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Cerca de 60% das brasileiras já tiveram candidíase e/ou vaginose bacteriana, aponta estudo

Estudo encomendado pela marca Gino-Canesten ao IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) revelou que ainda há desconhecimento dos sintomas de ambas as doenças por parte da população, principalmente entre as mais jovens; ginecologista e obstetra esclarece os sinais de cada infecção

59% das brasileiras relatam já ter tido vaginose bacteriana ou candidíase pelo menos uma vez na vida. O dado é da pesquisa conduzida pelo IPEC, encomendada pela marca Gino-Canesten. O estudo, que entrevistou 2 mil mulheres, apontou ainda que 13% das respondentes não sabem identificar um corrimento normal de um corrimento causado por uma infecção, dúvida mais frequente entre as mais jovens (19% das que afirmaram têm idade entre 16 e 25 anos).

Apesar de terem origem no desequilíbrio do pH e flora vaginal, a vaginose bacteriana e a candidíase possuem sinais diferentes e contam com tratamentos totalmente distintos. E um dos sinais em que precisamos estar atentos é o corrimento, como explica a médica ginecologista. “A vaginose é uma infecção vaginal causada pela proliferação de bactérias já existentes na vagina, principalmente a Gardnerella vaginalis, e é normalmente percebida a partir de mudanças no odor e na cor do corrimento vaginal. Já a candidíase é causada por um fungo chamado Candida albicans, que também já existe na vagina, e tem como principais  sintomas um corrimento esbranquiçado e grumoso e coceira vaginal”.

A médica alerta sobre a importância de termos pleno conhecimento do nosso corpo e da nossa saúde íntima, a fim de identificarmos quando algo está errado. Por isso, nos ajudou a esclarecer os principais sintomas dessas duas infecções, além de dicas de como preveni-las.

Mas afinal, o que é vaginose bacteriana? Como identificá-la?

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Como foi dito anteriormente, a vaginose bacteriana é uma infecção vaginal causada por bactérias, principalmente pela Gardnerella vaginalis, que habita naturalmente a flora vaginal. Por conta de um desequilíbrio no pH dessa flora, o ambiente fica mais propício para a proliferação dessas bactérias. Seus principais sintomas são corrimento acinzentado, com um odor forte (que se assemelha a peixe podre), e incômodo na região. A vaginose também pode causar sangramentos após a relação sexual.

“É importante frisar que o mau cheiro causado pela vaginose não tem ligação com a higiene íntima. Por isso, evite lavar internamente com duchas íntimas, ou fazer uso de produtos íntimos perfumados, pois isso pode alterar ainda mais a flora vaginal, piorando a situação”, alerta a médica.

O que difere a vaginose bacteriana da candidíase?

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Ambas são infecções vaginais, mas, enquanto a vaginose é causada por uma bactéria, a candidíase é causada por um fungo: o Candida albicans. Seus sintomas mais comuns incluem coceira vaginal incômoda, corrimento branco e espesso, ardência na região da vulva (parte externa da vagina) e inchaço dos lábios vaginais. Há ainda casos em que ocorre ardência ao urinar e dor durante relações sexuais. A médica também reforça que pessoas com candidíase não costumam relatar mau cheiro na vagina.

E o que fazer para preveni-las?

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Para prevenir ambas as infecções, é importante adotar alguns hábitos de autocuidado que ajudam a manter o equilíbrio da microbiota vaginal. Pequenas mudanças de comportamento, como diminuir o consumo de açúcar, praticar atividades físicas e ter uma boa qualidade de sono, além de evitar situações de estresse (principalmente durante a TPM), já contribuem muito para uma boa saúde íntima.

“Evitar o uso de produtos perfumados e de absorventes diários/internos na região íntima, além de dormir sem calcinha, mantendo a vagina arejada e confortável também são recomendações que podem fazer a diferença” recomenda Ornella.

Um portfólio completo para os cuidados com a saúde íntima

Identificou algum dos sintomas mencionados acima? Para se certificar do diagnóstico, é importante checar com um médico ginecologista de confiança. Se estiver com candidíase, a Gino-Canesten oferece diferentes formatos de soluções para tratar a infecção. Disponível em três diferentes níveis de dosagem, é possível escolher entre um tratamento de 1, 3 ou 6 dias, de acordo com a preferência da pessoa e do seu médico. Todos os produtos de Gino-Canesten tratam a candidíase com eficácia e segurança.

Para casos de vaginose bacteriana, a marca lançou no último ano o Gino-Canesten Balance, produto para saúde em gel que auxilia nos sintomas da vaginose, como o cheiro desconfortável, já nos primeiros dias de uso. O tratamento é composto por aplicadores convenientes e higiênicos já preenchidos com a dose certa para ser utilizado uma vez por dia, preferencialmente à noite.

Fonte: Gino-Canesten

Verão pede cuidados extras com o surgimento de doenças ginecológicas

O calor intenso e os hábitos adotados durante a estação favorecem a proliferação de fungos e bactérias

Com a chegada do verão, é hora de aproveitar, seja para ir à praia, cachoeira ou clube. No entanto, essa época do ano também exige cuidados redobrados com a saúde íntima da mulher. Isso porque o verão é o período em que a proliferação de bactérias é maior e o calor intenso favorece o surgimento de doenças ginecológicas, principalmente por conta dos hábitos adotados durante a estação.

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“Usar roupas com tecidos sintéticos, bem como trajes apertados, pode ser mais prejudicial em dias quentes, além de fazer com que os corrimentos se tornem mais recorrentes”, orienta o médico ginecologista João Oscar de Almeida, do Hospital Felício Rocho. Segundo ele, essas roupas acabam “abafando” a área genital, o que faz com que a temperatura local aumente e a umidade também, criando condições favoráveis para o crescimento de fungos e bactérias.

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“Da mesma forma, é muito comum ficar com roupas molhadas após passeios, o que contribui para alterar as condições físicas da região e, consequentemente, para a proliferação de microrganismos prejudiciais à saúde íntima”, completa. Esses hábitos de verão causam um desequilíbrio da flora vaginal, aumentando a chance do desenvolvimento de infecções vaginais como a candidíase, tricomoníase e a vaginose bacteriana, por exemplo.

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A candidíase é a mais recorrente nessa época do ano, sendo causada pelo crescimento do fungo cândida, que prefere lugares úmidos, causa coceira e dores para urinar e no ato sexual. Embora possa ser transmitida sexualmente, não é considerada uma Doença Sexualmente Transmitida (DST).

Já a tricomoníase é uma DST causada pelo parasita Trichomonas vaginales, e apresenta corrimento amarelo-esverdeado com odor desagradável, além de dores ao urinar e durante o sexo. “Apesar de a doença ser transmitida sexualmente, no verão a flora vaginal está em constantes mudanças, o que favorece para o surgimento da doença”, explica o médico.

A vaginose bacteriana é provocada pela bactéria Gardnerella vaginalis, seu principal sinal é um corrimento amarelo ou branco-acinzentado, com um odor forte, e que piora durante as relações sexuais e na menstruação. Também pode provocar ardor e um pouco de coceira. Todas elas podem ser tratadas com medicamentos via oral e cremes vaginais.

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Para prevenir esses problemas, o ginecologista garante que o ideal é evitar ficar muito tempo com roupas úmidas, inclusive os trajes de banho; optar por roupas mais leves e arejadas, como vestidos e saias; e limpar a genitália com sabonetes neutro ou íntimo.

“É fundamental manter uma higienização adequada e evitar a umidade prolongada na região da vagina especialmente durante o verão, assim como buscar orientação médica sempre que notar algo errado. Como são situações comuns, é frequente o tratamento sem uma instrução adequada, às vezes baseada em experiências prévias ou sugestões de colegas. No entanto, o tratamento inadequado pode levar a um desequilíbrio ainda maior da flora vaginal. Por isso a avaliação médica especializada é tão importante para um tratamento correto”, adverte.

Fonte: Hospital Felício Rocho