas de expressão precocemente, além de tornar-se mais firme, elástica e com menos sinais de envelhecimento”, diz Paola.
“Outro benefício antienvelhecimento é usar adequadamente a energia proveniente do carboidrato (açúcar) que consumimos, diminuindo o estresse oxidativo e evitando a glicação do colágeno, um processo no qual o açúcar excedente liga-se às fibras de sustentação da pele, favorecendo o aparecimento de flacidez e rugas”, explica Beatriz.
A prática sexual também fortalece e favorece a regeneração da pele, o que pode tornar a cicatrização mais rápida. “Além disso, estudos apontam que o sexo melhora o sistema imunológico, que também está envolvido no processo de cicatrização da pele”, completa Paola.
A atividade também atua por vias indiretas para melhorar a pele, como é o caso da redução do estresse. A atividade sexual diminui o nível de cortisol (o hormônio do estresse) ao longo do dia. “A diminuição do nível de cortisol melhora também a qualidade do sono. Além disso, altos níveis de cortisol podem contribuir para o aparecimento da acne. Por isso a prática é interessante”, diz a dermatologista Patrícia Mafra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Altos níveis de cortisol podem contribuir para diversos problemas de pele, como envelhecimento e acne. O cortisol potencializa o estado inflamatório persistente do tecido cutâneo, diminuindo a longevidade e a atividade das células que compõem a pele, o que a torna mais propensa a ter rugas”, explica Paola.
“O cortisol está também relacionado ao aumento de oleosidade e à diminuição da produção natural de ácido hialurônico na pele”, conta Aline. É comum suarmos durante o sexo, assim como quando realizamos qualquer tipo de esforço físico intenso. “E o suor auxilia na eliminação de sujidades acumuladas no interior dos poros, desobstruindo-os e, consequentemente, prevenindo a formação de cravos e espinhas”, finaliza Paola.
Ginecologista explica como fatores diretamente ligados ao envelhecimento do organismo, como fertilidade, energia, autoestima e hormônios, podem interferir no apetite sexual feminino
O sexo é um instinto natural do ser humano que, além de servir para a reprodução, possui uma série de benefícios para o organismo, incluindo desde melhora da pele e do cabelo até diminuição do estresse. No entanto, cada um de nós possui uma relação específica com o sexo e é natural que, em alguns dias, algumas pessoas não sintam necessidade de praticar relações sexuais, o que pode estar associado a fatores que vão desde situações cotidianas, como cansaço e problemas no relacionamento, até condições sérias, como o vaginismo e a depressão.
“Além disso, o próprio processo de envelhecimento pode interferir em nossa libido. E isso não ocorre apenas por fatores hormonais, mas também por questões sociais, físicas e psicológicas, afinal, conforme envelhecemos, interagimos de diferentes formas com o ambiente a nossa volta”, explica Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU. Para ajudar a entender mais sobre o assunto, a especialista explicou abaixo de que maneiras a libido feminina é afetada com o passar dos anos. Confira:
20 anos: o fim da adolescência e o início da fase adulta são pensados por muitos como os momentos de maior atividade sexual, afinal, os hormônios estão à flor da pele e temos mais energia. “No entanto, alguns outros fatores podem prejudicar a libido nessa idade. Por exemplo, o fato de a mulher ser mais fértil nessa época da vida pode torná-la mais seletiva com relação a quando fazer sexo. Na verdade, estudiosos estimam que o desejo sexual da mulher tende a aumentar conforme os anos passam, principalmente após os 30 anos, momento em que a fertilidade começa a diminuir”, destaca a médica.
30 e 40 anos: a terceira e quarta década de vida parecem ser o período em que o desejo sexual feminino está mais forte. “Esse fato pode estar relacionado a fatores como maior segurança com o próprio corpo e maior dedicação a relacionamentos, além da diminuição das chances de gravidez”, afirma a ginecologista. Estudos mostram, inclusive, que mulheres entre 27 e 45 anos têm fantasias sexuais mais frequentes e fazem mais sexo do que mulheres mais jovens ou mais velhas.
Foto: Veggiegretz/Morguefile
Gravidez: independentemente da idade em que ocorra, a gestação possui grande impacto na vida da mulher, afetando até mesmo sua libido. “O corpo da mulher e os níveis de hormônios passam por uma série de alterações ao longo da gestação. Por isso, é natural que a mulher apresente menor libido em alguns momentos e maior em outros, principalmente durante o segundo trimestre de gravidez. Além disso, algumas mulheres têm dúvidas sobre a segurança de fazer sexo na gravidez, o que, salvo em casos de risco, é perfeitamente seguro”, diz a especialista. “E as mudanças na libido não param com o nascimento do bebê, pois fatores como a amamentação e a criação também podem afetar o interesse da mulher no sexo.”
50 anos ou mais: por volta dos 50 anos, a saída dos filhos de casa e a diminuição da fertilidade podem tornar a mulher mais interessada no sexo. No entanto, um processo que ocorre naturalmente no corpo da mulher nessa época de vida pode afetar significativamente a libido: a menopausa. “A diminuição nos níveis de estrogênio que ocorre durante a menopausa pode fazer com que o desejo sexual diminua, o que ainda é intensificado devido a fatores também comuns desse período, como a diminuição da lubrificação vaginal e a atrofia da musculatura da região. Além disso, outros sintomas da menopausa, como ondas de calor, mudanças no humor e ganho de peso, também pode afetar a vontade da mulher de fazer sexo. Felizmente, nesses casos, é possível verificar com o ginecologista a possibilidade do uso medicamentos, hormônios e lubrificantes para aliviar os sintomas da menopausa e melhorar a libido”, explica Eloisa.
Mas é importante ressaltar que cada organismo é único e o processo de envelhecimento pode afetar a libido das mulheres de diferentes formas. Além disso, você deve ter em mente que não há problema algum em não sentir vontade ou necessidade de praticar relações sexuais, afinal, essa é uma decisão que cabe apenas a você. “Mas, caso a falta de libido esteja te afetando física, mental e amorosamente, o recomendado é que você consulte um ginecologista, pois apenas o médico especializado poderá diagnosticar a real causa do problema e indicar o tratamento mais adequado, que vai variar de acordo com a idade, características e histórico médico da paciente”, finaliza Eloisa.
Fonte: Eloisa Pinho é ginecologista e obstetra, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela Cetrus. Parte do corpo clínico da clínica GRU Saúde, a médica é formada pela Universidade de Ribeirão Preto, realiza atendimentos ambulatoriais e procedimentos nos hospitais Cruz Azul e São Cristovão, além de também fazer parte do corpo clínico dos hospitais São Luiz, Pró Matre, Santa Joana e Santa Maria.
Além de fatores do cotidiano, como estresse e cansaço, alterações hormonais e até mesmo doenças sérias, como a depressão, também podem causar a diminuição e perda da libido no público feminino
O sexo faz parte da rotina de qualquer casal, sendo uma das bases de um relacionamento. Mas é natural que, em alguns dias, as mulheres não sintam necessidade de praticar relações sexuais.
“A perda ou diminuição da libido, ou seja, a falta de apetite sexual é um problema muito frequente, acometendo de 15 a 35% das mulheres. O problema pode estar relacionado simplesmente à dinâmica do relacionamento e ao cotidiano, sendo causado por fatores como cansaço e estresse, o que, geralmente, é solucionado naturalmente”, explica Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU.
No entanto, o comportamento pode ser também sinal de algo mais sério. Por isso, é fundamental ficar atenta ao apetite sexual e consultar um ginecologista caso o problema se estenda por longos períodos, o que pode estar relacionado a diversas causas, que a especialista listou abaixo:
Doenças ginecológicas: algumas condições que afetam a saúde da vagina podem prejudicar a mulher não apenas fisicamente, mas também mentalmente, diminuindo então a libido. “O vaginismo, por exemplo, é uma doença geralmente causada por fatores psicológicos em que os músculos da vagina realizam contrações involuntárias que podem impedir a penetração e, consequentemente causar grande dor durante as relações sexuais, diminuindo a vontade da mulher de praticá-las”, afirma a ginecologista.
Depressão: a depressão figura entre uma das principais causas da redução da libido, pois é uma doença acompanhada de sintomas como estresse, ansiedade e baixa autoestima, fatores que contribuem diretamente para a perda do desejo sexual. “Além disso, os medicamentos antidepressivos utilizados no tratamento da condição também são responsáveis pela diminuição do apetite sexual, já que causam desequilíbrios nos níveis hormonais. Porém, nem todos os medicamentos causam esse efeito e, por isso, o acompanhamento psicológico e ginecológico é fundamental no tratamento da condição de forma a evitar impacto sobre a libido”, aconselha a especialista.
Menopausa: afetando todas as mulheres em algum momento da vida, a menopausa é um processo natural do envelhecimento que ocorre quando a quantidade de óvulos se esgota e a produção de hormônios é reduzida, causando assim uma série de alterações no organismo da mulher, como a redução da libido. “Isso porque, além da diminuição drástica na produção de testosterona e estrogênio, a menopausa também é marcada por aumento de peso, ressecamento vaginal e dor, desconforto e até sangramento durante relações sexuais, o que, consequentemente pode diminuir a vontade da mulher de fazer sexo”, diz a Dra. Eloisa.
Transtorno do desejo sexual hipoativo: existe ainda uma condição médica caracterizada justamente pela redução ou perda da libido, conhecida como transtorno ou distúrbio do desejo sexual hipoativo. “Afetando principalmente mulheres, o distúrbio do desejo sexual hipoativo é uma condição comum e de difícil diagnóstico que causa a falta persistente de desejo sexual sem que haja outras causas envolvidas. O problema pode causar sofrimento pessoal e dificuldades no relacionamento e geralmente está relacionado a questões psicológicas”, destaca a médica.
Por fim, é importante ressaltar que não há problema algum em não sentir vontade ou necessidade de praticar relações sexuais, afinal, essa é uma decisão que cabe apenas a você.
“No entanto, caso a falta de libido esteja te afetando física, mental e amorosamente, o recomendado é que você consulte um ginecologista, já que apenas ele poderá diagnosticar a real causa do problema e indicar o tratamento mais adequado, que vai variar de acordo com cada caso e pode incluir terapia de reposição hormonal, acompanhamento psicológico, substituição dos métodos contraceptivos e outros medicamentos ou simplesmente a adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e boas noites de sono”, finaliza a médica.
Fonte: Eloisa Pinheiro é ginecologista e obstetra, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela Cetrus. Parte do corpo clínico da clínica GRU Saúde, a médica é formada pela Universidade de Ribeirão Preto, realiza atendimentos ambulatoriais e procedimentos nos hospitais Cruz Azul e São Cristovão, além de também fazer parte do corpo clínico dos hospitais São Luiz, Pró Matre, Santa Joana e Santa Maria.
Dor durante ou após a relação sexual, coceira, queimação e infecção bacteriana: esses são alguns dos sintomas de ressecamento vaginal. De acordo com a Women’s Health Concern, uma associação que trabalha em conjunto com a Sociedade Britânica para a Menopausa, aproximadamente 17% das mulheres entre os 18 e 50 anos sofrem com secura vaginal bem antes de entrarem na menopausa, o que geralmente ocorre após os 50 anos.
Há diversos fatores que podem ter relação com o ressecamento vaginal, inclusive o estresse. “A lubrificação acontece pelo fluxo de sangue que passa pela zona genital quando a mulher está excitada. Isso ocorre normalmente durante as preliminares da atividade sexual, então, se ela estiver nervosa ou estressada, certamente irá influenciar no nível hormonal e ela não vai conseguir ficar lubrificada”, explica a sexóloga da INTT, Lauren Souza.
O ressecamento vaginal é mais comum durante o pós-parto, tratamento de câncer, menopausa e uso de medicamentos específicos. “É fato que a secura vaginal ocorre, na maioria da vezes, após a menopausa, pois é nesse período que a mulher passa por alterações hormonais e tem uma queda na produção de estrogênio, o que causa uma atrofia na região da vagina, levando à secura”, diz Lauren.
Mas esse problema não é restrito apenas às mulheres depois da menopausa, muitas não sabem, no entanto, que a lavagem em excesso e a utilização de produtos inadequados na hora de realizar a higiene da região intima podem influenciar e agravar o ressecamento vaginal. Pensando nisso, a INTT Cosméticos decidiu lançar o Vagisex: um hidratante intravaginal à base de ácido hialurônico que restaura naturalmente a umidade vaginal.
O ácido hialurônico é uma molécula natural responsável pela manutenção do nível correto de hidratação nos tecidos e que, quando utilizado por um determinado período, proporciona lubrificação e umidade. Ele fixa-se à parede vaginal, formando uma superfície hidratada e permanece até a descamação das células epiteliais, que ocorre geralmente em três dias, hidratando, dessa maneira, o tecido da região.
Livre de hormônios e parabenos, além se der testado ginecologica e dermatologicamente, o Vagisex deve ser utilizado diariamente após a última urina do dia, devendo-se dormir com o produto. A forma de uso é bem simples e prática: no total são 10 aplicadores e uma bisnaga de 30g. Em geral, o tratamento dura em torno de dez dias e possui preço sugerido de R$ 65,00.
A sexualidade feminina é considerada um tabu em muitas famílias brasileiras, especialmente quando o tema principal é o desconforto ou a incidência de dores no sexo, mesmo considerando que, no país, 18% das mulheres sentem dor durante a relação sexual. Os dados integram um estudo realizado em dezembro de 2019 pelo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex), da Faculdade de Medicina de São Paulo.
“Esse índice aumenta quando falamos de dor ou desconforto não só durante, mas também após o sexo – em todo o mundo, estima-se de 60% das mulheres já viveram este episódio”, diz Ailane Araújo, médica especializada e que é referência em cannabis medicinal, além de diretora do Centro Brasileiro de Referência em Medicina Canabinóide (CBRMC), o primeiro do Brasil, localizado em São Paulo.
Em que pese a necessidade de uma avaliação clínica completa, com a realização de exame físico ginecológico e conhecimento da história clínica da paciente, o que permitirá encontrar a causa da dor, que pode ter uma série de origens (emocionais ou físicas), um tratamento vem despontando como alternativa: o uso do canabidiol, ou CBD na forma de gel vaginal.
Para ter acesso ao produto (que não é disponibilizado para livre comercialização no Brasil) e, consequentemente, ao tratamento, a mulher precisa estar acompanhada por um médico que fará a prescrição adequada. A partir daí, é preciso fazer um cadastro no site do Governo Federal e dar início ao processo de envio de documentos, indicação do produto e empresa importadora. “Este processo já foi muito mais burocrático e demorado. Hoje, considerando a prescrição, em aproximadamente 20 dias é possível ter o produto em casa e iniciar o tratamento”, diz Ailane.
A especialista explica que o produto se conecta a receptores de corpo presentes em vários órgãos. No caso da dor ele provoca uma dessensibilização nos canais de dor, aumentando o limiar de dor, sem diminuir a sensibilidade, o que leva ao aumento da lubrificação natural e da excitação, gerando um relaxamento muscular e tornando a região mais sensível ao toque, além da redução do incômodo na região antes ou durante o sexo.
“Ele age como anti-inflamatório – e muitas patologias são de origens inflamatórias -, além de auxiliar na redução da ansiedade e melhorar também a libido”, destaca a médica, reforçando que é este também é um dos grandes diferenciais em relação aos tratamentos usuais. “O uso de ansiolíticos impacta diretamente na libido feminina”, diz.
“Cannabis medicinal não é maconha”
A afirmação que soa quase como um mantra na voz da médica, uma das primeiras e principais prescritoras da cannabis medicinal no Brasil, é um alerta para a necessidade de aumento da informação na sociedade. “Hoje, temos resultados efetivos e melhora na qualidade de vida de pacientes que tratam de patologias como Alzheimer, epilepsia, Parkinson, esquizofrenia, dores crônicas, ansiedade, depressão e até câncer. O CBD, princípio ativo do canabidiol, não pode ser confundido com o uso recreativo da cannabis”, explica.
Geralmente vendido na forma de um óleo extraído da planta, o canabidiol também está disponível em outras apresentações de uso fora do Brasil que incluem gel, creme, vaporização, aplicação por supositórios entre outros – no caso do Brasil, temos algumas restrições ainda para uso quanto a apresentação do produto e precisa ter sua importação aprovada individualmente pela Anvisa. A médica reforça que o uso do canabidiol também está diretamente ligado ao processo de investigação do motivo e da escala da dor, o que dará a recomendação para o tratamento adequado.
Causas mais comuns da dor no sexo
Mesmo sabendo que a dor durante a relação sexual pode ter sua origem em causas psicológicas, de acordo coma médica, entre as causas físicas mais comuns estão a doença inflamatória pélvica (geralmente ocasionada por uma doença sexualmente transmissível como gonorreia ou clamídia); a menopausa (que pode ocasionar o ressecamento e a atrofia vaginal); a vulvodinia (irritação crônica da vulva que pode ser desencadeada por alterações hormonais ou por uma infecção ou inflamação); o vaginismo (contração involuntária da musculatura pélvica); o líquen (doença dermatológica que também tem como efeito o ressecamento vaginal) e a endometriose.
“A cannabis medicinal é uma opção terapêutica desejável e pode ser considerada, além de um complemento, um redutor da carga dos sintomas, atuando na causa. Ou seja, trata-se de uma abordagem sistêmica que promove a qualidade de vida dos pacientes”, finaliza Ailane.
Fonte: Centro Brasileiro de Referência em Medicina Canabinóide (CBRMC)
Allan Ferreira também fez uma seleção com alguns mais consumidos, revelando se eles realmente têm poder sobre a libido
O orgasmo é considerado o “ponto alto” do prazer sexual. Mas nem todos conseguem atingir o ápice, como aponta um estudo organizado pelo Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Conforme o levantamento, cerca de um terço das brasileiras nunca tiveram um orgasmo.
Pensando nisso, o nutrólogo Allan Ferreira, do Hospital Anchieta de Brasília, listou alimentos que podem ajudar a “chegar lá”, os famosos afrodisíacos. Ele acrescenta que a perda da libido pode ser causada por diversos fatores, como estresse, uso de medicamentos e doenças, entre outros. “Manter a saúde física e a mental é fundamental para o desejo. Além, é claro, de uma alimentação balanceada”, pontua.
De acordo com o especialista, poucos alimentos têm ação comprovada para aumentar a libido, mas que existem alguns com uma conotação romântica, como morangos, chocolate e chantilly, que podem estimular a imaginação, contribuindo, assim, de maneira indireta com o clima romântico.
O nutrólogo explica que outras substância, que promovem sensação de relaxamento e desinibição como um vinho, ou outras bebidas alcoólicas, podem até ajudar no clima, mas por ter efeito mais sedativo, podem prejudicar o desempenho sexual. “Muitas raízes como ginseng, Tribulus terrestris e catuaba são descritas por ter efeito estimulante, que indiretamente ajudam no apetite sexual. Mas seu efeito ainda é discutido”, pontua.
Mitos e verdades
Como mencionado anteriormente pelo nutrólogo, há alimentos comumente consumidos que não são afrodisíacos. Pensando nisso, ele listou alguns mitos e verdades. Confira:
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–Castanhas e nozes: ajudam a aumentar o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais , o que contribui para o aumento da libido. Elas são fonte de arginina, um aminoácido que estimula o óxido nítrico, capaz de promover maior circulação sanguínea na região do pênis ou do clitóris. A vitamina E presente neles também contribui para o aumento de fluxo sanguíneo na região dos órgãos genitais. E a niacina, vitamina do complexo B, possui ação vasodilatadora.
–Ostras: não há estudos que comprovem que elas melhoram a libido. O que poderia levar a este benefício é o fato das ostras serem ricas em zinco, mineral responsável pela regulação da testosterona. Se a pessoa tem uma queda hormonal, a ostra repõe o zinco e a produção dos hormônios é retomada, mas ela seria afrodisíaca apenas no paciente com essa deficiência.
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–Chocolate: ao contrário do que muitos acreditam, não ajuda a melhorar a libido. Alguns estudos levantam a hipótese que a cafeína e outros estimulantes, presentes no chocolate, dão um pouco de vigor para quem estiver cansado e, assim, contribua para a libido, mas não houve conclusão nenhuma
–Pimenta: já ouviu a expressão “apimentar a relação”? Pois é, a ingestão de pimenta gera reações fisiológicas no corpo como, por exemplo, transpiração, aumento da frequência cardíaca e da circulação sanguínea. Este efeito estimulante pode ajudar na excitação e apetite sexual.
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–Manjericão: também melhora a circulação sanguínea.
–Mel: é rico em vitaminas do complexo B (necessárias para a produção de testosterona) e em boro (uma substância que ajuda o organismo a metabolizar e usar o estrogênio – hormônio feminino). Alguns estudos sugerem que o mel também pode elevar os níveis de testosterona no sangue.
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–Mamão: como a semente de anis, é estrogênico, o que significa que ele tem compostos que agem como o estrogênio, o hormônio feminino. Pode ser usado para aumentar a libido da mulher.
Chá de Alcaçuz
–Alcaçuz, canela, cravo – a estimulação olfativa e gustativa ajudam a aguçar nossos sentidos. Usá-los em uma sobremesa, ou mesmo para aromatizar um jantar romântico, pode ter efeito estimulante na libido.
“Alimentos mais leves, e bem temperados, cheirosos têm efeito estimulante, ajudando a aguçar os sentidos”, destaca. Ele continua: “Carnes leves (como peixe), temperadas com pimenta e/ou gengibre, acompanhados de uma sobremesa com chocolate e morangos, pode ser uma boa pedida”, finaliza.