Cardiologista do Vera Cruz Hospital e especialista em medicina do estilo de vida, Danielle Salaorni de Resende lista os principais benefícios do esporte
A prática de atividade física favorece a prevenção e o tratamento das doenças crônicas não transmissíveis, auxilia no controle de doenças cardíacas, diabetes, câncer, depressão… Com inúmeros benefícios, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a prática seja regular, de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa semanal.
Mas, infelizmente, de acordo com dados da própria instituição, isso não acontece: aproximadamente 23% dos adultos no mundo não atingem essas recomendações. Em algumas populações, devido à influência de meios de transporte, tecnologia e valores culturais, esse índice chega a 80%.
Hoje (6), Dia Mundial da Atividade Física, Danielle Salaorni de Resende, cardiologista do Vera Cruz Hospital e especialista em medicina do estilo de vida, pontua dez razões para o exercício físico fazer parte da nossa rotina:
1-Fortalece o sistema imunológico e ajuda a aumentar os linfócitos (células de defesa do organismo), contribuindo, assim, também, para prevenir fatores de risco para doenças crônicas não contagiosas;
2-Diminui a pressão arterial e melhora a circulação sanguínea, evitando problemas como inchaço e varizes. Quem pratica exercícios tende a apresentar nível de pressão arterial mais próximo da normalidade, por vasodilatação, o que reduz as chances de doenças cardiovasculares;
3-Controla a glicemia e as complicações da diabetes, estimulando a produção de insulina e facilitando seu transporte para as células do corpo;
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4-Evita a osteoporose e previne a perda óssea que acontece com a fragilidade pela inatividade, o que diminui também o risco de fraturas;
5-Auxilia no processo de emagrecimento, na manutenção do peso perdido e no controle de peso, mantendo a massa magra;
6-Ajuda a evitar a insônia, pois melhora a qualidade e prolonga o tempo de sono;
7-Promove o bem-estar físico e mental por meio da liberação de endorfina, que gera a sensação de bem-estar; tal fator contribui na redução da ansiedade e do combate à depressão;
8-Melhora o humor, pois estimulam diversas substâncias químicas cerebrais associadas à felicidade e ao relaxamento;
9-Melhora a função pulmonar, favorecendo as trocas gasosas, o recrutamento de alvéolos e a capacidade dos pulmões;
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10-Diminui e melhora a qualidade do colesterol LDL e triglicérides, efeito importante e fundamental na prevenção de infartos e AVC.
Fonte:Danielle Salaorni de Resende é cardiologista do Vera Cruz Hospital
Ato proporciona melhora geral na qualidade de vida, na circulação e no equilíbrio de hormônios
Falar sobre sexo ainda é um tabu coberto de censuras, que deveriam ser deixadas de lado, já que a prática pode oferecer diversos benefícios à saúde. E o Dia do Sexo surgiu justamente de uma brincadeira, para dar mais leveza ao tema. A data ganhou o imaginário brasileiro e se popularizou pelo “trocadilho numérico”, de duplo sentido, que envolve o “seis de setembro”: 6/9 remete a uma posição sexual, popularmente conhecida como “69”.
A celebração, lembrada anualmente de forma simbólica, surgiu em 1999, após a campanha publicitária de uma marca de preservativos, cujo intuito era o de promover produtos adultos e ações relacionadas ao assunto. Segundo Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital, ao chegar ao auge sexual, o corpo humano libera endorfinas, que dão sensação de bem-estar, ativam a circulação sanguínea e proporcionam relaxamento, equilíbrio dos hormônios, alívio de dores e estresse, melhora da qualidade de vida, do sono, do sistema imunológico e ainda queima calorias.
“O orgasmo leva a uma descarga repentina da tensão sexual e, nesse momento, inúmeras áreas do cérebro são ativadas. Os níveis de oxigenação e do fluxo de sangue aumentam consideravelmente, melhorando a circulação no coração e no cérebro. O prazer sexual proporciona muitos benefícios, como reduzir o estresse e a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar devido à liberação de ocitocina (o hormônio da felicidade), além de favorecer a saúde mental das mulheres”, enumera.
Outro fator apontado pela ciência como motivador sexual é o instinto biológico de procriação. “A teoria é a de que o prazer é uma recompensa tão agradável que aguça o engajamento no sexo e a procriar. Sem essa ‘recompensa’, talvez o ser humano não se interessasse por sexo e nossa espécie poderia ser extinta”.
Entretanto, atingir o clímax não é tão fácil, segundo pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que ouviu três mil participantes, com idade entre 18 e 70 anos: metade das pessoas relatou não ter orgasmo nas relações sexuais; 55,6% das mulheres têm dificuldade para chegar ao orgasmo, sendo que 67% têm dificuldade para se excitar, e outras 59,7% têm dor na relação.
Outro estudo, realizado pelo Standford University Medical Center, diz que a maioria das mulheres jovens e saudáveis que reclama de não atingir o orgasmo descobre que isso tem mais relação com fatores psicológicos do que físicos. “A mulher acaba vítima da vida corrida, do serviço extenuante, de longas jornadas de trabalho, do cansaço, da vergonha do corpo, de opressões da sociedade. Essas queixas se tornaram frequentes na prática clínica nos últimos anos em razão da pandemia”, conta a especialista.
Segundo a ginecologista, a relação sexual é muito mais do que o orgasmo e não pode (e nem deve) estar condicionada apenas ao ato da penetração. “As preliminares, os momentos com o parceiro ou a parceira e a excitação devem ser curtidos sem pressa. Sexualidade é autoconhecimento. Nós mulheres somos as únicas na face da terra a ter um órgão dedicado exclusivamente ao prazer. Que possamos usá-lo sem culpa, no nosso ritmo e do nosso jeito. A dica é aproveitar mais a experiência do sexo como um todo e não focar apenas no orgasmo”, conclui.
Fernanda Carvalho Mangabeira Albernaz, nutricionista do Vera Cruz Hospital, dá dicas de como consumir corretamente a iguaria
“Eu nunca imaginei que poderia comer chocolate sem culpa. Com o acompanhamento de uma nutricionista, descobri que é possível incluir a iguaria na rotina, mas na quantidade e tipo certo”, conta a bacharel em direito Carla Santos, de 39 anos. “Eu pesava 112 quilos, tentei de tudo para emagrecer: várias dietas, medicações, exercícios, e não conseguia. Foi quando pesquisei sobre a cirurgia bariátrica, me aprofundei no assunto e fiz o procedimento. Hoje, sete meses após a cirurgia, estou com 34 quilos a menos, e ainda posso me dar ao prazer de comer dois quadradinhos de chocolate 70% cacau por dia”.
Para atender os pacientes que precisam realizar a cirurgia bariátrica, o Vera Cruz Hospital conta com uma equipe multidisciplinar que os orienta, atendendo as necessidades individuais de cada um. “Eu sabia que o sucesso do procedimento dependia bastante de mim e que precisaria ser determinada e dedicada, mas poder contar com uma equipe de especialistas para esclarecer as minhas dúvidas e me orientar tem tornado tudo mais leve”, salienta.
E foi durante o acompanhamento nutricional que Carla soube que poderia continuar consumindo chocolate, mesmo que de forma controlada. “O chocolate me acalma, e saber que posso comer um pouquinho me ajuda a seguir com a dieta. Antes da cirurgia, cheguei a comer uma caixa de bombom por dia. Hoje, como a quantidade permitida e me sinto satisfeita e feliz”.
Foto: Her.ie
A casa de Carla faz parte dos 82,6% dos lares brasileiros em que o chocolate está na lista de compras. Fernanda Carvalho Mangabeira Albernaz, nutricionista do Vera Cruz Hospital, explica que a presença do item nas residências pode ser justificada pela sensação de prazer após o consumo. “O chocolate contém mais de 300 substâncias químicas que nos dão a sensação de bem-estar, de concentração e energia, além de melhorar o humor. Por possuir um sabor doce e agradável, faz parte de inúmeras receitas, como brigadeiros, bolos, coberturas, trufas, bombons, achocolatados em pó, e dos próprios tabletes de chocolate que combinam com café expresso e proporcionam aquele momento aconchegante e feliz nas famílias”, detalha.
Exemplos como o de Carla chamam a atenção com a chegada da Páscoa (17) e mostram que é possível, sim, usar o chocolate como aliado na saúde. A vontade em consumir chocolate faz parte da rotina dos brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Kantar, e apresentada em 2021 pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), mostra que os brasileiros consomem chocolate com frequência e apontam crescimento de 9,3% no período da pesquisa.
Na visão da nutricionista, as pessoas não precisam se privar do alimento, mas é fundamental fazer uma boa escolha e comer em pequenas quantidades. “Se a ideia for comprar ovos recheados de chocolate, a dica é procurar por aqueles que possuam frutas secas e castanhas no recheio. Tome bastante cuidado com chocolates que tenham conservantes, pois fazem mal à saúde. Evite também aqueles que possuam gordura vegetal hidrogenada (a chamada gordura “trans”) ou que contenham gordura anidra de leite”, esclarece.
O mercado de doces oferece diversas opções de chocolates, como meio amargo, amargo, extra amargo, ao leite, branco, de soja, de alfarroba, light, diet. Segundo Fernanda, os da linha “amargo” são aqueles que realmente oferecem benefícios à saúde, mas o consumo em excesso (acima de 30g por dia) é prejudicial à saúde. “Os benefícios acontecem pelo fato de o chocolate amargo contar com boas quantidades de pó de amêndoa de cacau em sua fórmula, que, por sua vez, é uma excelente fonte de flavonoides, um poderoso antioxidante que ajuda na redução do risco de doenças cardiovasculares, de câncer, protege o cérebro e é de grande auxílio na redução do colesterol ruim e da pressão arterial”, elenca.
Com maior teor de gordura e açúcar, o chocolate branco é o menos saudável. “Ele não possui o pó de cacau em sua composição, é feito de leite, manteiga de cacau e açúcar, e, muitas vezes, a manteiga de cacau é quase totalmente substituída por gordura vegetal hidrogenada. Sendo assim, não traz benefícios relevantes. Consumir chocolate com poucos nutrientes, muita gordura e açúcares pode causar obesidade, diabetes, dislipidemia, enxaqueca e, consequentemente, elevar o risco de doenças cardiovasculares”, explica.
Para quem gosta da iguaria, a nutricionista faz recomendações para auxiliar na escolha. O indicado é que tenha pelo menos 50% de cacau (no caso de crianças) ou 70% (no caso de adultos), com quantidade reduzida de açúcares e gorduras. “Além disso, evite aqueles com adoçantes tóxicos na fórmula, como sacarina, ciclamato e aspartame. E compre o que tiver menor quantidade de açúcar. Mesmo que tenha 70% de teor de cacau, é preciso evitar aqueles que têm o açúcar em primeiro lugar na lista de ingredientes”.
Sobre crianças, a nutricionista ressalta que o consumo de açúcar só é liberado a partir dos dois anos de idade e, ainda, que é preciso respeitar o horário de alimentação na hora de introduzir a iguaria na rotina dos pequenos. “Para crianças, é bom saber que o chocolate precisa ter, pelo menos, 50% de teor de cacau em sua composição e ser livre de açúcares. No entanto, como criança é criança, você pode até comprar aqueles que possuam esse ingrediente”, conclui.
Para aqueles que não conseguem se controlar e atacam os doces em datas pontuais, a dica é “levar em consideração a qualidade e quantidade do chocolate ingerido, e preferir os amargos. Escolha porções menores: em vez de pegar um ovo de Páscoa inteiro, pegue pedaços menores para não boicotar a dieta. Evite comer chocolate de estômago vazio. Dê preferência para comer o chocolate como sobremesa, pois evita que o consumo seja excessivo. E não deixe de praticar atividade física para evitar que as calorias a mais se transformem em ‘gordurinhas’ mais tarde”, conclui.
Vera Cruz Oncologia realiza ação que destaca quais alimentos devem ser evitados
O segundo mês do ano é, definitivamente, o momento certo para se levantar a bandeira do combate ao câncer, nome dado a um grupo de mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, formando tumores. Além da leucemia, que atinge a medula óssea, lembrada pelo “Fevereiro Laranja”, fevereiro também carrega consigo o Dia Mundial do Câncer (4) e o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil (15). Tudo isso com o intuito de conscientização coletiva, já que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre 80% e 90% dos 625 mil casos da patologia que devem ser diagnosticados do início de 2020 até o final deste ano, serão oriundos de causas externas, tais como hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde. O restante terá origem interna, das ações e reações naturais do corpo humano de cada indivíduo.
Para a nutricionista Ligia Vieira Carlos, do Vera Cruz Oncologia, tal dado não é surpresa, mas, sim, reflexo da mudança de hábito na alimentação da população brasileira, que vem substituindo alimentos in natura por processados. “Essa transformação no cardápio contribui para o empobrecimento da dieta e favorece o desenvolvimento das células cancerígenas. É importante ter alimentos de origem vegetal na base da alimentação, evitar o consumo de ultraprocessados, bebidas açucaradas, fast food e bebidas alcoólicas”, pontua.
Ela enfatiza que a população precisa comer de forma consciente, sabendo que tudo o que é ingerido será absorvido e refletirá na funcionalidade do organismo, tanto em adultos quanto em jovens e crianças. “Estudos científicos evidenciam que o excesso de realçadores de sabor, assim como de aditivos, como é o caso dos corantes e conservantes presentes em alimentos industrializados de baixo valor nutricional, pode contribuir negativamente para a saúde. Em outros países, a quantidade permitida dessas substâncias é bem menor do que a que está presente nos alimentos no Brasil. Por isso, a profissional alerta, na hora de montar o prato, a dica é que ele seja colorido e contenha todos os grupos alimentares. Atenção aos temperos, para que sejam naturais”.
Números e fatos
Há vários tipos de câncer, e o termo é usado para nomear neoplasias malignas, cujos principais tipos são: os carcinomas, que se desenvolvem em tecidos de revestimento tanto internos quanto externos; os linfomas, oriundos dos linfonodos do sistema linfático; a leucemia, que pode ser encontrada em tecidos sanguíneos; e os sarcomas, que são raros e acometem os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem. Nos adultos, essa classe corresponde a cerca de 1% dos casos.
Paulo Eduardo Pizão, coordenador do Vera Cruz Oncologia, esclarece que a enfermidade pode se desenvolver em diferentes partes do corpo e ser mais ou menos agressiva dependendo do seu tipo. “O que diferencia o tipo de câncer é a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, conhecida como metástase”, pontua.
A patologia é uma das principais causas de morte em todos os países do mundo, e os tipos de câncer que mais afetam a população são: próstata, mama, colorretal e pulmão. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, mais de 230 mil pessoas morrem, todos os anos, com a doença.
Segundo Vitória Pinheiro, hematologista infantil do Vera Cruz Hospital, a causa do câncer em crianças, assim como no adulto, é multifatorial, considerando causas externas do meio ambiente (agrotóxicos, metais pesados) e causas internas (condições imunológicas, presença de mutações genéticas). Esses fatores podem interagir de diversas formas, ocasionando o aparecimento do câncer. As mudanças no meio ambiente, provocadas pelo próprio homem, os hábitos e comportamentos podem aumentar o risco de diversos tipos de câncer. “Os tipos mais comuns na infância são as leucemias linfoblásticas agudas, seguidas pelo tumor no sistema nervoso central e os linfomas”, conta.
Human breast cancer, computer illustration.
O câncer pode dar sinais ou ser silencioso, sendo necessário exames para sua detecção. “A leucemia linfoblástica aguda, por exemplo, é o câncer mais comum na infância e pode ser detectada em um hemograma. Quando o tratamento é adequado e o diagnóstico feito precocemente, as chances de cura chegam a 90%. Para que isso seja possível, é importante seguir com as consultas de rotina, além de ficar atento aos sinais do corpo e procurar seu médico de confiança”, sinaliza.
Conscientização
Para que os pacientes e a população em geral possam entender na prática quais alimentos fazem mal à saúde, o Vera Cruz Oncologia preparou uma ação especial: a exposição “A alimentação como aliada na prevenção do câncer”, que expõe alimentos na forma líquida, sólida e gasosa que podem causar a doença.
Além dos principais, como refrigerantes, macarrão instantâneo e tabaco, mais 30 itens estiveram presentes na apresentação do último dia 4, que contou ainda com explicações dos malefícios à saúde e de como afetam o organismo. As unidades do Vera Cruz Hospital e Vera Cruz Casa de Saúde também receberam a ação em horário predeterminado. “A ideia foi alertar a população quanto ao consumo cada vez mais abundante e frequente de produtos industrializados e seus riscos potenciais apontados pela Agência Internacional para Pesquisas em Câncer, órgão vinculado à OMS”, esclarece Ligia.
O objetivo também foi desafiar os pacientes a melhorar hábitos e prevenir o câncer. Todos receberam, no mês passado, um potinho com “21 dias para melhorar os hábitos de vida e prevenir o câncer” feito pelo time de especialistas em oncologia da unidade, como nutricionistas, psicólogos, bucomaxilos e cardiologistas.
O Vera Cruz Oncologia é um espaço único, preparado para acolher e tratar os pacientes que forem diagnosticados com a patologia. “A unidade foi planejada para proporcionar o tratamento da patologia com conforto e comodidade. Os consultórios foram pensados para facilitar a conversa entre médico, pacientes e familiares”, adiciona Pizão.
Informações: Vera Cruz Hospital – Rua Onze de Agosto, 495, Centro – Campinas – SP
Verão, crianças em férias escolares. Para animar e entreter os filhos, muitos pais planejam passeios ao ar livre, viagens e muitas atividades. A estação é a mais quente do ano, regada a frequentes chuvas e mudanças na temperatura, o que pode fragilizar o organismo e deixá-lo mais vulnerável para algumas patologias.
Para que a diversão não termine mais cedo, a médica clínica e nutróloga do Vera Cruz Hospital, Gisele Figueiredo Ramos, alerta a população para algumas doenças comuns nessa época. “Atendemos pacientes com quadros de intoxicação alimentar, desidratação e até queimaduras do sol. No Vera Cruz Hospital, temos a melhor estrutura de atendimento, com exames e profissionais altamente capacitados para um diagnóstico mais preciso e que resulta em um tratamento mais efetivo”, destaca.
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Entre as doenças mais recorrentes no verão está a intoxicação alimentar, que atinge cerca de 600 milhões de pessoas no mundo todos os anos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Seus principais sintomas são vômitos, diarreia, náuseas, dor abdominal e cólicas, e podem surgir horas após a ingestão de um alimento contaminado. “As temperaturas elevadas desta época do ano dificultam a conservação dos alimentos e facilitam a proliferação de bactérias. É recomendado beber água potável e evitar alimentos crus, mal cozidos ou em conserva, como palmito e molhos a base de maionese”, exemplifica.
A desidratação também aparece frequentemente nos prontos-socorros. Os sintomas são aumento da sede, fraqueza, hipotensão arterial, cansaço e sonolência, tudo devido à baixa concentração de água e sais minerais no corpo. E os dados do Datasus fazem um alerta: no primeiro trimestre do ano, cerca de 30% das internações na rede pública de saúde de SP são de pessoas com esse quadro. Segundo Gisele, os casos acontecem principalmente em crianças e idosos. “No verão, ocorre aumento dos casos de diarreia, que são gastroenterocolites virais e que podem levar aos quadros de desidratação. Priorize uma alimentação mais leve e hidratação com água de coco ou sais de reidratação oral”, pontua.
A queimadura de pele também está na lista, e seu descuido a longo prazo pode levar ao desenvolvimento do câncer de pele, que representa 33% dos novos diagnósticos de câncer registrados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) a cada ano no Brasil. No primeiro momento, o excesso de exposição solar pode causar quadros graves de queimaduras com lesões avermelhadas e até bolhas. Dor, ardência, sensação de queimação, coceira, descamação, náuseas, vômitos e vertigem também podem estar presentes. “As queimaduras de sol acontecem de uma a seis horas após a exposição aos raios ultravioleta (UVA e UVB) e atingem o ponto máximo em 24 horas. A recomendação é evitar os horários de sol mais forte (entre 10h e 16h), sempre usar protetor solar com fator de proteção maior ou igual a 30, chapéu ou boné, guarda-sóis e beber muito líquido”.
Em quarto lugar vem as micoses, oriundas da proliferação dos fungos devido à combinação de calor e umidade. A doença se manifesta em forma de manchas brancas que podem provocar coceiras e afetar o couro cabeludo. Para a médica, medidas simples podem evitar o surgimento da doença. “Secar bem as dobras do corpo após o banho, se necessário com secador frio (principalmente virilhas, axilas, espaços entre os dedos), não usar roupas úmidas em contato com a pele por muito tempo, usar chinelos em saunas, academias, vestiários e chuveiros públicos, não compartilhar objetos pessoais, evitar uso de sapatos fechados por muito tempo e uso do mesmo sapato por dias seguidos, além de cobrir espreguiçadeiras e bancadas de sauna com toalhas ou canga”, diz.
Há duas doenças que estão ligadas aos banhos de mar ou piscina. A primeira é a otite, cujos casos dobram no verão. A inflamação acomete principalmente o conduto auditivo externo e apresenta dor, coceira e a sensação de ouvido tampado. O tratamento é feito com antibioticoterapia tópica em gotas e analgesia, e, durante o tratamento, banhos de mar ou piscina devem ser evitados.
Conjuntivite – Fonte: WebMd
Além da piscina, exposição prolongada ao sol, sauna, ar condicionado, exposição a aglomerações de pessoas e poeira são alguns fatores que predispõem à conjuntivite. A transmissão acontece pelo contato direto entre as pessoas, ou indiretamente, por meio de objetos contaminados. Os sinais são olhos vermelhos, lacrimejamento, secreção, coceira, sensação de areia nos olhos e pálpebras inchadas e grudadas ao acordar. “Ao se iniciarem os sintomas, lave os olhos com água filtrada ou soro fisiológico, troque as fronhas e as toalhas de rosto todos os dias, lave as mãos antes e depois de tocar os olhos. Também é importante procurar atendimento médico para avaliação”, orienta a especialista.
As demências são um grupo de doenças que afetam a capacidade de um indivíduo viver de maneira independente devido a alterações da memória, raciocínio e habilidades sociais. Estas transformações podem acontecer em maior ou menor intensidade, a depender do subtipo. Dentre as causas de demência, a Doença de Alzheimer (DA) é a mais comum e representa cerca de 70% dos casos. Sua ocorrência aumenta significativamente com a idade e prejudica, no início, principalmente, a formação de memória para novos fatos e habilidades de localização.
O surgimento da doença está associado a um depósito de proteínas em alguns grupos de neurônios e ao “envelhecimento” precoce de células em certas regiões. Isso leva, com o tempo, à redução progressiva do volume cerebral, principalmente em áreas como os hipocampos, diretamente relacionados à formação de novas lembranças.
Estima-se, segundo estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde), que mais de 50 milhões de pessoas no mundo já sofrem com a patologia. De acordo com a instituição, tal número deverá ser três vezes maior até 2050, o que significa que uma pessoa a cada três segundos desenvolve a demência. Para propagar o conhecimento e a conscientização sobre a patologia, tanto por sua importância populacional, quanto pelo seu impacto sobre a qualidade de vida dos pacientes e, sobremaneira, à dos familiares, a Associação Internacional do Alzheimer instituiu o dia 21 de setembro, hoje, como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Alzheimer.
A despeito da liberação recente de drogas específicas que poderiam, em fases iniciais, retardar a evolução da DA, o seu tratamento farmacológico ainda é, predominantemente, para manejo de sintomas. Entretanto, vale ressaltar que apesar das limitações da terapia medicamentosa, há muito o que ser feito para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com síndromes demenciais.
Sintomas depressivos e distúrbios do sono devem ser sempre avaliados nestes pacientes, assim como deve ser estimulado um cuidado multiprofissional que envolva fonoaudiólogos (visando evitar broncoaspiração e estimular as habilidades de comunicação do paciente), fisioterapeutas (a fim de reduzir a perda de massa muscular, fragilidade e quedas), terapeutas ocupacionais, nutrição, enfermagem e equipe de saúde mental. Atividades que o paciente tinha prazer em realizar antes do diagnóstico devem ser encorajadas, como as que envolvam música, dança e o uso de línguas estrangeiras, a fim de se estimularem diversas áreas cerebrais.
Paralelamente, o suporte aos familiares e cuidadores é essencial para esta equação. Isso porque o paciente com demência exige cuidados constantes e grandes desafios físicos e emocionais.
Estudos nacionais chegaram a documentar uma frequência até 5 vezes maior de depressão e ansiedade dentre cuidadores de pacientes com DA quando comparados ao restante da população. Isso ilustra a necessidade de se estender o cuidado de saúde mental para este grupo. Alguns dos principais fatores que aumentam a chance das complicações são a ausência dos períodos de descanso. Sendo assim, dividir o cuidado é essencial e garante não só a saúde de quem cuida, mas para a qualidade da atenção de quem precisa.
Cabe ressaltar que, passado o peso e a preocupação iniciais após o diagnóstico, é sempre importante procurar usar o tempo para planejamento do cuidado e, principalmente, uma formação de redes de apoio. Conversar com outras famílias que passam ou já passaram pela mesma situação e ter um profissional capacitado e acessível são importantes ferramentas para minimizar os obstáculos que venham a surgir, reduzindo o peso sobre os ombros do cuidador, que deve se sentir parte de uma equipe cujo objetivo é sempre o bem-estar mútuo.
* Felipe Franco da Graça é Neurologista do Vera Cruz Hospital
Pneumologista do Vera Cruz Hospital explica sobre os prejuízos à saúde; fumantes têm mais chances de desfecho fatal caso contraiam o novo coronavírus
“Uma válvula de escape para os momentos de estresse e irritação”. Assim Helena Molinari, 39 anos, profissional de relações públicas, resume o vício no cigarro. “Sou fumante há três anos e, durante a pandemia, minha rotina de trabalho tem sido em home office, o que facilita o acesso ao tabaco. Preciso gerir o tempo e a equipe a distância, tenho mais demandas e cobranças, e acabo fumando mais.”
O caso de Helena não é isolado. Aliás, pelo contrário, se aplica a muitos brasileiros. Dados do IPC Maps, banco de dados que mede o índice potencial de consumo em todo país, mostra que o consumo do tabaco aumentou 16% em 2021, quando comparado ao ano passado. Na região de Campinas, o crescimento foi de 16,6%, um pouco acima dos parâmetros nacionais, sendo o vício mais presente nas classes C, D e E, que fumaram 20% a mais do que em 2020.
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Os dados ganharam destaque ontem (29), que marcou o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Na visão do pneumologista Ricardo Siufi, do Vera Cruz Hospital, o aumento durante a pandemia é multifatorial. “Provavelmente, o maior gatilho está na questão emocional, como coexistência de transtorno de ansiedade e depressão em pacientes tabagistas. Não podemos negar, porém, que novos hábitos desenvolvidos ao longo da pandemia, como o trabalho em home office, por exemplo, exercem uma influência importante, visto que diversos regimes de trabalho presenciais não permitem o tabagismo”, exemplifica.
Outra pesquisa, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), já havia monitorado este aumento no ano passado, logo que a orientação à população era pelo distanciamento social para combater a disseminação do coronavírus. Na ocasião, mais de 30% dos homens e 38% das mulheres fumantes passaram a consumir, ao menos, 10 cigarros a mais por dia em média.
A maioria das pessoas acende o primeiro cigarro por curiosidade ou, eventualmente, de forma recreativa. “Comecei por curiosidade. É um vício nocivo para a saúde, quero sempre parar porque não gosto de fumar, me incomoda o cheiro, o gosto, mas ainda não consegui. Tentei no início deste ano, mas achei que estava fazendo bem para meu psicológico, e não encontrei ainda um substituto para esse momento de pausa e reflexão que o cigarro me propõe”, adiciona Helena.
Para o médico, as pessoas perpetuam o hábito de fumar pela presença da nicotina. “A substância tem alto poder em causar dependência e gerar uma sensação de bem-estar, com uma ativação importante de nosso sistema de recompensa”, explica Siufi.
Segundo o médico, o crescimento no tabagismo durante a pandemia é preocupante, pois o hábito piora os desfechos da Covid-19. “Temos vivido com frequência complicações de pessoas fumantes. O uso do tabaco pode elevar o risco de desenvolver a Covid-19, com quadros mais graves e até mesmo fatais”, salienta.
Doenças relacionadas ao consumo do tabaco
O especialista esclarece que o consumo do tabaco deve ser tratado como uma doença, já que causa dependência. “Não apenas a nicotina exerce efeito maléfico para o nosso organismo, tanto que já foram encontradas mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas no cigarro industrial”, diz.
O ato de fumar está relacionado a aproximadamente 50 doenças, entre elas as respiratórias (doença pulmonar obstrutiva crônica, infecções respiratórias e asma), cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial) e diversos tipos de cânceres (pulmão, laringe, faringe e esôfago).
“Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior do que os não fumantes e têm menor resistência física, menos fôlego e um pior desempenho nos esportes e na vida sexual, além de envelhecerem mais rapidamente”, pontua Siufi.
Benefícios de parar de fumar
Cessar o consumo de cigarro traz inúmeros benefícios, segundo o pneumologista. Tais vantagens podem ser observadas logo na primeira hora. “Com 20 minutos, é possível observar melhora na pressão sanguínea. Em duas horas, há uma baixa acentuada nos níveis de nicotina no sangue. Entre 12 e 24 horas, os pulmões já funcionam melhor. Após um ano, o risco de morte por infarto é reduzido à metade e, finalmente, após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram”, classifica.
O primeiro passo para parar de fumar é reconhecer os danos que o hábito causa à saúde e, na sequência, procurar por um pneumologista para uma avaliação adequada e início a tratamentos adequados. “Os cuidados envolvem desde um exame clínico completo, solicitação de exames e avaliação do grau de dependência nicotínica para que, assim, em decisão compartilhada, seja proposta a melhor terapêutica para a cessação”, conclui Siufi.
Especialista do Vera Cruz Hospital explica como terapia infusional pode tratar com eficácia o problema, que não tem cura
O fato de se tornarem mais comuns a cada ano – segundo os dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, já atingiam mais de 13 em cada 100 mil habitantes no país em 2018 – fez as Doenças Inflamatórias Intestinais ganharem um mês próprio de alerta e conscientização: o Maio Roxo. As DIIs são doenças crônicas que se manifestam por meio de lesões no intestino ou ao longo do sistema digestivo. Quando mais graves ou avançadas, podem se transformar em úlceras e levar o paciente a internações ou cirurgias.
“Quem tem este tipo de problema deve realizar exames com frequência, pois possui maior risco de desenvolver câncer intestinal, posteriormente. Por isso, o Maio Roxo é um movimento tão relevante e que reforça a importância do diagnóstico precoce e tratamento das doenças envolvidas, sendo as principais delas Doença de Crohn e a retocolite ulcerativa”, explica o médico gastroenterologista do Vera Cruz Hospital, Luiz Carlos Nascimento Bertoncello.
Desde setembro do ano passado, o Vera Cruz Hospital, em Campinas, conta com um Centro de Infusão, cujo tratamento para DIIs tem sido o segundo mais procurado da instituição, atrás apenas de artrite. A terapia infusional nada mais é do que a aplicação de medicamentos intravenosos (na veia) ou subcutâneos (sob a pele) de forma rotineira com o objetivo de eliminar e controlar a inflamação por longo período de tempo, bem como proporcionar bem-estar e melhora da qualidade de vida dos pacientes, também diminuindo internações e cirurgias.
“Os tratamentos geralmente são feitos pela ingestão de medicamentos orais. A terapia infusional especializada, por sua vez, deve ser introduzida dependendo da gravidade da inflamação, bem como na falha da terapia convencional. É importante salientar que quanto mais precoce o início do tratamento, melhores são os resultados”, explica Bertoncello, que coordena o procedimento.
Terapia Infusional no controle das doenças
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Ainda segundo o especialista, doenças inflamatórias que não têm cura podem ser amenizadas com a terapia infusional. “Não só amenizadas. Hoje, grande parte dos pacientes com DII tem sua inflamação controlada com a medicação, sem nenhum sintoma por logo período de tempo. Tem uma vida completamente normal, sem dor ou qualquer outra queixa”, afirma.
Apesar de o Centro de Infusão do Vera Cruz Hospital estar apenas no início de suas atividades, já foram feitos, pelo menos, 1,2 mil tratamentos. O ambulatório acolhe pacientes de toda a região, encaminhados por especialistas, que tenham necessidade de terapia infusional para várias especialidades, como ortopedia, neurologia, dermatologia, reumatologia, endocrinologia, gastroenterologia, coloproctologia, pediatria, entre outras. “Esse tipo de procedimento nos permite um atendimento especializado, com segurança, supervisionado pela equipe médica e de enfermagem. O tratamento é humanizado, com instalações modernas e tecnologia atualizada, fazendo com que o profissional médico tenha a certeza de que seus pacientes estão recebendo um atendimento diferenciado e de excelência”, garante.
Diagnóstico
O diagnóstico da DII é feito baseado na história clínica do paciente, sendo a diarreia crônica um sintoma frequente, geralmente acompanhado por sangue, dores abdominais, fraqueza e perda de peso. Além de exames laboratoriais, que sugerem um processo inflamatório, é realizada a colonoscopia, exame mais importante para gerar o diagnóstico. “A expressão destes sintomas, porém, não é constante. Eles alternam entre períodos de crise e períodos estáveis, que é quando o mal-estar parece estar curado e faz com que muitas pessoas não procurem uma investigação médica adequada para o tratamento”, alerta.
Bertoncello ainda diz que, na retocolite ulcerativa, a parte que sofre alterações é o cólon, o maior segmento do intestino grosso. Já na doença de Crohn, a inflamação pode ocorrer em qualquer parte do tubo digestivo, desde a boca até o ânus. “Ambas podem ser progressivas, se não tratadas, e causam muito desconforto na vida dos pacientes, atrapalhando seu estudo e seu trabalho. Podem causar um prejuízo significativo, além de serem potencialmente graves, podendo levar a perfurações no trato digestivo”, reforça.